quarta-feira, março 28, 2007

Morreu um Amigo


Há bem pouco tempo tinha este Amigo ajudado a animar o primeiro almoço do nosso Blog.

Faleceu a 23 de Março fulminado por uma terrível bactéria que iludiu todos os esforços das equipas médicas que o trataram.

Reproduzo, com a devida vénia, a nota obituária da Direcção da Associação de Quadros Consultores em África:

PAULO SALDANHA PALHARES

Vice-Presidente da Associação de Quadros Consultores em África, que idealizou, a ele se deve o entusiasmo, dinamismo, perseverança e conselho sempre pronto e inteligente com que impulsionou e se empenhou no desenvolvimento deste projecto.

O Paulo nasceu em Luanda há 59 anos e foi um cidadão do Mundo. Licenciou-se em Engenharia Mecânica no Instituto Superior Técnico e tinha um MBA em Gestão Internacional da European University de Lisboa.

Ingressou nos CTT em 1974 onde foi gestor de projectos e exerceu importantes cargos de chefia e direcção em áreas como Engenharia Postal e Sistemas, Encaminhamentos, Tratamento e Mecanização Postal, Manutenção, Operações e Sistemas de Informação de Recursos Humanos.

Foi Perito Regional para os Países Africanos de Expressão Portuguesa, na União Postal Universal, Director Adjunto da Administração da TDC e Consultor Postal em e-learning e projectos de modernização e desenvolvimento dos serviços postais, nos países Lusófonos.

O Paulo era também um desportista de grande ânimo e possuidor de elevados e exigentes padrões morais, humanos e profissionais.

Era o Paulo certamente tudo isto que ficou dito. Mas era sobretudo um Amigo Grande e Dedicado e um Homem íntegro.

To a Distant Friend

William Wordsworth (1770–1850)


WHY art thou silent? Is thy love a plant
Of such weak fibre that the treacherous air
Of absence withers what was once so fair?
Is there no debt to pay, no boon to grant?

Yet have my thoughts for thee been vigilant,
Bound to thy service with unceasing care—
The mind’s least generous wish a mendicant
For nought but what thy happiness could spare.

Speak!—though this soft warm heart, once free to hold
A thousand tender pleasures, thine and mine,
Be left more desolate, more dreary cold
......
Than a forsaken bird’s-nest fill’d with snow
’Mid its own bush of leafless eglantine—
Speak, that my torturing doubts their end may know!

Um comentário:

Maria disse...

Esta coisa dos blogs, cresce como cogumelos...
E isso impede, em absoluto, o conhecimento de muitos deles que até gostaríamos de conhecer...
Infelizmente, este é um deles...
E só por mero acaso, a propósito de uma pesquisa sobre os nossos CTT, mais concretamente, a mecanização, eu cheguei ao presente artigo cujas palavras do autor Dr. Raul Moreira, fazem justa homenagem a um Homem que eu conheci muito bem,,,
Já passaram mais de dois longos anos mas eu (e sei que muitos , muitos, outros), sofreram com a sua partida e nunca o esquecerão.
Não adiantará, agora, dizer muito mais sobre este que foi um excelente profissional, para além de bom e pacificador Homem.
Os muitos que com ele privaram, mais ou menos intimamente, sabem o quanto ficámos mais pobres.
Direi, apenas, em jeito de conclusão e que me desculpem a acidez e raiva das palavras:
-A morte de Paulo Palhares... foi uma tremenda estupidez!!!
RIP Paulo.
Maria