Por azar tenho tido que acompanhar um familiar bem chegado, lá do ramo beirão, com problemas graves de saúde.
Mesmo com um sobrinho médico - e sem malícia de boas vontades aqui implícitas- o que se tem passado no SNS é complicado. Ressonâncias urgentes que são marcadas para daqui a 30 dias, falta de meios no Hospital local para intervenções de pequena ou média dificuldade, tendência dos seus administradores em "não largar" o doente apesar da ineficácia, para garantir que a unidade de saúde se mantém aberta, e por aí fora.
E em contraste temos o atendimento numa unidade privada de excelência, o Centro Médico da Fundação Champalimaud, em Belém. Desde a simpatia e a eficiência do atendimento até à qualidade que emana das instalações, passando pelos grandes profissionais que lá atendem. A 1ª consulta custa 50 euros, e as seguintes são a 40 euros. Nem acho excessivo. O problema será depois continuar naquele local as quimios, ou as radioterapias, a implantação das próteses necessárias para evitar o envenenamento do sangue através da vesícula ou do fígado, ou outras destas coisas.
Uma ressonância no sector privado custa 300 euros "por órgão". Se for abdominal, estômago e fígado irá para 600 euros, ou mais, depende dos órgãos que apanhar. Como pode um pobre lá chegar?
Existem na Fundação Champalimaud contratos ou convenções com vários sistemas de saúde privados, mas não com o SNS...
Por muito que nos custe admitir o futuro em Portugal - se não se arrepia caminho - será cada vez mais parecido com o sistema de saúde norte-americano: muito bom para os ricos e muito mau para os pobres...
Mais uma facada no 25 de Abril. Já são tantas que nem dá para as contar...
quarta-feira, novembro 13, 2013
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