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Fica bem fazer nesta altura do ano apelo para que os "bem de vida" se lembrem dos que não têm dinheiro para comer nem para se vestir. Com o aumento do Desemprego esta situação tem contornos sociais que , pessoalmente, me parecem muito complicados, sobretudo quando se fala do Natal e das prendas que qualquer criança espera ( e tem direito a receber) na noite do dia 24.
A "Caridadezinha" natalícia pode para alguns parecer hipocrisia, mas se aproveita mesmo a algum pobre o que é que isso importa?
O "Bom Ladrão" que rouba para si mas que não se esquece de repartir parte do espólio pelos desgraçados é sem dúvida condenado pela moral vigente, mas na minha contabilidade pessoal ( e peço desculpa se ofendo alguém com essa ideia) está acima do probo e honrado "Catão" que nunca alcançou o que não era seu, mas que também nunca ergueu a mão para ajudar quem quer que fosse.
O Mundo é feito de tonalidades de cinzento e há muito quem se revolte com as Festas de Sociedade onde se gastam milhões para se darem milhares e onde se vai sobretudo para aparecer na TV.
De novo eu pergunto "Mas se mesmo assim os tais milhares servirem para matar a fome e o frio a quem precise, de que é que nos estamos a queixar?"
Dar por gosto e não por obrigação (não falo das "Dízimas") e as mais das vezes - diria mesmo todas - anonimamente, é um dos maiores prazeres que levamos desta vida.
Nem que seja para limpar a consciência dos muitos pecados que acumulámos durante o ano.
No meu caso não me importo de confessar que a gula continuada do gastrónomo, embora disfarçada por roupagens eruditas e escrita bem ataviada, é apenas possível de se suportar caso o mesmo "animal" se lembre - de vez em quando - de auxiliar quem precisa.
Que melhor altura para o fazer do que nesta quadra?
Vamos a isso? Nem que seja pela esperança dos néctares tintos e brancos a haver futuramente sem que nos causem azias existenciais...
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