quinta-feira, novembro 29, 2007
Comentário - Cortiça
Ao não racionar o fornecimento, não estarão os CTT a fomentar a especulação?
Mais, estará em condições de garantir que os filatelistas com conta-corrente – aqueles que compram todos os produtos e não apenas os mais “apetitosos” (séries Europa, temáticas em voga e “especialidades” como a emissão em apreço) -, estarão ao abrigo de uma surpresa desagradável?
Sim, sim! Recordo-lhe que os folhetos informativos da emissão ainda não foram distribuídos e, estou convicto disso, uma boa parte deles ainda não estará ao corrente da existência do selo corporativo, cuja tiragem é de apenas 20.000 exemplares.
Convenhamos que aqui, no mínimo, há uma manifesta falta de atenção e qualidade do serviço prestado à clientela filatelista. Por mera curiosidade, e uma vez que a aparição do selo corporativo emanou na "premissa" de fazer circular o selo postal na correspondência, é possível informar-me da quantidade de selos que estão reservados às empresas do Grupo Amorim?
E aqui vai a Resposta: Achamos que ao disseminar este selo pelas estações estamos - ao contrário - a evitar especulações... Mesmo assim já tenho conhecimento de que andam alguns compradores por Lisboa a esgotar estes selos aos balcões. Acautelem-se os outros coleccionadores!
O Grupo Amorim adquiriu 10,000 séries corporate.
Estão reservados para os Conta Correntistas habituais, no mínimo, 5,000 séries corporate. Obviamente que todo o respectivo Plano das outras séries normais está também acautelado.
As outras 5,000 séries corporate que restam serão para encomendas suplementares.
Selo da Cortiça com procura Extraordinária
Rescaldo do Futebol Europeu
A Cortiça "forever"
Parabéns. Já comprei. Para mim e para oferecer.
Sugestão para próxima emissão: cola a saber a tinto.
Do bom.
Ora esta ideia já esteve mais longe da realidade do que está neste momento, não digo o "cheiro ou sabor a tinto" mas que existem selos com aromas isso é verdade porque já vi e cheirei. Sobretudo aromas florais, claro está...
Um tintinho alentejano daqueles antigos, feitos em talha de barro e a cheirar a suor de cavalo é que era...
quarta-feira, novembro 28, 2007
Mais um comentário de um nosso leitor
Sou assinante do mesmo há já vários anos. Tantos que já nem me lembro.
Verifico, contudo, que a informação relativa às novas emissões só me chegam muito depois da data da emissão o que não permite planear devidamente as encomendas.
Aliás, já canalizei esta reclamação através do sitio dos CTT mas nunca tiveram a amabilidade de me responderem.
Espera-se alguma melhoria para breve?Com os meus melhores cumprimentos
Carlos Silvério
Comentário: Não há desculpa para não respondermos aos nossos Clientes. O que posso dizer ao Senhor Silvério é que, por vezes, as datas das emissões estão sujeitas a eventos com a participação de grandes figuras do Estado. Nem sempre a articulação dos lançamentos (datas) com as Agendas de semelhantes personalidades é fácil... Por vezes houve que repetir pagelas e "desacreditar" noticiários filatélicos por causa disso. E , evidentemente, as notícias sobre as Emissões saem o mais tarde possível por causa dessas eventualidades.
Cartão de Identidade do 1º Selo de Cortiça feito no Mundo
Fornecedor de Papel - Sá Rosas S. A. (Paços de Brandão)
O Site dos CTT e a Filatelia
Não lhe darei qualquer novidade ao afirmar que nos dias que correm, o marketing é meio caminho andado para a obtenção de resultados.
Vem isto a propósito dos do site dos CTT, e muito particularmente a área destinada à Filatelia; não compreendo que a divulgação dos novos produtos não mereça um outro destaque e que as imagens das novas emissões não constem antes, durante e nos primeiros dias posteriores à data de emissão, quando estas, por vias externas aos CTT já circulam.
A divulgação e promoção da filatelia "exige" melhorias nesta área... e os filatelistas agradecem.
Fundamentada crítica e muito a propósito.
Estamos a melhorar neste momento o site CTT em todas as suas envolventes e espero termos melhor acolhimento filatélico em breve.
Mas, de facto, dou razão ao nosso Cliente. Até aqui nenhum de nós - nos CTT - estava satisfeito com o que se passava nessa vertente cada vez mais importante do MKT de qualquer empresa.
E Finalmente o Selo de Cortiça
É um facto que um selo vale mais que mil palavras.
Mas também podemos acrescentar que motiva uma pluralidade de emoções.
Este selo de, e sobre, a cortiça é um manifesto exemplo disso.
Porque quem diz cortiça, diz Portugal, líder mundial na investigação, produção e transformação da casca do sobreiro.
Basta referir que 80 por cento das rolhas consumidas em todo o mundo são de produção nacional. Para já não falar das aplicações “hightech” do mesmo material que felizmente se têm, também elas, multiplicado.
Mas, como acontece amiúde com factos tomados como adquiridos desde há muito, raramente esta posição de vanguarda do nosso país neste sector vem à ribalta.
E todavia todos estamos cientes de que os tempos depressa deixam de correr de feição para quem adormece na almofada dos sucessos…
Por isso, ainda mais pertinente e merecedora do maior aplauso foi a aprovação por todos os partidos políticos com assento na Assembleia da República de uma resolução com a vista à defesa do montado e à valorização da fileira da cortiça.
Foi na sequência desta deliberação que o Parlamento e o seu Presidente sugeriram aos CTT a realização de um selo que promovesse a necessidade de preservar os ecossistemas do sobreiro e a valorizar o sector corticeiro.
Uma solicitação que a empresa desde logo acarinhou pois o selo é visto pelos Correios, precisamente, como uma expressão gráfica dos nossos bens patrimoniais e um mensageiro privilegiado dos temas que nele são focados.
Além disso, a política filatélica dos CTT tem-se pautado por uma estreita consonância com todos os interesses nacionais.
E esta tem sido concretizada através da evocação de factos e feitos relevantes do passado e do presente, da divulgação de campanhas de teor social ou de alerta para a necessidade da preservação da natureza.
Por outro lado, no aspecto estritamente filatélico, os prémios que têm sido atribuídos aos CTT pelos seus pares, a atenção com que são ouvidos em todos os fóruns internacionais e a aceitação e valorização dos selos que lançam em cada ano no mercado mundial, conquistaram e consolidaram um prestígio que lhes acarreta as inerentes responsabilidades.
Apesar das especificidades do mundo do selo e das obrigações éticas e deontológicas que a filatelia portuguesa impôs a si própria, a decisão de fazer uma emissão alusiva ao montado e ao sector corticeiro contemplou, desde logo, a possibilidade de se fazer um selo de cortiça.
Uma ideia no mínimo invulgar e de alto risco se se tiver em conta o normal conservadorismo dos agentes filatélicos, tal como não pode deixar de ser, pois os selos são objectos de valor e transaccionáveis em qualquer parte do mundo
Os CTT são hoje uma Empresa moderna. E por demais atenta à necessidade imperiosa de evoluir. Essa evolução, não apenas através de meros “aggiornamentos” mas de modernizações estruturais, acaba por ter reflexos em todas as áreas da empresa onde se tem reafirmado uma cultura de querer fazer cada vez mais e melhor. E também na Filatelia.
A emissão de um selo de cortiça poderá parecer uma ideia um tanto ou quanto extravagante e pouco viável. Pelo menos a nós assim nos pareceu quando agarrámos neste projecto.
Mas, resolvidos os problemas iniciais, iniciada uma linha de rumo e encontradas as necessárias soluções técnicas, aliadas à mestria do escultor João Machado, da Casa Impressora CARTOR e de todos os que contribuíram para a realização desta aventura, fica-se surpreendido, afinal, com a «normalidade» deste selo original que não deixa de ser também, a todos os títulos, invulgar.
Fazer um selo de cortiça é uma novidade mundial, com a chancela dos CTT Correios de Portugal, que terá inequívocas repercussões e fará ressoar a evocação do sector corticeiro português em todo o mundo filatélico.
Em boa hora o conseguimos realizar.
E eu não diria melhor... Bom proveito porque esta é uma das tais emissões que ...antes de o ser já o era (esgotada, claro está).
terça-feira, novembro 27, 2007
As Dúvidas da "Meia-Idade"
Não sou medievalista e por isso podem ficar descansados porque não vou escrever sobre esse período relativamente obscuro da evolução europeia - obscuro para alguns, luminoso para outros, dependerá das perspectivas...
Também - e embora seja adepto assumido de J.R.R. Tolkien - não penso divagar sobre a "Midlle Earth" onde o Senhor dos Anéis fazia a vida negra aos heróis do nosso encanto.
Não senhor, "Meia-Idade", neste contexto, significa mesmo a meia idade do cronista, aquela transição que se quer infindável dos 50 anos para os 70 anos, o período de tempo em que se fazem - por norma - balanços de vida e se deitam as contas ao que nos faltará ainda fazer e ao que foi já feito.
Nesta altura da vida há Homens que reagem de forma distinta.
Para os americanos (ou europeus) bem de vida e metidos no (ou que gravitam ao redor do) Show Business e das artes em geral estará na altura de comprar um Porsche. De preferência descapotável.
Porquê? Penso que é um dos mistérios insondáveis da ficção ocidental, milhares de vezes repetido em filmes, séries de televisão e na literatura.
Admito que o Porsche tenha um apelo juvenil e viril, muito James Dean (que como sabem se matou ao volante de um) .
Admito até que essa aquisição possa também ter a ver com vontade de fazer a "grande jornada" ao modo de Jacques Kerouac (lembram-se do livro "On the Road", da Beat Generation, da contra-cultura norte-americana dos anos 60?). Embora nesse caso, e dada a relativa limitação da autonomia do Porsche, melhor seria comprar-se um Volkswagen Passat a Diesel que garantiria pelo menos 1000Km sem abastecer (obviamente que com muito menos glamour...)
Outros Homens menos afortunados financeiramente ( e não sei se levados a esse extremo pelo mesmo tipo de motivação) em vez do Porsche comprarão uma Bicicleta de Montanha.
Outros ainda inscrevem-se num Ginásio - de notar que há dúvidas sobre se será para melhorar o "tónus muscular", se para espreitar o corpo das companheiras de infortúnio modelado pela Lycra dos maillots de treino.
Muitos divorciam-se, ou então optam pela saída mais cobarde: arranjam um caso com alguma colega de escritório ou com a "vizinha" da máquina de musculação.
