Hoje celebram-se as Montanhas. Sob a égide da FAO. Leiam aqui em baixo sff:
"International Mountain Day is an opportunity to create awareness about the importance of mountains to life, to highlight the opportunities and constraints in mountain development and to build partnerships that will bring positive change to the world’s mountains and highlands.
Mountains are crucial to life. Whether we live at sea level or the highest elevations, we are connected to mountains and affected by them in more ways than we can imagine.
Mountains provide most of the world's freshwater, harbour a rich variety of plants and animals, and are home to one in ten people.
Yet, each day, environmental degradation, the consequences of climate change, exploitative mining, armed conflict, poverty and hunger threaten the extraordinary web of life that the mountains support."
Sempre gostei das montanhas por vários motivos: pelo ar que se respira, pela paisagem agreste e sóbria, pelas suas gentes - normalmente mais caladas e circunspectas do que a "malta lá de baixo".
E nem me meto pelas distinções gaélicas entre Highlands e Lowlands que tanta balbúrdia deram no passado, em sangue e mortes, e continuam hoje mais civilizadamente em "batalhas de gosto" pelos diferentes whiskies dessas proveniências.
Mesmo assim sempre lhes vou dizendo que nesse aspecto da herança escocesa sou um bocado neutro. Entre o whisky da montanha e o da planície, eu prefiro o das ...Ilhas! Melhor dito, prefiro o de Islay, que é uma Ilha um bocado especial.
Mas voltemos às nossas montanhas que para alguns suiços ou austríacos não passarão de colinas, mas não importa! São as que temos.
Montanha, cabra ou ovelha, queijo e zimbro, mel e ervas aromáticas. Nas encostas soalheiras, o vinho.
A Revista de Vinhos fez um bom artigo sobre esta questão da Altitude (hoje em moda) do qual respingo este parágrafo dedicado aos "mais altos vinhos do mundo":
"Na Argentina, Bodega Colomé, do multimilionário Donald Hess, encontramos o paradigma de vinhos de altitude no mundo, com mais de 140 hectares de vinha, alguma dela a 3.111 metros de altitude – Viñedos Altura Máxima. Esta viticultura radical tem mais de um século (adega foi fundada em 1831) mas só nos últimos anos, em particular a partir de 2001, quando Hess adquire a Finca, é que se inicia o rumo frenético em direcção às alturas. “É uma viticultura que está ainda a ser inventada”, segundo palavras de Caspar Eugster, o suíço responsável pelas vinhas Colomé, “há muitos problemas para resolver como a geada, o granizo, lebres e burros selvagens que comem a vinha e o pior de tudo formigas que devoram as folhas das videiras”.
Aqui no burgo, para juntar aos acepipes serranos, temos alguns bons vinhos de altitude, na maioria brancos, para ressaltar a frescura que é procurada nesses lugares mais altos: Primus da Pellada e Quinta de Saes (do Dão) e na Serra de S. Mamede o Altas Quintas (em tinto). De Alijó podemos ainda tentar um branco de Viosinho.
E, se o vinho de altitude está hoje de moda e a mesma moda aconselha agora a que se acompanhem os queijos magníficos do nosso território com vinhos brancos, porque não juntar o útil ao agradável e num fim de tarde deste Inverno passar uma horita com dois amigos, à volta de um Primus do Dão (Álvaro de Castro) e do queijo da serra?
Leiam aqui a opinião de Mestre João Paulo Martins sobre estas matérias:
http://mesa-do-chef.blogs.sapo.pt/203316.html
Até por isso, pelo queijo e pelo vinho, há que proteger as Montanhas malta!
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