terça-feira, setembro 30, 2008

No Congresso os extremos tocaram-se

A Direita do partido republicano e a Esquerda do partido Democrático negaram a aprovação do Plano Paulson para relance da economia, a tal "injecção" de 7 mil milhões de USD para salvar empresas financeiras em crise.

O engraçado é que estas correntes antagónicas do Congresso Norte Americano que eu saiba nunca estiveram juntas numa votação deste tipo (excepto claro está quando existiram as unanimidades formais e estatutárias próprias da vida política americana).

E fizeram-no à revelia dos seus leaders e (talvez) dos próprios candidatos a Presidente dos USA...
Mal comparado seria como se aqui em Portugal o CDS , o PCP e mais o Bloco votassem juntos contra o PS e o PSD... E ganhassem!

É evidente que as razões que influenciaram os votos dos congressistas não foram as mesmas, mas por ideologia política de base (como terá sido o caso do Partido Republicano) ou por discordarem da abrangência e forma de controlo da aplicação do Plano (razões dos Democratas) o certo é que estas tendências mais extremistas obrigaram os poderes públicos a repensar a proposta.

Estou convencido de que dentro de alguns dias será finalmente aprovado um Plano de emergência para salvar os investimentos financeiros, mas de certeza que esse Plano ainda terá de ser mais cruzado e negociado entre os dois partidos antes de poder vir a ser submetido a nova votação. E até essa altura o que acontecerá?

Parafraseando o nosso Ministro da Economia : "Acabou-se a boa vida para as Empresas e para as Famílias"... E , ao que parece, não queria assustar ninguém... Só mesmo as Empresas e as Famílias.

De facto, sem serem empresas nem famílias, devem sobrar na sociedade portuguesa milhões de outras organizações, tipo a Maçonaria, os Alunos de Apolo, a Igreja Católica, o Olivais e Moscavide, os Partidos Políticos, o Bingo do Zoo e coisas assim...

domingo, setembro 28, 2008

A Vida de Lata

O Expresso deste fim de semana traz um artigo interessante sobre o "jet set" das revistas e a forma como vivem "das festas" e "para as festas". Os jornalistas estiveram no Algarve "infiltrados" nalgumas destas tribos - de facto parece que existem "grupos ou clans" pré-definidos - e mostraram pormenores deliciosos, como quem veste quem, quem oferece jóias por um dia só para aquela festa, quem paga para ir, quem é pago para ir, e por aí fora.

Nada que já não se soubesse desde a publicação das memórias de D. Jaime de Mora y Aragón , o "Papa" de Marbella e "Inquisidor-Mor de Espanha" para a Imprensa del corazón.

O que me impressiona - sem fazer obviamente juízos de valor, cada um é livre de viver como quer - é que parece haver uma vida de Lata que tenta imitar a vida de Prata e de Ouro dos verdadeiros ricos e poderosos.

Com a diferença de que se estes - os verdadeiros ricos - são realmente encontrados nalguma destas "Festas" será apenas por uma das 3 razões mestras que o Ilustre D. Camilo José Cela acha que são as únicas que influenciam o Homem (e a Mulher) a fazer qualquer coisa neste mundo-cão:

"El Estômago, el Sexo y el afán de mando"

Traduzindo livremente: "Ou ali se come mesmo bem ( o que não é provável) ou alguém está a contar com uma queca no fim da noite (pode ser bem verdade) ou, por fim, há ali um interesse financeiro ou de controlo de posição dominante (ser dono da cadeia de TV que patrocina, por exemplo)".

Se nada disto se passar só se verá um milionário numa destas festas caso o mesmo esteja "pedrado" da noite anterior e confundido a porta...

Mesmo assim dá que pensar... Tanta vida alegadamente brilhante feita de glamour "plantado" e de muitas horas no ginásio a moldar os corpinhos, para "tudo se acabar na Quarta Feira"...

Estas e estes "Cinderellas" da nossa geração terão uma vida para além da vida das festas e das revistas? Ou hibernam entre elas, um pouco como os Vampiros do mito antigo, que só "vivem" de noite a sua existência ??

Havia um conhecido meu, dono de uma antiga empresa de vinhos do Douro, em S.João da Pesqueira , que foi aconselhado pelos gestores da companhia holding (que entretanto tinha formado com todos os interesses de família, desde os Transportes de Mercadorias ao Vinho) para "dar mais nas vistas", aparecer mais nos MCS que era bom para o negócio.

Pelo que ele me disse mais tarde este tipo de "reportagens" a mostrar a mansão da família mais a mulher e os filhos e os cães à beira da piscina era corrente nas Revistas da especialidade e, dependendo do nº de páginas, custava em redor de 10,000 contos (da altura..).

E ainda podiam alugar um Porsche para pòr à entrada da Quinta se necessário.

Depois dessa reportagem acho que houve uma festa que ele teve que dar, pagando às "personalidades" que se deslocaram de propósito para o acontecimento. Não me disse quanto é que esta continuação lhe custou, mas talvez fizessem um desconto de quantidade.

Mais tarde reparei que não o via tanto em Lisboa nos Restaurantes onde nos conhecemos.

Quando finalmente nos encontrámos disse-me que se o Pai dele fosse vivo nunca o teria deixado fazer aquilo... E acho que não tinha ficado muito satisfeito, ou com os resultados ou com o acontecimento em si...

Mas se calhar foi ele o único a ter estes sobressaltos depois do Glamour que comprou para uma tarde e uma noite à custa da privacidade da sua família...

Ou não...

Má Gestão e Oportunismo na Crise Financeira

Comentário do nosso Zé:

Só não vê quem não quer....isto era mais que expectável e os sinais foram dados há vários anos...( fim do milénio). Foi a gestão financeira a modos que D.Branca e à Vale e Azevedo...mas ainda a procissão vai no adro e prognósticos só no fim...mas os que vão pagar a factura vão ser os mesmos...disso não tenho qualquer dúvida.... as injecções de moeda vão ter o seus reflexos...mas a ver vamos como se contém os especuladores....será uma roleta russa?

Procurar soluções e causas em crises do passado, quando a estrutura económico-financeira e a interdependência Global da economia Global é o que é parece extemporâneo e demasiado arriscado.

Que se procure minimizar os efeitos reais e os mediáticos não tenho dúvidas. Bom Senso, muito Rigor e responsabilização, porque o pânico acelerará e agudizará a Crise, que em meu entender é muito mais profunda que o que querem os vendedores de promeessas e pretensos opinion makers, fazer crer ( Crise de Valores e referêrencias--já tão badalada) e que os ERROS SIRVAM PARA APRENDEREM.

BOM SENSO E RESPONSABILIDADE PRECISAM-SE.

Só mais um comentário sobre a Gestão de Incentivos: há que ter presente que modelos fechados, não podem ser tratados como modelos abertos. Não é a gestão por objectivos e por incentivos que está em causa é o uso que por vezes dela de faz....

Muitas vezes para quem não sabe fazer até os acréscimos atrapalham...toda e qualquer actividade tem que ter Objectivos, metas e ser incentivada para que os que nela participam se sintam como parte integrante e, numa economia de mercado, ainda não há muito que se tenha inventado para se conseguir competir e realizar com Sucesso....

Mas quanto às formas?!!!...Aí estamos conversados: Contabilidade criativa..."vigarice"...compadrio...juizes em causa própria...promiscuidades...a modos que transparentes...manipulações...

Neste momento creio que moderação e caldos de galinha não farão mal a ninguém....Mas RESPONSABILIDADE E RESPONSABILIZAÇÃO SÂO MAIS QUE NECESSÁRIAS E URGENTES PORQUE CREDIBILIZAR E DAR CONFIANÇA SÃO NECESSÁRIAS E URGENTES( são precisos exemplos e não bodes expiatórios ou branqueamentos), porque creio que ninguém estará imune ( salvo alguns especuladores e branqueadores...).

O Mar bate na rocha mas quem se lixa é o mexilhão. BOM SENSO E TRANSPARÊNCIA... E CORRIGIR OU INVERTER OS ERROS...

