sexta-feira, dezembro 30, 2005
Só acontece aos outros...
Mais de metade dos portugueses mantêm relações sexuais com indiferença ante os riscos da sida, segundo os resultados de um inquérito EXPRESSO/Eurosondagem.
Com efeito, 52,2% dos inquiridos responderam que a ameaça da doença não condiciona (ou condicionou no passado) a sua actividade sexual. Um sentimento mais assumido pelas mulheres (60,2%) do que pelos homens (44%).
Esta atitude de alheamento em relação aos perigos da enfermidade está também patente na resposta sobre o preservativo: um terço dos entrevistados (33,5%) diz que nunca usa, enquanto 28,8% só o fazem em certos casos.
EXPRESSO
quarta-feira, dezembro 28, 2005
Ary dos Santos
Natal
Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
Tu que inventas bonecas e comboios de luar
E mentes ao teu filho por não poderes comprar
És meu irmão amigo
És meu irmão
Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre de uma mulher
Ary dos Santos
Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
Tu que inventas bonecas e comboios de luar
E mentes ao teu filho por não poderes comprar
És meu irmão amigo
És meu irmão
Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre de uma mulher
Ary dos Santos
sexta-feira, dezembro 23, 2005
O Bloguista Vai para a Beira Alta - Regresso a este Blogue a 3 de Janeiro
Amigos Leitores,
Vou para Seia entre o Natal e o Ano Novo.
Até ao meu regresso passem todos bem e tenham muita saúde (para além dos vinhos que vos fui recomendando neste ano também não se esqueçam dos guronsans, pankreoflats, hepaquifas e legallons - protectores hepáticos, defensores estomacais e reconstituintes) .
Um Santo Natal e uma Excelente Ano Novo para todos!!
Vou para Seia entre o Natal e o Ano Novo.
Até ao meu regresso passem todos bem e tenham muita saúde (para além dos vinhos que vos fui recomendando neste ano também não se esqueçam dos guronsans, pankreoflats, hepaquifas e legallons - protectores hepáticos, defensores estomacais e reconstituintes) .
Um Santo Natal e uma Excelente Ano Novo para todos!!
Os Vinhos e Comidas do Ano Novo e da Passagem de Ano
Depois de ter demorado alguns dias a cozer a Grandessíssima Perua apanhada no decorrer da execução cuidadosa e rigorosa da Receita de Perú constante no Post anterior, o cozinheiro e suas hostes familiares preparam-se para resolver um Dilema:
Passar o Fim de Ano fora ou dentro da sua casa?
Com os Filhos normalmente não se conta nesses dias. Irmãos e irmãs, Primos e Primas, Sogros, Pais e Mães são envolvidos na equação.
Analisadas as hipóteses possíveis - e tendo em atenção a Crise - decidiu-se adiar para o ano que vem a reserva de mesa para 15 pessoas na Hotelaria de luxo, a uns módicos 350€ por cabeça, e pôr em marcha a "Operação Ano Novo em Casa".
Estamos a 28\12 (supomos...) e é altura para começar a comprar o que se vai comer e beber na Passagem e no Dia de Ano Novo.
Passagem do Ano
No meu caso não faço comida "a sério" para a véspera, para dar mais espaço ao convívio familiar e para tornar possível ter a mesa posta (e bem posta) durante toda a noite sem necessidade do "tira prato e pôe prato e mete lá na máquina e já não temos travessas que estão a lavar".
Abasteço-me de Patês, Foie gras e de fumados (peixes e carnes).
Dou aqui uma dica interessante (e passe a publicidade): O Grupo Aucham - Pão de Açucar, tem produtos deste tipo e de marca própria com uma qualidade muito razoável e a preços que não se comparam com os praticados no Corte Inglês e outros para as grandes marcas de Foie Gras e de Patês , como as do Fauchons, Rogier, etc... O Salmão fumado Irlandês Aucham tembém é muito bom.
Não me esqueço dos queijos - Serra ou Serpa, Azeitão, S. Jorge para as tapas. Aqui gasta-se um pouco mais se quisermos ter material de primeira. O Serra está a ap. 23€ o Kg, assim como os outros do mesmo gabarito.
Se possível (depende da "massa") encomendo um bom Presunto cortado à mão. Mas aqui não há volta a dar-lhe: deve ser Espanhol, Pata Negra ou Bolota e não se compra por menos de 110€ o Kg (e pode ser muito mais caro...). Junto-lhe um Paio do Lombo de idêntica origem e dois ou três salpicões de porco Bísaro, de Montezinho. Tudo fatiado tão fino quanto for possível.
Normalmente faço as minhas próprias tostas no forno, com pão rústico fatiado. Tem a vantagem de se irem fazendo e de estarem sempre quentes.
Por acaso ainda tenho em Alcabideche padaria artesanal para este tipo de pão a que se chama "de Mafra", mas nos super-mercados já se compra um pão especial bom para este fim.
Compôem a mesa Frutos secos, Laranjas, Maçãs Bravo de Esmolfe e Ananaz dos Açores - desde que se encontre bem maduro. É sina dos desgraçados dos continentais levar com os ananases de estufa ainda não amadurecidos, e que se tornam intragáveis se consumidos nesse ponto.
Convém ter Caldo Verde feito de véspera, para ser só aquecer lá mais para o fim da noite. Hoje em dia é fácil fazer esta sopa confortável para o estômago, já que se compram as couves já lavadas e migadas.
Quanto aos Vinhos para a Passagem do ano, e para evitar misturas que afectem o estômago, já de si ainda castigado pelos excessos do Natal, recomendo usarmos SÓ Espumantes.
Começando pelos novos e leves (o excelente Branco de Uvas Brancas Loridos, da Bacalhoa é uma boa opção).
Para a Meia-Noite nada melhor - em Portugal e com vinhos Portugueses - do que abrir uma ou duas garrafas do Espumante Rosé da Quinta dos Carvalhais de 2002.
Para fechar a noite, antes de deitar, um Espumante Nacional mais evoluído, como o Grande Reserva Vértice de 1999 ou de 2000.
Dia de Ano Novo
Existe uma tradição (parola mas justificável pela hora da "deita" na véspera) de que as famílias portuguesas comem fora no dia de Ano Novo.
Nada de mais errado!! Os restaurantes, mesmo os de preços superiores estão a abarrotar, a qualidade do atendimento e da comida ressente-se, espera-se horas a fio para sermos servidos, Enfim, é tudo mau!!
Coma-se em Casa nesse dia e deixem-se os Restaurantes para serem apreciados noutras alturas.
Como resolver então a questão das horas tardias a que nos levantamos? O Cozinheiro - embora nunca se embebede visivelmente dada a prática adquirida nestas lides báquicas - também tem direito a curtir a cama!
Sugiro que se faça aqui um pouco de batota, tal como para o Caldo Verde da véspera, e que se escolham as coisas comestíveis de acordo com estas restrições.
Deixemos o Cabrito ou a Perna de Borrego no Forno para outro Fim de Semana onde haja mais vagar e, para desenjoar da carne e dos enchidos, foies gras, etc... proponha-se a um Público (muitas vezes ingrato) uma... Caldeirada!!
A batota consiste em que a Caldeirada, com tudo para ser feito em cru, pode estar já de véspera num panelão, no frigorífico ou até numa Cave, com a tampa do Tacho bem atada, só à espera de ir para o Lume!
Na véspera, pela tarde, enquanto a malta menos habilidosa corta os enchidos e prapara a mesa com o resto dos acepipes, O Cozinheiro:
Retira ameijoas das brancas (as menos caras) e pôe no fundo de um Tacho grande até o cobrir completamente. Em cima das ameijoas coloca grandes e grossas rodelas de boa cebola. Por cima batata cortada também em rodelas grossas, Tomate maduro e fresco, Pimentos das duas cores, um ramo com salsa e coentros, alhos novos em corte grosseiro, malaguetas, e ... é começar a pôr o Peixe às postas. Deita-se Vinho Branco que baste, no máximo 20 cl.
Como gordura apenas Azeite!! Do melhor! Trás-os Montes, Murça, etc, etc, etc,
Recomendo que se compre um Tamboril inteiro para aproveitar os fígados (é mais barato e a cabeça serve para fazer um arroz magnífico, para outra vez) e que se junte uma posta por pessoa de pargo ou garoupa. Continuamos com lulas da traineira (não congeladas) e com pedaços de Safio e de Raia, também um por pessoa. Por mim nada mais ponho. Este peixe deve entrar no Tacho às camadas, alternando com as batatas e Tomate fresco aos bocados e Cebola.
Uma mão cheia de Sal grosso e... cerca de uma hora de lume forte, sem nunca mexer mas abanando uma ou outra vez o tacho para despegar..
Se tudo estiver nos conformes estamos à mesa por volta das 14.00H, tendo-nos levantado pelas 1200H .
Nada mau, não acham?
E quanto aos Vinhos para a Caldeirada? Cabe aqui tudo : Brancos ou Tintos como mais agradar ao freguês.
Recomendo Brancos mais evoluídos, como o Madrigal da Quinta do Monte D'Oiro, o Foz de Arouce ou o Quinta de Carvalhais Encruzado.
Em Tintos, precisamos de corpo mas não de aromas secundários ou terciários que denotam velhice. Tintos vigorosos e novos, como o Quinta do Vale de Dª Maria Douro, em garrafa Magnum de 2002 a 65€ ou ainda Confradeiro, Reserva Douro de 2002, a €15.
Manda a tradição que se "desgaste" a Caldeirada com uma boa bagaceira branca. Não conheço melhor, em Portugal, do que as que são feitas com engaços de cepas de vinhos verdes:
Palácio da Brejoeira , Alderiz ou Casa dos Cunhas são boas hipóteses.
Boas Festas para todos!!
Passar o Fim de Ano fora ou dentro da sua casa?
Com os Filhos normalmente não se conta nesses dias. Irmãos e irmãs, Primos e Primas, Sogros, Pais e Mães são envolvidos na equação.
Analisadas as hipóteses possíveis - e tendo em atenção a Crise - decidiu-se adiar para o ano que vem a reserva de mesa para 15 pessoas na Hotelaria de luxo, a uns módicos 350€ por cabeça, e pôr em marcha a "Operação Ano Novo em Casa".
Estamos a 28\12 (supomos...) e é altura para começar a comprar o que se vai comer e beber na Passagem e no Dia de Ano Novo.
Passagem do Ano
No meu caso não faço comida "a sério" para a véspera, para dar mais espaço ao convívio familiar e para tornar possível ter a mesa posta (e bem posta) durante toda a noite sem necessidade do "tira prato e pôe prato e mete lá na máquina e já não temos travessas que estão a lavar".
Abasteço-me de Patês, Foie gras e de fumados (peixes e carnes).
Dou aqui uma dica interessante (e passe a publicidade): O Grupo Aucham - Pão de Açucar, tem produtos deste tipo e de marca própria com uma qualidade muito razoável e a preços que não se comparam com os praticados no Corte Inglês e outros para as grandes marcas de Foie Gras e de Patês , como as do Fauchons, Rogier, etc... O Salmão fumado Irlandês Aucham tembém é muito bom.
Não me esqueço dos queijos - Serra ou Serpa, Azeitão, S. Jorge para as tapas. Aqui gasta-se um pouco mais se quisermos ter material de primeira. O Serra está a ap. 23€ o Kg, assim como os outros do mesmo gabarito.
