quarta-feira, novembro 12, 2008

Em substituição da Golegã


Costumo todos os anos tirar um ou dois dias de férias por alturas do S. Martinho, para ir à Golegã.

Mas este ano um conjunto de circusntâncias alteraram-me os planos.

Em primeiro lugar a arreliadora gripe que não me larga, e que não aconselharia uma ou duas noites "ao léu" lá pelo Ribatejo.

Depois , o facto de no ano passado ter ficado algo decepcionado com a logística da Festa... Carro muito longe do centro, quase 45 minutos para "furar" entre os milhares de pessoas para chegar à manga, etc...

Finalmente , as vicissitudes da combinação de um almoço com os "maiores" da crónica gastronómica e de enologia em Portugal, sendo muito difícil encontrar tempo útil para reunir estes Amigos no mesmo dia e à mesma hora. E o dia que calhou foi exactamente ontem, 11 de Novembro.

Substituiu-se assim a ida histórica à Golegâ por este almoço de provas de vinhos e de troca de informações com quem sabe (Zé Quitério, David Lopes Ramos e João Paulo Martins).

Em prova estavam:
- Dois Champagnes (Bollinger Milesimé 1997 e Ruinard Grande date 1998) e uma cava (Juve Y Camps Gran Reserva 2004) - vieram todas de minha casa.
- Uma Magnum Barca Velha de 1995 (a última que me sobrou)
- Uma Magnum "mistério" trazida pelo JPM
- Duas Pintas 2005 (também da minha adega)

Escolhido o clássico "Solar dos Presuntos" pela afabilidade da carta e serviço, pelo facto de ser central a todos os convivas e, ainda, por ter espaço reservado (sala exclusiva) para este tipo de confraternização onde se podem fumar uns Havanos.
Comeu-se:
- Santolas ao natural e gambas frescas do Algarve (soberbas)
- Cracas dos Açores (quem se lembra de as comer em Lisboa!!??). Vejam a foto mais em cima para quem não sabe do que estou a falar.
- Pargo assado no forno (para alguns)
- Arroz de cabidela para outros.
- Queijo da Serra para acompanhar o resto dos vinhos
- Lagavullin e havanos "Epicure" nº 2.

Os vinhos estavam todos muito bem, com excepção do Champagne Bollinger (Hélas!!) que estava já demasiado oxidado para beber. Fez jus à antiga lei dos espumosos: "ao fim de 4 anos só se guardam à responsabilidade do dono".

O Senhor Barca Velha apresentou-se excelente, com os seus 13 anos de vida. Obviamente que não falamos de vinhos à Parker, cheios de vida, espremidos no máximo e alcoólicos que baste, mas numa referência toda ela feita de elegância.

O Vinho Mistério não era mais do que uma Magnum de Vale do Ancho de 2006. Gordo, cheio de frutos pretos e chocolate. Adivinha-se um grande alentejano! E eu dei com a região na prova cega!....

Jornada de amizade e confraternização que ocupou bem um destes dias de férias!

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