sexta-feira, junho 25, 2010

Para descansar a Vista

Quando estamos a algumas horas apenas de um Portugal-Brasil, o  que poderia haver de mais adequado do que trazer para o nosso convívio esse:

 Grande poeta,
 capitão do mato,
 amoroso sedutor,
 diplomata vagabundo
 e escravo do Amor.

Que foi Vinicius de Moraes?


Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
 Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...



Dialética

É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...

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