Se possível (depende da "massa") encomendo um bom Presunto cortado à mão. Mas aqui não há volta a dar-lhe: deve ser Espanhol, Pata Negra ou Bolota e não se compra por menos de 110€ o Kg (e pode ser muito mais caro...). Junto-lhe um Paio do Lombo de idêntica origem e dois ou três salpicões de porco Bísaro, de Montezinho. Tudo fatiado tão fino quanto for possível.
Normalmente faço as minhas próprias tostas no forno, com pão rústico fatiado. Tem a vantagem de se irem fazendo e de estarem sempre quentes.
Por acaso ainda tenho em Alcabideche padaria artesanal para este tipo de pão a que se chama "de Mafra", mas nos super-mercados já se compra um pão especial bom para este fim.
Compôem a mesa Frutos secos, Laranjas, Maçãs Bravo de Esmolfe e Ananaz dos Açores - desde que se encontre bem maduro. É sina dos desgraçados dos continentais levar com os ananases de estufa ainda não amadurecidos, e que se tornam intragáveis se consumidos nesse ponto.
Convém ter Caldo Verde feito de véspera, para ser só aquecer lá mais para o fim da noite. Hoje em dia é fácil fazer esta sopa confortável para o estômago, já que se compram as couves já lavadas e migadas.
Quanto aos Vinhos para a Passagem do ano, e para evitar misturas que afectem o estômago, já de si ainda castigado pelos excessos do Natal, recomendo usarmos SÓ Espumantes.
Começando pelos novos e leves (o excelente Branco de Uvas Brancas Loridos, da Bacalhoa é uma boa opção).
Para a Meia-Noite nada melhor - em Portugal e com vinhos Portugueses - do que abrir uma ou duas garrafas do Espumante Rosé da Quinta dos Carvalhais de 2002.
Para fechar a noite, antes de deitar, um Espumante Nacional mais evoluído, como o Grande Reserva Vértice de 1999 ou de 2000.
Dia de Ano Novo
Existe uma tradição (parola mas justificável pela hora da "deita" na véspera) de que as famílias portuguesas comem fora no dia de Ano Novo.
Nada de mais errado!! Os restaurantes, mesmo os de preços superiores estão a abarrotar, a qualidade do atendimento e da comida ressente-se, espera-se horas a fio para sermos servidos, Enfim, é tudo mau!!
Coma-se em Casa nesse dia e deixem-se os Restaurantes para serem apreciados noutras alturas.
Como resolver então a questão das horas tardias a que nos levantamos? O Cozinheiro - embora nunca se embebede visivelmente dada a prática adquirida nestas lides báquicas - também tem direito a curtir a cama!
Sugiro que se faça aqui um pouco de batota, tal como para o Caldo Verde da véspera, e que se escolham as coisas comestíveis de acordo com estas restrições.
Deixemos o Cabrito ou a Perna de Borrego no Forno para outro Fim de Semana onde haja mais vagar e, para desenjoar da carne e dos enchidos, foies gras, etc... proponha-se a um Público (muitas vezes ingrato) uma... Caldeirada!!
A batota consiste em que a Caldeirada, com tudo para ser feito em cru, pode estar já de véspera num panelão, no frigorífico ou até numa Cave, com a tampa do Tacho bem atada, só à espera de ir para o Lume!
Na véspera, pela tarde, enquanto a malta menos habilidosa corta os enchidos e prapara a mesa com o resto dos acepipes, O Cozinheiro:
Retira ameijoas das brancas (as menos caras) e pôe no fundo de um Tacho grande até o cobrir completamente. Em cima das ameijoas coloca grandes e grossas rodelas de boa cebola. Por cima batata cortada também em rodelas grossas, Tomate maduro e fresco, Pimentos das duas cores, um ramo com salsa e coentros, alhos novos em corte grosseiro, malaguetas, e ... é começar a pôr o Peixe às postas. Deita-se Vinho Branco que baste, no máximo 20 cl.
Como gordura apenas Azeite!! Do melhor! Trás-os Montes, Murça, etc, etc, etc,
Recomendo que se compre um Tamboril inteiro para aproveitar os fígados (é mais barato e a cabeça serve para fazer um arroz magnífico, para outra vez) e que se junte uma posta por pessoa de pargo ou garoupa. Continuamos com lulas da traineira (não congeladas) e com pedaços de Safio e de Raia, também um por pessoa. Por mim nada mais ponho. Este peixe deve entrar no Tacho às camadas, alternando com as batatas e Tomate fresco aos bocados e Cebola.
Uma mão cheia de Sal grosso e... cerca de uma hora de lume forte, sem nunca mexer mas abanando uma ou outra vez o tacho para despegar..
Se tudo estiver nos conformes estamos à mesa por volta das 14.00H, tendo-nos levantado pelas 1200H .
Nada mau, não acham?
E quanto aos Vinhos para a Caldeirada? Cabe aqui tudo : Brancos ou Tintos como mais agradar ao freguês.
Recomendo Brancos mais evoluídos, como o Madrigal da Quinta do Monte D'Oiro, o Foz de Arouce ou o Quinta de Carvalhais Encruzado.
Em Tintos, precisamos de corpo mas não de aromas secundários ou terciários que denotam velhice. Tintos vigorosos e novos, como o Quinta do Vale de Dª Maria Douro, em garrafa Magnum de 2002 a 65€ ou ainda Confradeiro, Reserva Douro de 2002, a €15.
Manda a tradição que se "desgaste" a Caldeirada com uma boa bagaceira branca. Não conheço melhor, em Portugal, do que as que são feitas com engaços de cepas de vinhos verdes:
Palácio da Brejoeira , Alderiz ou Casa dos Cunhas são boas hipóteses.
Boas Festas para todos!!
João Araújo dá Receita Original para Perú de Natal
O nosso Amigo J. Araújo, cheio de sentimentos natalícios , não quis deixar de colaborar no receituário típico da Quadra, enviando-nos esta receita de Perú que parece ser , no mínimo, "envolvente":
RECEITA DE PERÚ COM WHISKY
Ingredientes: 1 garrafa de whisky (do bom, é claro!) 1 perú de aproximadamente 5 kg Sal, pimenta e molho verde a gosto 350 ml de azeite extra-virgem 500 g de bacon em fatias Nozes moídas q.b.
Modo de preparar: Envolver o perú no bacon e temperá-lo com sal, pimenta e molho verde a gosto. Massajá-lo com azeite.
Pré-aquecer o forno durante aprox. 10 minutos.
Beber uma boa dupla dose de whisky enquanto aguarda. Colocar o perú numa assadeira grande.
Sirva-se de mais duas doses de whisky.
Dar os retoques de elegância ao bicho: Aprumar-lhe o peito, empinar-lhe as asas e meter-lhe um bocadinho de salsa na cloaca (vulgo Cu) depois de, se assim o entender, previamente a ter devidamente limpa.
Mamar mais uma, milhor, talbez duas dosses do tal whisky caté é de boa qalidade, hein?
Ajustar o terbostato na marca 3 e, debois de uns binte bidutos, bonha para assassinar. Digu, assar a ave.
Beber bais uba dose de whisky.
Debois de bais beia hoda, fornar a prozeder à cabertura e controlar a asssadura do pato.
Tentar zentar na gadeira, zervir-se de uooooootra dosssse boa de whisky.
Gozer (?), gosturar(?), gozinhar (?), sei lá, f***-se lá o bedú.
Deixááár o vilho da buta do carbito ou galo ou o c****** no vorno bor ubas boas 4 a 8 horaz.
Tentar dirar a berda do cuelho ou berú, sei lá, de lá do couso… do corno… du forno.
Bandar bais uba boa dosssse de whisky pa dentro. Dendar nobabente dirar o cabrããão do berú do vorno, borgue na bribeira denndadiiiva dãão deeeeeeeuuuu.
Begar o berú, que gaiu no jão, e enjugar o vilho da buta gom o bano de limparrr o jão e gologá-lo duba pandeja, no caissote do lisso ou em galguer oudra bôrra, bois avinal, vozê até nem gossssssssta buito dessssa berda de bedú!
Brontos!
F***-ssssssse que tou zêco...
Maizum viskito pada limpade a guela!
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaah!!! Qa voa vinguita, …da-se!
Hic!
RECEITA DE PERÚ COM WHISKY
Ingredientes: 1 garrafa de whisky (do bom, é claro!) 1 perú de aproximadamente 5 kg Sal, pimenta e molho verde a gosto 350 ml de azeite extra-virgem 500 g de bacon em fatias Nozes moídas q.b.
Modo de preparar: Envolver o perú no bacon e temperá-lo com sal, pimenta e molho verde a gosto. Massajá-lo com azeite.
Pré-aquecer o forno durante aprox. 10 minutos.
Beber uma boa dupla dose de whisky enquanto aguarda. Colocar o perú numa assadeira grande.
Sirva-se de mais duas doses de whisky.
Dar os retoques de elegância ao bicho: Aprumar-lhe o peito, empinar-lhe as asas e meter-lhe um bocadinho de salsa na cloaca (vulgo Cu) depois de, se assim o entender, previamente a ter devidamente limpa.
Mamar mais uma, milhor, talbez duas dosses do tal whisky caté é de boa qalidade, hein?
Ajustar o terbostato na marca 3 e, debois de uns binte bidutos, bonha para assassinar. Digu, assar a ave.
Beber bais uba dose de whisky.
Debois de bais beia hoda, fornar a prozeder à cabertura e controlar a asssadura do pato.
Tentar zentar na gadeira, zervir-se de uooooootra dosssse boa de whisky.
Gozer (?), gosturar(?), gozinhar (?), sei lá, f***-se lá o bedú.
Deixááár o vilho da buta do carbito ou galo ou o c****** no vorno bor ubas boas 4 a 8 horaz.
Tentar dirar a berda do cuelho ou berú, sei lá, de lá do couso… do corno… du forno.
Bandar bais uba boa dosssse de whisky pa dentro. Dendar nobabente dirar o cabrããão do berú do vorno, borgue na bribeira denndadiiiva dãão deeeeeeeuuuu.
Begar o berú, que gaiu no jão, e enjugar o vilho da buta gom o bano de limparrr o jão e gologá-lo duba pandeja, no caissote do lisso ou em galguer oudra bôrra, bois avinal, vozê até nem gossssssssta buito dessssa berda de bedú!
Brontos!
F***-ssssssse que tou zêco...
Maizum viskito pada limpade a guela!
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaah!!! Qa voa vinguita, …da-se!
Hic!
quinta-feira, dezembro 22, 2005
Os Vinhos para as Festas
Mal parecia deixar por alguns dias o vosso convívio sem falar um pouco nos Vinhos para as Festas que se aproximam.
Véspera de Natal - Para o Bacalhau sugiro um Vinho alentejano novo Tinto, mas encorpado e com "raça": "Monte das Servas Reserva Seleccionada de 2003" .
Um Porto Vintage Fonseca Guimaraens de 1967 para acabar a noite com os fritos do costume, ou - no meu caso - um balão de Lagavullin Malte de 16 anos da Ilha de Islay para ajudar à desgraça...
Dia de Natal - Para quem ainda apresenta dois pratos à mesa - Um Peixe em Filetes, e o Cabrito ou o Perú - sugiro:
Filetes de Pescada - Quinta de Camarate Branco Seco 2002 (leve e aromático)
Foz de Arouce Branco de 2003 (este muito mais "vinho", se bebido de olhos fechados parece um Tinto...
Cabrito Assado - Uma Novidade de altíssimo Nível - Meruje 2003, Vinho Tinto do Douro feito especialmente por Dirk Niepoort para a "Lavradores de Feitoria". A €32 está um Espanto!!
