O "banco público" é genial. Não é obviamente a Caixa Geral de Depósitos!! Nem sequer o Banco Público para Células Estaminais, ou o Banco Público de Sangue! Trata-se sim do banquinho de madeira ou de ferro que os poderes públicos, as autarquias benévolas, pôem à disposição dos transeuntes para conforto dos reais assentos de quem passa.
Sendo o nosso mundo o que é, obviamente que houve já alguém que complicou uma ideia maravilhosamente simples. Vejam lá isto:
Como tradicionalmente os bancos de praças públicas reúnem pessoas para uma boa conversa, a Fisherman’s Friend criou o “Banco da Amizade”, que não permite que alguém se sente sozinho sobre ele. O banco possui um eixo central por onde se equilibra todo o peso. Dessa maneira é necessário se ter no mínimo duas pessoas sentadas para que ele não caia para um dos lados.
Mas que ideia do car****. (do caraças, ordinários!)
Mas que ideia do car****. (do caraças, ordinários!)
Outra ideia de uma coisa boa sem custos é um beijo. Um beijo é sempre bom e pode até ser muuuito bom. Teoricamente não terá custos. Na prática...pode sair mais caro que um carro de gama alta. Mas isso é estar já a desconversar.
Quanto custa um sorriso? E não é bom andar por aí a sorrir, distribuindo boa disposição ?
Neste caso dos sorrisos e deixando de lado as razões que se prendem com o "karma" de cada qual, até parece que a sorrir vão as pessoas ganhando . Envelhecem menos e gastam menos músculos da cara do que se andassem mascarados de elefantes.
Finalmente, uma coisa muito boa e importante, relativamente barata (para não dizer gratuita) e frequentemente desvalorizada: o silêncio!!
O sossego do silêncio durante a noite, o silêncio que permite "ouvir" a Natureza, o silêncio que acalma e traz a paz. O silêncio intercalar sem o qual não existe a pausa que permite apreciar a boa música.
Em casa de homens ( que é o que se passa comigo) o silêncio é muitas vezes rei e senhor. Quando chega a "santa" lá às "premissas" parece que se abriu a torneira do som à radio da Feira da Ladra.
Nem sonham o volume da cacafonia! A "santa" começa a estar tão surda como o Penedo da Saudade, o que a leva a puxar pelos decibéis tal e qual como se fosse o Abrunhosa no Pavilhão Atlântico... De fugir de uma e do outro (digo eu).
Mas quando parte a idosa senhora, o silêncio que se cria por bendita antinomia sabe quase tão bem como chegar a casa e beber uma cerveja bem fresca depois de duas horas na fila à saída da Praia da Comporta nalguma tarde de Agosto...
E, já agora que penso em praia, coçar as partes também não custa nada e sabe bem que se farta. Mesmo dentro do mar, onde estamos mais à vontade.
Ponham lá na lista sff.
2 comentários:
Por lapso meu, acabei por não referenciar a obra de onde foi retirado o texto colocado no comentário de ontem: “O livro dos pequenos prazeres inúteis” de Tom Hodgkinson e Dan Kieran. Um livro curioso e escrito com muito humor em que os autores nos falam de 100 prazeres grátis e que eles classificam de inúteis porque “não contribuem para o crescimento da economia”, tais como: Dormir uma sesta, Estender a roupa, Estar doente, Não abrir as cartas, Assobiar, Olhar para as nuvens, Encostar-se às cancelas, Resolver andar à chuva ou – imagine-se! – Estar sentado na sanita:
“A sanita é o eremitério do homem no reino doméstico. Proporciona um breve período de privacidade e de reflexão, livre do rebuliço do trabalho ou da família. E é também um espaço de criação: o filósofo chinês Ouyang Hsiu escreveu sobre os três “nos” onde pensava melhor: na cama, no lombo do cavalo e na sanita. Refugiamo-nos na sanita à procura de espaço para pensar, reflectir e meditar.”
Um livro para ler acompanhado de um copo de sangria de espumante bem fresca numa esplanada junto à praia num destes abençoados dias de sol!
Como sempre Mestre Américo demonstrando que a vida é um caminho e não um fim.
Os pequenos "grandes" prazeres nem são caros o que é preciso é estarmos despertos e não anestesiados
Grande abraço para ambos
PC:.
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