António Costa terá já sintomas de estrabismo. O conhecido síndroma de ter "um olho no zero e o outro no infinito" apoquenta-o, mas não deixa de lhe dar satisfação. Esfrega as mãos em surdina e ri para dentro.
Como aqui o escriba previu, neste momento está o país parado à espera. Não de Godot, mas sim da decisão "do Costa".
Enquanto fala e não fala, reúne e não reúne, há que lhe encontrar leitura para os momentos de folga. Como estimo que serão poucos, a leitura deve ser a condizer com o momento político. Lembrei-me de lhe propor vários livrinhos:
- "A Arte da Guerra" - estratégia militar revista pelo mestre Sun Tzu (ou lá como se escreve)
- " O Príncipe" - Nicolau Maquiavel no seu melhor
- " O Principezinho" - a obra-prima de Saint-Exupéry (não tem nada a ver? Leiam e depois falem).
- "Desperte o gigante interior" - de Anthony Robbins
- "A Lei do Triunfo" - de Napoleon Hill
Como poema adequado ao momento político escolho um soneto do grande Luis. Vejam lá se não encaixa bem:
Mudam-se os Tempos...
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"
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