Mestre Aimé Barroyer - o nosso guru culinário na execução dos pratos que concretizámos em selos para a Emissão (e futuro livro) dedicados aos Sabores da Lusofonia - convidou-nos para jantar na "sua cozinha" do Pestana Palace, como conclusão de tanto trabalho de todos os envolvidos nesta "aventura": David Lopes Ramos, Acácio Santos, Mário Cerdeira, Luiz Duran.
Juntaram-se ainda a nós a Fátima Moura - autora do "O Grande Livro dos Chefs" - e o Chef Alexandre, responsável pelo novíssimo restaurante do complexo da Sonae em Troía , jovem de elevado potencial que foi aluno do grande Aimé.
Imaginem um Jantar que começou ...pela visita ao jardim de cheiros do Chef, plantado nos belíssimos jardins do Pestana Valle-Flor. Aí se colheram os temperos de alguns dos pratos que se iriam seguir,
Toda a equipa de cozinha do Pestana esteve ocupada a preparar-nos o Jantar. E este foi, simplesmente, FABULOSO...
- Entradas de lombos de sardinha a envolver pasta de peixe, bolinho de bacalhau e guizado de peixe em caldeirada-Apresentação muito Sushi, mas sabores genuinamente portugueses!
- Bacalhau estufado com caracóis e acelgas (de cair para o lado).
- Leitão assado em interpretação luso-brasileira , com batata palha e com espuma de laranja.
- Rabo de boi estufado com favas baby e hortelã pimenta
- Sorvete de Ananás, com ananás aos pedaços e em mousse .
-Duo de Morangos e chocolate apresentado em "suspensão de capa de chocolate por cima de mousse de morangos com pedaços dos mesmos envolvidos em creme de chocolate negro".
Impressionante a qualidade e apresentação de tudo o que se comeu! E arrepiante a forma como os chefs responsáveis, homens e mulheres, traziam os pratos à mesa e explicavam o que traziam e como fizeram.
Os vinhos brancos - Loureiro Muros Antigos e Herdade de Pancas - foram oferecidos pelo Chef.
Eu tomei a decisão de levar de minha casa 3 garrafas de "Único" 2005, o Touriga Nacional da Sogrape Dão que o seu autor, o grande Manuel Vieira, queria que fosse o Barca Velha do Dão. Estava de igual para igual com a refeição...Soberbo.
Um Nieeport Vintage de 1988 encerrou com chave de ouro!
Vim fumar para rua (com a Fátima e o Luiz) um Hoyo de Monterrey, filosando se o Paraíso gastronómico seria assim tão diferente do que acabávamos de experimentar...
Para mim faltou apenas o meu velho amigo Lagavullin para tornar esta noite em Lisboa, a sorver os cheiros das árvores e dos arbustos artisticamente plantados, ainda mais memorável.
3 comentários:
Tanto snobismo numa época em que muitos contam os tostões para comprar o pão,não merece céu nenhum, nem o gastronómico...
Pois... pois...
Filatelistas, paguem a conta
enquanto me cresce a pança
sou reizinho nesta terra
onde só amigo dança!!!
Exacto...é mesmo um mundo aparte....e o pobre mais pobre. Enquanto esta massa oprimida de pobres (nada de comunas) não se rebelar e vos entrar pelo jardim cheiroso....vão gozando...pq depois...népias.
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