Tendo deixado aparecer primeiro - et pour cause - a crónica do Zé Quitério no Expresso sobre a ida a Évora e o reencontro (mais dele) com o Fialho, já estou hoje mais à vontade para falar da mesma aventura onde tive a sorte de ser um dos convivas...
Já nos apercebemos da crónica de Sábado passado que um dos 4 almoçantes estava com a "víscera estragada". Era o David, queixando-se amargamente dos exageros que experimentou em casa de Dirk Nieepoort, provando numa noite não sei quantos vinhos do grande especialista.
Fui o primeiro a chegar e, convicto do segredo que o Zé quer sempre imprimir a estas suas demandas, apenas disse que esperava alguns amigos, mas que eram gente de respeito... a filha do Gabriel, que estava infelizmente em casa acamado com uma crise de asma , mandava nesse dia nos fogões. Uma menina (hoje com dois filhos) que conheci muito bem em Cascais quando ela estava a tirar o curso na escola de Hotelaria.
Já nos apercebemos da crónica de Sábado passado que um dos 4 almoçantes estava com a "víscera estragada". Era o David, queixando-se amargamente dos exageros que experimentou em casa de Dirk Nieepoort, provando numa noite não sei quantos vinhos do grande especialista.
Fui o primeiro a chegar e, convicto do segredo que o Zé quer sempre imprimir a estas suas demandas, apenas disse que esperava alguns amigos, mas que eram gente de respeito... a filha do Gabriel, que estava infelizmente em casa acamado com uma crise de asma , mandava nesse dia nos fogões. Uma menina (hoje com dois filhos) que conheci muito bem em Cascais quando ela estava a tirar o curso na escola de Hotelaria.
Faziam ainda parte da campanha: O Zé, o David Lopes Ramos e o Pedro Rodrigues (proprietário do Vírgula).
Começámos com pouca pujança, mas logo em níveis de excelência, com pastéis de massa tenra, empadas de galinha, croquetes de carne e pata negra de boa e especiosa cura. Avançámos depois para a degustação propriamente dita.
Não sei se sabem, mas neste tipo de refeições para "avaliar" moradas e cozinheiros é costume pedirem-se uma série de pratos que depois são divididos por todos os convivas, cada um deles dando seguidamente a sua opinião.
Nesta ocasião veio Pescada cozida para o coitado do David, cujos olhos até choravam a olhar para o resto... E nós os três avançámos para : sopa de cherne à alentejana (soberba) ; pézinhos de coentrada (bons de morrer) ; perdiz à moda do Convento de Alcantara (excelente, mas bicho meio aviárico); arroz de pombo (sápido qb) e terminámos com o Borrego assado no forno (esplendoroso).
Obviamente que quer o Zé ,quer o David (quer também o vosso amigo blogger, mas num outro registo) são amigos desta casa e "compagnons de route" do Amor e do Gabriel, mas o certo é que nos deu muito gosto ver que a Casa Fialho está ainda ali para as curvas e, mais do que isso, que tem já na Filha do Gabriel mão segura e braço de timoneiro que nos auguram uma calma passagem do testemunho quando e se tal for necessário.
Vinhos? Bem, o dinheiro do "Balsas" só estica até determinado ponto, pelo que houve que fazer alguma contenção e depois uma batotazinha. Assim começámos com um branco sem pretensões, do ano, da Pesseguina e evoluímos para um Tinto Soberana da gama média. Para o final o raulzinho fez-se à estrada e ofereceu à mesa uma garrafa do novíssimo Mouro de rótulo de ouro de 2005 e que nos deixou de boca à banda e a cair para o lado em tudo, desde o preço - 95€ no restaurante, cerca de 50€ na produção - até à extrema qualidade .
Por acaso o Produtor - Miguel Louro - que estava na mesa ao lado - logo se sentou ao pé de nós, discutindo as qualidades deste seu último "menino de ouro" porventura o melhor alentejano que me passou pelo estreito nos últimos anos. Negro, retinto, de força hercúlea, cheio de especiarias e tabaco, ao fundo uma promessa de frutos pretos e de baunilha, promessa essa que nos vai fazer esperar uns 3 ou 4 anos para vermos se se concretiza.
Acabámos em beleza com uns doces conventuais e um malte velho.
Quando saímos de Évora, já pelas 18.00 (!) vínhamos todos com uma beatitude espelhada na chapala que até parecíamos uns frades capuchinhos saídos do refeitório em dia gordo...
Começámos com pouca pujança, mas logo em níveis de excelência, com pastéis de massa tenra, empadas de galinha, croquetes de carne e pata negra de boa e especiosa cura. Avançámos depois para a degustação propriamente dita.
Não sei se sabem, mas neste tipo de refeições para "avaliar" moradas e cozinheiros é costume pedirem-se uma série de pratos que depois são divididos por todos os convivas, cada um deles dando seguidamente a sua opinião.
Nesta ocasião veio Pescada cozida para o coitado do David, cujos olhos até choravam a olhar para o resto... E nós os três avançámos para : sopa de cherne à alentejana (soberba) ; pézinhos de coentrada (bons de morrer) ; perdiz à moda do Convento de Alcantara (excelente, mas bicho meio aviárico); arroz de pombo (sápido qb) e terminámos com o Borrego assado no forno (esplendoroso).
Obviamente que quer o Zé ,quer o David (quer também o vosso amigo blogger, mas num outro registo) são amigos desta casa e "compagnons de route" do Amor e do Gabriel, mas o certo é que nos deu muito gosto ver que a Casa Fialho está ainda ali para as curvas e, mais do que isso, que tem já na Filha do Gabriel mão segura e braço de timoneiro que nos auguram uma calma passagem do testemunho quando e se tal for necessário.
Vinhos? Bem, o dinheiro do "Balsas" só estica até determinado ponto, pelo que houve que fazer alguma contenção e depois uma batotazinha. Assim começámos com um branco sem pretensões, do ano, da Pesseguina e evoluímos para um Tinto Soberana da gama média. Para o final o raulzinho fez-se à estrada e ofereceu à mesa uma garrafa do novíssimo Mouro de rótulo de ouro de 2005 e que nos deixou de boca à banda e a cair para o lado em tudo, desde o preço - 95€ no restaurante, cerca de 50€ na produção - até à extrema qualidade .
Por acaso o Produtor - Miguel Louro - que estava na mesa ao lado - logo se sentou ao pé de nós, discutindo as qualidades deste seu último "menino de ouro" porventura o melhor alentejano que me passou pelo estreito nos últimos anos. Negro, retinto, de força hercúlea, cheio de especiarias e tabaco, ao fundo uma promessa de frutos pretos e de baunilha, promessa essa que nos vai fazer esperar uns 3 ou 4 anos para vermos se se concretiza.
Acabámos em beleza com uns doces conventuais e um malte velho.
Quando saímos de Évora, já pelas 18.00 (!) vínhamos todos com uma beatitude espelhada na chapala que até parecíamos uns frades capuchinhos saídos do refeitório em dia gordo...
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