Quero hoje dar-vos um poema escocês, daqueles que mesmo só de o ler já estamos a ver os kilts esvoaçantes e a gaita de foles a marcar a carga sobre as colinas (Braveheart...).
Mesmo sabendo que ganhou no referendo a segurança da permanência no regaço materno de Sua Majestade Britânica...
Poesia é imaginação. Por isso estou-me marimbando para o resultado do referendo e levanto bem alto a saia do kilt em sinal de desprezo para os casacas vermelhas (deve fazer um frio do caraças. pois segundo a tradição os Highlanders nada mais traziam por baixo para aconchegar as partes...).
Robert Burns (1759 - 1796) é talvez o mais conhecido e apreciado poeta escocês de sempre. Começou a vida artística seguindo os preceitos do Romantismo, mas por causa dos princípios políticos que sempre defendeu em vida, é hoje considerado percursor dos movimentos liberais e socializantes do século XIX e XX. Em 2009 foi votado pelos seus conterrâneos como a maior personagem da história da Escócia.
Do grande Robert Burns, poeta e socialista avant la lettre, aqui vai Red, Red Rose (os nossos cravos também são vermelhos):
O my Luve's like a red, red rose
That's newly sprung in June;
O my Luve's like the melodie
That's sweetly play'd in tune.
As fair art thou, my bonnie lass,
So deep in luve am I:
And I will luve thee still, my dear,
Till a' the seas gang dry:
Till a' the seas gang dry, my dear,
And the rocks melt wi' the sun:
I will luve thee still, my dear,
While the sands o' life shall run.
And fare thee well, my only Luve
And fare thee well, a while!
And I will come again, my Luve,
Tho' it were ten thousand mile.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário