Introduzindo o habitual poema das sextas-feiras trago à colação a guerrinha Sporting-Benfica, com os 14 milhões de euros da indemnização e o "alcance" do programa informático, por um lado, e as prendinhas aos juízes de campo, por outro.
Longe vão os tempos das "Paulinhas" e dos quartos reservados em hotéis de luxo...Hoje os desgraçados dos árbitros só têm direito a um "pack" com camisolas e umas senhas de refeição...Se calhar apenas válidas na Catedral da Cerveja...
Acho mal.
Pelo menos uma noite no "Trombas", seguida de degustação das iguarias expostas. Isso era o mínimo que se esperaria para quem se desloca de longe para apitar um jogo em Lisboa, afastando-se assim do convívio familiar.
Para comentar esta parvoíce em dose dupla nada como fazer apelo a este belo poema de António Osório:
Os Loucos
Há vários tipos de louco.
O hitleriano, que barafusta.
O solícito, que dirige o trânsito.
O maníaco fala-só.
O idiota que se baba,
explicado pelo psiquiatra gago.
O legatário de outros,
o que nos governa.
O depressivo que salva
o mundo. Aqueles que o destroem.
E há sempre um
(o mais intratável) que não desiste
e escreve versos.
Não gosto destes loucos.
(Torturados pela escuridão, pela morte?)
Gosto desta velha senhora
que ri, manso, pela rua, de felicidade.
António Osório, in 'A Ignorância da Morte'
O hitleriano, que barafusta.
O solícito, que dirige o trânsito.
O maníaco fala-só.
O idiota que se baba,
explicado pelo psiquiatra gago.
O legatário de outros,
o que nos governa.
O depressivo que salva
o mundo. Aqueles que o destroem.
E há sempre um
(o mais intratável) que não desiste
e escreve versos.
Não gosto destes loucos.
(Torturados pela escuridão, pela morte?)
Gosto desta velha senhora
que ri, manso, pela rua, de felicidade.
António Osório, in 'A Ignorância da Morte'
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