Comentário: O problema é que alguns dos principais responsáveis foram "responsabilizados" com mais uns milhõezitos de USD para levarem para casa e adoçar a reforma antecipada, coitados...Desta forma como há-de haver moral para evitar cenas parecidas no futuro??!!

Vinhos nas Feiras


Fui ao Continente no Sábado e ao Jumbo no Domingo.

Desta vez fiz um estudo prévio e segmentei os mercados: dediquei-me aos vinhos mais para todos os dias no Continente e comprei alguns mais "afiambrados" no Jumbo.

Eis as minhas recomendações, para sossego das "hostes" com o João à frente:

a) Para beber todos os dias, sem grandes cerimónias, no Continente:

- Catarina, branco Terras do Sado a 4,49€
- Herdade de S. Miguel 2007, Tinto do Alentejo, Colheita Seleccionada a 4.85€
- Ana Vieira Pinto 2007,Tinto do Alentejo, Vinho Regional a 3,39€
- Monte das Servas 2006, Tinto do Alentejo, Escolha, a 4.48€


b) Mais corpo, mais elegância e sobretudo mais caros, estes no Jumbo:

- Cortes de Cima 2005, Tinto do Alentejo, Vinho Regional a 8,87€ (está a mais de 10€ no Continente)
- Monte da Ravasqueira Vinha das Romãs 2006, Tinto Regional do Alentejo a 14,45€
- Foz do Arouce 2005, Tinto das Beiras, Vinho Regional a 10,89€
- Casa de Alegrete 2005, Tinto de Portalegre a 10,45€

Para a semana mais incursões e mais novidades e, melhor do que isso, notas de prova!

Sim, porque os amigos não acreditam que eu beberia estas garrafas todas em dois dias, pois não?

Uma a uma e com moderação é que está bem...

Amigos Leões, tenham lá paciência que a Vida custa a todos...


Saudações benfiquistas ao Amigo Bernardo e a todos os outros que compartilham destas simpatias pelos bichos dos bigodes...

E, como diziam os antigos:
"Aquila non capite muscas" ...Agora leões parece que, de vez em quando, lá os vai comendo...


Comentários ao fim da serrilha nos USA

Bom dia

Mas isso em Portugal não seria considerado publicidade enganosa? O que vendem não corresponde ao produto publicitado. Ou os selos têm a serrilha desenhada?

CSilerio
26 September, 2008

Resposta: Pois...acho mesmo que não têm e sendo os USA o que são em termos de defesa dos direitos dos consumidores, ou eu percebi mal o que ouvi em Vienna ou então o Amigo Bernardo (mais em baixo) terá as suas razões..

Viva! Creio que o Departamento Postal dos EUA terá abandonado definitivamente o selo tradicional (com goma e perfuração) e optou pelo selo adesivo (autocolante) conservando no entanto a "perfuração" para destacar os selos da folha do suporte onde estão colados.

A apresentação do selo é feita (e bem!) apenas com o selo para podermos identificar o denteado: como bem sabe, nos nossos selos com estas características, do mesmo exemplar e taxa, existem diferentes denteados; e é a identificação do denteado permite ao filatelista reconhecer se estes provêm das carteiras ou rolos.

Já a "miudeza" para os distinguir dos rótulos ou outras fórmulas de franquia de operadores postais privados parece-me irrelevante: como o denteado não é património do operador estatal, quando "os outros" produzirem as suas vinhetas providas de "dentes"…

Filatelicamente falando, a meu ver erradamente, os termos perfuração e denteado são aplicados para descrever uma mesma situação. Normalmente, nestes selos ditos higiénicos – detestados por muitos filatelistas – não são perfurados, e possuem, isso sim, um denteado

.Para além dos "futebóis", ora aqui está um bom tema para debate...

Saudações Leoninas :-)

F.Bernardo

A Resposta:

Eu não tenho bem a certeza de que será mesmo isso que o Amigo Bernardo afirma... O que me pareceu ouvir é que os selos iriam deixar de ter (ou até já não teriam) perfurações. Se simulam as perfurações dos buraquinhos feitos nas folhas - aquilo a que chamamos PICOTE - com um corte "denteado" que permita libertar os selos auto-adesivos das folhas onde vêm colados, substituindo a mais normal "meia-lua", então estão à vontade para ilustrar e propagandear os seus produtos como vem no site. Mas, repito, não foi isto o que entendi...

A mais ver em futuras conversas com os Amigos americanos.

Já agora, o Gerd Staudinger desenvolveu um PICOTE para auto-adesivos... Sabem que a grande dificuldade em perfurar auto-adesivos era o facto das ferramentas de corte ficarem "atulhadas" do confetti pegajoso que se libertava das folhas. Mas a WISTA desenvolveu um processo industrial que o permite fazer sem quebras de produção para limpar as ferramentas de corte de 5 em 5 minutos.

sexta-feira, setembro 26, 2008

Nos USA acaba a serrilha nos selos postais

O Responsável pelo Departamento de Selos Postais do Correio dos Estados Unidos informou-nos em Viena que a Autoridade Postal Norte-Americana deixou de utilizar selos serrilhados gomados nas Emissões Comemorativas.

Apenas selos auto-adesivos.

A bem da higiene pública e com o aplauso unânime (ou quase) do público.

Ninguém diria ao consultar o site do USPS - como vemos aqui ao lado - mas foi-nos logo dito que por motivos estéticos e promocionais, de "imagem", as "representações" dos selos continuariam a ter serrilha, de forma a diferenciá-los bem dos "rótulos" de outros operadores postais ...

Mesmo sendo especialista de MKT juro que não entendo bem a argumentação... Então a velha serrilha dá importância e distinção aos selos, diferencia-os dos rótulos e coisas parecidas - por um lado - e por isso se utiliza na Promoção do produto; mas tem de ser deixada para trás na comercialização por motivos práticos e higiénicos: o cliente não gosta de (salvo seja) usar a lingua em público...

Enfim...

quinta-feira, setembro 25, 2008

Afinal a culpa é do Afonsol!!

O Editorial de José Manuel Fernandes no "Público" de hoje merece reflexão. Obviamente que à luz da opção ideológica do autor, que é respeitável e tem pelo menos o mérito de não se ocultar por detrás da famigerada "neutralidade" mediática que de "neutralidade" só tem o nome...

De acordo com a tese desenvolvida por JMF foi Roosevelt, o homem do New Deal depois da Sexta Feira negra de 1929, que criou as condições para acontecer o que aconteceu agora nos USA: Roosevelt é o causador da Crise do Sub-Prime!

Porquê? Bem, porque criou ou mandou criar as instituições de crédito "popular" à habitação tipo Fanny Mae e quejandos , as mesmíssimas que agora deram com os burros na água.

E mais, os gestores dessas instituições seriam (pelo menos assim se intui) ou "públicos" no sentido de terem sido nomeados pelo Governo Federal (o que não é verdade) ou culpados de utilizar técnicas de gestão "tipo públicas" ou seja daquelas que incluem sempre "nabice e ronha de funcionalismo"...

E mais ainda, transportados para o caso português estes gestores "tipo públicos" deveriam "encarnar" na Caixa Geral de Depósitos - como os índios maus do John Ford - e não nalgum Banco privado dos "bons", dos do lado dos cowboys - onde até poderia servir como exemplo o Banco Privado Millenium... Por ironias da vida e do acaso agora liderado pelo Grande Chefe Red Cloud...

Toma lá que só nos faltava esta!

Comemora D. Afonso Henriques os 900 anos de nascimento no ano que vem. Altura eminentemente propícia para se fazer aqui na parvónia auto público de agravo contra essa personagem, o causador da actual vaga de insegurança que se abateu sobre a sociedade lusa.

De facto, se não fosse ele, os crimes teriam lugar em Espanha e não em Portugal...

Ora Caro José Manuel Fernandes, leia bem o "Mudar de Vida" que hoje é lançado, e siga-lhe os passos...

Vêm aí as Feiras de Vinhos!

Neste fim de semana o V. Blogger vai passear pelos Hipers da nossa praça, trazendo para aqui recomendações de boas "pingas" a preço adequado à crise que atravessamos...

Não será bem o Barca Velha de 2000 a 75€ a garrafita ( e mesmo assim só vendem três por cabeça!!) mas decerto que encontrarei boas opções oara as refeições familiares de Sábados e de Domingos.

quarta-feira, setembro 24, 2008

A Gestão por Incentivos dá nisto??!!


Analistas de todos os quadrantes afirmam e escrevem que uma das principais causas da crise do sub-prime nos USA terá sido a forma de gerir em alto risco dos quadros das Financeiras, tendo em vista a obtenção de Lucros a curto prazo e, obviamente, a multiplicação dos seus bónus e incentivos anuais.

Hoje fala-se de "activos tóxicos" e da aposta dos profissionais do sector - quase o "empurrão" - para investimentos pessoais sem base credível , apenas suportados ao nível da tesouraria dos Bancos pelo volume imenso da adesão de outros "papalvos" , seduzidos pelas promessas de crédito fácil e barato.

Onde é que já ouvimos e vimos isto?
Qual a companhia que neste século XXI não pratica a gestão por incentivos? Estará esse modelo a afundar-se, tal como a banca de Investimentos norte-americana que pelas últimas notícias de ontem e de anteontem deixou de existir?

Um Contrato de gestão por objectivos que tenha como principal ponderação critérios financeiros de crescimento de Vendas, de Receita ou de Redução de Custos, sem ter em conta a sustentabilidade, não comporta seriíssimos riscos de hipotecar o futuro?

Análise muito difícil de fazer no geral, apenas possível caso a caso, empresa a empresa, e em cujo "enquadramento ideológico" (a cassete do capitalismo liberal) é comum ouvirmos os respectivos promotores fazerem apelo ao bom senso e à responsabilidade dos avaliadores para evitar males maiores decorrentes dos "entusiasmos" dos gestores que - uns mais do que os outros - só vêem à sua frente a hipótese de irem para casa no ano seguinte com os bolsos mais cheios.

É verdade que esta sociedade onde estamos "puxa pelo bolso", cada vez mais e de forma cada vez mais obscena...
Num mundo de Marketing que se alinha pelos valores do "dar nas vistas" e do sobressair pela "embalagem" (um mundo onde, por exemplo, o I-Phone é sucesso de vendas não obstante as suas limitações técnicas) as pressões que se devem exercer sobre um gestor ao nível da ganância consumista - daquilo que é sinónimo exterior e símbolo de riqueza, desde o que se veste até aos automóveis - são de facto grandes...

E, se calhar, muitas começam em casa, mesmo sem sair do quarto.

Não sou apologista de discursos filosóficos de abrangência que - a seu modo - tenham por objectivo escrever o epitáfio do neo-liberalismo ou, pelo contrário, a sua apoteose, como tem sido fértil nos últimos dias , desde Pacheco Pereira a Vasco Pulido Valente.

Acho que estamos ainda próximos demais desta crise - que, aliás, ainda não acabou - para estarmos já a fazer análises sumárias das respectivas causas e consequências.

Mas numa coisa acredito: fomentar a gestão por objectivos de curto prazo - com o olho no lucro fácil e na ganância pessoal - nunca deu bons resultados... Nem em economia, nem em política, nem em futebol...

E se duvidam analisem lá as causas prováveis que fazem com que o meu clube, em 15 anos, tenha apenas ganho duas vezes o campeonato nacional de futebol...



terça-feira, setembro 23, 2008

Para Descansar a Vista


Meu corpo, que mais receias?
-Meu corpo, que mais receias?
-Receio quem não escolhi.
-Na treva que as mãos repelem
os corpos crescem trementes.
Ao toque leve e ligeiro
O corpo torna-se inteiro,
Todos os outros ausentes.
Os olhos no vago
Das luzes brandas e alheias;
Joelhos, dentes e dedos
Se cravam por sobre os medos...

Meu corpo, que mais receias?
-Receio quem não escolhi,
quem pela escolha afastei.
De longe, os corpos que vi
Me lembram quantos perdi
Por este outro que terei.
Jorge de Sena

segunda-feira, setembro 22, 2008

Stand que mais vendia na WIPA


Era um stand de sumos espremidos no momento com fruta fresquinha!!

Ora vejam lá se não é boa ideia pôr uma coisa assim também na PORTUGAL 2010?
Agora não me venham dizer que aqui em Lisboa teria mais sucesso ainda uma taberna típica com água-pé e castanha assada!!
Como a exposição é de 1 a 10 de Outubro vinha a calhar não è?

Rescaldo da WIPA

Preparando-nos para a PORTUGAL 2010 é sempre com interesse que tento ver o que se passa nas grandes Exposições Internacionais, pelo menos na óptica dos Editores e Autoridades Postais, já que pela filatelia Organizada pensarão e agirão as FIP e FEPA.

Neste caso de Vienna e da WIPA não fiquei muito impressionado com o nº de visitantes, embora a Organização fizesse jus à precisão e método de trabalho austríacos.
O ambiente de trabalho onde a Mostra se realizou também não ajudaria muito, dado que se tratava de várias salas divididas por três andares e onde a respectiva adaptação em termos de lay out exposicional deixava um pouco a desejar... Para os filatelistas visitantes nem tanto assim, pois teriam gosto em procurar o que necessitavam e - nesse aspecto do comércio tradicional acho que esteve muito bem esta WIPA - mas para os simples visitantes e curiosos não achei o lay out atraente.

Também fraquinho o canto dedicado à Juventude... E quanto a vendas dos stands das Autoridades Postais, via-se algum movimento, mas sobretudo para selos de passaportes filatélicos. Vamos esperar pelos resultados finais das Vendas.

Francamente, pelo menos em termos de animação dos espaços, acho que poderemos fazer melhor aqui em Lisboa em 2010...
Espero não me enganar.

domingo, setembro 21, 2008

Um Restaurante em Vienna

Em cidade pouco conhecida nada melhor do que pesquisar na net e ver se o que lá dizem nos dá alguma garantia sobre a morada que queremos experimentar.

Neste caso depois da referência "www" houve ainda o cuidado de falarmos no Hotel sobre o restaurante em causa, acontecendo uma daquelas coincidências que nos fazem pensar : o restaurante era na Rua de trás do Hotel onde estávamos hospedados!
Já agora aqui fica a referência da Net:

Restaurante NOVAK
http://www.beimnovak/.
Richtergasse 51070 Wien 7, Neubau,
Wien, Austria
+43 1 9320824

Podem ver pelas fotos do site (bem melhores do que as minhas pobres tentativas de repórter aqui reproduzidas) que estamos perante um local relativamente elegante, reservado mesmo, mas de ambiente familiar. Com uma cozinha a meio caminho entre o Austríaco tradicional e a Nouvelle Cuisine, temperada de alguma arte italiana dos fogões, não sei se por influência familiar dos proprietários.

Trata-se de uma casa muito simpática, onde o proprietário é também o chef de cozinha. Infelizmente falam quase que exclusivamente alemão, todos eles, incluindo os empregados de mesa...

Comemos muito bem e a preços extraordinariamente civilizados.

Ora vejam:

- Dois flutes de Veuve Clicquot ( a 9€)
- Uma garrafa de um excelente branco austríaco da casta Riesling e da quinta "Schloss Gobelsburg " a uns maravilhosos 26€ . Vejam aqui a categoria do produtor , que investiguei depois:
- Aperitivo oferecido pelo Chef de pasta de truta em salada de rúcula - muito boa.
- Creme de ervilhas com enchidos austríacos (ArtSuppe) - estava muito boa, aveludada, talvez o melhor deste almoço.
- Salmão envolvido em pasta crocante (idem, idem)
- Wiener schnietzel - o tradicional escalope de vitela panado, servido com salada de batata nova. Só para tirar a ideia disto. Demonstra apenas a grande qualidade da carne aqui da terra. Quanto ao resto é o normal que a descrição apresenta.
- Tábua de queijos com 5 variedades ( e uma oferta de um copo de tinto local para acompanhar!)
- Misto de Mousses de chocolate (preta e branca) e de castanha .
- Café para dois e oferta de dois Schnaps (bagaços) locais.

