quarta-feira, junho 22, 2016

Limão e Laranja



Aproveitei um convite de dois bons amigos para ir conhecer uma nova locanda para dar trabalho aos dentes.

Em Lisboa. na avenida que liga Telheiras a Carnide ( Av. das Nações Unidas) aparece escondido debaixo de um prédio de escritórios e de habitação um simpático restaurante para gente simples à procura de novidades nesta cidade já um bocadinha cheia ( e perdoe-se-me a leviandade) de "alentejanadas" e de peixe crú com sotaque asiático.

Chama-se "DonLimão DonaLaranja" assim tal e qual escrevi. E fica no número 25B da dita avenida.

A sala  é bem pequena  pelo que a reserva é muito aconselhável  - 964 375 568. Nela pontifica mestre Luis e a esposa, ajudados por uma simpática empregada de sotaque açucarado.

A ideia é porem-se nas mãos do proprietário e comerem o que ele lhes disser. Ontem havia chocos assados no forno, pato idem. E mais  as Línguas de bacalhau cozidas com todos e a bela Sardinha assada no carvão. Aliás, é casa de bons grelhados no dito carvão.

Onde fica a grelha parece ser mistério, mas uma coisa é certa: não se dá pelo cheiro dentro da sala, o que é um alívio.

Os vinhos são poucos mas bem escolhidos e (segundo parece, porque não fui senhor de pegar na carteira) a bons preços.

Comeu-se nesta primeira visita as entradas de queijo fresco com massa de pimentão açoriana ao lado, chamuças com recheio da casa (acabadas de fritar) e salada de bacalhau crú.

Depois vieram os chocos assados e o pato. Melhores talvez os chocos do que o pato, ou seria o apetite já satisfeito que influenciou o paladar?

Para sobremesa um queijo de Serpa superlativo, que veio para a mesa quase inteiro e dela saiu meio "aviado"...

Vinhos bebidos: Odisseia  branco e tinto do Douro 2011; Conde da Ervideira branco reserva (um pouco de mel a mais num vinho excelente) e Lupucino Douro, também ele de 2011. Levaram a taça os dois Odisseia.

Pelo preço dos pratos - entre 9 euros e 12 euros - admito que o máximo que se poderá ali pagar, bebendo vinho, café e sobremesa, será em redor de 20 a 25 euros por cabeça. Mas como não me deixaram pagar ...

Ontem não terá sido assim uma conta tão "contida", porque abusámos dos vinhos (eram conhecedores à mesa)  e terminámos com o tal queijo de Serpa que era um "monumento" .

Este restaurante vale pela originalidade, pela simpatia do proprietário e esposa, mas sobretudo pela nota de cozinha "caseira" que dali se desprende.  Recomendado!!

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