Mais um Post para falar do centenário da Aviação Militar em Portugal.
Este é para ilustrar a cerimónia do dia 20 de Janeiro, no Museu do Ar, onde o Sr. CEMFA inaugurou uma exposição filatélica de aero-filatelia - peças soberbas do nosso amigo João Soeiro - ao mesmo tempo que se falava da importância do serviço postal militar (SPM) durante a guerra colonial.
Grandes especialistas discorreram sobre o tema, não se esquecendo de nos relatar as histórias magníficas que marcaram estes episódios da chegada do avião com as cartas e os aerogramas aos locais mais afastados das ex-colónias, tornando-se este, em muitos casos, o mais importante episódio da guerra para os soldados, se excluirmos as próprias acções de combate.
De uma das vezes o piloto era "maçarico" e tinha posto o saco de correio em cima das "mercadorias" que levava para o batalhão. Ali chegado um furriel entrou apressado pela carlinga adentro com as cartas a expedir numa mão, inquirindo afanosamente pela "correio que vinha".
Retirado este, nunca mais ninguém viu os militares daquele batalhão... O piloto bem queria ajuda para descarregar o porão, mas nada...a malta estava toda nos bivaques a ler a correspondência ou a remoerem o desgosto de nada terem recebido...
Apenas a ameaça de partir imediatamente sem descarregar a cerveja que trazia terá feito reconsiderar as tropas aquarteladas.
Na próxima viagem o piloto já ia avisado. Quando chegou e viu o habitual furriel a inquirir pelo "correio" disse-lhe logo:
- "Olhe, está ali por baixo da outra carga".
- "Por baixo?!"
- "Pois é. Sem tirarem primeiro as caixas não conseguem lá chegar...tenha paciência porque eu também já a tive quando cá vim no outro dia...".
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