Amanhã não venho aqui, há outra vez sessão hospitalar prolongada.
Por isso retomo hoje o poema semanal. Houve quem se queixasse da falta...
Com os sentidos nas nossas florestas em chamas recordo um grande poema de Ronald Stuart Thomas, o clérigo das montanhas de Gales.
Nota: Ronald Stuart Thomas (1913-2000) foi um poeta do País de Gales, clérigo anglicano nas comunidades rurais, sobretudo conhecido pelo seu forte nacionalismo e oposição ao centralismo inglês. Na sua poesia sente-se o amor pela natureza e pelos trabalhos do campo. A rudeza da vida nas comunidades onde se praticava agricultura de montanha deu o estilo a este poeta: sóbrio, puro e estilizado.
Forest Dwellers
Men who have hardly uncurled
from their posture in the
womb. Naked. Heads bowed, not
in prayer, but in contemplation
of the earth they came from,
that suckled them on the brown
milk that builds bone not brain.
Who called them forth to walk
in the green light, their thoughts
on darkness? Their women,
who are not Madonnas, have babes
at the breast with the wise,
time-ridden faces of the Christ
child in a painting by a Florentine master
The warriors prepare poison
with love's care for the Sebastians
of their arrows. They have no
God, but follow the contradictions
of a ritual that says
life must die that life
may go on.
They wear flowers in their hair.
Ronald Stuart Thomas
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