Por iniciativa do Conselho Geral da Universidade do Minho, hoje
e amanhã a Reitoria da mesma
Universidade acolherá o I Encontro de Presidentes dos Conselhos Gerais das
Universidades Portuguesas. Este fórum é considerado de importância estratégica
para o ensino superior e reúne-se pela primeira vez seis anos após o Regime
Jurídico das Instituições do Ensino Superior (RJIES) ter implementado este
órgão colegial máximo de governo nas universidades.
Estão presentes figuras
incontornáveis da nossa cultura: os presidentes Emílio Rui Vilar, da Universidade de Coimbra;
Alfredo de Sousa, da Universidade do Porto; Leonor Beleza, da Universidade de
Lisboa; Eduardo Arantes e Oliveira, da Universidade Nova de Lisboa; Alexandre
Soares dos Santos, da Universidade de Aveiro; Armindo Monteiro, da Universidade
de Évora; Ricardo Madruga da Costa, da Universidade dos Açores; Luís Magalhães,
da Universidade do Algarve; José Silva Peneda, da Universidade de
Trás-os-Montes e Alto Douro; José Manuel Paquete de Oliveira, da Universidade
da Beira Interior; Francisco Costa, da Universidade da Madeira; Dionísio
Mendes, da Universidade Aberta; Carlos Lopes, do ISCTE - Instituto
Universitário de Lisboa, para além de Laborinho Lúcio, da Universidade do
Minho, na qualidade de anfitrião.
Uma
figura insuspeita como é Laborinho Lúcio (ministro de Cavaco Silva) afirmou
hoje na TSF:
“Se a política de cortes se mantiver é
inevitável que se perca alguma da qualidade conquistada nos últimos anos e que
as universidades não podem fazer navegação à vista e constantemente na dúvida
do que será o dia seguinte.
Laborinho Lúcio diz ainda
que os alunos carenciados não podem perder os apoios sociais, se não corremos o
risco de o ensino superior ficar vedado aos mais pobres.”
Como
enquadramento desta reunião e destas opiniões fica aqui também a notícia do “Público
“ de hoje, segundo a qual o Governo quer reorganizar o ensino superior já para
o próximo ano lectivo, através de fusões entre as instituições já existentes.
E, para “compor a pintura” deixamos
ainda as declarações do Sr. Secretário de Estado, também proferidas hoje:
“O secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira
Gomes, admitiu nesta quinta-feira que as transferências de dinheiro para
universidades e politécnicos podem vir a ter mais cortes do que os previstos. José
Ferreira Gomes acrescentou ainda que “o ensino superior terá de ser um pouco
mais magro do que era no passado”. Mais magro, ressalvou, “nos recursos
financeiros e nos recursos humanos”, mas não na qualidade.
“As instituições têm de se adaptar,
mas estou convicto de que é possível fazê-lo e manter, ou até melhorar, a
qualidade do ensino prestado”, afirmou. Organizar as “instituições de uma forma
um “bocadinho diferente” é uma das soluções apontadas pelo secretário de
Estado.”
Conclusão: O Ensino Superior está cada vez mais “inferior”…
salve-se quem puder daqui para fora, parece ser a palavra de ordem.
Aqui para
nós, falta-nos ainda ver e ouvir (hoje na TVI, às 20h) o “Picareta Bocejante”
aka António José Seguro sobre estas e outras matérias. Não se esperam grandes
coisas, mas há falta de melhor programa ( e não me falem de futebol!) bem podemos
fazer o sacrifício.
Nota:
“Picareta Bocejante” é um termo cunhado por João Miguel Tavares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário