Enquanto este velho feriado do 1º de Dezembro cai no calendário troikiano - a Europa parece ser avessa aos independentismos - manteve a FPF ( e bem!) as comemorações do dia do selo português nesta mesma data.
Desta vez as cerimónias decorreram em Vila Nova de Gaia, no Convento Corpus Christi.
O que houve de diferente neste ano foi uma Mesa Redonda sobre o "Futuro da Filatelia", tendo por pano de fundo a privatização dos CTT e a óbvia crise de receita filatélica em que todos os Operadores Postais dos países da Europa do Sul ( e não só) se encontram...
Os filatelistas queriam saber o que reserva o futuro a esta antiga actividade. Entre muitas perguntas que nos ocuparam durante três horas ressaltaram sempre as dúvidas sobre os assuntos considerados mais "quentes" neste momento:
- Primeiro que tudo, se os CTT continuariam a ser a entidade emissora de valores postais em Portugal, depois da privatização.
- E também, se os CTT depois de privatizados continuariam a política de apoio à Filatelia Organizada (Clubes e Federação) até aqui mantida.
Se em relação à primeira questão a resposta é fácil (os CTT têm o contrato de prestação do Serviço Postal Universal até 2020. Pelo menos até essa data está garantido que serão a entidade a que o Estado comete a emissão e produção de Valores Postais em Portugal), já em relação à segunda pergunta não é fácil dar uma resposta taxativa, uma vez que haverá que esperar os resultados da privatização e a Assembleia Geral que nomeará os órgãos de gestão dos CTT privados, para se saber como se definirão estas políticas estratégicas de apoio e de subsídios.
Na minha opinião (que vale o que vale) desde que a Filatelia como negócio continue a ser lucrativa para a sociedade CTT S.A. estará estabelecido o principal critério que permitirá compartilhar alguns desses lucros com os Clubes e FPF.
O problema é que, fruto da crise generalizada do consumo, não são "favas contadas" que o negócio da Filatelia continue a ser rentável para sempre...
Mas como o futuro a Deus pertence, o melhor será irmos todos contribuindo para a rentabilidade deste "ofício" e esperar que passando a crise o consumo possa levantar asas de novo.
E mais não posso dizer.
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