quinta-feira, outubro 14, 2010

Filatelia, Ecologia e Sustentabilidade

No mundo de hoje não é já possível falar de industrias que sobrevivem à custa do papel (como a filatelia) sem enquadrar nesse tema as formas que as diversas Empresas editoras encontraram para contornar a questão da "pégada ecológica" e das preocupações ambientais.

Para além da  consciência social e ambiental estas "boas práticas" são também cada vez mais ferramentas de MKT imprescindíveis a quem quer estar no mercado.

Como devem já saber, todos os papéis utilizados pela Filatelia dos Correios de Portugal são já certificados pelo FSC -  Forrest Stewardship Council, isto é, compramos o papel mais caro, com o símbolo FSC , garantindo assim que se trata de papel proveniente de florestas que são convenientemente tratadas e cultivadas com base em procedimentos validados e fiscalizados por esse organismo supranacional de referência.

É estranho, mas pertence já ao domínio público sabermos que a utilização de papel reciclado provoca mais dano ambiental do que a utilização de papel normal... Por causa do processo de reciclagem e da necessidade do branqueamento posterior... Por isso avançámos por esta via da certificação FSC.

Há ainda outras certificações ambientais mais rígidas, como a do PEFC e a do WWF, mas para lá chegar temos ainda de caminhar mais e melhor...

No Fórum da WADP\UPU realizado em Lisboa, durante a PORTUGAL 2010, foi discutida a questão dos elementos que utilizamos no fabrico dos selos (Papel, cola e tinta)  e de como a mais moderna tecnologia pode permitir fabricar um selo de correio perfeitamente "limpo" em termos ecológicos, com pégada ambiental próxima do "0".

Para além das questões da Tinta e da Cola, um pouco mais técnicas e de que não possuo conhecimentos para aqui divagar, o que retive foi a possibilidade de se produzir hoje em dia papel para selos ( e outras aplicações) a partir de plantas com ciclos de vida anuais (facilmente renováveis) e não a partir de árvores que - mesmo sendo eucaliptos, ou outras espécies de florestas artificialmente cultivadas - demoram vários anos a crescer e a estar prontas para o abate... Produz-se, por exemplo, papel para selos a partir do algodão. Quem diria?

Vamos experimentar fazer uma Emissão de selos de 2011 neste novo papel, desde que os testes que efectuaremos se revelarem promissores.

Um comentário:

CSilvério disse...

Bom dia

Ao que sei as notas de Euro são fabricadas com celulose obtida a partir dos desperdícios de algodão conforme pode ser visto aqui: http://www.ecb.int/euro/banknotes/html/environment.pt.html

Cumprimentos