No "Público" de hoje a Directora questionava os perigos de uma situação de guerra ( exactamente na Síria) onde vários "actores" se atacavam uns aos outros no mesmo "teatro" de operações ( se há teatro, tem de haver actores).
Estado islâmico, curdos, turcos, sírios rebeldes moderados, sírios rebeldes extremistas, sírios situacionistas... Um autêntico campeonato da porrada! Mas como isto não é futebol e a malta não traz camisolas de cores diferentes, imaginamos a grande barafunda que por lá se passará.
As mulheres e as crianças estão por todo o lado. Excepto as que conseguiram fugir. E morrem todos os dias nestas escaramuças. Nem devem perceber porque morrem ou em nome de quem morrem.
Há já quem louve o ditador Bashar Al-Assad, porque enquanto "reinou" manteve o país tranquilo (à força, como todo o tirano que se preza, mas tranquilo).
E este é o perigo dos acontecimentos que presenciamos, avaliados a quente. A lição que deles se tira sem o distanciamento que o tempo permite, nem sempre é a mais racional.
Entre as vidas humanas que se cortam como ervas daninhas, no meio dos atentados ao património mundial edificado que todos os dias acontecem, quantas invejas locais (e feudais) devem ser agora executadas aproveitando a confusão dos tempos?
Gostaria de recordar a grande Síria de 3,000 anos de civilização. Não para esquecer o que lá se passa agora, mas sim para enquadrar no grande rio do tempo estes eventos que - no momento em que acontecem - parecem ( e são, para todos os envolvidos) catastróficos.
Syria: the 3000-year story of what came before; the peoples, cities, and kingdoms that arose, flourished, declined, and disappeared in the lands that now constitute Syria, from the time of the region's earliest written records in the third millennium BC, right through to the reign of the Roman emperor Diocletian in the early 4th century AD.
Across the centuries, from the Bronze Age to Imperial Rome, we encounter a vast array of characters and civilizations, enlivening, enriching, and besmirching the annals of Syrian history: Hittite and Assyrian Great Kings; Egyptian pharaohs; Amorite robber-barons; the biblically notorious Nebuchadnezzar; Persia's Cyrus the Great and Macedon's Alexander the Great; the rulers of the Seleucid empire; and an assortment of Rome's most distinguished and most infamous emperors. All swept across the plains of Syria at some point in her long history. All contributed, in one way or another, to Syria's special, distinctive character, as they imposed themselves upon it, fought one another within it, or pillaged their way through it.
But this is not just a history of invasion and oppression. Syria had great rulers of her own, native-born Syrian luminaries, sometimes appearing as local champions who sought to liberate their lands from foreign despots, sometimes as cunning, self-seeking manipulators of squabbles between their overlords. They culminate with Zenobia, Queen of Palmyra, whose life provides a fitting grand finale to the first three millennia of this ancient civilization. And yet the long story of Syria does not end with the mysterious fate of Queen Zenobia. The conclusion looks forward to the Muslim conquest in the 7th century AD: in many ways the opening chapter in the equally complex and often troubled history of modern Syria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário