Uma visita ao Estado Maior da Força Aérea é pretexto para algumas linhas sobre os pioneiros da aviação em Portugal.
O 1º voo militar em Portugal realizou-se em 17 Julho 2016, em Vila Nova da Rainha.
Teve lugar num monoplano Deperdussin Tipo B, de 8,5 metros de envergadura e equipado com um motor Gnome de 50 CV. Foi piloto o Tenente Santos Leite.
Será (pode ser) acontecimento suficientemente importante para justificar uma emissão de selos em 2016.
Antes disso a 1ª aeronave a voar no burgo teria sido em 1911. Ora leiam o que sobre o assunto existe no Blogue “EX-OGMA”:
“O primeiro voo a sério (em Portugal) foi então realizado pelo francês Julien Mamet em 27 de Abril do mesmo ano, … “que depois de descrever um largo círculo a 50 metros de altura, no seu Blériot XI, sobrevoou a Casa Pia e passando sobre o Tejo, regressou ao ponto de partida, onde a multidão entusiasmada lhe dispensou uma calorosa manifestação", como descreveu o Boletim do Aero Clube de Portugal, editado em 1911.”
Herói com “H” grande, daqueles iguais aos antigos façanhudos cavaleiros e marinheiros dos montantes e caravelas, também já teve a Força Aérea. Foi Oscar Monteiro Torres, aqui lembrado no blogue “Histórias dos nossos Tempos”:
Depois de tirar o brevet em Inglaterra, este oficial de Cavalaria foi um dos aviadores do Corpo Expedicionário Português enviados para França durante a Primeira Guerra Mundial. Integrado na Esquadrilha SPA 65, ou Esquadrilha das Cegonhas, equipada com aviões SPAD VII e, com base em Soissons, o capitão Óscar Monteiro Torres acabou por ser abatido a 19 de Novembro de 1917 depois de ter travado um combate aéreo em circunstâncias de extrema desigualdade de forças: o piloto português ainda conseguiu abater dois Halberstadt alemães mas a seguir já nada pôde fazer contra a esquadrilha de Fokker que o atingiu.
Acabou por falecer no dia seguinte, a 20 de Novembro de 1917, no Hospital de Militar de Laon, no norte de França. Inicialmente sepultado pelos alemães, com honras militares, no cemitério de Laon, teve depois funeral nacional a 22 de Junho de 1930.
Até hoje, foi o primeiro, e único, aviador português a morrer em combate.”
Acabou por falecer no dia seguinte, a 20 de Novembro de 1917, no Hospital de Militar de Laon, no norte de França. Inicialmente sepultado pelos alemães, com honras militares, no cemitério de Laon, teve depois funeral nacional a 22 de Junho de 1930.
Até hoje, foi o primeiro, e único, aviador português a morrer em combate.”
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