terça-feira, setembro 30, 2008

No Congresso os extremos tocaram-se

A Direita do partido republicano e a Esquerda do partido Democrático negaram a aprovação do Plano Paulson para relance da economia, a tal "injecção" de 7 mil milhões de USD para salvar empresas financeiras em crise.

O engraçado é que estas correntes antagónicas do Congresso Norte Americano que eu saiba nunca estiveram juntas numa votação deste tipo (excepto claro está quando existiram as unanimidades formais e estatutárias próprias da vida política americana).

E fizeram-no à revelia dos seus leaders e (talvez) dos próprios candidatos a Presidente dos USA...
Mal comparado seria como se aqui em Portugal o CDS , o PCP e mais o Bloco votassem juntos contra o PS e o PSD... E ganhassem!

É evidente que as razões que influenciaram os votos dos congressistas não foram as mesmas, mas por ideologia política de base (como terá sido o caso do Partido Republicano) ou por discordarem da abrangência e forma de controlo da aplicação do Plano (razões dos Democratas) o certo é que estas tendências mais extremistas obrigaram os poderes públicos a repensar a proposta.

Estou convencido de que dentro de alguns dias será finalmente aprovado um Plano de emergência para salvar os investimentos financeiros, mas de certeza que esse Plano ainda terá de ser mais cruzado e negociado entre os dois partidos antes de poder vir a ser submetido a nova votação. E até essa altura o que acontecerá?

Parafraseando o nosso Ministro da Economia : "Acabou-se a boa vida para as Empresas e para as Famílias"... E , ao que parece, não queria assustar ninguém... Só mesmo as Empresas e as Famílias.

De facto, sem serem empresas nem famílias, devem sobrar na sociedade portuguesa milhões de outras organizações, tipo a Maçonaria, os Alunos de Apolo, a Igreja Católica, o Olivais e Moscavide, os Partidos Políticos, o Bingo do Zoo e coisas assim...

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