Perú Assado - Para o McDonalds ambulante temos de beber um Vinho "vinhão" cujos sabor e bouquet esmaguem a insapidez da carne. Ora experimentem lá um Gouvyas de 2003 do Douro (a €35) ou um Vinha Paz Reserva de 2003 (Dão excelentíssimo) a cerca de 32€.
Amanhã falarei dos Vinhos para o Fim do Ano!
Véspera de Natal - Para o Bacalhau sugiro um Vinho alentejano novo Tinto, mas encorpado e com "raça": "Monte das Servas Reserva Seleccionada de 2003" .
Um Porto Vintage Fonseca Guimaraens de 1967 para acabar a noite com os fritos do costume, ou - no meu caso - um balão de Lagavullin Malte de 16 anos da Ilha de Islay para ajudar à desgraça...
Dia de Natal - Para quem ainda apresenta dois pratos à mesa - Um Peixe em Filetes, e o Cabrito ou o Perú - sugiro:
Filetes de Pescada - Quinta de Camarate Branco Seco 2002 (leve e aromático)
Foz de Arouce Branco de 2003 (este muito mais "vinho", se bebido de olhos fechados parece um Tinto...
Cabrito Assado - Uma Novidade de altíssimo Nível - Meruje 2003, Vinho Tinto do Douro feito especialmente por Dirk Niepoort para a "Lavradores de Feitoria". A €32 está um Espanto!!
Perú Assado - Para o McDonalds ambulante temos de beber um Vinho "vinhão" cujos sabor e bouquet esmaguem a insapidez da carne. Ora experimentem lá um Gouvyas de 2003 do Douro (a €35) ou um Vinha Paz Reserva de 2003 (Dão excelentíssimo) a cerca de 32€.
Amanhã falarei dos Vinhos para o Fim do Ano!
terça-feira, dezembro 20, 2005
Soares - Cavaco
Vencedores:
à direita: Cavaco
à esquerda: Alegre, Louçã e Jerónimo
Soares é arrogante.
É o dono da bola: ele é que sabe, ele é que manda.
A sua postura favoreceu Cavaco
à direita: Cavaco
à esquerda: Alegre, Louçã e Jerónimo
Soares é arrogante.
É o dono da bola: ele é que sabe, ele é que manda.
A sua postura favoreceu Cavaco
Como ajudar a transformar o Perú (ou similar) em algo comestível
Já aqui disse o que era um Perú. Ave de tenra carne (sobretudo as peruas novinhas. Atenção que não há aqui segundas intenções!!) que vivia em tratamento ambulatório nas planícies e que comia frutos, couves, milho, etc...
Essa ave, excepto para alguns priveligiados, acabou.
Conto uma história curiosa:
Tinha casado há muito pouco tempo e ia passar o Natal, pela primeira vez, à quinta dos meus sogros na Beira Alta. A minha sogra criava perús, patos, galinhas e porcos (com vossa licença) lá na quinta e complementava-lhes a dieta de milho produzido na quinta com alfaces (no verão) e couves (no Inverno) . Matou-se a perua escolhida para o Natal de véspera, depois de a terem embebedado com boa bagaceira, depenou-se e deitou-se num alguidar de barro, com água, vinho branco , rodelas de laranja e de limão.
Antes de me deitar passei pela cozinha e fiquei assustado com o que vi. Subi para o quarto e falei com a minha mulher:"Oh Natália, não sei o que havemos de dizer à tua Mãe. Tanto trabalho com a perua e o animal estava doente...
- "Doente?!"
- "Sim. Está toda amarela , deve ser icterícia..."
Imaginem a risada que foi à conta do Alarve de Cascais que só tinha visto perus no supermercado, brancos como a neve depois de mortos e depenados!
Agora voltando ao tema, como se disfarça um Perú de aviário em algo agradável ao palato?
Comçamos a pensar no assunto, no mínimo, 48 horas antes da refeição.
O Banho de imersão de 24h, em água, rodelas de laranja e de limão é obrigatório. Antes disso, e em vez de misturar vinho branco na água, lavo muito bem o Perú com o vinho.
A seguir esfrego-o todo com "massa de pimentão" e com "massa de alho" (preparado com sal e alho amassados em conjunto). A "massa de alho" já se compra em qualquer super mercado sem problema. A "massa de Pimentão" é que é mais difícil de arranjar, pois na grande maioria as comerciais não têm qualidade. Tentem nalguma boa mercearia ou charcutaria. Eu utilizo a que compro no El Corte Inglês, mas quando vou ao Alentejo ou à Beira tento comprá-la nos mercados locais.
Fica assim mais 24h.
No dia do Almoço acendemos o forno nos 210º logo às 7.00H. Meia hora depois mete-se o Perú. Costumo colocar algumas nozes da melhor banha possível em cima da ave, bem assim como duas ou três malaguetas vermelhas.
Nota sobre a Banha: há quem utilize margarina. Desde que fui convidado para visitar a fábrica de margarinas da Lever fiquei-lhes com um enjoo tão grande que nunca mais a pude utilizar. Banha, Azeite ou Manteiga é o que recomendo. Mas a banha, para o caso vertente de um animal de aviário, tem mais sabor...
Quando há recheio - picado mandado fazer no talho com um chouriço de carne, 150g de vitela, 150g de porco, temperados com sal e pimenta, a que se juntam dois pães embebidos em leite - introduz-se no bucho do Perú nessa altura.
Quando não há (o que prefiro) enfio um Limão partido ao meio e muito bem lavado nos "interiores" do animal.
Rego o perú com bom vinho da Madeira.
Em princípio e por causa da "massa de alho" não precisa de mais sal. Mas vão provando o molho...
Vamos virando o Perú e regando sempre com o Madeira. Demora cerca de 5 horas a assar, para uma ave de perto de 5 Kg. Espeta-se um palito para termos a certeza. Quando sair seco está assado.
Antes de servir abre-se a janela da cozinha e deixa-se o Perú "a constipar" alguns minutos. Serve esta operação para estalar a pele.
E pronto, lá se consegue disfarçar a coisa...
Essa ave, excepto para alguns priveligiados, acabou.
Conto uma história curiosa:
Tinha casado há muito pouco tempo e ia passar o Natal, pela primeira vez, à quinta dos meus sogros na Beira Alta. A minha sogra criava perús, patos, galinhas e porcos (com vossa licença) lá na quinta e complementava-lhes a dieta de milho produzido na quinta com alfaces (no verão) e couves (no Inverno) . Matou-se a perua escolhida para o Natal de véspera, depois de a terem embebedado com boa bagaceira, depenou-se e deitou-se num alguidar de barro, com água, vinho branco , rodelas de laranja e de limão.
Antes de me deitar passei pela cozinha e fiquei assustado com o que vi. Subi para o quarto e falei com a minha mulher:"Oh Natália, não sei o que havemos de dizer à tua Mãe. Tanto trabalho com a perua e o animal estava doente...
- "Doente?!"
- "Sim. Está toda amarela , deve ser icterícia..."
Imaginem a risada que foi à conta do Alarve de Cascais que só tinha visto perus no supermercado, brancos como a neve depois de mortos e depenados!
Agora voltando ao tema, como se disfarça um Perú de aviário em algo agradável ao palato?
Comçamos a pensar no assunto, no mínimo, 48 horas antes da refeição.
O Banho de imersão de 24h, em água, rodelas de laranja e de limão é obrigatório. Antes disso, e em vez de misturar vinho branco na água, lavo muito bem o Perú com o vinho.
A seguir esfrego-o todo com "massa de pimentão" e com "massa de alho" (preparado com sal e alho amassados em conjunto). A "massa de alho" já se compra em qualquer super mercado sem problema. A "massa de Pimentão" é que é mais difícil de arranjar, pois na grande maioria as comerciais não têm qualidade. Tentem nalguma boa mercearia ou charcutaria. Eu utilizo a que compro no El Corte Inglês, mas quando vou ao Alentejo ou à Beira tento comprá-la nos mercados locais.
Fica assim mais 24h.
No dia do Almoço acendemos o forno nos 210º logo às 7.00H. Meia hora depois mete-se o Perú. Costumo colocar algumas nozes da melhor banha possível em cima da ave, bem assim como duas ou três malaguetas vermelhas.
Nota sobre a Banha: há quem utilize margarina. Desde que fui convidado para visitar a fábrica de margarinas da Lever fiquei-lhes com um enjoo tão grande que nunca mais a pude utilizar. Banha, Azeite ou Manteiga é o que recomendo. Mas a banha, para o caso vertente de um animal de aviário, tem mais sabor...
Quando há recheio - picado mandado fazer no talho com um chouriço de carne, 150g de vitela, 150g de porco, temperados com sal e pimenta, a que se juntam dois pães embebidos em leite - introduz-se no bucho do Perú nessa altura.
Quando não há (o que prefiro) enfio um Limão partido ao meio e muito bem lavado nos "interiores" do animal.
Rego o perú com bom vinho da Madeira.
Em princípio e por causa da "massa de alho" não precisa de mais sal. Mas vão provando o molho...
Vamos virando o Perú e regando sempre com o Madeira. Demora cerca de 5 horas a assar, para uma ave de perto de 5 Kg. Espeta-se um palito para termos a certeza. Quando sair seco está assado.
Antes de servir abre-se a janela da cozinha e deixa-se o Perú "a constipar" alguns minutos. Serve esta operação para estalar a pele.
E pronto, lá se consegue disfarçar a coisa...
A Gastronomia Inevitável da "Saison"
Estejam descansados que não vou falar só de Perú, ave que era de carne delicadíssima quando selvagem nas suas origens Ameríndias, ou mesmo quando , já domesticada e aqui em Portugal, viajava em bandos e comia da terra o que lá havia, no Alentejo e no Ribatejo.
Hoje é um McDonald´s ambulante alimentado a farinha de peixe...
Venho sim e obviamente, falar um pouco da Tradição do Natal: Consoada e Dia de Natal em terras portuguesas.
Aqui começa o problema, porque existe só um Natal, mas há várias formas de o celebrar gastronomicamente, de acordo com as regiões do País.
Desde a célebre refeição de Natal do Minho - que segundo Ramalho Ortigão, "desbancava todos os banquetes de Paris" - até às formas alternativas que os transtaganos têm de celebrar a mesma data.
Quando a Missa do Galo ainda era mais do que um episódio social compreende-se que não havia muito tempo, na véspera de Natal, para estarem as donas de casa atascadas na cozinha.
A mesa ficava posta de tarde - e assim se mantinha até aos Reis - e a comidinha da ceia tinha de ser escolhida para ser integrada no ritmo da liturgia.
Quando a Missa era à meia-noite, comia-se antes. Quando a Missa era às 21.00H comia-se depois.
Daí que o "fiel amigo" fosse "apertado" em breve fervura, assim como as batatas e as pencas (couves portuguesas) para depois da chegada da Missa ser apenas necessário um quarto de hora para começar a ceia.
No Norte o Polvo, em filetes, destrona o Bacalhau cozido como Ceia preferente.
Ainda antes de deitar fazem-se os fritos: filhoses, rabanadas, sonhos de abóbora, etc... bebe-se um Porto Vintage ou um Grogue, feito com Vinho Verde, açucar e canela.
A "deita" nunca se fazia antes das 2h ou das 3h da manhã.
Começava o Dia de Natal com mais outra Missa - desta vez às 10.00H ou às 11.00H - e vinha-se tratar do almoçinho.
Para quem se deitou tarde, almoçavasse "roupa velha " feita com as sobras do bacalhau da véspera e das couves.
