sexta-feira, junho 23, 2006

Comentário - Novas tecnologias para embalar Vinho

O nosso Amigo Paulo Mendonça, Especialista e Formador nas Áreas de Hotelaria e Restauração, oferece a sua opinião sobre este Tema:



Caro Raúl

Debrucei-me sobre o tema e encontrei alguma informação que julgo pertinente:

Segundo o investigador Neo Zelandês Alan Limmer a rolha de rosca "screwcap" pode gerar aromas a enxofre, artigo publicado na revist "Australian & New Zeland Grapegrower & Winemaker" com o título "Do cork breath? or the origin of SLO".

A questão está em saber se a rolha permite a entrada de oxigénio nos vinhos e se a "screwcap", cria o que chamou SLO, sulphur-like-odor.

Alan Limmer, que é doutorado em quimica, trabalhou cerca de 20 anos em enologia e é director da comissão de vitivinicultores da NZ, parte de um estudo baseado na oxidação e redução dos vinhos, conhecido como potencial Redox, e vem dizer que as garrafas rolhadas com "screwcap" envelhecem de forma "diferente" e a um ritmo muito mais lento.

Para além disso, a garrafa fica de tal maneira selada que a entrada de oxigénio é nula e acaba por gerar aromas a que chamou SLO cuja origem podem estar em compostos sulforosos.

A cortiça é feita de 15% de matéria sólida e o resto de ar e, esse facto assegura uma maior permeabilidade da rolha tradicional de forma a garantir a evolução mais harmoniosa dos vinhos e menores riscos de aromas indesejáveis o que coloca o "screwcap" na condição de vedante apenas em vinhos de consumo imediato´nunca em vinhos de guarda.

Pessoalmente ainda não me estou a ver a salivar por um vinho, sem ter um saca-rolhas na mão.

Um abraço!
Paulo Mendonça

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Óptima contribuição para esta celeuma, trazendo aqui à nossa presença argumentos que eu desconhecia.
Obrigado!

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