Ouvi dizer que existem até alguns - provavelmente poucos, mas não há estatísticas fiáveis como podem imaginar - que aproveitam esta época outonal da sua existência para "mudar de clube" , "sair do armário" , o que quer dizer na prática " modificar a respectiva inclinação sexual".
Outros ainda desatam a comprar lingerie ousada para as mulheres legítimas, marcam fins de semana românticos a dois, insinuam comportamentos na intimidade que não passavam pelo "estreito" da "cara metade" há mais de 30 anos e que a fazem até marcar de imediato uma consulta no psiquiatra para ele, suspeitando - e com alguma razão- que o querido sofrerá de senilidade precoce.
Os que têm famílias estruturadas, com mulher e filhos e alguns até já com netos a caminho, parece que - contra o que seria de esperar - serão os mais afectados por estas alterações "espirituais" que precedem a andropausa mas que com ela muitas vezes se interligam.
Poderá estar em causa o "último assomo do leão ferido de morte" ou a "Carga da Brigada Ligeira", o que lhe quiserem chamar para indicar este último levantar (salvo seja) do ego masculino, da virilidade e da "Ombridad" antes da morte do libido e da atenuação da tendência predatória pelo sexo oposto (seja ele qual for).
Não sou psicólogo nem sexologista (God forbid!) mas de todas as formas e depois de estudadas estas tendências entre amigos e conhecidos chego à conclusão que estas atitudes à primeira vista " anormais", serão no fim de contas bem normais e até saudáveis, apenas um prólogo para o inevitável "prestar de contas" de nós para nós mesmos que é comum na velhice que se respeita a si própria e que é respeitada.
Deixemos brilhar no céu pelas últimas vezes o fogo de artifício da juventude gloriosa e preparemos o terreno para o jogo das memórias dos anos mais maduros.
Como dizia o meu Amigo Rodrigo: "o ideal seria trocar a mulher de sessenta por três de vinte, mas depois tínhamos de comprar um manual de instruções para reaprender o que fazer com elas..."
E, acrescento eu, "vários baraços de corda para as prender e um aumento do pé-direito da casa onde habitássemos , por motivos óbvios..."
Jean-Anthelme Brillat Savarin, clérigo e gastrónomo (Rei de todos os gastrónomos) postulava que era nos "anos de ouro " da sua existência que o erudito dado aos prazeres da mesa tinha as suas horas de glória: pela experiência acumulada que lhe permitia escolher mais sensatamente, pela bolsa mais recheada que lhe permitia gastar mais com produtos de primeira qualidade e pela educação do gosto, que lhe permitia comer e beber apenas o que verdadeiramente lhe agradava.
Ora estes conselhos, se pensarmos bem, não só se aplicam à gastronomia como a quase todos os aspectos da nossa vida.
Aos 50, ou aos 60, a vida começa a ser demasiado curta para se beber mau vinho, para aturar pessoas de quem não gostamos, para ver e ouvir o que não queremos Amigos!
Provavelmente é a altura das nossas vidas em que seremos mais Livres. Já pensaram nisto assim?
segunda-feira, novembro 26, 2007
Para Descansar a Vista
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
verdes paraísos lembram ainda.
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
Eugénio de Andrade
Lá se foi a Fusão BCP-BCI
sábado, novembro 24, 2007
Mais Respostas a outros comentário sobre Política Filatélica
Dos 3 anteriores responsáveis pela Filatelia Portuguesa de que me lembro (porque os conheci pessoalmente) nenhum é filatelista (ou foi, porque o Engº Vaquinhas Cabral infelizmente já faleceu).
O 1º Presidente da WADP ou AMDF (em inglês ou em francês) Frank Daniels, grande Director de Filatelia da Bélgica e que foi um pouco meu mestre nestas lides - embora, na sua modéstia ímpar de grande senhor da Filatelia Mundial , fosse a mim que ele chamava isso - também não era (pelo menos até se reformar) filatelista.
Penso que, se pensarmos todos um bocadinho compreenderemos a razão. É que essas pessoas (incluindo eu próprio) estão tão perto da "produção", tão perto dos Artistas e das provas, dos enganos e dos ensaios, etc... que a sua integridade deve estar acima de qualquer suspeita.
E, como sabemos, à "Mulher de César não se exige apenas que seja honesta, mas também que o pareça".
Por isso não sou filatelista e nem um simples ajuntador de selos me considero. Aquilo que tenho em casa é uma colecção de todos os Livros de Filatelia que lançámos desde 1983. E a razão é simples, porque foram projectados por mim , desenhados pelo Luiz Duran e aprovados pelo Leiria Viegas. Foi o meu 1º trabalho, ainda "puto", para os Correios de Portugal. E dele me orgulho como de nenhum outro.
Sobre as Emissões em demasia já falei: cada vez maior notoriedade institucional da Filatelia. É o Governo, é o Sr. Presidente da República, é a Assembleia da República (como agora para o caso da Cortiça com lançamento em 28 de Novembro, ideia do presidente Jaime Gama), etc, etc, todas essas individualidades a solicitarem selos para comemorar alguma coisa.
E, pedindo desculpa se estou a magoar alguém, acho que este interesse é muito benéfico, pois faz a Filatelia sair do âmbito dos especialistas e passar para o grande público. Eu (nós) nunca vendemos tantos selos ao balcão das Estações de Correio. Mesmo que não circulem todos (embora muitos deles o façam) é bom ter a nossa "gente" do nosso lado e a saber o que são selos e como são...
Porque deixámos de lançar selos em Talhe Doce? Porque a INCM deixou de ter essa tecnologia, e ainda porque o tempo necessário para fazer uma gravura fora de Portugal era de aproximadamente 6 meses. A fazermos quase duas emissões por mês não era possível darmos conta do recado...Mas tenho boas notícias. A tecnologia de gravação manual evoluiu e hoje já é possível fazer "Talhe Doce" mais rapidamente. Como a CARTOR (gráfica alternativa à INCM com que trabalhamos) domina essa tecnologia nova pode ser que apareça uma ou outra série executada dessa forma ...
Acabar a carreira de filatelista em Dezembro de 2010... Bom o ideal seria não acabar e continuar connosco, mas já que tem mesmo de acabar este relacionamento de tantos ( e bons, permito-me acrescentar) anos , então acho que escolheu bem.
E , se tiver alguma paciência, ainda lançaremos uma ou outra série em "TALHE DOCE" antes de 2010 - ou mesmo lá perto. Para matar saudades das obras de arte dos anos passados.
2010 será, sem dúvida, um marco para a Filatelia Portuguesa. Altura em que , se calhar (atenção que se me citarem eu não escrevi nada...) podemos eleger pela primeira vez um português para Presidente da Federação Internacional de Filatelia.
Com os CTT (eu, ou quem na altura lá estiver) na WADP e outro "portuga" na FIP quem nos parará?
sexta-feira, novembro 23, 2007
Resposta - Plano de 2008
Uma solicitação que a empresa desde logo acarinhou pois o selo é visto pelos Correios, precisamente, como uma expressão gráfica dos nossos bens patrimoniais e um mensageiro privilegiado dos temas nacionais ou internacionais que nele são focados.
Além disso, a política filatélica dos CTT tem-se pautado por uma estreita consonância com todos os interesses nacionais. É do interesse nacional alertar todas as pessoas para a importância das calotes polares na nossa vida, bem assim como para os problemas ambientais que ameaçam a nossa "casa global" que é o Planeta Terra, etc, etc...
E esta política de edições tem sido concretizada através da evocação de factos e feitos relevantes do passado e do presente, da divulgação de campanhas de teor social ou de alerta para a necessidade da preservação da natureza. São preocupações que hoje já ultrapassam os limites do nosso rectângulo, tornando-se perfeitamente globais
Como dizia o outro, o mundo hoje em dia não é mais do que o nosso quintal...
Circuito da Boavista porquê? Bem, foi a 1ª Prova realizada em Portugal que contou para o Campeonato do Mundo de Velocidade (na altura ainda não havia Fórmula 1) , mas fora disso também nos dá a oportunidade da fazer selos (espero que magníficos) com automóveis de corrida da época... quem não gostaria de os ter? Até eu que não sou filatelista...
e) E porquê tantas Emissões por ano? Nos anos 80 e 90 estávamos limitados a 16 ou 18 emissões por ano, e agora já andamos mais perto das 25!!
Muito certo e, por um lado, tomara eu que assim não fosse, pois teria muito menos trabalho e muitas menos preocupações... E ganharia o mesmo!
Mas, por outro lado, esta "aceleração" não é mais do que a constatação de que a Filatelia Portuguesa deixou o armário onde estava alojada há dezenas de anos e tornou-se " cidadã deste mundo".
Foi descoberta (finalmente) pela "Sociedade Civil" - seja ela o Governo ou as Empresas ou as Instituições de Carácter não Lucrativo - que a acarinham e utilizam cada vez mais na divulgação dos seus programas e actividades. E pressionam os cTT em conformidade...
Se pensarmos um bocadinho até que não é mau estarmos assim no meio das atenções...
Claro que tem também os seus pontos negativos, mas não há "almoços de graça" não é?
Comentário ao Plano de Emissões 2008
Um pouco tarde mas gostaria de deixar a minha opinião. Concordo com todos aqueles que dizem que os CTT produzem emissões a mais.
Gosto da maioria plano para 2008, bastante melhor que o deste ano, mas não há de haver maneira de alguém me conseguir justificar temas como "ANO EUROPEU DO DIÁLOGO INTERCULTURAL", "50 ANOS DO CIRCUITO DA BOAVISTA","ANO INTERNACIONAL DO PLANETA TERRA" ou "ANO POLAR INTERNACIONAL".
Mais ainda, duvido que alguém que não um filatelista tradicional (i.e. aquele que compra um selo de cada) esteja particularmente interessado nas duas primeiras emissões. Eu compreendo que a filatelia é um negócio mas este excesso de emissões começa a tornar o custo proibitivo.
Pessoalmente, penso que excepto em casos especiais, não devia haver mais que uma emissão nova por mês, i.e. cerca de metade das actuais emissões. E porquê tantas repetições temáticas: quantas orquídeas ou faróis existem em território nacional? Porque não fazer uma homenagem à calçada portuguesa ou às personagens mais famosas da literatura portuguesa (eu, em particular, gostaria de ver uma dedicada às personagens queirosianas)? São temas válidos, e que ainda não foram utilizados.
Não sei se o director de filatelia é um filatelista, mas eu sou. E presumo que como muitos, os meus primeiros contactos com selos foram as emissões bases que circulavam quando começaram a coleccionar. No meu caso foram os “Instrumentos de trabalho” e as casas. Mas duvido que alguém se sinta atraído pela série corrente actual (também ela uma repetição de temas emitidos em meados da década de 90).
