terça-feira, junho 07, 2016

A simpatia à mesa



Fiquei um bocado aborrecido porque a reunião na Câmara Municipal de Évora  que se realizou ontem tinha sido marcada para as 14.00h (mais ou menos).

Ainda por cima numa segunda feira... depois de saber que o "Fialho" encerra às segundas feiras e a outra "ourivesaria" da cidade, a "Tasca do Oliveira",  embora aberta nesse dia só  dá almoços a partir das  12,30 h. Ou depois...

O que me levou a procurar comida num local perto da edilidade, sem grandes pretensões e sobretudo sem procurar mesa farta e de respeito.

Mesmo assim,  quando me sento para comer há "pormaiores" a que me vejo obrigado. Nem que seja pelo respeito que a mim próprio devo.

Entre eles: o bom acolhimento, os guardanapos de pano, a paparoca bem feita e a simpatia da chamada  "envolvente", onde incluo o preço justo e a vontade de voltar..

Pois onde parei ontem a paparoca não era mal feita. Quanto ao resto? Ai Jesus! E não me refiro ao do Sporting.

Devo dizer para quem me ache snob, que até  posso perdoar os guardanapos de papel,  se for em recinto atascado, mas onde o resto funciona e a tal simpatia existe.

Agora, entrar num restaurante às 12,15h e ser olhado como se fosse um bicho do mato pela tal "envolvente"? Com a desculpa de que "ainda era cedo"? Mas na porta estava escrito que abrem ao meio dia... e não estamos em Espanha!

Fruto desse pecado original tudo o resto (excepto a comida, que não era mal feita, e o grande branco da Vidigueira de Antão Vaz) correu malzinho. Eu era "aquele que tinha vindo cedo demais"...

E ainda por cima sozinho!

Não havia sorrisos para tal meliante. Não havia conversa. Havia um olhar ávido para ver se comia depressa e largava a mesa, porque à espreita já estavam alguns clientes habituais, dos que vinham a horas decentes.

Onde foi que isto se passou? Já não me lembro. Há sítios assim. Parece que passam por nós a 100 à hora e rapidamente caem no esquecimento total e absoluto.

Total e Absoluto também não posso dizer... Algum resquício do local terá que ficar na memória, para que me lembre de nunca mais lá voltar, nem sequer passar à porta. Livra!

Pôrra Compadres!!

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