Ao Jantar (ou ao almoço dos bem dormidos) : Cabrito serrano com batatinhas pequenas, no Norte e Centro; Lombo de Porco ou Caça, no Alentejo e Sul. E o tal Perú que se introduziu nos nossos hábitos alimentares a partir do Século XIX, um pouco por todo o País.
Em Trás-os -Montes era tradição fazer neste dia o Cozido Rico, onde entravam todas as espécies de carnes de vaca e de porco, frescas ou fumadas. Também - o que é curioso - em certas localidades Algarvias.
Sobremesas tradicionais eram o Leite Creme queimado no fogão com ferro em brasa e o Arroz Doce, numas terras sem ovos, para comer junto com o leite-creme, noutras com as gemas incorporadas.
Hoje é um McDonald´s ambulante alimentado a farinha de peixe...
Venho sim e obviamente, falar um pouco da Tradição do Natal: Consoada e Dia de Natal em terras portuguesas.
Aqui começa o problema, porque existe só um Natal, mas há várias formas de o celebrar gastronomicamente, de acordo com as regiões do País.
Desde a célebre refeição de Natal do Minho - que segundo Ramalho Ortigão, "desbancava todos os banquetes de Paris" - até às formas alternativas que os transtaganos têm de celebrar a mesma data.
Quando a Missa do Galo ainda era mais do que um episódio social compreende-se que não havia muito tempo, na véspera de Natal, para estarem as donas de casa atascadas na cozinha.
A mesa ficava posta de tarde - e assim se mantinha até aos Reis - e a comidinha da ceia tinha de ser escolhida para ser integrada no ritmo da liturgia.
Quando a Missa era à meia-noite, comia-se antes. Quando a Missa era às 21.00H comia-se depois.
Daí que o "fiel amigo" fosse "apertado" em breve fervura, assim como as batatas e as pencas (couves portuguesas) para depois da chegada da Missa ser apenas necessário um quarto de hora para começar a ceia.
No Norte o Polvo, em filetes, destrona o Bacalhau cozido como Ceia preferente.
Ainda antes de deitar fazem-se os fritos: filhoses, rabanadas, sonhos de abóbora, etc... bebe-se um Porto Vintage ou um Grogue, feito com Vinho Verde, açucar e canela.
A "deita" nunca se fazia antes das 2h ou das 3h da manhã.
Começava o Dia de Natal com mais outra Missa - desta vez às 10.00H ou às 11.00H - e vinha-se tratar do almoçinho.
Para quem se deitou tarde, almoçavasse "roupa velha " feita com as sobras do bacalhau da véspera e das couves.
Ao Jantar (ou ao almoço dos bem dormidos) : Cabrito serrano com batatinhas pequenas, no Norte e Centro; Lombo de Porco ou Caça, no Alentejo e Sul. E o tal Perú que se introduziu nos nossos hábitos alimentares a partir do Século XIX, um pouco por todo o País.
Em Trás-os -Montes era tradição fazer neste dia o Cozido Rico, onde entravam todas as espécies de carnes de vaca e de porco, frescas ou fumadas. Também - o que é curioso - em certas localidades Algarvias.
Sobremesas tradicionais eram o Leite Creme queimado no fogão com ferro em brasa e o Arroz Doce, numas terras sem ovos, para comer junto com o leite-creme, noutras com as gemas incorporadas.
segunda-feira, dezembro 19, 2005
sexta-feira, dezembro 16, 2005
As sondagens e as desistências
Como observador não gostei nada da investida dos amigos de Mário Soares apelando à desistência dos restantes candidatos de esquerda
Será que este apelo é mesmo sincero?
Será que querem mesmo a desistência?
Na minha opinião a resposta é: Não.
A desistência dos três candidatos não gera mais votantes do que a soma das partes... sendo até mesmo provável que alguns se abstivessem.
Mas se a resposta é não, pergunta-se: Porque esta investida?
Este apelo cria um “facto político”: cria a sensação de não haver dúvidas que o Mário Soares passa à segunda volta.
E com este movimento gera-se a desmotivação, a descrença e o desânimo nas outras candidaturas de esquerda.
Consequência imediata: é uma ajuda forte para que finalmente nas sondagens Soares descole do Alegre.
Esta é a minha leitura
E continuo a afirmar que não gosto deste tipo de golpes baixos
Para Sorrir
Com a devida Vénia aos Amigos do "Loja de Ideias"e a "Geo Sapiens":
Aqui vai uma sugestão para ser atendido com prioridade nos Hospitais Portugueses.
Está doente?
Dirija-se a um hospital.
E diga que lhe morreram as galinhas todas.
Fazem-lhe todos os exames....
e com sorte ainda aparece na televisão.
Aqui vai uma sugestão para ser atendido com prioridade nos Hospitais Portugueses.
Está doente?
Dirija-se a um hospital.
E diga que lhe morreram as galinhas todas.
Fazem-lhe todos os exames....
e com sorte ainda aparece na televisão.
Eleições Presidenciais - A Análise dos "Apelos" e outros "Gritos de Alma"
Assistimos ontem e já hoje a uma série de "apelos" de gente grada do Partido Socialista, com o objectivo de unir a Esquerda logo à primeira volta e de contrariar desta forma a supremacia expectável de Cavaco Silva, vencedor "avant la lettre" e que poderá "malgré lui" ganhar as Eleições logo a 22 de Janeiro, sem necessidade nenhuma de 2ª Volta.
É importante percebermos duas coisas:
1) Todos os Partidos estão na posse de elementos sobre o comportamento eleitoral em Janeiro com maior índice de "refrescamento" - isto é, mais actuais - do que as Sondagens que vêm a público em datas certas.
Desta forma parece óbvio que o Horizonte "Vitória de Cavaco à 1ª Volta" deve estar cada vez mais pré-determinado com base na monitorização quase diária que os Partidos mandam fazer das intenções de voto dos Portugueses.
Eu próprio já aqui o afirmei em Posts anteriores: "parece-me difícil, no âmbito da minha experiência, que quem parte com esta vantagem venha a perder as Eleições, mas tudo depende da Campanha e dos Debates"
Ora os Debates têm sido tão estimulantes como o último filme do Manoel Oliveira (perdoe-se-me a comparação, mas fui vê-lo e sei do que estou a falar...)
2) Por outro lado, quem garante que a existência de dois candidatos apenas - Reparem que não me pronuncio sobre quem seria à esquerda o oponente de Cavaco! - dará menos probabilidade à Vitória de Cavaco à 1ª Volta?
A resposta está na Abstenção:
a) Dirão uns - "Idas às Urnas a dois são mais dramáticas, as posições extremadas geram mais polémica e mais ruído mediático, a Abstenção, nessas condições tem tendência a diminuir"
b) Mas, dirão outros - "Com a retirada voluntária de alguns candidatos da Esquerda as hostes respectivas desmotivam-se, os Eleitorados naturais perdem algum interesse, a Abstenção terá tendência a aumentar por esses factores".
O engraçado é que ambos os fenómenos a) e b) se verificam ao mesmo tempo, como o prova a literatura mais actualizada e credível sobre esta matéria!!
Mas este "jogo" não tem soma nula! Isto é, o número dos que se motivam mais com a extremação de posições não é igual ao dos que se desmotivam com o abandono dos seus candidatos!
O Problema está em saber qual o factor (positivo ou negativo face à Abstenção total) pesa mais no caso vertente!
Eu, por enquanto, não arrisco prognósticos.
Prometo, como já é costume, dar a minha opinião sobre Vitória ou não de Cavaco à 1ª Volta e ainda sobre quem será o candidato da Esquerda mais votado (reparem que não digo "o que passa à 2ª Volta...") quando tiver os meus últimos resultados de Sondagem, entre 15 e 18 de Janeiro.
É importante percebermos duas coisas:
1) Todos os Partidos estão na posse de elementos sobre o comportamento eleitoral em Janeiro com maior índice de "refrescamento" - isto é, mais actuais - do que as Sondagens que vêm a público em datas certas.
Desta forma parece óbvio que o Horizonte "Vitória de Cavaco à 1ª Volta" deve estar cada vez mais pré-determinado com base na monitorização quase diária que os Partidos mandam fazer das intenções de voto dos Portugueses.
Eu próprio já aqui o afirmei em Posts anteriores: "parece-me difícil, no âmbito da minha experiência, que quem parte com esta vantagem venha a perder as Eleições, mas tudo depende da Campanha e dos Debates"
Ora os Debates têm sido tão estimulantes como o último filme do Manoel Oliveira (perdoe-se-me a comparação, mas fui vê-lo e sei do que estou a falar...)
2) Por outro lado, quem garante que a existência de dois candidatos apenas - Reparem que não me pronuncio sobre quem seria à esquerda o oponente de Cavaco! - dará menos probabilidade à Vitória de Cavaco à 1ª Volta?
A resposta está na Abstenção:
a) Dirão uns - "Idas às Urnas a dois são mais dramáticas, as posições extremadas geram mais polémica e mais ruído mediático, a Abstenção, nessas condições tem tendência a diminuir"
b) Mas, dirão outros - "Com a retirada voluntária de alguns candidatos da Esquerda as hostes respectivas desmotivam-se, os Eleitorados naturais perdem algum interesse, a Abstenção terá tendência a aumentar por esses factores".
O engraçado é que ambos os fenómenos a) e b) se verificam ao mesmo tempo, como o prova a literatura mais actualizada e credível sobre esta matéria!!
Mas este "jogo" não tem soma nula! Isto é, o número dos que se motivam mais com a extremação de posições não é igual ao dos que se desmotivam com o abandono dos seus candidatos!
O Problema está em saber qual o factor (positivo ou negativo face à Abstenção total) pesa mais no caso vertente!
Eu, por enquanto, não arrisco prognósticos.
Prometo, como já é costume, dar a minha opinião sobre Vitória ou não de Cavaco à 1ª Volta e ainda sobre quem será o candidato da Esquerda mais votado (reparem que não digo "o que passa à 2ª Volta...") quando tiver os meus últimos resultados de Sondagem, entre 15 e 18 de Janeiro.
Homenagem a um Grande Erudito
Dei ontem um pulo à Gulbenkian para assistir ao início das Conferências que recordam a memória de Padre Manuel Antunes (Companhia de Jesus) insigne Ensaísta, Professor da Faculdade de Letras de Lisboa, Filósofo, Historiador e (talvez) o maior Professor de Humanidades (Antiguidade Clássica) que tivemos. Foi Redactor e depois Director da Brotéria, onde começou a escrever, tendo-nos deixado uma série de Livros notáveis.
As aulas do Padre Manuel Antunes estavam cheias até aos corredores, de diversas pessoas que nada tinham a ver com a Faculdade... Quase que não sobrava espaço para os verdadeiros alunos!
Nessa altura eu era Estudante do ISCTE e já fazia questão de estar presente quando os meus horários o permitiam.
Manuel Antunes foi convidado para ensinar na Faculdade de Letras por Vitorino Nemésio e era grandioso ver - nas suas aulas - logo nas primeiras filas, Nemésio, David Mourão-Ferreira, Virgínia Rau (só para citar alguns dos grandes professores de Letras da altura) e o Padre Manuel Antunes aflito com a honra: " Oh Senhor Professor para que se esteve a incomodar? Venha aqui para a frente para a mesa..."
Comunicador nato e um grande espírito de erudição (leccionava História da Antiguidade Clássica, no Curso de Filosofia da FL) foi também um Homem moderno, aberto aos ventos de mudança e que saudou a Revolução de Abril - em entrevistas na rádio e nos jornais - como perfeitamente benéfica para arejar as empoeiradas salas de aula do Ensino Superior.
Bem fez o Senhor Presidente da República por se ter associado a esta justíssima homenagem!
As aulas do Padre Manuel Antunes estavam cheias até aos corredores, de diversas pessoas que nada tinham a ver com a Faculdade... Quase que não sobrava espaço para os verdadeiros alunos!
Nessa altura eu era Estudante do ISCTE e já fazia questão de estar presente quando os meus horários o permitiam.
Manuel Antunes foi convidado para ensinar na Faculdade de Letras por Vitorino Nemésio e era grandioso ver - nas suas aulas - logo nas primeiras filas, Nemésio, David Mourão-Ferreira, Virgínia Rau (só para citar alguns dos grandes professores de Letras da altura) e o Padre Manuel Antunes aflito com a honra: " Oh Senhor Professor para que se esteve a incomodar? Venha aqui para a frente para a mesa..."
Comunicador nato e um grande espírito de erudição (leccionava História da Antiguidade Clássica, no Curso de Filosofia da FL) foi também um Homem moderno, aberto aos ventos de mudança e que saudou a Revolução de Abril - em entrevistas na rádio e nos jornais - como perfeitamente benéfica para arejar as empoeiradas salas de aula do Ensino Superior.
Bem fez o Senhor Presidente da República por se ter associado a esta justíssima homenagem!
quinta-feira, dezembro 15, 2005
quarta-feira, dezembro 14, 2005
Soares 0 - Alegre 0
Rapto do Serralho... em vez do debate Cavaco - Jerónimo
Estreada com grande sucesso em Viena em 1782, o Rapto do Serralho é considerada por muitos como a primeira ópera alemã. Quando o imperador ouviu esta obra, na noite de estreia, acrescentou ao seu elogio que "ela contém um número muito grande de notas". O compositor teria respondido que se tratava de "tantas notas quanto eram necessárias",
Vejamos a história contada nesta Ópera:
Belmonte desembarcando na costa turca à procura de sua noiva Constanze, raptada juntamente com Blonde, sua criada, e Pedrilho, valete de Belmont.
Presa na residência do paxá Selim ela é cortejada mas não se entrega, mesmo sob a ameaça de tortura. Passando-se por um arquitecto famoso o namorado trama a libertação da amada, com apoio do seu valete, mas são surpreendidos na fuga.
Ao se revelar filho de Lostados, governador de Oran, seu inimigo, o paxá vê possibilidade de vingança, mas acaba perdoando Belmont, pois não quer se igualar ao governador, cuja crueldade despreza.
A história dos Árabes na Península Ibérica mostrou que eram muito mais tolerantes que os que vieram depois...
Esta tolerância não tem nada semelhante às condenações à morte que são exercidas em vários países, nomeadamente nos EUA.
Ontem mesmo Stanley Tookie Williams foi executado.
Mesmo em prisão iniciou um trabalho destinado a combater a violência de gangs juvenis (ele foi um líder dum gang que espalhou a violência em LA). Publicou livros, um site na Internet, nomeado várias vezes para o Nobel da Paz e embora em todo o mundo houvesse pedidos de clemência o governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger (tal como nos filmes) não perdoou.
Como são muito diferentes estas duas histórias!
Vejamos a história contada nesta Ópera:
Belmonte desembarcando na costa turca à procura de sua noiva Constanze, raptada juntamente com Blonde, sua criada, e Pedrilho, valete de Belmont.
Presa na residência do paxá Selim ela é cortejada mas não se entrega, mesmo sob a ameaça de tortura. Passando-se por um arquitecto famoso o namorado trama a libertação da amada, com apoio do seu valete, mas são surpreendidos na fuga.
Ao se revelar filho de Lostados, governador de Oran, seu inimigo, o paxá vê possibilidade de vingança, mas acaba perdoando Belmont, pois não quer se igualar ao governador, cuja crueldade despreza.
A história dos Árabes na Península Ibérica mostrou que eram muito mais tolerantes que os que vieram depois...
Esta tolerância não tem nada semelhante às condenações à morte que são exercidas em vários países, nomeadamente nos EUA.
Ontem mesmo Stanley Tookie Williams foi executado.
Mesmo em prisão iniciou um trabalho destinado a combater a violência de gangs juvenis (ele foi um líder dum gang que espalhou a violência em LA). Publicou livros, um site na Internet, nomeado várias vezes para o Nobel da Paz e embora em todo o mundo houvesse pedidos de clemência o governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger (tal como nos filmes) não perdoou.
Como são muito diferentes estas duas histórias!
terça-feira, dezembro 13, 2005
Reconhecimento Internacional dos Vinhos Portugueses
Tenho vindo a recolher informação dispersa mas consistente sobre artigos (citados em Portugal ou na Net) de jornais e Revistas especializadas estrangeiras sobre o panorama enológico de Portugal.
Ora vejamos:
a) Wine Enthusiast apresentou a sua lista dos 100 melhores vinhos do Mundo em 2005. Quatro eram portugueses (já aqui citados).
b) New York Times considera os Vinhos portugueses como "The next Big Thing".
c) Wine Spectator (talvez a mais conceituada Revista do mundo sobre Vinhos) colocou uma Empresa Portuguesa no grupo das 20 Empresas mundiais do ramo com melhor e mais consistente relação qualidade\preço (Caves Aliança).
d)Wall Street Journal fez uma prova de 50 vinhos portugueses, todos retirados das prateleiras de lojas e super-mercados de NY, e todos por menos de 20 USD, tendo concluído que "combinam muito bem com uma extraordinária variedade de pratos e são mais baratos do que os outros".
e) Rough Guides (Edição de 2005) considera que "o País vive num isolamento esplêndido(!?) e os seus vinhos são hoje reconhecidos pela excelência"
As escolhas do NYTimes de Grandes Vinhos portugueses aqui ficam como curiosidade:
Excelentes
Vale Meão 2001
Vinha do Fojo 1998
Pintas 2001
Gaivosa 1997
Muito Bons
JMF Domini 2000
Quinta da Manuela 2000 (Crasto)
Quinta dos 4 Ventos 2000
Se pensarmos que, há 4 ou 5 anos atrás apenas o Grande Senhor do Douro "Porto - Quinta do Noval Nacional" aparecia referenciado como um dos melhores vinhos do mundo nos seus anos de Excelência, como 1994 ...
Percorremos um caminho longo e difícil, e estamos - diria eu com alguma humildade - às portas do reconhecimento enológico internacional, mesmo assim muito atrás da França, EUA, Espanha ou da Itália e já ultrapassados pelo Chile e pela Austrália.
Vamos a ver se não nos deixamos inebriar por estes preâmbulos e deitar tudo a perder quando chegarmos aos "finalmente"...
Ora vejamos:
a) Wine Enthusiast apresentou a sua lista dos 100 melhores vinhos do Mundo em 2005. Quatro eram portugueses (já aqui citados).
b) New York Times considera os Vinhos portugueses como "The next Big Thing".
c) Wine Spectator (talvez a mais conceituada Revista do mundo sobre Vinhos) colocou uma Empresa Portuguesa no grupo das 20 Empresas mundiais do ramo com melhor e mais consistente relação qualidade\preço (Caves Aliança).
d)Wall Street Journal fez uma prova de 50 vinhos portugueses, todos retirados das prateleiras de lojas e super-mercados de NY, e todos por menos de 20 USD, tendo concluído que "combinam muito bem com uma extraordinária variedade de pratos e são mais baratos do que os outros".
e) Rough Guides (Edição de 2005) considera que "o País vive num isolamento esplêndido(!?) e os seus vinhos são hoje reconhecidos pela excelência"
As escolhas do NYTimes de Grandes Vinhos portugueses aqui ficam como curiosidade:
Excelentes
Vale Meão 2001
Vinha do Fojo 1998
Pintas 2001
Gaivosa 1997
Muito Bons
JMF Domini 2000
Quinta da Manuela 2000 (Crasto)
Quinta dos 4 Ventos 2000
Se pensarmos que, há 4 ou 5 anos atrás apenas o Grande Senhor do Douro "Porto - Quinta do Noval Nacional" aparecia referenciado como um dos melhores vinhos do mundo nos seus anos de Excelência, como 1994 ...
Percorremos um caminho longo e difícil, e estamos - diria eu com alguma humildade - às portas do reconhecimento enológico internacional, mesmo assim muito atrás da França, EUA, Espanha ou da Itália e já ultrapassados pelo Chile e pela Austrália.
Vamos a ver se não nos deixamos inebriar por estes preâmbulos e deitar tudo a perder quando chegarmos aos "finalmente"...
segunda-feira, dezembro 12, 2005
2.140 > 30.000?
Segundo Bush morreram no Iraque:
2140 Americanos...
e 30.000 Iraquianos (mais ou menos...)
Há, no entanto, imensas diferenças:
Os americanos são um número preciso, têm nome, família, história, funerais pagos, etc.
Os Iraquianos, são um qualquer número.
Não contam!
E segundo organizações independentes as mortes são cerca de 100.000.
Dolorosos números em nome da democracia
As Malheiras, O Senhor Palhares e o Nosso Paulo Palhares
O mundo é Pequeno para tanto Português... Ora tomem lá este Comentário do Amigo Paulo Palhares sobre a gastronomia de Viana:
Caro Raul
Fico muito satisfeito pela recepção gastronómica com que um parente meu te presenteou. O meu avô Manuel Palhares, natural da freguesia de Lara, Concelho de Monção, foi para Angola em fins do sec. XIX e aí teve numerosa prole, sendo eu um dos seus descendentes.
Pela citação a família Palhares ( ramos europeu e africano) agradece.
Paulo Palhares
Caro Raul
Fico muito satisfeito pela recepção gastronómica com que um parente meu te presenteou. O meu avô Manuel Palhares, natural da freguesia de Lara, Concelho de Monção, foi para Angola em fins do sec. XIX e aí teve numerosa prole, sendo eu um dos seus descendentes.
Pela citação a família Palhares ( ramos europeu e africano) agradece.
Paulo Palhares
O Erro na minha Amostra
Alguns Colegas têm posto em causa o facto de não se mencionar o Erro do Processo Amostral que é utilizado nestas minhas previsões "académicas".
Lembro que o Erro das Sondagens publicadas é, grosseiramente, calculado em função da dimensão da Amostra.
Erro = Ao Inverso da Raíz Quadrada de "n".
O pressuposto deste cálculo é uma Amostragem Aleatória, com probabilidades teóricas semelhantes para o Sucesso e para o Insucesso. Falamos em probabilidades semelhantes pois são as que Maximizam a Variância do estudo, constituindo assim a hipótese mais pessimista possível, dentro do mesmo enquadramento amostral. Chama-se a isto "jogar à defesa".
Para apenas 230 Entrevistas o Erro calculado desta forma aproximar-se-ia dos 7%. O que é muito grande face ao habitual.
Mas...Quando a constituição da Amostra não é Aleatória e é bem feita, segmentada por variáveis que nós pensamos ser bem ajustadas à explicação dos comportamentos, a sua dimensão não condiciona demasiado os resultados!
É este o segredo da boa Amostragem: Adivinhar que dimensões\variáveis condicionam a tomada de Decisão.
Simplesmente, nestes casos de procedimentos não aleatórios a Estatística não nos permite calcular o Erro associado ao Estudo...
Não é que ele (erro) não exista! Existe sempre, mas não sabemos dimensioná-lo ANTES do acontecimento (A Eleição) se verificar.
Apenas "Depois" das Eleições podemos ter a noção se acertámos ou se errámos...