E tudo isto por: 98€!! Incluindo os vinhos ....

Tremendamente civilizado, com muito boas maneiras, comidinha feita na altura e com alguma (mas não demasiada) elaboração. Doses perfeitamente aceitáveis mesmo para quem coma (muito) bem.

Uma morada a não esquecer.

PostEurope Meeting - Vienna


Em Vienna lá se fez a reunião do Fórum filatélico da PostEurope, com várias e interessantes comunicações de Autoridades Postais convidadas e ainda com a discussão em redor dos temas da Emissão EUROPA para os anos futuros.

2009 - Tema Europa "Astronomia"
2010 - Tema Europa "Livros Infantis"
2011 .....

Aqui a discussão foi "violenta" em torno de uma proposta conjunta Turca e Espanhola que tinha a ver com uma iniciativa política "mediterrânea" no sentido de se celebrar a "Aliança de Civilizações" - uma espécie de Encontro de Culturas sobretudo dedicado a fortalecer os laços , já não entre o Leste e o Oeste, mas sim entre os Muçulmanos e os "outros"...

Portugal obviamente que defendeu esta proposta, conjuntamente com a França, mas a mesma foi oposicionada pelos Centro-europeus , com medo de irem a reboque de uma inicativa puramente política (que sem dúvida o é) mas também da Grécia (que não esquece Chipre) e da Bulgária (que também não esquece a ocupação muçulmana da "sublime porta" há 500 anos atrás..)

Enfim, não se chegou a consenso e vamos deliberar a portas fechadas por "short list"... Reparem nas alternativas que eram dadas: "Brinquedos tradicionais" e "Música"... Enfim, convenhamos que não eram entusiasmantes...

Brilhantes intervenções antecederam esta polémica.

Uma da Nova Zelândia que nos transmitiu a experiência de um Operador Postal forçado a viver em concorrência perfeita há 10 anos - e também na Filatelia - onde 26 operadores concorrentes lançam uma espécie de "selos" , mais conhecidos por Labels (rótulos) e com eles pretendem atingir o mercado dos coleccionadores Neo-Zelandeses.

Ouvimos coisas notáveis. Entre elas a forma como os Correios da Nova Zelândia, puramente privados, descobriram ao final de 5 anos de concorrência que a sua melhor defesa contra a concorrência dos "cromos" e "rótulos" dos outros Operadores Postais era exactamente refugiarem-se no Código UPU e nas Regras UPU, das quais tinham fugido 5 anos atrás reclamando contra a respectiva "rigidez" e "inoperância"...

Desta forma parece que o MKT dos verdadeiros selos na Nova Zelândia - para os distinguir "por cima", dos outros Rótulos e Cromos - passa por uma aposta nos valores tradicionais de "País, Cultura, Pátria e História".

Quem diria que uma Autoridade Postal privada voltaria a esses valores?

Sabem que - para a UPU - apenas o Operador Postal "oficial" , o incumbente, tem a autoridade para imprimir nos selos que emite o nome do País... Nisto estavam mais ou menos confiantes os Correios da Nova Zelândia depois da abertura total do negócio postal...Era, e é, esta autorização, o grande diferenciador entre Selos e Cromos...

Todavia os seus concorrentes tinham também autorização para imprimirem nos seus rótulos o nome da companhia... apenas isso.

Agora imaginemos um "esperto" - e houve vários assim - que deu à Companhia o nome (por exemplo) : "transportes postais da Nova Zelândia". Com Nova Zelândia em maiuscúlas e "transportes postais" em minúsculas mesmo pequeninas... E imprimia esse nome nos seus "Cromos"... estão a ver a ideia não estão?

É claro que os colegas da Nova Zelândia também fazem os seus "Cromos" e "Rótulos" e "selos personalizados", etc... para concorrenciarem os adversários, mas Selo, mesmo Selo, é o tradicional com os Valores tradicionais.

Grande Lição (Digo eu!!)

Também os USA igualmente a convite da PostEurope - fizeram uma apresentação notável da sua filosofia filatélica sobre o Plano anual de Emissões. Notamos logo à partida que , nos USA, não existe diferença entre o MKT filatélico e o MKT dos selos postais para utilização na postagem. Há muito que eu defendo que se passe o mesmo aqui em Portugal, para mais defesa do correio selado...

Ambas as vertentes do negócio "selos" são geridas pela mesma entidade no USPO que, para os que o não sabem, é o maior Operador Postal do Mundo, com mais de 100,000 trabalhadores.

Os numeros são esmagadores: de cada série comemorativa fazem-se aprox. 80 milhões de exs...

O valor a que os norte-americanos chamam de "Stamp retainment" - querendo com isto significar que se trata de selos não utilizados na postagem (serão para coleccionismo ou simplesmente para guardar em casa porque "são atraentes") - alcança os 200 milhões de USD por ano. Se extrapolarmos para um consumo "per capite", tendo em atenção a população dos dois Países, veremos que a Receita da Filatelia de Portugal - 11 milhões de euros, aprox. 16 Milhões de USD - não está assim tão mal colocada...

Selo mais vendido de sempre dos USA: Elvis Presley. Mais de 100 Milhões vendidos...

terça-feira, setembro 16, 2008

Ausência do Blogger em Viena

Realiza-se em Viena, de 17 a 21 deste mês o Fórum Anual da Filatelia europeia, onde mais de 40 países vão discutir, entre outras coisas, qual o tema da emissão EUROPA para o futuro.
Estão também previstas várias intervenções sobre Filatelia e - obviamente - o rescaldo do Congresso de Genéve da UPU, com as discussões à volta da nova redacção do Artº 8º da Convenção e da Filatelia na actividade postal.

Estarei de regresso na Segunda Feira com novas do que por lá se passar.

segunda-feira, setembro 15, 2008

"Yankees de Mierda!"

"Vayanse al Carajo Yankees de Mierda que aqui hay un pueblo digno!"

Porque é que será que quando acontece alguma coisa de engraçado estou fora do circuito das TV's?!!!?

Lá perdi mais um espectáculo do "cómico-mor" Hugo Chavez... É sina minha....

Já não sei bem se me devo rir com estas "exéquias" ou se devemos mas é todos chorar..

A brincar a brincar é que o macaco foi ao (já conhecem o resto...) e este Chavez é de tal modo "fora deste mundo" que pode muito bem arranjar um sarilho ao nível planetário se continuar com estas "brincadeiras".

Nota: Cartoon de Henrique Monteiro

domingo, setembro 14, 2008

Dois Restaurantes em Viseu


Os Clássicos da cozinha Beirã em Viseu que posso recomendar por experiência própria, foram ( e ainda são): o Cortiço do meu saudoso amigo D. Zeferino, precocemente desaparecido com um problema cardíaco quando ao volante do seu automóvel; a Muralha da Sé, mesmo em frente à Sé da mesma cidade; Estes dois restaurantes ficam mesmo dentro do velho burgo, na Rua Hilário e em frente à Sé. Num registo já mais popular e tasqueiro - no bom sentido - vale também a pena a deslocação à Taverna do Ti Manhoso, na estrada de Viseu para Nelas. Neste local o prato mais famoso é o cabrito grelhado no carvão.

Evitem a famosa Recta do Caçador, onde há muita oferta, mas geralmente fraca em qualidade (embora tipo farta-brutos).

Mas desta vez e impelido por conselhos sabios, decidi experimentar coisas mais recentes ou que ainda não conhecia...

Um deles é muito recente -

O Forno da Mimi (do grupo VisaBeira);
Telefone - 232 450645

O outro já é um clássico da cidade -

Santa Luzia
Telefone - 232 459325

Por coincidência estes dois Restaurante ficam quase a 100 metros um do outro, na saída de Viseu para Abravezes, na localidade de "Campo" , na estrada nacional 2. O Forno da Mimi do lado esquerdo de quem vem de Viseu, e o Santa Luzia do lado direito, sendo este último o primeiro que nos aparece .

Ambos têm por "visão" quase que única a divulgão da farta e especiosa cozinha da Beira Alta.

