quinta-feira, novembro 07, 2013

O Ensino Inferior em Portugal

 
 Por iniciativa do Conselho Geral da Universidade do Minho, hoje e amanhã a Reitoria da  mesma Universidade acolherá o I Encontro de Presidentes dos Conselhos Gerais das Universidades Portuguesas. Este fórum é considerado de importância estratégica para o ensino superior e reúne-se pela primeira vez seis anos após o Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior (RJIES) ter implementado este órgão colegial máximo de governo nas universidades.
 
Estão presentes figuras incontornáveis da nossa cultura: os presidentes Emílio Rui Vilar, da Universidade de Coimbra; Alfredo de Sousa, da Universidade do Porto; Leonor Beleza, da Universidade de Lisboa; Eduardo Arantes e Oliveira, da Universidade Nova de Lisboa; Alexandre Soares dos Santos, da Universidade de Aveiro; Armindo Monteiro, da Universidade de Évora; Ricardo Madruga da Costa, da Universidade dos Açores; Luís Magalhães, da Universidade do Algarve; José Silva Peneda, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; José Manuel Paquete de Oliveira, da Universidade da Beira Interior; Francisco Costa, da Universidade da Madeira; Dionísio Mendes, da Universidade Aberta; Carlos Lopes, do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, para além de Laborinho Lúcio, da Universidade do Minho, na qualidade de anfitrião.
Uma figura insuspeita como é Laborinho Lúcio (ministro de Cavaco Silva) afirmou hoje na TSF:
“Se a política de cortes se mantiver é inevitável que se perca alguma da qualidade conquistada nos últimos anos e que as universidades não podem fazer navegação à vista e constantemente na dúvida do que será o dia seguinte.
Laborinho Lúcio diz ainda que os alunos carenciados não podem perder os apoios sociais, se não corremos o risco de o ensino superior ficar vedado aos mais pobres.”
Como enquadramento desta reunião e destas opiniões fica aqui também a notícia do “Público “ de hoje, segundo a qual o Governo quer reorganizar o ensino superior já para o próximo ano lectivo, através de fusões entre as instituições já existentes.
E, para “compor a pintura” deixamos ainda as declarações do Sr. Secretário de Estado, também proferidas hoje:  
O secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes, admitiu nesta quinta-feira que as transferências de dinheiro para universidades e politécnicos podem vir a ter mais cortes do que os previstos. José Ferreira Gomes acrescentou ainda que “o ensino superior terá de ser um pouco mais magro do que era no passado”. Mais magro, ressalvou, “nos recursos financeiros e nos recursos humanos”, mas não na qualidade.
“As instituições têm de se adaptar, mas estou convicto de que é possível fazê-lo e manter, ou até melhorar, a qualidade do ensino prestado”, afirmou. Organizar as “instituições de uma forma um “bocadinho diferente” é uma das soluções apontadas pelo secretário de Estado.”
 
Conclusão: O Ensino Superior está cada vez mais “inferior”… salve-se quem puder daqui para fora, parece ser a palavra de ordem.
Aqui para nós, falta-nos ainda ver e ouvir (hoje na TVI, às 20h) o “Picareta Bocejante” aka António José Seguro sobre estas e outras matérias. Não se esperam grandes coisas, mas há falta de melhor programa ( e não me falem de futebol!) bem podemos fazer o sacrifício.
 
Nota: “Picareta Bocejante” é um termo cunhado por João Miguel Tavares.
 
 

 

 

 

 

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