Lembro que o Erro das Sondagens publicadas é, grosseiramente, calculado em função da dimensão da Amostra.
Erro = Ao Inverso da Raíz Quadrada de "n".
O pressuposto deste cálculo é uma Amostragem Aleatória, com probabilidades teóricas semelhantes para o Sucesso e para o Insucesso. Falamos em probabilidades semelhantes pois são as que Maximizam a Variância do estudo, constituindo assim a hipótese mais pessimista possível, dentro do mesmo enquadramento amostral. Chama-se a isto "jogar à defesa".
Para apenas 230 Entrevistas o Erro calculado desta forma aproximar-se-ia dos 7%. O que é muito grande face ao habitual.
Mas...Quando a constituição da Amostra não é Aleatória e é bem feita, segmentada por variáveis que nós pensamos ser bem ajustadas à explicação dos comportamentos, a sua dimensão não condiciona demasiado os resultados!
É este o segredo da boa Amostragem: Adivinhar que dimensões\variáveis condicionam a tomada de Decisão.
Simplesmente, nestes casos de procedimentos não aleatórios a Estatística não nos permite calcular o Erro associado ao Estudo...
Não é que ele (erro) não exista! Existe sempre, mas não sabemos dimensioná-lo ANTES do acontecimento (A Eleição) se verificar.
Apenas "Depois" das Eleições podemos ter a noção se acertámos ou se errámos...
Presidenciais - A Segunda Volta
Resultados "quentinhos" mandados agora da faculdade para complementar os de há pouco...
Cavaco Silva - 68%
Manuel Alegre - 32%
Cavaco Silva - 67%
Mário Soares - 33%
Nada de novo se não uma consistência face aos tremendos "empates técnicos" anteriormente relevados em duas questões essenciais.
a) Cavaco ganha à Primeira Volta ou não?
b) Soares ou Alegre para uma hipotética Segunda Volta?
Importa dizer que estes e os outros Resultados previsionais foram calculados com base em entrevistas realizadas entre 6 e 11 de Dezembrom portanto com já alguma influência dos debates.
Mas lembro a todos o texto magistral de Pedro Magalhães, no seu Margens de Erro, sobre a influência dos Debates no Voto Popular...
Próximas (e últimas previsões) entre 13 e 18 de Janeiro.
Cavaco Silva - 68%
Manuel Alegre - 32%
Cavaco Silva - 67%
Mário Soares - 33%
Nada de novo se não uma consistência face aos tremendos "empates técnicos" anteriormente relevados em duas questões essenciais.
a) Cavaco ganha à Primeira Volta ou não?
b) Soares ou Alegre para uma hipotética Segunda Volta?
Importa dizer que estes e os outros Resultados previsionais foram calculados com base em entrevistas realizadas entre 6 e 11 de Dezembrom portanto com já alguma influência dos debates.
Mas lembro a todos o texto magistral de Pedro Magalhães, no seu Margens de Erro, sobre a influência dos Debates no Voto Popular...
Próximas (e últimas previsões) entre 13 e 18 de Janeiro.
Presidenciais 2006 - As nossas Previsões
Mais um capítulo das Previsões feitas com base num Processo Amostral sui generis, por entrevista telefónica mas limitado (pela falta de verba...) a 230 entrevistas feitas por alunos, no âmbito de uma formatação pedagógica.
Já sabem que indecisos, etc... foram divididos pelos Candidatos com base em pressupostos específicos, onde entra o resultado das últimas Legislativas.
Cavaco Silva - 50%
Manuel Alegre - 20%
Mário Soares- 20%
Jerónimo de Sousa - 6%
Francisco Louçã- 4%
Empate Técnico de Mário Soares e de Manuel Alegre
Cavaco continua com hipóteses de ganhar à 1ª Volta, mas perde algum terreno.
Observação Importante - a Abstenção está ao mesmo nível... O que é mau sinal para a esquerda vista como um todo; menor abstenção obrigará a uma segunda volta quse que de certeza...
Já sabem que indecisos, etc... foram divididos pelos Candidatos com base em pressupostos específicos, onde entra o resultado das últimas Legislativas.
Cavaco Silva - 50%
Manuel Alegre - 20%
Mário Soares- 20%
Jerónimo de Sousa - 6%
Francisco Louçã- 4%
Empate Técnico de Mário Soares e de Manuel Alegre
Cavaco continua com hipóteses de ganhar à 1ª Volta, mas perde algum terreno.
Observação Importante - a Abstenção está ao mesmo nível... O que é mau sinal para a esquerda vista como um todo; menor abstenção obrigará a uma segunda volta quse que de certeza...
Os Aristocratas Esquecidos - Generosos de Portugal
De facto (vide Post do A.A.Campos) nem só de Porto vive o panorama dos grandes vinhos licorosos ou generosos de Portugal:
O da Madeira , excelente sobretudo o que é feito de "canteiro".
O Moscatel da península de Setúbal (JMF ou Bacalhoa)
E o antiquíssimo Carcavelos, agora em vias de extinção depois do falecimento do Dr. Bulhosa.
Não devemos, contudo, tirar mérito à respectiva utilização na alta gastronomia. Nem que seja pela publicidade gratuita que fazem aos Vinhos...
O problema está em que muita gente utiliza nas preparações gastronómicas "arremedos" de vinhos, sejam eles Portos ou Madeiras, ao invés de investir em produtos de grande qualidade ( e que, passe a graça , também servem para ir consolando o "queima cebolas" de serviço com o que vai ficando na garrafa...)
O da Madeira , excelente sobretudo o que é feito de "canteiro".
O Moscatel da península de Setúbal (JMF ou Bacalhoa)
E o antiquíssimo Carcavelos, agora em vias de extinção depois do falecimento do Dr. Bulhosa.
Não devemos, contudo, tirar mérito à respectiva utilização na alta gastronomia. Nem que seja pela publicidade gratuita que fazem aos Vinhos...
O problema está em que muita gente utiliza nas preparações gastronómicas "arremedos" de vinhos, sejam eles Portos ou Madeiras, ao invés de investir em produtos de grande qualidade ( e que, passe a graça , também servem para ir consolando o "queima cebolas" de serviço com o que vai ficando na garrafa...)
domingo, dezembro 11, 2005
Vinho da Madeira
O Raul desafia um leitor a falar de vinhos do Porto... ou se calhar Generoso e/ou Douro...
Perante esta proposta, e como madeirense, não posso ficar estático:
Os portugueses continuam a beber pouco Madeira mas há algo que é preciso que se diga: um velho Madeira, com mais de cem anos é, regra geral, melhor e apresenta mais saúde que um Porto com a mesma idade. São vinhos absolutamente magníficos e que merecem ser conhecidos porque não é admissível que um português não conheça um dos melhores vinhos generosos que se fazem no Mundo... (João Paulo Martins 2002
Boas propostas (O mesmo João Paulo Martins em 2006)
Blandy 1975 (Verão quente...)
Prova de 2005 – Perfeito no aroma, rico e cheio de notas de fruto seco e tons marítimos. Belo equilíbrio na boca, perto da perfeição, em virtude da proporção de todos os elementos.
Classificação 8 (num máximo de 8)
Bual 1964
Prova de 2005. Ganhou com os anos em casco, uma austeridade que é notável; todo ele está redondo, mas externamente vigoroso no aroma, impondo um perfil cheio de fruto seco. Muito bem proporcionado e redondo na boba, é um Bual muito afinado e cheio de personalidade...”
Classificação 7/8
Pode ser comprado na
Rua dos Ferreiros, 191,
9000-082 FUNCHAL
E não me venham dizer que o vinho da Madeira só serve para... temperos.
sexta-feira, dezembro 09, 2005
Um Desafio a um Leitor nosso
Talvez não saibam, mas temos como Leitor assíduo deste nosso Blogue um dos maiores conhecedores (não profissional) da temática de Vinhos do Porto, sobretudo de Vintages, dos quais tem - segundo me parece - uma colecção notável!
Ora esta temática do Vinho do Porto será - com pena minha - uma das que menos investiguei no panorama vitivinícola de Portugal, sem dúvida por - confesso - não ter sido habituado a apreciar esse nosso Ex-Libris em casa de meus Pais.
Blogue com peças de gastronomia e enologia, publicado em Portugal, e sem referência ao Vinho do Porto parece heresia!
Para a frente Amigo !
Manda-me os Posts que eu Publico!
Ora esta temática do Vinho do Porto será - com pena minha - uma das que menos investiguei no panorama vitivinícola de Portugal, sem dúvida por - confesso - não ter sido habituado a apreciar esse nosso Ex-Libris em casa de meus Pais.
Blogue com peças de gastronomia e enologia, publicado em Portugal, e sem referência ao Vinho do Porto parece heresia!
Para a frente Amigo !
Manda-me os Posts que eu Publico!
Comentário aos "peixes de Viana"
O Amigo João Araújo comenta com graça o Post sobre a "Taverna do Valentim":
"Finalmente um dedicado a doentes como eu. Peixe tem mercúrio, mas colesterol não.Tem sido um gratíssimo prazer visitar este blog. E não só por ser de amigos.
João Araújo
08 December, 2005"
"Finalmente um dedicado a doentes como eu. Peixe tem mercúrio, mas colesterol não.Tem sido um gratíssimo prazer visitar este blog. E não só por ser de amigos.
João Araújo
08 December, 2005"
Os CTT e a Dimensão Digital da Actividade Postal
Alguns Colegas e Amigos nossos fazem a seguinte Proposta que anexo:
OS CTT COMO OPERADOR MVNO
1. Na década de setenta, quando nos acolheu no seu seio, a Empresa ainda se dedicava ao transporte de correio (as correspondências, mas também as encomendas) e de telecomunicações.
Um pouco mais tarde, justamente quando no início dos anos noventa a fileira digital se separou da fileira postal, muito poucos terão sido os que então pensaram que uma nova reaproximação entre estas duas entidades seria uma mera questão de tempo.
Pois bem, o anúncio feito pelos CTT da prevista oferta ao mercado da CEPU aí está para nos provar a todos que, definitivamente, esse momento de reaproximação entre as duas fileiras entretanto chegou.
2. Sendo desde sempre adeptos incondicionais desta reaproximação, vimos transmitir a nossa perspectiva face aos objectivos que têm vindo a ser enunciados pelo PCA de oferta pelos CTT de produtos e serviços como MVNO (Mobile Virtual Network Operator).
De agora em diante pretendemos trazer ao conhecimento de todos alguns dos resultados dos estudos que temos vindo a fazer sobre este assunto; por ora, apenas resumiremos a base do que pensamos actualmente sobre o que poderá ser a oferta do MVNO dos CTT.
Os serviços incluirão aplicações em voz, dados e vídeo-conferência (a televisão não entrará no pacote da oferta).
A rede principal a utilizar será a do espectro radioeléctrico (incluindo as redes terrestre e por satélite).
O principal factor de sucesso do MVNO dos CTT consistirá na oferta às empresas de produtos diferenciadores e inovadores desenvolvidos para nichos de mercado de âmbito geográfico nacional (a oferta será do tipo de valor acrescentado, evitando-se assim o mais possível a venda exclusiva dos serviços básicos; desta forma teremos em vista não canibalizarmos os clientes dos MNO, nem alterarmos a sua escala, nem, finalmente, exercermos pressão sobre os preços); o desenho dos produtos visará sobretudo o segmento empresarial, na perspectiva B2C.
Haverá que considerar diversos grupos de produtos: "recuperação" das mensagens da fileira postal, negócios empresariais, negócios de base social (o "serviço digital universal"?), etc.
