Alguns dos meus Leitores terão presenciado ontem à noite uma reportagem sobre a "inenarrável" performance do Prof. Doutor Francisco Comprido, antigo Administrador do BPN, à Comissão de Inquérito Parlamentar...
"Não sei"; "Não me lembro"; " Não me recordo"; foram as palavras mais ouvidas...
Naquela tristeza cinzenta de um alto responsável com tanta falta de memória vi o meu antigo colega do ISCTE, Doutorado e Professor por Iowa, brilhante estaticista, a "cair da boca aos cães"...
Como foi possível um homem da envergadura intelectual do "Xico" Comprido ter caído naquele poço sem fundo ?
Na sua carreira académica - que compartilhei como colega assistente desde 1977 - foi um brilhante Professor no ISCTE. Imigrou para os USA onde começou a trabalhar e a estudar na Iowa State University. Cedo lá se doutorou e encetou uma outra e também brilhante carreira académica, com várias publicações no domínio da Estatística Aplicada. Juntou honras e louvores dos seus pares e de tal forma que foi escolhido pelo Chase (penso que foi este Banco...) para liderar a sua Agência em Lisboa... A partir daí perdi-lhe o rasto.
Encontro-o agora sentado na cadeira dos Arguidos (quase no banco dos Réus) , acabrunhado, precocemente envelhecido, a negar saber o que tinha de saber e a negar ter feito o que sem dúvida fez...
Perdeu-se um cientista social de excelência para se ganhar um mau banqueiro? Pelo menos é o que parece... A ganância pelo vil metal deve ter falado mais alto do que a vida académica calma e contemplativa mas mal remunerada e tal como Saldanha traíu o Povo e se vendeu aos ingleses porque "tinha muitas despesas", também aqui ao meu Amigo Francisco terá falado mais alto o apelo da vida luxuosa e socialmente envolvente.
E eu, pessoalmente, e sem fazer condenações públicas nem deixar de respeitar a presunção de inocência, admiro o erudito que ele foi e tenho mesmo muita pena de ver aquilo em que ele, aparentemente, se tornou...
"Não sei"; "Não me lembro"; " Não me recordo"; foram as palavras mais ouvidas...
Naquela tristeza cinzenta de um alto responsável com tanta falta de memória vi o meu antigo colega do ISCTE, Doutorado e Professor por Iowa, brilhante estaticista, a "cair da boca aos cães"...
Como foi possível um homem da envergadura intelectual do "Xico" Comprido ter caído naquele poço sem fundo ?
Na sua carreira académica - que compartilhei como colega assistente desde 1977 - foi um brilhante Professor no ISCTE. Imigrou para os USA onde começou a trabalhar e a estudar na Iowa State University. Cedo lá se doutorou e encetou uma outra e também brilhante carreira académica, com várias publicações no domínio da Estatística Aplicada. Juntou honras e louvores dos seus pares e de tal forma que foi escolhido pelo Chase (penso que foi este Banco...) para liderar a sua Agência em Lisboa... A partir daí perdi-lhe o rasto.
Encontro-o agora sentado na cadeira dos Arguidos (quase no banco dos Réus) , acabrunhado, precocemente envelhecido, a negar saber o que tinha de saber e a negar ter feito o que sem dúvida fez...
Perdeu-se um cientista social de excelência para se ganhar um mau banqueiro? Pelo menos é o que parece... A ganância pelo vil metal deve ter falado mais alto do que a vida académica calma e contemplativa mas mal remunerada e tal como Saldanha traíu o Povo e se vendeu aos ingleses porque "tinha muitas despesas", também aqui ao meu Amigo Francisco terá falado mais alto o apelo da vida luxuosa e socialmente envolvente.
E eu, pessoalmente, e sem fazer condenações públicas nem deixar de respeitar a presunção de inocência, admiro o erudito que ele foi e tenho mesmo muita pena de ver aquilo em que ele, aparentemente, se tornou...
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