quarta-feira, dezembro 30, 2009

O Centro de Estudos Vitivinicolas do Dão


A famigerada análise só estará pronte hoje, o que me dá algum tempo para vos falar do Laboratório e do local onde será feita.

Afinal fomos dirigidos ao Centro de Estudos Vitívinicolas do Dão e não à Adega Cooperativa, como de início imaginei.

Este centro situa-se na Quinta da Cale, mesmo à entrada de Nelas e falar dele é o mesmo que falar do seu grande Director, Engº Cardoso Vilhena.

Tomou posse em 1958 e durantes os 30 anos seguintes foi investigador e defensor incansável da sua Região, tendo realizado um trabalho notável sobre as castas mais apropriadas para estes terrenos, com realce obviamente para a mestria com que trabalhava a nossa "casta rainha", a Touriga nacional.

Quando abandonou - por limite de idade, em 1988 - o cargo de Director do Centro de Estudos, pode dizer-se que o Dão a ele devia quase tudo. Basta ouvir o que o maior cultor da vinha na Região - O Engº Álvaro de Castro - diz dele.

Fazia vinhos notabilíssimos. Ainda tive a honra e o proveito de os provar, naquelas garrafas pesadas do tipo Borgonha, com os rótulos pretos e brancos característicos.

Naquela casa havia brancos (Encruzado?) com mais de 15 anos que se bebiam com a frescura do ano em que se tinham engarrafado...E Tintos tão extraordinários que (diz quem sabe) foi ao prová-los que a Sogrape decidiu avançar para o grande investimento na Quinta dos Carvalhais, o maior no sector na altura em que foi feito.


São nos Brancos Primus e nos Tintos da Pellada topo de gama do Engº Álvaro de Castro que ainda hoje consigo retirar semelhanças com essas "pingas" do Engº Vilhena..

Homenagem e louvor arrumados, vamos lá então buscar os resultados da análise enquanto ainda houver unhas para roer...

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