O pacote oferecido não poderá esquecer a chamada indústria dos conteúdos.
O(s) nosso(s) parceiro(s) deverá(ão) ser escolhido(s) com base na avaliação de diversos factores, sendo que alguns deles estão imbrincados entre si: preço de acesso ao MNO, qualidade, tecnologia (GSM? CDMA? outra?), terminais, quadro regulatório, etc.
A escolha do(s) parceiro(s) deverá entrar ainda em linha de conta com a adopção da estratégia considerada como sendo a mais adequada para alcançarmos os objectivos de longo prazo, face à forma de evolução mais provável do complexo quadro regulatório.
3. A entrada decidida da Empresa neste universo novo é urgente por diversas razões, algumas das quais são óbvias (chamada de atenção especial para o embrião que representou para este nosso trabalho o facto do Zé Manel Paz sempre ter trabalhado na rede radioeléctrica dos Correios).
Fazemos votos para que este debate se instale e desenvolva rapidamente e permita trazer ao conhecimento de todos o entendimento do que deverão vir a ser os formatos das modernas formas de envio de mensagens que surgirão em resposta às tecnologias e aos paradigmas das primeiras décadas do século vinte e um".
ACÍLIO GODINHO, ALBANO ROSA, JOSÉ MANUEL PAZ e PAULO PALHARES
OS CTT COMO OPERADOR MVNO
1. Na década de setenta, quando nos acolheu no seu seio, a Empresa ainda se dedicava ao transporte de correio (as correspondências, mas também as encomendas) e de telecomunicações.
Um pouco mais tarde, justamente quando no início dos anos noventa a fileira digital se separou da fileira postal, muito poucos terão sido os que então pensaram que uma nova reaproximação entre estas duas entidades seria uma mera questão de tempo.
Pois bem, o anúncio feito pelos CTT da prevista oferta ao mercado da CEPU aí está para nos provar a todos que, definitivamente, esse momento de reaproximação entre as duas fileiras entretanto chegou.
2. Sendo desde sempre adeptos incondicionais desta reaproximação, vimos transmitir a nossa perspectiva face aos objectivos que têm vindo a ser enunciados pelo PCA de oferta pelos CTT de produtos e serviços como MVNO (Mobile Virtual Network Operator).
De agora em diante pretendemos trazer ao conhecimento de todos alguns dos resultados dos estudos que temos vindo a fazer sobre este assunto; por ora, apenas resumiremos a base do que pensamos actualmente sobre o que poderá ser a oferta do MVNO dos CTT.
Os serviços incluirão aplicações em voz, dados e vídeo-conferência (a televisão não entrará no pacote da oferta).
A rede principal a utilizar será a do espectro radioeléctrico (incluindo as redes terrestre e por satélite).
O principal factor de sucesso do MVNO dos CTT consistirá na oferta às empresas de produtos diferenciadores e inovadores desenvolvidos para nichos de mercado de âmbito geográfico nacional (a oferta será do tipo de valor acrescentado, evitando-se assim o mais possível a venda exclusiva dos serviços básicos; desta forma teremos em vista não canibalizarmos os clientes dos MNO, nem alterarmos a sua escala, nem, finalmente, exercermos pressão sobre os preços); o desenho dos produtos visará sobretudo o segmento empresarial, na perspectiva B2C.
Haverá que considerar diversos grupos de produtos: "recuperação" das mensagens da fileira postal, negócios empresariais, negócios de base social (o "serviço digital universal"?), etc.
O pacote oferecido não poderá esquecer a chamada indústria dos conteúdos.
O(s) nosso(s) parceiro(s) deverá(ão) ser escolhido(s) com base na avaliação de diversos factores, sendo que alguns deles estão imbrincados entre si: preço de acesso ao MNO, qualidade, tecnologia (GSM? CDMA? outra?), terminais, quadro regulatório, etc.
A escolha do(s) parceiro(s) deverá entrar ainda em linha de conta com a adopção da estratégia considerada como sendo a mais adequada para alcançarmos os objectivos de longo prazo, face à forma de evolução mais provável do complexo quadro regulatório.
3. A entrada decidida da Empresa neste universo novo é urgente por diversas razões, algumas das quais são óbvias (chamada de atenção especial para o embrião que representou para este nosso trabalho o facto do Zé Manel Paz sempre ter trabalhado na rede radioeléctrica dos Correios).
Fazemos votos para que este debate se instale e desenvolva rapidamente e permita trazer ao conhecimento de todos o entendimento do que deverão vir a ser os formatos das modernas formas de envio de mensagens que surgirão em resposta às tecnologias e aos paradigmas das primeiras décadas do século vinte e um".
ACÍLIO GODINHO, ALBANO ROSA, JOSÉ MANUEL PAZ e PAULO PALHARES
quinta-feira, dezembro 08, 2005
Soares 0 - Jerónimo 0
E Soares disse que o primeiro debate tinha sido desinteressante...
Empate a zero é o resultado!
Alegre, Louça e Cavaco ganharam mesmo sem estarem presentes...
Empate a zero é o resultado!
Alegre, Louça e Cavaco ganharam mesmo sem estarem presentes...
quarta-feira, dezembro 07, 2005
Gastronomia em Viana : O Segredo das margens do Lis
Hesitei se deveria ou não escrever este comentário gastronómico.
Há tanta casa de altíssimo nível, mas mal preparada para as enchentes de público e que se tem "afundado" exactamente por causa da invulgar afluência e da pressão sobre a cozinha e sobre o serviço...
Mas, a quem quero eu enganar? Este Blog não é o Expresso!! Façam o favor de se servir das minhas recomendações, Ó dezenas de Leitores fiéis que nunca constituirão forma de pressão numérica que se veja ! Bem feito para os outros milhões que não terão acesso a estas "pérolas" da minha sabedoria...
Situem-se nos Correios de Viana - Estação Central na Av dos Combatentes, e não as modernas instalações lá mais para cima a caminho do IC1.
Vamos dar a direita aos CTT e começemos a descer a Avenida.
A uns 100 metros - sempre pela direita - encontramos a famosa e antiga Rua pedonal Manuel Espregueira, onde se alberga grande parte do comércio local.
Avancemos uns bons 500 metros nessa rua até chegarmos a um Largo com Igreja, o Largo de São Domingos.
Tomemos à esquerda a Rua Góis Pinho e, quando deparamos com o Café MuKaba viremos nessa esquina , à direita, para a Rua Monsenhor Daniel Machado, pequena viela que nos lembra a Mouraria (para quem é de Lisboa).
Mais 500 metros de caminho, mas agora com os olhos bem abertos! Sensivelmente a meio da Rua em causa , à direita, enconmtra-se uma discreta e pequena porta verde e janela da mesma cor, com pequeno letreiro indicador de que estamos perante a "Taverna do Valentim".
Acharam difícil? Então tentem encontrar esta Taverna à noite e a chover a cântaros...
Casa pequena (daí o intróito desta crónica) na posse da mesma família há mais de 80 anos.
Peixe, só peixe: fresco como o Mar o dá!
Mesmo assim tem pouca variedade, se não existir encomenda prévia. Mas..
Ali comi o melhor arroz de peixe que já passou por esta garganta!!
Com vinhos verdes (numa carta de pouca escolha) café e sem sobremesa - já não havia espaço! Dois viandantes pagaram a enormidade de ... 22€
Aproveitem e não divulguem muito!
Há tanta casa de altíssimo nível, mas mal preparada para as enchentes de público e que se tem "afundado" exactamente por causa da invulgar afluência e da pressão sobre a cozinha e sobre o serviço...
Mas, a quem quero eu enganar? Este Blog não é o Expresso!! Façam o favor de se servir das minhas recomendações, Ó dezenas de Leitores fiéis que nunca constituirão forma de pressão numérica que se veja ! Bem feito para os outros milhões que não terão acesso a estas "pérolas" da minha sabedoria...
Situem-se nos Correios de Viana - Estação Central na Av dos Combatentes, e não as modernas instalações lá mais para cima a caminho do IC1.
Vamos dar a direita aos CTT e começemos a descer a Avenida.
A uns 100 metros - sempre pela direita - encontramos a famosa e antiga Rua pedonal Manuel Espregueira, onde se alberga grande parte do comércio local.
Avancemos uns bons 500 metros nessa rua até chegarmos a um Largo com Igreja, o Largo de São Domingos.
Tomemos à esquerda a Rua Góis Pinho e, quando deparamos com o Café MuKaba viremos nessa esquina , à direita, para a Rua Monsenhor Daniel Machado, pequena viela que nos lembra a Mouraria (para quem é de Lisboa).
Mais 500 metros de caminho, mas agora com os olhos bem abertos! Sensivelmente a meio da Rua em causa , à direita, enconmtra-se uma discreta e pequena porta verde e janela da mesma cor, com pequeno letreiro indicador de que estamos perante a "Taverna do Valentim".
Acharam difícil? Então tentem encontrar esta Taverna à noite e a chover a cântaros...
Casa pequena (daí o intróito desta crónica) na posse da mesma família há mais de 80 anos.
Peixe, só peixe: fresco como o Mar o dá!
Mesmo assim tem pouca variedade, se não existir encomenda prévia. Mas..
Ali comi o melhor arroz de peixe que já passou por esta garganta!!
Com vinhos verdes (numa carta de pouca escolha) café e sem sobremesa - já não havia espaço! Dois viandantes pagaram a enormidade de ... 22€
Aproveitem e não divulguem muito!
terça-feira, dezembro 06, 2005
Braga-Parques à conquista de Lisboa...
Quem é que pode (sabe) explicar as negociatas que decorrem em Lisboa com os terrenos do Parque Mayer e da Feira Popular?
Os habitantes desta cidade têm o direito de saber a resposta!
Os habitantes desta cidade têm o direito de saber a resposta!
A Gastronomia em Viana - Parte 2
A tradição familiar , quando em Viana do Castelo, mandava os Moreiras comer na Cozinha das Malheiras, Restaurante na Rua Gago Coutinho, à Praça da República, mesmo no centro de Viana, onde pontifica na Sala há mais de 20 anos, o estimável Senhor Palhares.
Foi o que fiz nesta altura da visita a Vile de Punhe, jantando na véspera do Dia do Selo na "casa do Sr. Palhares".
Come-se muito bem nas Malheiras, sobretudo a Lampreia (que era a perdição de meu Pai) e o Sável .
Será um dos poucos Restaurantes em Portugal onde a escabechada de Sável pode ser encomendada para peixes inteiros de 2 ou 3 Kg (claro que têm de ficar 3 dias ou mais dentro do escabeche, para amolecer as espinhas e impregnar o sabor).
Não estávamos em Fevereiro ou em Março, por isso as propostas foram outras: Santola no seu Carro e Filetes de Pescada com Arroz de Tomate.
A primeira receita é típica de Viana e consiste numa Santola impressionantemente fresca e de bom tamanho, cozida ao momento e cujo recheio é depois complementado apenas com ovo cozido, molho cor de rosa (m. cocktail cá em Lisboa) salsa finamente picada e um tudo nada de sal e pimenta (piri-piri para quem gosta).
Tem de vir quente para a mesa (sinal de que foi mesmo cozida na altura) e , quando o bicho está bem cheio e ovado, é um monumento da cozinha nacional.
Os simples Filetes de Pescada são um Amigo antigo deste vosso cronista. Tenho registados os melhores restaurantes do País onde esta simples preparação da Pescada atinge os cumes da perfeição "lucular": Beira Mar em Cascais; Restaurantes António (a Leça) e Aleixo (a Campanhã), no Porto.