É visualmente e tematicamente desinteressante – a menos que a politica seja substituí-la já em 2009. Estas séries deviam circular durante muitos anos (dez? doze?) e tornarem-se parte do imaginário colectivo, à semelhança do cavaleiro D. Dinis ou dos Machin no Reino Unido.
Uma série base dedicada a escritores portugueses, fazendo um paralelo à dos navegadores? E por que não criar selos com valores de correcção? Um selo de €0,15 dava algum jeito, e não só para cobrir a diferença entre um selo de correio norma e correio azul.
Porquê emitir todos os anos os mesmos valores, quando se pode fazer novas impressões dos desenhos antigos? Há assim tanta necessidade de selos de €1 ou €2 ou é só para saquear a bolsa dos filatelistas?
Miguel Santos
27 October, 2007
Interessantes e muito pertinentes questões a que vou tentar responder no Post seguinte.
O outro "Palhaço de Deus"
Para alguns ficará apenas a estranha história da sua visita a Portugal (penso que foi em 1968) e poucos dias depois do asssassinato de Robert Kennedy .
Antes e nos intervalos do espectáculo que deu aqui em Lisboa, na Fundação Gulbenkian, Maurice proclamava mensagens de revolta contra a intolerância e qualquer tipo de ditadura. E foi aplaudido 20 minutos seguidos!
Por ter tido essa coragem Salazar expulsou-o do País. Dizem os entendidos que foi esse o principal motivo pelo qual o Presidente da Gulbenkian Azeredo Perdigão cortou relações com Oliveira Salazar.
Depois do 25 de Abril , Béjart foi de imediato convidado a fazer o mesmo espectáculo e, é claro, veio e encantou e eu estava lá para ver, já no Coliseu, o seu "Romeu e Julieta".
Mas Béjart não foi apenas um grande coreógrafo. Foi sobretudo um revolucionário da dança e um visionário do espectáculo.
As suas ideias nem sempre resultaram do ponto de vista artístico. Por exemplo, é conhecida a forma como dirigia e escolhia os bailarinos, abdicando muitas vezes das grandes figuras mundiais para escolher valores ainda não testados junto das grandes audiências.
Alguns diziam que seria por apostar na juventude e na renovação. Outros diziam que era porque no "seu" espectáculo estrela só devia haver uma : ele e mais ninguém.
Embora muitos doutos críticos e personalidades "bem falantes" tenham nele visto (até na aparência física) ares de Mefistófeles , o que Béjard secretamente adoraria, penso que é o título do Ballet que escreveu em 1971 em louvor de Nijinsky - "The Clown of God" - que lhe deve ser atribuído nesta saída de cena aos 80 anos.
Que descanse em Paz.
Em louvor da tropicalidade
quinta-feira, novembro 22, 2007
Comentário ao nosso Apuramento
Por muito que nos custe, temos que admitir o óbvio: falta alguém com classe e crédito que "carregue às costas" a nossa selecção.
Creio que não é necessário avançar com um ou dois nomes para...Qualidade!? Qualitativamente, que mais poderíamos esperar da selecção com uma linha média formada por jogadores com estas características?
Quanto a Scolari: é diferente (pra melhor) dos outros porque é forte no trabalho psicológico e teve a coragem de não se submeter ao depravado poder instituído; tecnicamente, não acrescentou nem trouxe nada de novo; fora das quatro linhas, é o que se vê e sabemos, i.e., uns abominam, outros apreciam e outros ainda, nem tanto...
Restar-me-á o consolo das emoções que só o futebol nos proporciona, observar (mais uma vez!) o país num grande palco europeu e observar a vaga de compatriotas a pintar de vermelho e verde o território helvético.
PORTUGAL! PORTUGAL!
Saudações Filatélicas,
Fernando Bernardo (Suíça)
Muito Obrigado Amigo Fernando e Boa sorte para a sua actividade na Suíça!
Selecção no EURO... mas sem deslumbrar...
Podem dizer que Figo e Rui Costa não são facilmente substituíveis e que o que interessa hoje em dia são os resultados e não as exibições.
quarta-feira, novembro 21, 2007
Aço de "Toledo" não provou ser como o pintam
Este do "Toledo" nem chegou aos calcanhares dos mais modestos, mas excelentes, Cozidos homólogos do Polícia, ou do Funil.
O principal defeito foi a fraca qualidade dos enchidos (eram industriais) e ainda o facto de, no capítulo das couves, só incluir repolho e este - tal como o nabo e a batata (branca e de má qualidade) - vir quase a desfazer-se por demasiado tempo de panela.
terça-feira, novembro 20, 2007
Ainda a "Praga" das Consultorias
É evidente que quem - como eu - tem um horror figadal às generalizações, processos de intenções e aos "julgamentos colectivos", é imperioso que diga que nem todas as Empresas de Consultadoria serão como as "pintei" ontem, nem todos os Consultores terão a mesma posição confortável de seguir o rumo de estudos anteriores sobre as mesmas matérias e de espremer os "desgraçados" dos quadros indígenas.
Mas - e falo de acordo com a minha experiência pessoal - não me lembro de ter lidado com estas situações de recepção a assessores ou a consultores de fora sem que as mesmas não se tivessem pautado, mais cedo ou mais tarde, pelas "cavalagens" que referi.
