terça-feira, março 05, 2013

Encontros com o Vinho em Restaurantes debaixo de crise

Encontrei duas alternativas para os almoços em torno de vinhos alentejanos, a preços módicos.

Não estão é infelizmente muito presentes nos restaurantes...Mas aqui ficam as sugestões:

O D. Rafael 2009, que é a 3ª marca da antiga e respeitada Herdade do Mouchão, está excelente! E custa abaixo dos 10€ em hiper, por isso deveria estar na prateleira dos "vintes" em restaurante.


Ainda mais raro é o vinho que resultou da última aventura do Prof. Virgílio Loureiro pela Amareleja. Chama-se "Piteira" e está soberbo! A apenas 9,99€ em Hiper.  Leiam aqui mais sff:

José Piteira Escolha Virgílio Loureiro, tinto 2009

Este vinho resulta do Blend das castas Moreto, Castelão, Alfrocheiro e alicante Bouchet, e é, na descrição do Prof. Virgilio Loureiro,  a Quadratura do Circulo na região mais quente do país.
Apresenta um nariz cheio de fruta verde a oscilar com tons de vegetal a revelar a pouca maturação da fruta.
Boca com alguma doçura a revelar a luta entre a fruta, o álcool e a acidez. Mas promete ser um bom vinho de guarda.


O problema é que nestes restaurantes em crise, a carta de vinhos quase não é mexida!!

Os proprietários atemorizam-se com a falta de clientes e não investem, desejando sobretudo esvaziar os stocks que mantêm nas caves, antes que os vinhos guardados "passem para o outro lado".

Tal estratégia, mesmo apesar das "promoções", baixas de preços e "vinhos da semana" tarda a dar frutos.

Ainda por cima nesta cultura enológica  a que habituaram o cliente (bem feito!!) segundo a qual o vinho tinha de ser bebido novo e ser muito à Parker.

Obviamente que falo de generalidades. Existem restaurantes que continuam a mostrar as novidades sempre que podem e delas têm conhecimento: o Pedro da Horta dos Brunos, O Solar dos Presuntos, o Galito, o Méson Andalúz na sua anterior encarnação (em Lisboa ainda não sei como se comporta nesta matéria).

Estamos perante um círculo vicioso: O cliente não bebe porque não encontra aquilo que quer, o restaurador não compra porque o cliente não bebe...

Podem crer que não há nada de tão aborrecido do que um indivíduo chegar a uma mesa e ter de acompanhar a refeição com um vinho medíocre, apenas porque não está para gastar 40€, ou mais,  numa garrafa de gama alta.

Gama alta , salvo seja!! Será gama alta à mesa do Restaurante, porque lá em nossa casa é de gama mais média que a média aritmética!

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro amigo Raúl

Já agora aproveito para fazer a sugestão de um Douro cuja relação qualidade preço é excelente o "Papa Figos" da casa Ferreirinha cujo preço em híper ronda os 5,65€

Um abraço

Paulo Mendonça