quarta-feira, maio 16, 2007

Mais Lisboa

O nosso Zé comenta as Eleições Autárquicas para Lisboa:

Em vez de se tomarem decisões, que ponderem todos os intervenientes possibilitando e facilitando a participação, sem argumentos que a condicionem, de candidaturas de cidadãos, caso do movimento encabeçado pela Arq.ª Helena Roseta, fixam-se datas que de certa maneira descriminam, à partida.

Esta possibilidade em aberto será uma lufada de ar fresco nesta partidocracia existente. Mas, há sempre um mas, nestas coisas. E se dermos mais tempo? Eles podem organizar-se melhor e podem eventualmente transformar-se numa onda que nos poderá dividir? Poderão ter tempo, não só para se organizarem, discutir os problemas, como congregarem ideias apoios, adesões de cidadãos credíveis e formarem um núcleo de pessoas à volta de um projecto para modificar e alterar o status quo de Lisboa?

Já viram a possibilidade de se intrometerem nos interesses instalados? Na Gestão das empresas Municipais? Na partilha dos lugares? Em vez de centrão, vem outros que não partilham estas ideias? Há que não lhes dar tempo. Que se tivessem organizado antes.

Isto é para partidos e máquinas partidárias. Já são tantos cães a um osso. E se isto, realmente mudasse? O que seria dos interesses instalados? Talvez Lisboa e os Lisboetas benificiassem com isso, e realmente se definisse um rumo e soluções para os problemas da Cidade e dos Lisboetas.

Para quê correr riscos? Há que obedecer aos ditames dos interesses, há muito instalados. Ao que parece não há grande interesse em facilitar e promover a participação de movimentos de cidadania, embora haja consciência que o modelo carece de ser radicalmente alterado e está em pré-falência, senão falido. É mais um exemplo de partidocracia no seu melhor.

Participai cidadãos, mas é só no acto de votar. Para decidir, partir e partilhar lugares, isso é com os partidos e suas clientelas. Aguardemos os próximos capítulos. Será mais do mesmo, ou não?

Este POST - que muito nos faz pensar - foi mote para o meu Post seguinte: E se aprovarem os Círculos uninominais e a diminuição do nº de Deputados na Assembleia da República como ficam as tendências minoritárias?

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