O segredo deste prato consiste em só servir peixe fresco, em não salgar nem temperar em demasia (um simples fio de sal mesmo antes de fritar é suficiente), em cortar os filetes grossos de pescadas com mais de 3 Kg e, finalmente, em saber fritar ao ponto, sem escurecer o polme.
Estes das Malheiras, embora não cortados tão altos como eu aprecio, estavam impecáveis de fescura e de fritura mesmo no ponto.
Não houve sobremesa, mas provou-se um Presunto de Melgaço, artesanal (sim, parece que ainda existe presunto em Restaurantes de Portugal para além do Pata Negra...) delicioso.
O Vinho , nas Malheiras, é sempre o Verde particular, Alvarinho ou Loureiro, de Lavrador Amigo do Sr. Palhares. A Aguardente de Vinho Verde envelhecida em casco, idem idem.
Com isto tudo, mais um café ( e o Hotel era a 100 metros a pé, fiquem descansados) paguei € 76 para duas pessoas.
Obrigado Amigo Palhares!
Foi o que fiz nesta altura da visita a Vile de Punhe, jantando na véspera do Dia do Selo na "casa do Sr. Palhares".
Come-se muito bem nas Malheiras, sobretudo a Lampreia (que era a perdição de meu Pai) e o Sável .
Será um dos poucos Restaurantes em Portugal onde a escabechada de Sável pode ser encomendada para peixes inteiros de 2 ou 3 Kg (claro que têm de ficar 3 dias ou mais dentro do escabeche, para amolecer as espinhas e impregnar o sabor).
Não estávamos em Fevereiro ou em Março, por isso as propostas foram outras: Santola no seu Carro e Filetes de Pescada com Arroz de Tomate.
A primeira receita é típica de Viana e consiste numa Santola impressionantemente fresca e de bom tamanho, cozida ao momento e cujo recheio é depois complementado apenas com ovo cozido, molho cor de rosa (m. cocktail cá em Lisboa) salsa finamente picada e um tudo nada de sal e pimenta (piri-piri para quem gosta).
Tem de vir quente para a mesa (sinal de que foi mesmo cozida na altura) e , quando o bicho está bem cheio e ovado, é um monumento da cozinha nacional.
Os simples Filetes de Pescada são um Amigo antigo deste vosso cronista. Tenho registados os melhores restaurantes do País onde esta simples preparação da Pescada atinge os cumes da perfeição "lucular": Beira Mar em Cascais; Restaurantes António (a Leça) e Aleixo (a Campanhã), no Porto.
O segredo deste prato consiste em só servir peixe fresco, em não salgar nem temperar em demasia (um simples fio de sal mesmo antes de fritar é suficiente), em cortar os filetes grossos de pescadas com mais de 3 Kg e, finalmente, em saber fritar ao ponto, sem escurecer o polme.
Estes das Malheiras, embora não cortados tão altos como eu aprecio, estavam impecáveis de fescura e de fritura mesmo no ponto.
Não houve sobremesa, mas provou-se um Presunto de Melgaço, artesanal (sim, parece que ainda existe presunto em Restaurantes de Portugal para além do Pata Negra...) delicioso.
O Vinho , nas Malheiras, é sempre o Verde particular, Alvarinho ou Loureiro, de Lavrador Amigo do Sr. Palhares. A Aguardente de Vinho Verde envelhecida em casco, idem idem.
Com isto tudo, mais um café ( e o Hotel era a 100 metros a pé, fiquem descansados) paguei € 76 para duas pessoas.
Obrigado Amigo Palhares!
Viagem a Vila de Punhe - Parte 2
As celebrações do Dia do Selo conseguiram reunir, em Vila de Punhe, no Salão Nobre da Junta de Freguesia local, mais de 150 Filatelistas vindos de todo o País, desde Santo André até Caminha (que fica perto...).
À primeira vista nada disto parece ser de mais, e até pareceria de menos para uma actividade com tantos "pergaminhos", mas quem, como eu, já presenciou muitos Dias do Selo tristonhos e apáticos, mesmo em Lisboa e no Porto, tem de reconher que as "hostes filatélicas" estavam neste ano bem motivadas!
E tantas crianças ocupando as primeiras filas do anfiteatro!
Essa foi a minha maior alegria: ouvir miúdos de 11 anos a falar de Filatelia e a fazer perguntas sobre as melhores formas de expor as suas colecções!
O enquadramento mediático, com jornalistas do Porto, de Viana e de Aveiro também foi inesperado (nada como descentralizar para obter cobertura jornalística!).
A presença do Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Viana, que discursou, também não é normal nestas circunstâncias ...
À primeira vista nada disto parece ser de mais, e até pareceria de menos para uma actividade com tantos "pergaminhos", mas quem, como eu, já presenciou muitos Dias do Selo tristonhos e apáticos, mesmo em Lisboa e no Porto, tem de reconher que as "hostes filatélicas" estavam neste ano bem motivadas!
E tantas crianças ocupando as primeiras filas do anfiteatro!
Essa foi a minha maior alegria: ouvir miúdos de 11 anos a falar de Filatelia e a fazer perguntas sobre as melhores formas de expor as suas colecções!
O enquadramento mediático, com jornalistas do Porto, de Viana e de Aveiro também foi inesperado (nada como descentralizar para obter cobertura jornalística!).
A presença do Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Viana, que discursou, também não é normal nestas circunstâncias ...
segunda-feira, dezembro 05, 2005
A Gastronomia da Visita a Vila de Punhe - O Manjar do Marquês (à Ida)
Lembram-se todos do Restaurante da Nacional 1, entre Leiria e Pombal, famoso pelos filetes de bacalhau e pelo arroz de tomate? Na altura em que não existia Auto-Estrada, e nas viagens para Seia, era minha paragem obrigatória para dar alento às quase 6 horas que demorava desde o Estoril até chegar às portas de casa dos meus sogros.
Ora bem, esse Restaurante está bem e recomenda-se!!
Para além do imenso balcão que acomoda os "Passantes" com menos tempo para comer, possui uma sala de jantar de aspecto muito cuidado, com bom serviço e excelente "amesendação" - cadeiras, mesas, toalhas e talheres de fazer inveja a muitos "Restaurantes de luxo" que existem em Lisboa.
Tem uma Cozinha de muito bom nível, feita pela Mãe do proprietário, mas, sobretudo, tem uma carta de vinhos e um serviço de vinhos ímpares: pelo gosto que o dono da casa pôe nesta vertente da sua oferta gastronómica, e ainda pela seriedade com que marca os Grandes Vinhos portugueses na sua carta.
Em mais parte nenhuma (daquilo que conheço em restauração) vi tão bons vinhos a preços tão próximos dos praticados no comércio de retalho!
Provei as entradas da casa (Tabuleiro com salada de bacalhau, salada de Polvo, croquetes, rissóis, pastéis de bacalhau a sair da frigideira e salada fresca de pepino, pimento e tomate). Continuei por um bacalhau assado no forno (excelente esta posta, comprada em Aveiro segundo me disseram).
Bebi um flute de espumante Bruto Vértice e uma garrafa de Foz do Arouce Tinto de 2001 (enfim, deixei metade por motivos óbvios).
Com um café paguei €35!! Imaginem o Foz de Arouce 2001 a 18€ por cada garrafa e o flute do Vértice a 2€!! Já comprei o mesmo Tinto em Garrafeiras por 15€...
Boa Comida, excelentes Vinhos a preços Honestíssimos: vale a pena o desvio de cerca de 15 minutos que se faz vindo na A1 e saindo no desvio "Pombal". Depois é só seguir os letreiros que indicam o "Manjar do Marquês"
Ora bem, esse Restaurante está bem e recomenda-se!!
Para além do imenso balcão que acomoda os "Passantes" com menos tempo para comer, possui uma sala de jantar de aspecto muito cuidado, com bom serviço e excelente "amesendação" - cadeiras, mesas, toalhas e talheres de fazer inveja a muitos "Restaurantes de luxo" que existem em Lisboa.
Tem uma Cozinha de muito bom nível, feita pela Mãe do proprietário, mas, sobretudo, tem uma carta de vinhos e um serviço de vinhos ímpares: pelo gosto que o dono da casa pôe nesta vertente da sua oferta gastronómica, e ainda pela seriedade com que marca os Grandes Vinhos portugueses na sua carta.
Em mais parte nenhuma (daquilo que conheço em restauração) vi tão bons vinhos a preços tão próximos dos praticados no comércio de retalho!
Provei as entradas da casa (Tabuleiro com salada de bacalhau, salada de Polvo, croquetes, rissóis, pastéis de bacalhau a sair da frigideira e salada fresca de pepino, pimento e tomate). Continuei por um bacalhau assado no forno (excelente esta posta, comprada em Aveiro segundo me disseram).
Bebi um flute de espumante Bruto Vértice e uma garrafa de Foz do Arouce Tinto de 2001 (enfim, deixei metade por motivos óbvios).
Com um café paguei €35!! Imaginem o Foz de Arouce 2001 a 18€ por cada garrafa e o flute do Vértice a 2€!! Já comprei o mesmo Tinto em Garrafeiras por 15€...
Boa Comida, excelentes Vinhos a preços Honestíssimos: vale a pena o desvio de cerca de 15 minutos que se faz vindo na A1 e saindo no desvio "Pombal". Depois é só seguir os letreiros que indicam o "Manjar do Marquês"
Memórias de uma visita a Vila de Punhe - Barroselas ; Parte 1
O Dia Nacional do Selo comemorou-se este ano em Vila de Punhe, por iniciativa da FPF e tendo como objectivo incentivar o trabalho notável que nessa Vila próxima de Viana do Castelo tem feito o Prof. Marcial Passos com os Alunos da escola E.B2,3/S de Barroselas.
Constituem alguns destes alunos um Núcleo Filatélico Juvenil que expôe e já ganhou prémios em Barcelona, competindo com os melhores de Espanha na sua categoria.
Aproveitou-se a ocasião para Homenagear o grande Humanista, Poeta (Castro Gil é o seu pseudónimo) e Professor Catedrático de Humanidades e Linguística Amadeu Rodrigues Torres, filho da mesma localidade.
"Selos Postais, rémiges tensas de gaivotas,
Frémitos de andorinha ou solto maçarico
Ou cegonhas gentis carregando em seu bico
Mensagens e ânsias mil de resguardadas quotas."
Castro Gil
Constituem alguns destes alunos um Núcleo Filatélico Juvenil que expôe e já ganhou prémios em Barcelona, competindo com os melhores de Espanha na sua categoria.
Aproveitou-se a ocasião para Homenagear o grande Humanista, Poeta (Castro Gil é o seu pseudónimo) e Professor Catedrático de Humanidades e Linguística Amadeu Rodrigues Torres, filho da mesma localidade.
"Selos Postais, rémiges tensas de gaivotas,
Frémitos de andorinha ou solto maçarico
Ou cegonhas gentis carregando em seu bico
Mensagens e ânsias mil de resguardadas quotas."
Castro Gil
sábado, dezembro 03, 2005
EUA bem acompanhados...
Ontem foi executado o milésimo condenado à morte nos EUA.
Nesta, como em muitas outras atitudes condenáveis , este país está bem acompanhado...
Em 2004 foram executadas:
3400 pessoas na China
159 no Irão
64 no Vietnam
59 nos EUA
Os regimes mais injustos espalhados pelo mundo têm os EUA como exemplo a seguir...
quinta-feira, dezembro 01, 2005
Manuel de Brito
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