quinta-feira, outubro 17, 2013

O Grande Arcebispo de Braga


D. Frei Bartolomeu dos Mártires é uma figura importante da história eclesiástica e , obviamente, também da história de Portugal. Grande animador do Concílio de Trento, onde proferiu a conhecida frase de aviso aos orgulhosos cardeais:

«Os ilustríssimos e reverendíssimos cardeais precisam duma ilustríssima e reverendíssima reforma. Vossas senhorias são as fontes donde todos os prelados bebem; necessário é portanto que a água seja limpa e pura.»

O grande especialista frei Raul Rolo, Provincial da Ordem de S. Domingos – talvez o maior conhecedor da vida e obra de D. Frei Bartolomeu, infelizmente já desaparecido – foi o responsável pelo andamento dos trabalhos que culminaram na beatificação de 2001.

E porquê tantos anos, desde a morte de D. Frei em 1590 até a esta justíssima proclamação? De notar que a figura do Arcebispo já era venerável aos olhos da Igreja desde 1845. E o povo de Viana (onde faleceu) já o considerava Santo muito antes disso.

Bem, o que consta é que terá sido alguma incúria da própria Província portuguesa da Ordem de S. Domingos, caída em desgraça nos tempos do Marquês de Pombal e apenas renascida mais perto de nós . De facto, apenas   em 7 de Março de 1962 foi restaurada esta Província ,  quase  na altura em que frei Rolo defende a sua tese de doutoramento em Roma, exactamente sobre a vida do Arcebispo.

Teremos mais um selo sobre esta figura, depois do selo único da emissão das figuras da arte e cultura de 1990. Neste caso de 2014 celebram-se os 500 anos do nascimento de D. Bartolomeu. Um único problema se avizinha no horizonte: dotado de uma bondade , santidade, sapiência  e bom trato que o situam no mais alto plano da humanidade, qualquer que seja a crença, infelizmente e apesar disso, era D. Frei Bartolomeu mais feio que um macaco mono do Brasil… Vesgo e de face entortada…

Na ausência de Photoshop naqueles tempos, os artistas que o pintaram foram tentando minimizar a “coisa”, mas com resultados pouco satisfatórios, como se pode ver pela amostra…

Como em tudo , não se deve julgar o  conteúdo pela embalagem…

 

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