E mais, a qualidade das empresas de consultoria media-se geralmente pela forma e muito menos pelo conteúdo das suas conclusões.
Como estas conclusões dos "peritos exteriores" eram publicadas em relatórios de muitas páginas, bem apresentados e decorados, e como as Apresentações Power Point das mesmas eram (essas sim) profissionais q.b. , todo o povão embasbacado era suposto bater as palmas e baixar as orelhas em veneração profunda e ainda agradecer aos céus termos podido comprar tais pérolas de sabedoria por um preço tão "vantajoso".
Enfim... Penso que já perceberam que o assunto me incomoda e só peço, se fizerem favor, para não me darem mais " gasolina" para alimentar a combustão destas catilinárias que me pôem quase que a "espumar da boca" .
É que o "Mocho" nem no prato sabe bem. Chiça!
A não ser que seja o famoso "pombo-mocho" mas essa é outra história (de caçadores e de copos ).
segunda-feira, novembro 19, 2007
A mania dos Consultores
Era sobre os Consultores – no caso vertente daqueles que fazem consultoria sobre Comunicação Social escrita ou não. Na opinião do Senhor Director qualquer Empresa de Comunicação Social que, nos últimos anos, tivesse feito apelo a uma Consultoria e lhe tivesse seguido os ditames, estava muito pior do que antes da “consulta”. E dava exemplos: O Correio da Manhã, a SIC, o Expresso, etc…
Normalmente não gosto de ler o Arqº. Saraiva. Tem duas páginas do Sol reservadas para ele e nelas expõe pormenores da sua vida pessoal ou do seu percurso como jornalista e director de jornais como se fossem crónicas que realmente interessassem ao Leitor .
Parece ser (porque não o conheço pessoalmente fica o “parece”) pessoa bastante “cheia de si própria” e até com alguns tiques de “Adónis da escrita”, remirando-se eternamente num espelho das suas próprias vaidades sem ligar ao que o comum dos mortais possa vir a pensar de semelhante ( e, digamos, tão estranho,) comportamento.
Mas vi-me a concordar com ele e com a sua posição de desconfiança face à vaga de consultadorias e de assessorias que parece ultimamente enxamear as nossas empresas e até o próprio Governo.
O “Mestre Mocho” como o consultor é muitas vezes conhecido , traz para a empresa que vem ajudar um conhecimento limitadíssimo da sua história e do seu percurso, apoia-se geralmente nos quadros da mesma empresa – a quem espreme miseravelmente para obter os dados de que necessita – faz o seu relatório apoiado pelos “alinhamentos “ de outros relatórios feitos em Londres ou em Paris pelos Consultores da Empresa-Mãe que já trabalharam em firmas do mesmo ramo e, no final, mete ao bolso umas centenas de milhares de €…
Nada mal, não acham?
Então porque é que se continuam a dar tão bem, em Portugal e noutros países, estas “aves de arribação”?
Só vou elencar as “razões malditas”, pois acho que todos sabemos os motivos plausíveis para estas contratações, que têm sempre mais ou menos a ver com “uma visão mais fresca e independente, de fora para dentro, sem vícios de antiguidade etc, etc, etc”.
Hipótese 1 – Servem para desculpar ou justificar decisões de gestão pouco pacíficas. São a “desculpa” dos erros de gestão ou das “decisões de gestão por motivos políticos”.
Hipótese 2 – Contribuem valentemente para o financiamento dos Partidos (dos Partidos que montam Governo, entenda-se, não dos “Verdes” ou do “BE”) e por isso há necessidade que “o trabalhinho não lhes falte…” para que nunca se arrependam da boa acção.
Hipótese 3 – Constituiriam formas alternativas de aumentar os rendimentos dos gestores que a eles fazem apelo (como não sei, apenas desconfio).
Escolham os meus leitores a explicação ( ou o Mix delas) que acham mais verosímil .
sexta-feira, novembro 16, 2007
Porque não Conde??
Uma família de nobreza "moderna" que deveria ter sido olhada de soslaio pelos antigos Senhores de Cascais - Casa fundada em 1370 cujo primeiro Marquês e 6º Conde de Monsanto foi D. Álvaro Pires de Castro.
De todas as formas o que aqui está em causa é a recepção que o vulgar mortal - brasonado ou não - deverá ter quando se aproxima do "casarão" que alberga o Restaurante Visconde da Luz, vulgarmente conhecido pelo cascavélico habitante de Cascais como , simplesmente, "O Jardim".
Restaurante Visconde da Luz
Jardim Visconde da Luz
Cascais (no centro, ao lado da CGD)
Tele - 214 847 410
O que se come no "Jardim"?
Peixe: Açorda de marisco; Amêijoas à Bulhão Pato; Arroz de marisco; Arroz de Tamboril; Bacalhau à Lagareiro; Bacalhau com natas; Bacalhau cozido; Peixe cozido; Filetes de Pescada; Lulas; Peixe ao Sal; Peixe assado no forno; Peixe grelhado; Bacalhau assado; Sopa de Peixe; Parrilhada de peixe e Cataplana de Mariscos.
Carne: Cabrito Assado; Caça; Carne de porco à Alentejana; Carnes grelhadas; Costeleta de novilho e Cozido à Portuguesa.
