quarta-feira, julho 29, 2015

Chuva de Verão

Temos seca  no rectângulo, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.  Uma "seca" que tem trazido chuva fora de tempo, como verificamos.

Para quem está de férias esta "seca" tem-se é transformado numa "seca" tipo "chatice". Ninguém sabe ao acordar se está tempo de esticar a toalha na praia ou de ficar em casa a olhar para a chuva nas vidraças e ver passar as horas.

Hoje amanheceu cinzento na grande Lisboa. E já chuviscava antes das 7h.  Nada garante que pelo meio dia não esteja já o sol a brilhar... Ou que a chuvinha se intensifique.

Há alguns anos que se acabaram as certezas antigas que "garantiam" as estações do ano e as suas características. Será do aquecimento global.


Fenómeno que muitos contestam, ansiosos para que os deixem continuar o desenvolvimento sem sustentabilidade. 

Temo que seja por aqui que a civilização (tal como a conhecemos) vai rebentar...

Leiam isto sff:


"De acordo com os dados da NASA, o ano de 2010 foi o mais quente desde que existem registos meteorológicos representativos, culminando uma série de anos anormalmente quentes (Figura 1). No último século, a temperatura média global cresceu um pouco menos de 1, de forma algo irregular, com dois períodos de aquecimento relativamente rápido (1910-1945 e 1975-presente) intercalados por um período de quase estabilização. Modelos climáticos indicam que esta evolução recente do clima global é a primeira fase da resposta do planeta à alteração da composição atmosférica resultante da queima de combustíveis fósseis, mas também da desflorestação e de outras actividades humanas, sendo expectável um aquecimento mais acentuado ao longo do século actual, com a possibilidade de criar desequilíbrios irreversíveis em componentes-chave do sistema climático. " 

Fonte: Fundação Francisco Manuel dos Santos - A Mudança Climática - Pedro Miranda

Para não acabar o Post em tema negativo (mas ficando sempre  aqui este apelo à reflexão e à nossa intervenção cívica), deixo-lhes Caetano Veloso e a sua Chuva de Verão.

Podemos ser amigos simplesmente
Coisas do amor nunca mais
Amores do passado, no presente
Repetem velhos temas tão banais
Ressentimentos passam com o vento
São coisas de momento
São chuvas de verão

Trazer uma aflição dentro do peito
É dar vida a um defeito
Que se extingue com a razão
Estranha no meu peito
Estranha na minha alma
Agora eu tenho calma
Não te desejo mais

Podemos ser
Amigos simplesmente
Amigos, simplesmente
E nada mais

Podemos ser
Amigos simplesmente
Amigos, simplesmente
Nada mais

Trazer uma aflição dentro do peito
É dar vida a um defeito
Que se extingue com a razão
Estranha no meu peito
Estranha na minha alma
Agora eu tenho calma
Não te desejo mais

Caetano Veloso

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