sexta-feira, outubro 09, 2015

A Vista não descansa...Um olho na Esquerda e outro na Direita...



António Costa terá já sintomas de estrabismo. O conhecido síndroma de ter  "um olho no zero e o outro no infinito" apoquenta-o, mas não deixa de lhe dar satisfação. Esfrega as mãos em surdina e ri para dentro.
Como aqui o escriba previu,  neste momento está o país parado à espera. Não de Godot, mas sim da decisão "do Costa".

Enquanto fala e não fala, reúne e não reúne, há que lhe encontrar leitura para os momentos de folga. Como estimo que serão poucos, a leitura deve ser a condizer com o momento político. Lembrei-me de lhe propor vários livrinhos:
- "A Arte da Guerra"  - estratégia militar revista pelo mestre Sun Tzu (ou lá como se escreve)
- " O Príncipe" - Nicolau Maquiavel no seu melhor
- " O Principezinho" - a obra-prima de Saint-Exupéry (não tem nada a ver? Leiam e depois falem).
- "Desperte o gigante interior" - de Anthony Robbins
- "A Lei do Triunfo" - de Napoleon Hill

Como poema adequado ao momento político escolho um soneto do grande Luis. Vejam lá se não encaixa bem:

Mudam-se os Tempos...

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, 
Muda-se o ser, muda-se a confiança: 
Todo o mundo é composto de mudança, 
Tomando sempre novas qualidades. 

Continuamente vemos novidades, 
Diferentes em tudo da esperança: 
Do mal ficam as mágoas na lembrança, 
E do bem (se algum houve) as saudades. 

O tempo cobre o chão de verde manto, 
Que já coberto foi de neve fria, 
E em mim converte em choro o doce canto. 

E afora este mudar-se cada dia, 
Outra mudança faz de mor espanto, 
Que não se muda já como soía. 

Luís Vaz de Camões, in "Sonetos" 

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