sexta-feira, setembro 10, 2010

O Futebol (zinho)

O nosso Inspector Maigret comenta as idas e vindas do luso futebol:


Este comentário não é sobre caça, mas prometo redimir-me nos próximos dias com a indicação de 1 ou 2 restaurantes do concelho de Idanha-a-Nova com alguma fama no tratamento que dão às carnes de veado e javali (acho que já me espalhei, porque ainda não estamos em época deste tipo de caça, pois não?). Adiante! O que me leva hoje a escrever são as declarações de Toni, antigo jogador e treinador do Benfica, sobre toda esta polémica à volta do seleccionador nacional. Pois bem, na minha opinião, Toni teve a inteligência de tocar num dos pontos mais sensíveis, embora, muitas vezes, propositadamente esquecido, deste “affaire” Queiroz. A uma pergunta de um jornalista sobre se Queiroz devia continuar no cargo e quem poderia ser o sucessor, Toni respondeu (vou citar de cor): “olhem, convidem o Scolari, que é para todos vermos se ele faz com os jogadores actuais o mesmo que fez com o Figo, o Rui Costa, o Pauleta, o Costinha e todos os outros; para vermos se ele, campeão do mundo, com estes jogadores, também consegue encher as janelas com bandeiras”. Adorei estas declarações, porque, em primeiro lugar, detesto o Scolari e os seus tiques autoritários populistas (e não lhe perdoo que, a jogar em casa, a dirigir uma equipa de muitos e bons jogadores, tenha conseguido perder uma final com a Grécia) e porque, muito sinceramente, o Madail (agarrado aos cargos que “sacou” em comissões da FIFA e UEFA), o Amândio de Carvalho (este já deve ser dirigente desde os tempos do Estado Novo), o Carlos Queiroz (para onde vai?), o Agostinho Oliveira (se conseguir colocação, vai para professor de educação física, o que não é vergonha nenhuma, vergonha é…), o parolo do secretário de estado (este que vá à…) e todos os outros dirigentes, técnicos, médicos, etc., não marcam golos, nem fazem grandes dribles, nem grandes defesas. Isso compete aos jogadores e muitos dos actuais seleccionados não passam de jogadores banais. Não acreditam? Esqueçam os clubes onde eles jogam e, Cristiano Ronaldo à parte, comparem os jogadores, posição a posição, das selecções de 2000, 2004 e 2006 com os desgraçados que jogaram (?!) nestes últimos jogos.



Só pelo que disse, Toni é o meu preferido para seleccionador nacional. Sou Sportinguista e sei muito bem a imediata associação de Toni com o Benfica, mas mesmo assim, apoio-o, porque nunca o ouvi dizer mal do Sporting, nem do FC Porto, nem de nenhum outro clube e porque, se é para a desgraça… o Toni é o homem indicado! E não me venham dizer que ele tem fama de copofónico – há muitos anos que o meu lema é “mais vale ser um bêbado conhecido que um alcoólico anónimo”.
 
Comentário: e nunca esqueçamos que foi um bêbedo reconhecido que ganhou a Guerra Civil americana, para enorme desgosto dos dândis do Sul... Ulysses S. Grant, filho de um curtidor de peles,  deu uma abada ao cavalheiro e proprietário (gentleman farmer) Robert E. Lee...

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