O Forno da Mimi com ares de luxo e de apresentação cuidadíssima, forno e grelha de carvão imponentes à mostra, belo atavio de mesa e sala. Grande e luminoso.

O Santa Luzia num registo mais caseiro (fica alojado no r\c de uma moradia familiar) com preços mais comedidos , sem tanto luxo aparente, um verdadeiro restaurante de família.
Ambos têm uma vastíssima oferta de vinhos do Dão (E ainda bem!!!) Mas mesmo assim ganha em variedade e quantidade o mais antigo Santa Luzia. Na sua carta contei mais de 150 referências só do Dão, entre Quintas e Adegas Cooperativas!

Novas das provas e seus preços:

No Forno da Mimi - entradas variadas do "Forno" que incluíam sonhos e pataniscas de bacalhau, carpaccio de bacalhau, migas de feijão frade, sardinhas panadas, filetes de polvo. Seguiu-se um cabrito grelhado no carvão e um Joelho de porco, com acompanhamentos de migas de feijão vermelho e batata assada no forno. Melhor o primeiro, pela qualidade ímpar do chibinho, do que o segundo. Ambas as doses em quantidade um pouco acima à normal, como é tradição e orgulho desta terra.

Bebeu-se primeiro um branco da casa - Casa da Ínsua, maneirinho a menos de 8€, mas depois nos tintos aprimorámos com um Quinta da Pellada Álvaro de Castro 2003, soberbo e a preço condizente (39 € hélás...).

Pagaram dois mortais por este almoço 85€. Mas reparem no preço dos vinhos...Se houvesse mais juízo teriamos saído de lá com menos 20€ na continha...

No Santa Luzia começámos por um pratinho humilde de chouriça assada e morcela cozida - de cair para o lado dada a qualidade perfeitamente caseira dos enchidos... sff entretenham a ASAE aí para baixo e CHIU!! Depois umas favas guisadas com arroz de forno e todos os acompanhamentos, soberbas de paladar num prato tão popular que já era a "comidinha dos rapazes cá da quinta" no tempo do Eça e de "A Cidade e as Serras".


Como era jantar, só uma garrafinha de Tinto - escolhi uma marca nova que desconhecia do Dão - Quinta das Marias Reserva Touriga Nacional 2006 - ainda muito delgado, a saber à casta, mas parece-me inconcebível engarrafarem como Reserva um vinho com 2 anos apenas...Daqui a 5 ou 6 falaremos... Por enquanto e ao preço que está ( 26€) não vale a pena...Antes o Pellada, embora mais caro.

Dois cafés e bagaço também particular (CHIU!) do Dão . Pagámos 45,20€ já com o vinho!!!!



Recomendadíssimo este Santa Luzia. Muito bom também o Forno da Mimi, mas já para quando precisarem de impressionar alguém importante que tenham lá em casa...

Reunião de Quadros 2


Num formato que começa já um pouco a cansar - mas quais as alternativas??!! - fez-se mais uma reunião de Quadros CTT onde os participantes foram convocados atendendo (segundo penso e me foi dito) à respectiva posição na estrutura: dos CTT empresa Mãe as 1as e 2as Linhas dependentes do Conselho de Administração, e quadros de nível semelhante das Participadas. Mais de 200 Pessoas.

O Formato é o habitual: 5 comunicações top down dos membros do CA, com o Presidente à frente, e onde foi dada a possibilidade do contraditório aos Presentes no local e seguiu-se o trabalho de Grupos sobre 5 temas fundamentais - desde o Mercado e os Clientes até à manutenção da Liderança nos negócios tradicionais, desenvolvimento de novos negócios e à sustentabilidade neste Mundo ainda pouco ecológico.

Seguiu-se uma fase de apresentação e condensação dos trabalhos dos grupos e encerrou a Reunião uma Mensagem final do Presidente.

Pontos fortes : A mensagem de entrada do Presidente que existe em suporte escrito e será divulgada internamente. Peço desculpa de não a transferir para aqui mas parece-me que ultrapassará a competência deste Blog a transcrição de documentação interna dos CTT. A organização do Encontro, quer em timings das tarefas e supervisão do andamento dos trabalhos (esta a cargo do Vitor Sevilhano e sua Equipa) , quer em logística de "pontos mortos", catering, etc... (de louvar aqui os nossos Colegas da COM). Sobretudo o companheirismo e a troca de pontos de vista entre Colegas afastados uns dos outros há demasiado tempo. O reforço do espírito de Equipa.

Pontos Fracos - Os resultados do contraditório sobre as mensagens dos Administradores. O Formato deste tipo de encontros. Mas como inovar ? Somos muitos e formatos que requeiram a participação de todos estão mesmo no limite da eficácia com 200 pessoas... São muito mais eficientes com 50 ou 60 pessoas divididas em 8 grupos de 6 ou 7 do que com 200 pessoas divididas em 25 grupos de 8...

É claro que se fosse uma Convenção Postal para 1200 quadros, como já fizémos em 2001 (se não me engano, na antiga FIL) o Formato seria exclusivamente Top-Down, com mensagens dos ADM's e com uma ou duas intervenções de peritos conhecidos, Governador do banco de Portugal, Ministro da Economia, qualquer coisa por aí...

Ideias salientes das Intervenções e do trabalhos dos Grupos: Na prática não se inovou muito aqui - nem se calhar era esse o objectivo no âmbito de um "think-thank" que durou apenas 4 ou 5 horas de reflexão

Ficaram na memória as preocupações com a Liberalização em 2011 e com a definição da melhor estratégia CTT para essa altura.

Falou-se em que seria muito melhor retirar do Serviço Universal o Correio Normal (a nossa "vaca leiteira" em termos de receita) , de forma a que os CTT pudessem competir nesse segmento com os Operadores concorrentes sem se preocuparem com as obrigações legais decorrentes do SU (com relevo para a distribuição com cobertura nacional obrigatória). Embora todos compreendamos as razões desta proposta - que permitia só distribuir nos locais onde a Operação fosse lucrativa - parece pouco viável limitar o SU ao correio azul, sobretudo do ponto de vista da política interna e tendo em vista as reacções das populações locais.

Também se reafirmou a necessidade urgente de melhores sistemas de informação integrados para todas as empresas do Grupo, sobretudo no que diz respeito à gestão de Clientes, de forma a que se pudesse saber centralmente todos os dados de uma mesma entidade Cliente em relação a todos os seus interfaces com o grupo CTT, desde o Correio Urgente às encomendas , passando pelas necessidades de Arquivo elecrónico, correspondências, letter shop e finishing etc, etc...

É uma ambição antiga que passaria pela reunificação de todos os sistemas de CRM existentes no Grupo.



A Reunião de Quadros 1

Para aperitivo um Comentário do nosso Zé:

Como quadro dos CTT?!!! dado que o encontro é só para uns tantos,Selectivo,( razões estruturais e correlacionais) com determinados "requesitos" ( é para aumentar a "coesão?!!! do Grupo", li algures e a comunicação?!!!) espero ver aqui, uma análise ao que se tratou nessa reunião de "massa cinzenta" que vai reflectir?

Sobre a Liberalização do negócio( creio? ou será sobre outras performances? Mas aonde já ouvi isto?) oportunidades e riscos ( estarão todos de cabeça ao lado? como vi num filme com o David Niven, de que já não me lembro o título, que devido à densidade cerebral, quando pensava, era obrigado a pôr a cabeça de lado,não sei se foi: Como roubar um milhão? Ou o assalto ao Comboio Correio?).

Para ao menos ter acesso ao que a Nomenklatura actual," pensará"?!!Aguardo para ver, porque as notícias oficiais,(internas, oficiosas são diferentes) a que tenho acesso, está-se no melhor do Mundos. Está tudo na Maior.

Será???!!!Que da reflexão saia algo de necessário para a Empresa e todos os seus Stakeholders?? Porque o tempo urge e é um recurso ou é bem utilizado ou perde-se. Venha a Liberalização do Negócio já. Está tudo artilhado. Há tanto tempo a preparar a Liberalização,que o seu atraso só tem trazido problemas. Porque se espera? As reorganizações e mais uns tantos....estarão mesmo a calhar...mas há eleições para o ano? Esperemos pelas Notícias do Raul.

