sexta-feira, outubro 25, 2013

Para Descansar a Vista

Ontem em Conímbriga passámos uns bons momentos com a Prof. Raquel  Vilaça a fazer uma notável  “Oração de Sapiência” na apresentação do Livro “Ouro Arcaico Português”.

Um Abraço é devido ao Amigo José Cura, da AAC. Não li a tempo o seu comentário e por isso lá troquei o cabrito de Condeixa pela cabidela de leitão da Mealhada… Ficará para a próxima.

Também devo dizer aos leitores que aproveitei a deambulação pela região Centro para tentar encontrar a “Reforma do Estado” aparentemente perdida nas catacumbas de  S. Bento , entre a residência do PM e a AR… Teremos que contratar um cão para dar com a coisa, ou dois…

Hoje é dia de greve nos CTT. Como sabem não faço greve porque estou nomeado em comissão de serviço, e se fizesse greve teria de apresentar a minha demissão em primeiro lugar, por coerência. O que não quer dizer que não compreenda nem respeite os motivos da greve.

Por isto tudo aqui vos deixo Manuel Alegre.

Letra para um hino

É possível falar sem um nó na garganta
é possível amar sem que venham proibir
é possível correr sem que seja fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.

É possível andar sem olhar para o chão
é possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros
se te apetece dizer não grita comigo: não.

É possível viver de outro modo. É
possível transformares em arma a tua mão.
É possível o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.

Não te deixes murchar. Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre, livre, livre.

Manuel Alegre

 

Um comentário:

Secção Filatélica da AAC disse...

Com a cabidela também não deve ter ficado mal servido :)
E chegou a provar as escarpiadas? Estavam lá no Museu. São fortemente açucaradas. Eram conhecidos por serem os doces dos pobres, pelo tipo de ingredientes usados (sobras de pão, azeite, açúcar amarelo e canela).

Parabéns pelo poema. Adequado. E ainda por cima de um conterrâneo meu :)

Cumprimentos
José Cura