Em Nelas, Centro de Estudo Vitivinícolas, está já à venda o branco de 2010 e o tinto continua a ser o de 2005. Este garantido por mais 3 ou 4 anos, desde que o acomodem como deve ser, segundo a palavra sabedora do enólogo local.
Como todos sabem, se são os grandes tintos do Engº Vilhena que deram fama ao CEVN, foram os brancos os “meninos” do coração do grande investigador da vinha no Dão. Julgava o Engº Vilhena – e com inteira razão – que não havia motivo nenhum para que os brancos de Encruzado (sozinhos ou com Malvasia, com Viosinho, etc…) não fossem também eles grandes vinhos de guarda.
Eu atesto e assino por baixo, pois tive a sorte, em casa do sempre recordado Amigo Dr Chambel, de ter metido a língua e o palato em brancos excelentes daquele local, com mais de 20 anos de garrafa…
Levei umas garrafitas de Branco e de Tinto para servirem de xarope anti-crise: 24 botijas por 90 €… façam as continhas sff… E Chiu, Caraças!
Em Viseu, o Santa Luzia continua a receber os seus muitos fans no Espaço Santa Luzia, antigamente mais reservado para eventos e outros “casamentos”, mas agora por obra e graça das obras no local tradicional, a ter que servir também de sala para almoços e jantares vulgares.
A simpatia é a mesma de sempre, os sócios e proprietários exuberantes a receber à entrada da porta, reconhecendo sempre os seus Clientes , dão lições a muito restaurador das nossas Cidades - não é que esteja a chamar Viseu de Vila , ou coisa assim, mas decerto entendem o que quero dizer.
Antes dos pratos principais meteram-nos à frente uns grelos de nabo cozidos com uma rapsódia de enchidos beirões – chouriça de carne, farinheira, morcillho e morcela.
Depois fomos por um polvo frito com migas beirãs, excelente, tenríssimo!
E acabámos em beleza com um arroz de míscaros e carne de porco adubada.
Queijo da Serra para acabar o Tinto (já lá chego). Dois cafés e a aguardente velha da Casa, sempre amavelmente oferecida ao senhorio, que eu deixei-me dessas coisas, como já disse.
Vinhos? Babem-se senhores… Fizemos uma integral à custa do Engº Álvaro de Castro: Branco da Casa de Saes Reserva de 2009 (muito bom para o preço no restaurante de 12€) e…Tinto Pellada (Mulher Nua) Reserva de 2003 (este já doeu mais um bocado cambada….40 euritos) mas o estupor tem tudo o que um grande Dão deve ter… E com a elegância dos 9 anos de garrafa, o que lhe dá um temperamento de senhor feudal ameno e discreto do Sul da Europa, quase um Príncipe de Salinas a receber os seus amigos lá em casa, grand seigneur que , ao invés de tantos outros tintos que se pôem em bicos dos pés, não precisa de exaltar nem o brasão, nem o seu solar, simplesmente existe para nos deleitar…
Preço total da extravagância, para 2 mortais – cerca de 90 euritos…. Aproveitemos agora que vem aí o ano de todas as poupanças!
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