quarta-feira, abril 12, 2006

E agora Itália?!


Numa noite de apuramento de resultados eleitorais completamente esquizofrénica, com alterações das estimativas quase que de hora a hora (no "Margens de Erro" contaram-se SEIS previsões Eleitorais da mesma empresa de sondagens durante a noite, quatro das quais Contraditórias!!) Romano Prodi acabou por ganhar nas duas câmaras , Senado e Câmara dos Deputados, embora por margem mínima (e vai haver recontagem...)

O Ministro da Justiça actual (próximo do Grande Demagogo Berlusconi) disse que os Analistas e Politólogos deveriam "ser mandados para a Nova Zelândia ou até para mais longe de Itália para ver se aprendiam a profissão"...

Com participação eleitoral de 83% (Gigantesca!! Lembremos que em Portugal temos 65% em anos bons) as dificuldades em Prever com rigor estão associadas a um fenómeno conhecido dos Designers de Pesquisa de Mercados e dos Politólogos, a que chamamos "Empate Técnico Eleitoral".

Nessas condições a Probabilidade de ganhar uma Coligação tem, na Amostra (ou Amostras) seleccionadas, um valor estimado igual ao da Probabilidade de ganhar a outra Coligação.

Mesmo aumentando muito a dimensão da Amostra e como o Erro é função inversa de "n" (mas não linearmente inverso) não é possível ter certezas. O Erro - em determinadas circunstâncias - é igual ao Inverso da raíz Quadrada de "n".

Para um Erro de 2% a Amostra deveria ser de 2500 Entrevistas, mas para um Erro de 1% seria preciso uma Amostra de 10 000 e para um Erro de 0,5% a Amostra já teria de ser40 000!!

Na prática, e porque o Custo total de uma Sondagem, por entrevista, será de aprox. 30€ por contacto, a expressão - Erro = 1\SQR "n" - implica que ( a manter-se a estimativa de equiprobabilidade ) não há dinheiro nem tempo que cheguem para entrevistar uma Amostra tão grande quanto a teoricamente necessária para minimizar o "erro" .

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