Doces:Tarte de Noz, Semifrio de Avelã; Toucinho do Céu e Pudim Flan
Começamos por dizer que o marisco e o peixe do dia são fenomenais e a preços condizentes com essa qualidade. Esta casa foi fundada por antigos empregados do Mestre João Padeiro - quem ainda se lembra deste Ex-Libris de Cascais dos anos 60 e 70, hoje infelizmente deslocado para o Guincho pela mesma família, mas sem a chama e as glórias de outrora?
Mestre João Padeiro tinha a fama de ter o melhor Linguado e o melhor Lagostim de Cascais. e estes seus aprendizes fazem o possível para manter essa tradição de excelência.
É natural que com os Lagostins Grandes a sairem da Lota a mais de 60€ o Kg será difícil que qualquer restaurante os venda por menos de 100€.. .O que, a bem dizer, não os tornará o prato com mais saída desta casa (ainda por cima estão cada vez mais raros, fruto da poluição e da "raspagem" que é feita das costas ribeirinhas pelo arrasto indevido).
Mas o Linguado, o Robalo, a Dourada Marinha etc, apreeentam-se ainda aqui com todo o fulgor possível em pescado selvagem (à porta fica qualquer que seja o peixe de "aviário". É norma da Casa desde que abriu.)
Um segredo: um dos actuais cozinheiros do Jardim aprendeu com Mestre Mendonça, no Monte Mar (Guincho). Peçam-lhe para lhes fazer um daqueles arrozes caldosos a saber a mar, com camarão vivo e ameijoa. Experimentem depois acompanhá-lo com um Linguado rosa de bom tamanho "frito à pobre", isto é, sem ser passado por ovo antes da fritura, e digam-me se não ficam no paraíso por algum tempo...
Pata Negra de muito boa qualidade também é apanágio da casa, bem assim como a Santola descascada ao natural (excelente como entrada).
Por estranho que pareça tem também esta casa muita ( e fundada) fama no tratamento das carnes. Se houver Cabrito no Forno, não hesitem. É um dos melhores que se podem comer para os lados da Grande Lisboa.
Com uma garrafeira de grande porte e a preços habituais (quero dizer, para o carote...) é usual o transeunte pagar - tendo alguma atenção ao que bebe, mas com uma entrada de Santola, prato principal de peixe do mar e sobremesa conventual - cerca de 60€. Se for para os Lagostins o melhor é fazer uma "ligação directa" ao cofre da CGD que é mesmo ao lado...
Não é barato, mas com a qualidade que se comprovou deveria este Visconde ser, no mínimo, Conde.
quinta-feira, novembro 15, 2007
Comentário do Alandroal
Muito obrigado a ambos. Bem hajam
Francisco Tátá
De nada Amigo!
Vá lá tomando conta das coisinhas boas que o Alentejo ainda tem para comer e para beber que um dia destes vamos fazer-lhe uma surpresa!
Clonagem Humana mais próxima
Notícias de ontem à noite fazem eco que foram já clonados com sucesso nos USA embriões de macacos.
Embora a ONU prepare um Documento onde advoga a proibição total da clonagem reprodutiva humana, penso que todos estamos convencidos que desde que exista a possibilidade técnica , alguém , nalgum local, fará o resto.
Até hoje tem sido muito discutida a clonagem dita "Terapêutica" que poderá ser utilizada para a produção de células estaminais com usos tremendos na industria farmacêutica, distinguindo-a da "outra", a clonagem "Reprodutiva" , essa sim geralmente sujeita a opróbio público.
Matéria tão sensível como esta está ligada (e partilha as técnicas laboratoriais) ao conhecimento cada vez mais profundo do genoma humano e à possibilidade deste ser "trabalhado" à medida do freguês.
As duas tecnologias poderão permitir a "perpetuação" de certos genotipos preferentes embora saber "quais serão?" e "quem os escolhe? " sejam dúvidas pertinazes que me assolam.
As Tecnologias ainda agora estão no início do seu desenvolvimento e sem dúvida que faltarão alguns anos para que a prática se revele viável, mas se colocarmos de lado as proibições e as questões éticas , as consequências - para quem puder pagar esta tecnologia no futuro - são de estarrecer: filhos "feitos à medida", livres de doenças do foro genético e com QI e características físicas à vontade dos Pais...
Acabava-se com a tipologia física "fora de moda" , como a obesidade, e seria até possível escolher a cor da pele!
Esta não parece ser a melhor opção!!! Basta pensar quem - hoje em dia - define essas coisas. Quem são os "opinion leaders" para a "aparência física": jogadores de futebol, actores e actrizes de cinema., etc..
Já cá não estarei para o ver, claro, mas se estivesse desejaria sempre poder ecoar o grito de revolta d'el Rei D. José ao seu confessor: "Nem sempre Galinha, nem sempre Rainha, Padre!"
Vive la Diférence! E Viva o Gordo!
quarta-feira, novembro 14, 2007
Para sorrir - Elogio da Preguiça
O Estado da Nação Postal
terça-feira, novembro 13, 2007
Então não falas do Benficão?!!?
A verdade é que tenho deixado os comentários futebolísticos para as jornadas europeias ou para a Selecção.
Para Descansar a Vista
Chuva
Outrora
segunda-feira, novembro 12, 2007
Por quê no te Callas !?!
Na Golegã a cumprir a Tradição
Neste S. Martinho atípico, sem chuva nem frio, a feira da Golegã pareceu-me com menos graça do que em anos anteriores. Nada que tivesse a ver com os Cavalos, cavaleiros ou amazonas, como verão, mas por causa de circunstâncias digamos que "colaterais"...
