quarta-feira, maio 05, 2010

Em Évora de Catedral em Catedral

Primeiro as Obrigações: acompanhados pelo douto saber  do Dr Eduardo Silva - Cónego e Deão do Cabido da Sé - visitámos a Catedral, velha de mais de 800 anos, começada ainda no século XII (segundo alguns defendem)  mas só terminada no início do século XIII (1308?).  Tem agora adjacente um belo Museu de Arte Sacra, que alberga as antigas peças do Tesouro da Sé, obra de Carrilho da Graça , paga pelos fundos da Arquidiocese, está claro. Vale a pena ver! Algumas destas maravilhas medievais estão também referenciadas no nosso último livro do Prof. Galopim (o filho do "dinossauro").

Seguiu-se a  visita pedonal de mais de três horas pelas ruas e locais de maior interesse ( não esquecendo a célebre Janela da Casa de Garcia de Resende, que deu a Maluda e aos Correios de Portugal um dos Prémios de "Melhor Selo do Mundo" da sua história filatélica).

Já pelas 13h, apertando o estômagozinho, abeirámo-nos da "outra" Catedral de Évora: Restaurante dos irmãos Fialho à Travesa das Mascarenhas, mesmo colado ao Largo do Teatro Garcia de Resende.

À nossa espera uma mostra daquilo que a sabedoria gastronómica transtagana tem para oferecer aos viandantes neste início de Primavera (cheio de Sol, mas ventoso que baste...):

Ovos de codorniz com paio de porco alentejano; Túberas (não confundir com Túbaros,  Senhores! Como dizia o Chico Anísio: "Também Gosto! Mas...não é a mesma coisa!") são as nossas trufas brancas do Alentejo, boas  de qualquer maneira, nem que seja  simplesmente grelhadas com sal; Queijetas de Évora; Presunto de Barrancos; Paio grosso de Portalegre; Empadas de galinha (soberbas!): Pastéis de vitela em massa tenra (fenomenais!).

Depois uma Coentrada de cação avinagrada ao ponto. Para terminar um Borreguinho assado no forno, com sua salada de alface, orégãos, hortelã pimenta e cebola miúda.

Uma variedade de doces conventuais - Enxarcada, Sericá com ameixa, Fidalgo - terminou este almoço.

Bebeu-se Branco e Tinto da Albernoa (está-me a gora a cair no goto esta sub- região vinícola, além do mais pela boa relação qualidade\preço!) o Branco de 2008 da Casa de Santa Vitória, o Tinto foi o Reserva 2007 da Herdade dos Grous.

Atestados de boa-aventurança e de bem com o mundo todo, mesmo incluindo as Agências de rating,  lá seguimos para Lisboa.  A delegação japonesa acho que só abriu os olhos lá para as 6 da tarde, a tempo de ver o Tejo de cima da Ponte velha...

Aposta mais uma vez ganha pelo Blogger! De admirar seria se assim não fosse, pela categoria das  duas catedrais, já se sabe...

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