Posts sobre a Reunião e mais umas saltadas gastronómicas do Blogger fora do âmbito da mesma seguem desde já.

quinta-feira, setembro 11, 2008

Ausência

Blogger parte para Viseu para a Reunião de Quadros dos CTT que durará até ao final de Sexta Feira.

Próximo Post na Segunda Feira altura em que penso já ter digerido uma cerveja dinamarquesa gelada que ontem me caíu muito mal no estômago...

Olha que pôrra!

Comentários

O nosso João critica e bem... o meu lapso:

Esqueceste-te dos 200 anos do nascimento de Charles Darwin... Influências da Sarah Palin? A pequena assusta mesmo.
Abraço
João

Oh João, com aquela carinha que ainda tem basta imaginá-la de espingarda ao ombro e botas de montar para sentir um arrepio na espinha...

quarta-feira, setembro 10, 2008

O Charles Darwin no nosso Plano

Peço desculpa, por lapso esqueci-me de incluir os "200 Anos do nascimento de Charles Darwin" como mais uma Emissão para 2009, a considerar logo depois da EUROPA Astronomia , no Sub-Título "Eventos de Projecção Internacional".

Já emendei no Post em causa.

Comentários ao Plano de 2009


No local do costume podem os nossos leitores ler os comentários - que muito agradeço - feitos por atentos especialistas àcerca do plano de 2009.

De facto pode parecer que existem emissões aqui "revisitadas" e são dados exemplos dos Frutos da Madeira, do Cavalo Lusitano e do palácio de Belém.
O caso das Regiões Autónomas é "bicudo" porque ao fim de tantos anos a fazer selos de Temática Regional - e ainda por cima com base nas propostas locais - é complicado inovar.

Cavalo Lusitano - Houve uma Emissão antiga com desenho lindíssimo de Mestre Luis Filipe de Abreu dedicada às Raças de Cavalos Portugueses, onde entrava o Sorraia, o Lusitano, o Garrano e o Alter (enfim, é outro Lusitano...) mas nunca se fez uma Emissão dedicada apenas ao "Lusitano"...

Palácio de Belém : o que pretendemos explorar nesta emissão (que irá depois "alimentar" um Livro temático) não é o exterior do Palácio que já foi ilustrado antigamente, mas sim as peças de colecção do seu interior , o património monumental e artístico do Palácio que tem objectos espectaculares entre ofertas de governantes estrangeiros e património nacional.

Um reparo muito pertinente é o que relaciona as Emissões com os Livros... De facto as ideias para os Livros aparecem independetemente das Emissões dos selos, e depois há necessidade de criar selos que os alimentem.
Porquê? - perguntarão os leitores...

Há aqui uma história engraçada que eu estava a guardar para as minhas memórias mas que transcrevo com gosto e que não teve a ver com pressupostos de MKT no seu início: Quando em 1985 lançámos o 1º Livro temático - o do Azulejo - a Associação (ao tempo) Nacional dos Editores e Livreiros assustou-se com o facto dos CTT entrarem no seu negócio - com medo das mais de mil estações - e pediu uma reunião com o Presidente dos Correios. No decorrer dessa reunião chegou-se a um "gentleman's agreement" no âmbito do qual os CTT se comprometiam a não editar livros sem selos dentro para "proteger" o mercado dos comerciantes do ramo. Hoje tudo mudou ...
Mas o que é certo é que os Livros com selos e sem possibilidade de Reedição constituem a nossa Imagem de Marca e por aí continuaremos, não obstante haver muitos Clientes com vontade de que fizéssemos reedições dos títulos hoje completamente esgotados.


terça-feira, setembro 09, 2008

O Plano de Emissões de 2009


Foi oficialmente aprovado pela Tutela dos CTT o Plano De Emissões de Selos e de Edições de Livros para 2009 da Filatelia Portuguesa.

Aqui vai ele:

VULTOS DA HISTÓRIA E DA CULTURA
. 100 Anos do Nascimento de Soeiro Pereira Gomes
. 150 Anos do Nascimento de Henrique Pousão


VULTOS DO TEATRO PORTUGUÊS (inicia-se neste ano uma nova temática)
. 100 anos do Nascimento de António Pedro

DATAS DA HISTÓRIA
. 800 Anos da Instituição da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos (Franciscanos)
. 900 Anos do Nascimento de D. Afonso Henriques

TEMÁTICAS
. Herança Africana em Portugal (Para incluir em Livro já aprovado )
. Palácio de Belém (Para incluir em Livro já aprovado )
. Gastronomia da Lusofonia (Para incluir em Livro já aprovado )
. Portugal 2010 (100 Anos da República)
. Os Selos e os Sentidos (incluirá um selo em Braille nos 200 anos do nascimento de Luis Braille))
. O Jazz em Portugal
. Cavalo Lusitano
. Pão Tradicional das Regiões Portuguesas (possível Livro futuro, com a Emissão do Azeite)
. 10 Anos da Introdução do Euro
. Aqui há Selo (Por votação popular escolhida a temática "Ciência em Portugal)
. Correio Escolar (Acordo Plano Nacional de Leitura)
. Natal 2009

EVENTOS DE PROJECÇÃO INTERNACIONAL
. Europa 2009 – Astronomia
. 200 Anos do nascimento de Charles Darwin
. Emissão Conjunta com a Turquia
(cerâmica turca Iznik e portuguesa séc.XVIII)
. Emissão Conjunta com o Irão
(águias pesqueiras comuns aos dois países)
. Emissão Conjunta com o Brasil
(100 Anos do Nascimento de Carmen Miranda)
Nota: Brasil ainda não confirmou a realização.

EMISSÃO BASE
Transportes Públicos Urbanos – 3º grupo

AÇORES
. Lagoas
. Europa 2009 - Astronomia

MADEIRA
. Frutos Tropicais e Subtropicais da Madeira
. Europa 2009 - Astronomia

ETIQUETAS
. Reciclagem
. Alimentação Saudável/Promoção da Actividade Física

segunda-feira, setembro 08, 2008

Quo Vadis Oh Direita?

1) Lá de fora nas Américas - Nos USA o Senador McCain tirou da cartola uma Vice-Presidente no mínimo polémica (para ser comedido no verbo) para conquistar Washington. Sarah Palin chegou-nos do Alaska, onde parece que é grande caçadora e pescadora. Tem uma filha grávida adolescente (calha aos melhores) mas, pior do que isso, parece defender ideias do Seculo XIX em termos políticos gerais...Ah, e já me esquecia, "está prestes a ver a Vitória no Iraque" segundo disse à AFP...

Para não me acusarem de estar sempre a defender aqui o Barak Obama - como já disseram - apenas sugiro que vejam o inimitável "The Daily Show" com o Jon Stewart - na SIC Radical repete aos sábados à hora do almoço . É impagável o que ele goza com a "caçadora" de Alces e de Ursos...

Embora tivesse muita graça se fosse uma farsa , imaginem o que seria - e pode ser já em Novembro - termos de facto na maior potência do mundo uma Vice-Presidente que acredita que deve ser ensinada aos alunos das escolas primárias a teoria "Criacionista" da Evolução ( a da Bíblia mesmo!!) e que acha que o "Aquecimento Global" não existe... Bem sei que passou a vida no Alaska, onde não deve fazer muito calor, mas mesmo assim...





2) Aqui no Burgo - Manuela Ferreira Leite lá quebrou o Tabu e falou aos autóctones. A grande maioria dos comentadores políticos concorda que esteve bem a disgnosticar a Crise mas que nada disse sobre estratégias para a contornar... Isto é, disse o que estava mal - também isso qualquer de nós saberia - mas nenhuma ideia avançou para alternativas a esta governação. Assim não vai lá... Dizer mal sem propor alternativas válidas é dar trunfos a quem está no Poder.

sexta-feira, setembro 05, 2008

Um Petisco na "outra" Cascais

Quando se fala em Cascais o imaginário luso pensa logo na Quinta da Marinha, no Guincho, e, em termos de restauração, no Porto de Santa Maria, no Beira Mar ou no Visconde da Luz, na Lurdinhas" do Mar do Inferno e por aí adiante.