Desde logo porque, tendo chegado às 16,00 da véspera de S. Martinho, já a entrada na Vila estava vedada aos automobilistas, que tinham de se amanhar pelas bermas das estradas circundantes ou em Parques improvisados onde o estacionamento valia 5€ sem recibo nem factura, dados na mãozinha (aliás mimosa) de quem nos franqueava a entrada. Resultado: meia hora para chegar ao centro da Vila.
Depois porque , à saída - eu vi-me embora pelas 23.30H mais ou menos - tínhamos à espera uma amável embaixada de viaturas, oficiais e soldados da GNR que nos mandava delicadamente parar e controlava o "bafo" dos condutores saídos da Feira. Estivémos quase 1 hora à espera de ser controlados e para atingir a A1.
Não é que eu concorde que se ande a beber desalmadamente para depois rumar a Lisboa ou ao Porto pela noite fora, muito pelo contrário e assim ficou provado com o "sopro" que tive de dar sem qualquer tipo de consequências, mas temos de confessar que este tipo de "emboscada" à saída da Feira não fica bem e parece perseguição...
Então avisassem à entrada que as saídas seriam controladas pela GNR, o que seria muito mais profiláctilo e dissuasor do consumo, se bem que correndo o risco de desagradar aos Feirantes.
De todas as formas estiveram milhares de automóveis e dezenas de milhares de pessoas na Golegã nessa noite e foram detectados com alcoól no sangue 33 condutores. Nada mau!
No resto e na parte positiva do certame assinalo os bons cavalos, as amazonas de encher o olho, muitos franceses e espanhóis maravilhados com o que viam, castanha assada boazinha mas a precisar do friozinho do verdadeiro Outono. E na parte menos conseguida, o "atafulhamento" das ruas circundantes da Manga do Arneiro, onde já pelas 17.00H só se passava aos empurrões, a dificuldade em encontrar WC's (esta já é crónica) e os preços da Feira, onde um simplicíssimo jantar para um transeunte não custava menos de 30€ e com "qualidade" de tasca mázinha...
E pronto, este ano já alimentei este vício e para o ano que vem há mais.
sexta-feira, novembro 09, 2007
Paradoxos que a Democracia tece
Comentário à discussão do OE 2008
O nosso "Zé" comenta:
"Pobreza franciscana para não dizer outra coisa. É cada vez mais do mesmo. E depois querem mobilizar a sociedade civil e o povo Português?
Retórica,muita retórica, muito espectáculo e clareza viste-la, nem eu. Conforme o lado cada um apresenta o seu número e a sua "verdade". Vamos lá entender isto? Pergunta-se alhos responde-se bogalhos. O responsável pelo estado da nação foi o D.Afonso Henriques, está-se mesmo a ver.
Em vez de se andarem a mimosear uns aos outros, haja coragem de se deixarem de manigâncias numéricas, de contabilidades criativas (vigarices diria o meu avô), de demagogias bacocas e de uns mimos que raiam o rídiculo, parecem os putos quando de zangam. Foi o Constancio, que deveria também efectuar uma extrapolação? O défit está controlado, estará? Olha o petróleo, a crise financeira Americana, a Ásia...
Se não aperta-se mais um bocado com os que não têm voz, para redistribuir pelos desgraçados. Mais parece uma luta de desgraçados contra miseráveis. Entendam-se, falem verdade e cumpram com o que prometeram, ou se não sabiam o que prometiam então pirem-se, mas todos.
Li hoje um artigo que um antigo presidente da República estaria em termos relativos lesado na sua reforma relativamente aos outros? Não será ele que está correcto? Dado só ter uma reforma? A fixação só nos de baixo ( gestão da pala ou do autoclismo está na moda - só se olha para baixo e quando se descarrega sai aquilo que sabemos, merda) e procurar dar a entender que os sacrifícios são exigidos a todos de forma igual, é a pura e mais despudorada demagogia.
Justiça e equidade fiscais? O que é isso? Pretender fazer crer que este orçamento tem um cunho que procura atacar dois déficit´s o social e o déficit Orçamental é no mínimo caricato.
Quando se parte de um limite de 600 euros para definir a barreira da riqueza, deixa-me cá a pensar. Os senhores acumuladores de cargos e beneces como é ? É legal e pronto. Mas será legítimo?
Mas agora é que vai ser, o Santana contra o Sócrates. E o país? Vai ver as noticías e o espectáculo, os jornais vão ter muito para comentar. Vem o Waterloo depois de Aushwitz, creio que não escrevi mal. Ou muito me engano, ou vamos ter descida de impostos antes das próximas eleições e "políticas sociais", e então o déficit? Já estará controlado.
Será que vão redistribuir o que até agora retiraram? Ah já me esquecia é o Prace e o Financiamento do ensino superior, vai ser tudo tão transparente que nem se vai dar por ela (procura umas ligações se não estás feito) pelo menos é o que diz o Reitor da Universidade de Lisboa.
Temos Orçamento e o tratado Europeu vai ser assinado, a ratificação? Que é que o Zé pagode sabe dessas coisas tão complexas? Que se aguente e que vá votar em 2009. Espero ver os argumentos, as promessas e os trade offs.Vamos esperar pelas cenas dos próximos capítulos, mas não vejo loca de onde saia grande coelho.
Os coelhos da cartola sairão lá mais para diante. Só me queria enganar....mas..."