Meu Mestre VPV - e no sentido literal, já que foi meu Prof. de História Económica e Social aí para 1973 - descreve hoje no seu habitual artigo de opinião do Público e com a amarga ironia que o caracteriza neste crepúsculo da sua vida de Historiador, Investigador e Cronista Urbano, a forma atabalhoada como se terão escolhido os candidatos para Lisboa "au fur et à mesure" que as primeiras escolhas dos Presidentes dos Partidos- delicadamente uns, mais brutos outros - se iam escusando da sinecura.
Lembra-me a história d'El Rei D. Carlos a dar Títulos: "Foge Cão, que te fazem Baraõ! Para onde se me fazem Visconde?"
Ou bem mais perto de nós - e passe o chiste a um Senhor que muito estimo, até pessoalmente - o cuidado que tínhamos de ter ao evitar a Fábrica dos Pastéis de Belém nos últimos meses da Presidência Sampaio, não fôssemos obsequiados com alguma Comenda...
Lisboa merece mais, simplesmente os Políticos não estão para chatices.
Com a devassa da vida pessoal a que qualquer Presidente de Câmara hoje está submetido, e postas de parte todas as "veleidades" de conquistar fazenda nos tempos mais próximos dado que os holofotes de tudo quanto é Gente (a começar, e muito bem, pelo Tribunal de Contas) estarão virados para o "impetrante" , que sabor especial, que atractivo poderá ter esta Presidência?
Resposta: O Poder.
O Poder que embriaga e que se considera ser o mais poderoso afrodisíaco do Mundo e uma das Drogas mais aditivas que já tomaram conta do nosso imaginário.
Nessa Tentação suprema eu confio e podem estar V. descansados que enquanto houver género humano não deixarão de existir candidatos ou candidatas a estes lugares.
Serão aqueles de que Lisboa precisa?
Isso é outra conversa...
Um comentário:
Sinais dos tempos...é o que há.
Não é só Lisboa,o país merece muito melhor e muito mais.A mediatização,as promessas e o circo ainda agora vai começar.
São como as vespas e as lapas...
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