O médico Joseph Ignace de Guilottin , animado pelas melhores razões humanitárias (não fazer sofrer desnecessariamente os condenados à morte) mas também ciente de que era fundamental assegurar a maior rapidez no processamento do assunto - estávamos em época de grande movimento dos tribunais - inventou a guilhotina, mais conhecida afavelmente nos meios jurídicos como "A Viúva".
Foi utilizada durante alguns (!!) anos, desde 1792 até 1977. Sim, até 1977.
A guilhotina sem cepo e sem pescoço não cumpre o fim para que foi criada. A não ser que se utilize para partir melancias ao meio.
Na linguagem vulgar "pôr o pescoço no cepo" pode significar que nos entregamos à fatalidade, ou que arriscamos tudo sem esperar nada.
Nesta altura da vida política em Portugal quem tem o pescoço no cepo? E quem apertará o gatilho da "viúva"?
BE e CDU nada têm a perder. Arriscam tudo na jogada da oposição dita por alguns "destrutiva".
PSD e CDS foram mandados para casa de castigo, pelo Sr. Professor, para estudar como "hão-de constituir uma solução de estabilidade política e assegurando a governabilidade do País".
O PS está ainda a digerir os resultados eleitorais (com alguma bílis) e não parece de momento disposto a sair do WC onde se encerrou.
O povo? Trabalha, come e bebe. Respira . E pensa já no jogo da selecção de amanhã e nas prendas dadas aos árbitros...
Não o notando, nem sequer pensando nisso (grande coisa é a bola e o canal da "Quinta das Celebridades") é esse povo que tem a "cabeça no cepo".
E o mandante que libertará a pesada lâmina da invenção do doutor Guillotin tem uma corda comprida na mão. Vai de S. Bento até Bruxelas. Tendo até já começado a latir com laivos de aviso, tal e qual um rafeiro pulguento a dar sinal aos passantes.
O problema de alguns rafeiros é que mordem mesmo depois do aviso. Mas isso acho que já todos sabemos. Quem não foi "mordido" nestes últimos anos que levante a mão.
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