sexta-feira, abril 05, 2013

A Força "Anímica"

Depois de mais um dia passado a visitar médicos e hospitais (daí a ausência ontem)  fui (fomos) surpreendidos com a notícia da demissão do Ministro Miguel Relvas, por lhe ter "faltado a força anímica"...

Alves dos Santos, o saudoso comentador desportivo da RTP, grande conhecedor do jogo "jogado" e inventor do chamado "futebolês", mais tarde aperfeiçoado (ou não, consoante as perspetivas) por Perestrelo (ripa na rapaqueca!) utilizava sempre essa expressão quando encerrava as crónicas:

"Em jogo jogado, o Benfica não foi superior ao Newcastle  , mas a força anímica da equipa, forjada em torno da sua reconhecida mística e pertinácia , acabou por lhe dar a vitória. Uma vitória que, afinal, não deixou de ser natural e esperada..."

Mas esta será a primeira vez que dou pelo facto da "força anímica" ter causado uma demissão ministerial. Neste caso até acho que a desculpa podia ser ainda mais fraca que nós não nos importávamos,  do tipo:"

-  "Olhem , malta, acordei mal disposto depois da noite de copos de ontem a beber cerveja com o gajo lá da RTP e acabou! Não aturo mais isto!"

Ou, ainda mais mediática e contundente:

- " Vai mandar estudar o teu Pai grande Cab***! Chavalos do caraças sempre a atazanar-me! Da-se! Acabou hoje e pronto!"

Está claro que quem viu depois a entrevista a Nuno Crato, na SIC Notícias, percebeu logo que a "força anímica" afinal não era mais do que o medozinho puro e duro de algum ministro ainda acabar a dar contas à justiça em tribunal, o que, por muito que custe a alguns, não abona em favor do Governo onde exerce o "não-licenciado" Relvas,  nem de quem o escolheu...

Ou, como diria o Amigo Alves dos Santos, lá do Olimpo :

 - "O encaixe é que foi o grande responsável pelo resultado. Isso, e um golo vindo do nada, ou seja da Lusófona! Farto de carregar com o piano da equipa governamental, na falta de outro pivot que o ajudasse a fazer o "um-dois", o Relvas bateu com a porta, não sem antes tentar segurar a onda da equipa governamental com recurso à empolgação, o que deu mal resultado...Faltou-lhe o apoio do trinco..."

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