Mas ele há um outro "Cascais" , intermediário entre o "jet set" das Vivendas de luxo com os Bentleys nas garagens e o da miséria dos bairros degradados das Marianas e do Fim do Mundo (que são a vergonha do Concelho).
Neste Cascais intermédio, porventura mais real como espelho do Portugal que somos, movimenta-se o que resta da classe média da Costa do Sol: os empregados da industria hoteleira que nos servem à mesa dos restaurantes, nos bares e nos hotéis, os bancários , os pescadores que restam, enfim todos os outros trabalhadores dos serviços que constituem mais de 90% da Industria local.

As localidades onde têm as suas casas são Alcabideche, as Fontainhas, Alvide, Cobre , Alcoitão, Bicesse e por aí fora. Em quase todos estes locais existe uma oferta de restauração muito mais barata do que no Centro da Cidade e do que no Guincho, as mais das vezes escolhida para as refeições de todos os dias pelos patrões do pequeno comércio, pelos gerentes bancários e de seguros, pela malta do "bâtiment" e por alguns empregados que ainda almoçam fora todos os dias - fiscais da Câmara):):):)?

Algumas dessas Casas são excelentes - se as qualificarmos ao nível do que servem e tendo em conta os preços que praticam. Já aqui referenciei o magnífico "Maré Alta" no Cobre, podia também ( e hei-de sem dúvida caracterizar futuramente ) a "Casa do Victor" em Alcabideche, ou o "Pereira" na Rua da Bela Vista , este mesmo próximo do centro, e por aí fora...

Nas Fontainhas, uma destas freguesias da classe trabalhadora, existe uma antiga casa , que é Restaurante mas que ganhou fama sobretudo nos Petiscos, onde a malta gosta de ir entre as refeições ou lá mais para a noite, para picar umas navalheiras, beber uns finos ou comer um prego da vazia em pão quente. Chama-se:

Restaurante "O Mastro"
Largo das Fontainhas 3B
Fontainhas-Cascais
tele - 21 483 3903

Casa pequena, com duas salas. Uma, à entrada, para fumadores, com barra e mesas adequada à "petisqueira"; a outra, mais reservada, para as refeições normais e para os não fumadores.
Cozinha e grelhador à vista, frente a vasto de balcão de barra em aço.
Toalhetes de papel nas mesas, mas guardanapos de pano.

Decoração... não existe, lembram-se do antigo "Faz Frio" na Rua do Princípe Real? Este "Mastro" é do mesmo género.

Entradas: Lingueirão; Navalheiras; Bruxas; Berbigão; Ameijoas; Burriés; Gambas do Algarve; Lagosta; Lavagante e camarão de Espinho, Conquilhas; Canilhas; Amêijoas.
Peixe: Arroz de marisco; Bacalhau com natas; Choquinhos fritos em azeite e alho. Peixe do dia para grelhar no carvão.
Carne: Costeletas de borrego; Pianos de Porco; Secretos de Porco; Carne de porco à Alentejana.
Doces: Bolo de bolacha; Bolo de noz.

Como vêem uma lista limitada (excepto o peixe e marisco) e muito, muito "suburbana". Mas o que interessa ( e isso lá nos leva de vez em quando) é a possibilidade de petiscar em paz e sossego até à 1 da manhã!

Para terem uma ideia dos preços posso dizer que 10 imperiais, um queijo de azeitão médio, 2 pregos da vazia e uma dose de chocos fritos com azeite e alho, 6 navalheiras , uma dose de camarão em piri-piri e três cafés , custaram um pouco menos de 50€.
Devo dizer que tudo ali é bem feito e com ingredientes (matéria prima) muito razoável. Apenas nos podemos queixar - quem , como eu, gosta do marisco cozido no momento - de que ali naquela casa se coze o marisco à noite para o dia seguinte. Mas a maioria dos Clientes do Mastro prefere o marisco frio e por isso a casa adaptou-se a esses desejos.
Das provas que se fizeram uma observação geral: Nada mau!
Claro que se quiserem "bruxas" pagam o Kg a 65€... Não há milagres... Mas mesmo assim menos 30€ por Kg do que cá mais para baixo, perto do mar.


quinta-feira, setembro 04, 2008

As Sandálias do Pescador

Tenho Amigos a caminho do Algarve esta semana e outros ainda a gozarem uns dias de Férias e Praia (pensavam eles) mais perto aqui do betão olissiponense...
Fica-me bem utilizar este Post para uma mensagem de conforto e de esperança a esses pobres tristes (tigres? Não, por acaso são Leões, pelo que - se formos bem a ver - não têm mais do que merecem, mas adiante...)

O S. Pedro fartou-se das faltas de respeito do bicho homem e não está de modas: chuva no Verão qu'é pr'á aprenderem a respeitar a careca do velho pescador!

Diz-se - mas estou impossibilitado de confirmar - que a última gota que fez esgotar a paciência ao santo foi o roubo das suas famosas sandálias quando abastecia numa bomba de combustível do Fogueteiro.

"- Duas vezes roubado! No preço do gasóleo e nas sandálias! Deixem lá que não perdem pela demora!! E toma lá o "Gustav", mais a "Hanna" e já está na forja o "EriK" !!

Houve quem dissesse ao demiurgo que tais fenómenos incomodavam sobretudo a malta das Caraíbas, não chegando ao contraforte da Caparica nem fustigando os verdadeiros impetrantes das malfeitorias , mas o Velho - que não é parvo - logo lhes disse que estava mas era a tratar da saúde às contas off-shore das Ilhas Cayman para onde a "turma" lusa da pesada, do roubo à mão armada e do pó branco tinha que enviar os lucros da sua actividade (coitados!) devido à insegurança aqui no País, onde dia sim, dia não, assaltavam uma agência bancária.

Que País este onde nem sequer um honesto ladrão está livre de ser assaltado! Livra! Antes a Guiné onde o Tráfico é actividade estatal oficialmente reconhecida e regulada!

De todas as formas os efeitos da justificada ira de S. Pedro lá chegaram aos poucos à Praia dos Tomates, à da Morena e por aí fora...

Que fazer Amigos quando em vez de mar calmo, areia quente e sol prazenteiro apanham pelas fuças ventania e granizada? Jogar Golfe à chuva? Mais valia bilhar de algibeira...

Façam como eu: venham trabalhar que aqui à secretária é que estamos bem e confortáveis...

Deixem lá essa coisa das férias que foi uma invenção comunista e maoísta destinada a minar as sólidas raízes do capitalismo empreendedor!

Livrem as vossas mulheres (e filhos , e filhas, e genros, etc..) da V. companhia e rumem a Lisboa de novo.
Vão ver que a família toda agradece!

quarta-feira, setembro 03, 2008

Esperança ou Desespero a Leste?

Quem tem saudades da Guerra Fria? Não me lembro muito bem desse tempo, eu que nasci em 1955 e que tive de lidar durante toda a adolescência e o início da idade adulta com um problema interno bem maior.

Recordo-me da "Crise dos mísseis de Cuba" mas tenho dúvidas se aquilo que retenho na memória desse episódio não estará hoje muito influenciado pelo (excelente) filme que retratou o caso e que tem passado na TV Cabo várias vezes... Com Kevin Costner, Steven Cup e Bruce Greenwood , respectivamente nos papéis de Kevin O'Donnell Special Advisor , Attorney General Robert Kennedy e Presidente John Kennedy.

Segundo parece, à luz do que se sabe hoje, a figura de Kevin O'Donnell terá de facto existido e sido confidente dos Kennedy, desde os tempos de Harvard, mas a sua importância histórica na famosa "Crise" não foi a que lhe dá este filme.

