O Dr. Passos Coelho ameaçou poder vir a "exterminar" essas malandras das EP's que só dão prejuízos ao Estado: as CP's, as Refer's, as Estradas de Portugal e por aí fora...
Embora hoje o seu Partido, face à tolice do "menino-rei" , tenha vindo a público apaziguar as hostes, o certo é que o que fica na orelha do cidadão pagante de impostos é o "sound bite" do Coelho (Passos).
E o tal cidadão pagante dirá:
-" Este gajo até tem razão pôrra! Se as Empresas dão prejuízo porque é que se continuam a manter , pagas por todos nós, com os nossos impostos??!!"
Convém dizer a esse Cidadão - e já agora aos outros - que se forem extintas essas Empresas e se a respectiva actividade fosse tomada por Terceiros privados, estes teriam que orientar os seus preçários na óptica da cobertura dos custos de exploração. Como consequência o Zé Pagante teria que pagar não uma vez e meia, talvez não apenas duas vezes mais, mas tanto como quase 2,5 vezes acima do que está a pagar neste momento por "Passes e Bilhetes"... E o que dizer das Estradas de Portugal? Se alguma " BRISA" viesse a tomar conta da ocorrência, lá teríamos que pagar portagem nas estradas Nacionais, nas Distritais, nos Caminhos e Carreiros deste Portugal, alcatroados ou não... Até as velhas Pontes Romanas que ainda existem seriam portajadas, à conta do custo da respectiva manutenção.
E as Empresas Privadas sabem disso: Convém-lhes que os seus trabalhadores cheguem a tempo e horas ao emprego. Convém-lhes que não gastem demasiado dinheiro nos transportes, para que não venham reclamar aumentos de ordenado!
Uma coisa é exigir Gestão racional e rigorosa em tudo o que mexer com os dinheiros públicos. Outra coisa é ignorar que ser Estado e ser Governo acarreta Custos Sociais. Por isso é que existem Impostos.
Fez-se - . penso que foi no Reino Unido, há já algum tempo - uma análise sobre aquilo que o cidadão teria de pagar se fosse o seu dinheiro privado a ter de cobrir as despesas de saúde a custos reais. O valor era tão alto que se questionaram as razões desses "Custos Reais". A grande maioria estava ligada ao custo dos equipamentos hospitalares e ao preço\hora da mão de obra especializada (Cirurgiões, técnicos de saúde, enfermeiros, etc...). A resposta para tudo isto parece então ser a solução cubana: Profissionais de saúde pagos a preço\hora da mão-de-obra especializada industrial (serralheiro mecânico, ou carpinteiro) . Hospitais construídos e projectados por Empresas de Construção Civil controladas pelo Estado onde o preço da construção seria igual ao custo da mesma.
Se assim fosse em todo o lado, eu diria Óptimo! Mas como não é, quantos neurocirurgiões acham os Leitores que ficariam em Portugal se fossem pagos como os pedreiros (salvo seja e com respeito pela classe)? Ficam em Cuba porque (ainda) não se podem pirar...
E mesmo assim , se for necessário importar (por ex) algum aparelho de Ressonância Magnética - que não se fabrica em Cuba - o Estado tem de abrir os cordões à bolsa... E lá se vão os "Custos Reais" por aí acima.
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