O nosso leitor Miguel, a quem peço desculpa pelo atraso na publicação deste seu comentário, o que se deveu muito simplesmente ao facto de só hoje ter reparado nele, comenta o Plano 2008:
Um pouco tarde mas gostaria de deixar a minha opinião. Concordo com todos aqueles que dizem que os CTT produzem emissões a mais.
Gosto da maioria plano para 2008, bastante melhor que o deste ano, mas não há de haver maneira de alguém me conseguir justificar temas como "ANO EUROPEU DO DIÁLOGO INTERCULTURAL", "50 ANOS DO CIRCUITO DA BOAVISTA","ANO INTERNACIONAL DO PLANETA TERRA" ou "ANO POLAR INTERNACIONAL".
Mais ainda, duvido que alguém que não um filatelista tradicional (i.e. aquele que compra um selo de cada) esteja particularmente interessado nas duas primeiras emissões. Eu compreendo que a filatelia é um negócio mas este excesso de emissões começa a tornar o custo proibitivo.
Pessoalmente, penso que excepto em casos especiais, não devia haver mais que uma emissão nova por mês, i.e. cerca de metade das actuais emissões. E porquê tantas repetições temáticas: quantas orquídeas ou faróis existem em território nacional? Porque não fazer uma homenagem à calçada portuguesa ou às personagens mais famosas da literatura portuguesa (eu, em particular, gostaria de ver uma dedicada às personagens queirosianas)? São temas válidos, e que ainda não foram utilizados.
Não sei se o director de filatelia é um filatelista, mas eu sou. E presumo que como muitos, os meus primeiros contactos com selos foram as emissões bases que circulavam quando começaram a coleccionar. No meu caso foram os “Instrumentos de trabalho” e as casas. Mas duvido que alguém se sinta atraído pela série corrente actual (também ela uma repetição de temas emitidos em meados da década de 90).
É visualmente e tematicamente desinteressante – a menos que a politica seja substituí-la já em 2009. Estas séries deviam circular durante muitos anos (dez? doze?) e tornarem-se parte do imaginário colectivo, à semelhança do cavaleiro D. Dinis ou dos Machin no Reino Unido.
Uma série base dedicada a escritores portugueses, fazendo um paralelo à dos navegadores? E por que não criar selos com valores de correcção? Um selo de €0,15 dava algum jeito, e não só para cobrir a diferença entre um selo de correio norma e correio azul.
Porquê emitir todos os anos os mesmos valores, quando se pode fazer novas impressões dos desenhos antigos? Há assim tanta necessidade de selos de €1 ou €2 ou é só para saquear a bolsa dos filatelistas?
Miguel Santos
27 October, 2007
Interessantes e muito pertinentes questões a que vou tentar responder no Post seguinte.
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Um comentário:
Caro Correio Mor,
Já percebemos que o número de emissões não irá parar de aumentar.. apesar de eu não concordar, mas esse assunto já foi bem explicado por si.
Agora o que eu pergunto é: os selos poderão circular ad eternum (com taxa em euros) até se esgotarem? Outros países assim o fazem e não vejo motivo para Portugal não o fazer.
Os meus Cumprimentos
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