Começa hoje o período de 40 dias que antecede a Páscoa e que se costuma destacar por apelos ao jejum, partilha de bens e penitência.
Falo obviamente para quem é católico. Mas mesmo para quem não pratica ou sequer segue esta religião existem normas de vida em sociedade que são intrinsecamente respeitáveis, cruzando as diversas esferas das classes sociais e as diversas formas de estar no mundo. Entre elas o apoio a quem mais precisa.
Nesse sentido dou aqui conhecimento da mensagem do Sr. Arcebispo de Braga, solicitando que as comunidades católicas façam da Quaresma um tempo de partilha e compromisso com a Igreja e com o bem da sociedade. E declarando ainda que deveríamos destinar a renúncia quaresmal (o dinheiro que gastaríamos em consumos supérfluos nestes dias) ao Fundo Partilhar com Esperança.
Este fundo de acção social da Diocese de Braga tem sido responsável por uma ajuda notável aos casos mais graves de pobreza que afligem a região, complementando aquilo que as ajudas de estado não podem já fazer ou não são suficientes para fazer. Nomeadamente o apoio a:
- Novos desempregados;
- Situações de pobreza escondida;
- Situações de doença crónica ou prolongada;
- Famílias monoparentais.
Gosto muito do Sr. D. Jorge Ortiga. Católicos e gente boa de outras crenças (ou não crentes) reconhecem nele a cultura e a sabedoria, a grande simplicidade, o respeito inabalável pelos seus princípios e uma maneira muito "chã" de chamar os verdadeiros nomes às coisas. Mesmo quando são aquelas coisas que os poderes constituídos não gostam muito de ouvir.
No auge da crise dos refugiados foi dele uma das primeiras declarações a favor da recepção em Portugal : " A Igreja está preparada para os receber".
Um grande Arcebispo, para uma grande cátedra.
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