Lembro-me ainda da forma empolgante como o Diário de Notícias e o Diário Popular - que eram os jornais que o meu Pai levava todos os dias para casa - tratavam as conquistas do espaço americanas e soviéticas, no fim de contas mais um palco da "guerra fria". E lembro-me sobretudo da grande comoção lá em casa , onde éramos todos Democratas, quando do assassinato de J. Kennedy e , logo a seguir, do seu irmão Robert.

Do que não me consigo lembrar é que existisse em Portugal uma fobia da "Terceira Guerra Mundial" ou do ataque com armas nucleares...

Portugal estava envolvido na Guerra de África e eram essas notícias - ou a respectiva "edição censurada" - que enchiam as páginas dos jornais. O medo que existia era o de que algum filho, ou irmão, ou sobrinho, fosse para lá e não viesse mais.

Nesse sentido recordo-me de que a ida para a Guiné, já no início dos 70, era quase que uma condenação à morte na mente dos que para cá ficavam... E não esqueço as lágrimas à despedida e no regresso dos heróis.

Neste Século XXI estaremos próximos de um novo conflito entre grandes potências?

Duvido muito... A Federação Russa não tem - nem de perto nem de longe - o poderio bélico que teve a União Soviética e, bem perto de si, tem outra potência com capacidade nuclear não muito "amistosa" e acesso ao Mar Negro : a Ucrânia.

Os USA, por muito ocupados que estejam no Iraque e no Afeganistão têm capacidade - sobretudo naval - para aguentar com qualquer guerra do tipo convencional que não envolva guerrilha e tácticas subversivas urbanas.

Por outro lado a Federação Russa tem o petróleo que alimenta a industria da Europa e o gás natural que a aquece . E, como dizem os especialistas , tem o poder de destruir o fluir dessas matérias primas cortando os pipelines de abastecimento, o que é o mesmo que ter o poder de as controlar efectivamente.

Não sendo "loucos perigosos" - por acaso nisto aqui tenho algumas dúvidas, mas pronto, vou pela positiva... - os dirigentes das potências envolvidas, a quem lucrará uma escalada de armas deste tipo?

A ninguém... Reparem que mesmo os fabricantes de armamento devem pensar que uma guerra nuclear não será a melhor ideia para lhes esvaziar os armazéns... Onde poderiam depois ir gozar o dinheirito ganho? Muito melhor para o efeito serão algumas guerrazitas africanas ou asiáticas de trazer por casa...

Eu - que nada percebo destas coisas - mas que sou como todo o português , que dá opiniões sobre tudo sem nada saber de concreto, já fiz a minha "análise da situação":

Se se pôem com estes assomos de galos de combate não será porque está por detrás disto tudo uma estratégia - porventura combinada entre o Kremlin e a Casa Branca - para uma calma divisão dos "despojos do dia " no Cáucaso em troca da não interferência Russa numa possível "entrada" dos Marines pelo Irão em armas?

O "mexilhão" (os pobres tristes que morrem e são desalojados) é que se está sempre a lixar com estas manobras... São os danos colaterais...Tenham paciência...

terça-feira, setembro 02, 2008

Para Quê Reconstruir?


Estas histórias dos Furacões no Sul dos USA e em Cuba, Jamaica, etc... fazem-me pensar.
Se quase todos os anos as tempestades tropicais se transformam em furacões e estes exercem a sua sanha destruidora sobre as populações costeiras daquelas paragens com uma recorrência que desmoraliza tudo e todos, porque é que se insiste em reconstruir as casas nos mesmos locais?
Todos vimos o que se passou com o Katrina. Agora o Gustav - mesmo que inferior em potência destruidora vingativa - está também a destruir casas e a estruturas urbanas em Nova Orleães, se calhar as mesmas que se reconstruiram depois que o Katrina as tinha arrasado...
Fará isto sentido (sem ser para a industria da Construção Civil, está claro)?

O que leva as pessoas, os dirigentes, o Mayor, quem quer que seja , a insistir na reconstrução exactamente nos mesmos locais, em vez de, por exemplo, pensarem numa hipótese de realocação da capital do Estado da Louisiana e realojamento da população para fora da zona de influência das cheias do "Missy" e um pouco mais longe da orla costeira?

Será o Investimento em causa? Mas reconstruir a baixa de N. Orleães de três em três anos compensa? Ao fim de quantas "reconstruções" teríamos amortizado o valor do realojamento fora do perigo?

Dá que pensar...Sobretudo nestes tempos do aquecimento global onde a entrada de Furacões na agenda meteorológica mundial parece ser cada vez mais rotineira.

segunda-feira, setembro 01, 2008

A passagem do Tempo

Fazemos todos anos uma vez por ano, e a mim calhou-me fazê-lo neste fim de semana.

53 anos, para ser exacto.

Nunca liguei muito a esta efeméride quando era mais novo e passei a ligar muito menos desde que enviuvei, até porque - por ironia dos deuses - a minha mulher fazia anos exactamente no mesmo dia.

Mas, por outro lado, se nunca embandeirei em arco com os aniversários também nunca tive aquela sensação opressiva de "vida limitada" que conheço de alguns amigos, como aquele que - quando fez 50 anos - se isolou de tudo e de todos com uma depressão que só lhe passou umas semanas depois.

Não obstante eu não ser desses extremos, penso que devemos deixar as "coisas" cá na Terra relativamente orientadas - a partir dos "entas" - não vá por aí aparecer uma daquelas chatices que não se prevêem .

Cuidar do corpo pois então, pelo menos medir a Glicose e a Tensão Arterial em casa e ir ao Médico de 6 em 6 meses. Cuidado com a Próstata!

E, por outro lado, nada de dívidas para os descendentes, alguma casita ou propriedade que exista bem limpa de ónus e, mais importante, devidamente registada e matriculada nas Conservatórias e Registos Prediais.

Digo isto porque só eu sei o que sofri quando foi preciso pôr em ordem - em 1999 - as coisas lá da Beira , tendo a minha Mulher, seu Pai e seu Avô falecido os três num prazo de apenas 5 meses...

A vida não começará aos 50, como a sociedade de consumo nos quer fazer acreditar, mas existem coisas que podemos gozar à vontade com essas idades. Sobretudo hoje que a esperança de vida vai já a caminho dos "oitentas".

A gastronomia e o apreço pelos grandes vinhos, os Livros, a Música (seja ela qual for) , a Amizade (sempre) e até o Amor, tanto físico como platónico.

Os "cinquentas" já foram - e relativamente próximo de nós, na época do Eça de Queiroz - o crepúsculo da existência masculina, não só a altura em que se dava a famosa "primeira morte" ( a do líbido) a que se referia Voltaire, mas também a antecâmara da passagem para longe demais.

Mas nos dias de hoje - e passando por cima das parábolas dos "velhos babosos" com as actrizes de cabaret, muito anos sessenta - os cinquentões, tanto eles como elas, estão "à maneira" para se lançarem na "luta dos sentidos" tanto ou mais do que quando tinham 20 ou 30. É só repararem nas idades médias dos divórcios...

A performance pode já não ser a mesma de outros tempos, mas - isso posso garantir - a vontade de cumprir é muito maior... E ganha-se nos preliminares o que se perde nos "finalmente".

"-À custa do comprimido azul "- dirão os mais cínicos. Pode ser que sim, mas se a pílula anti-concepcional é hoje universalmente considerada como tendo sido o início da libertação feminina, porque é que o Viagra não poderá ser o princípio da emancipação da idade madura masculina?

Por mim aviso já que não deixarei de os usar quando forem precisos , lá para os meus 85 anos ...(Mas que "ganda garganêro"!!!).

E isto tudo a Bem da Nação - que é constituída por "Eles e Elas", de todas as idades e feitios.

E.T: Ontem almoçei no "Beira", em Cascais, com o meu "Senhorio": Lagostins da nossa costa, soberbos, 6 tinham 1Kg e meio... Depois um Pregado frito com arroz de marisco. Beberam-se duas garrafas de uma experiência de Dirk Nieeport - Loureiro de 2006 (Giro-Sol) - extremamente agradável como vinho de Verão, a cheirar e a saber à casta. E para terminar em beleza um Malte e um Cohiba Robusto. Preço? Era dia de anos, não se fazem contas...