Quando - e pelos piores motivos - mudei de casa logo no início do ano 2000, resolvi o problema dos electrodomésticos que não queria (ou não podia ) trazer para a nova casa de forma empírica mas eficaz: Perguntei a quem comprou a casa antiga se os queriam , aproveitando logo para dizer que, quisessem ou não, eles lá ficariam no meio do apartamento. E resultou.
Ainda hoje tenho pena da cozinha que tinha mandado instalar 2 anos antes. Sobretudo do excelente fogão de 6 queimadores com um enorme forno de 80 cm. Mas como era tudo encastrado, por lá ficou ao lado daquilo que eu já não desejava...
Na casa nova está também na altura (já passaram 15 anos!) de começar a remodelar esses aparelhos. Televisões das de cinescópio ainda andam por lá a servir de emplastro na arrecadação, à mistura com torres de computadores , videogravadores que já não funcionam ( e que quis manter por causa das mais de 200 cassetes que tinha gravadas), amplificadores antigos, receptores, pratos de gira-discos que avariaram e cuja qualidade não é assim tanta que justifique mandar arranjar o motor, etc, etc...
Quando substituímos as TV's por LCD's fazem o favor de levar as antigas. O mesmo para os frigoríficos, máquinas de lavar, etc... Mas em relação aos aparelhos "em dobra" já o assunto carece de ser resolvido pelo próprio.
Existem em Portugal duas entidades gestoras de REEE (Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos). A ERP Portugal e a Amb3E. À primeira vista parece estarem ambas mais vocacionadas para o tratamento\recolha de resíduos industriais, mas por lei são também obrigadas a receber resíduos de particulares.
Tenho questionado onde me devo dirigir para deixar aqueles "resíduos". O local aconselhado de gestão de REEE mais perto de minha casa é a empresa de tratamento de resíduos "TratoLixo", em Trajouce - que pertence à rede ERP Portugal.
Uma pesquisa mais aprofundada diz-nos que apenas recebem até 15 m3 de cada cliente por entrega e ainda que os resíduos têm de estar convenientemente acondicionados no acto da entrega... E a entrega deve ser acompanhada por uma GAR (Guia de Entrega de Resíduos).
O depósito na via pública, para além de ser uma atitude muito pouco civilizada, é alvo de coima até 3,000 euros. Nunca será opção. Pelo menos para mim que tenho consciência ambiental forte.
Existe ainda a hipótese de utilizar os "Pontos Electrão", disponíveis na GALP e também em muitos Centros Comerciais (por exemplo no Cascais Shopping, ao lado da ToysRUs). São mais destinados a receber pilhas e lâmpadas, embora ali se possa também entregar material electrónico até 55cm... Não sei é se se trata de uma medida linear ou de volume. Assumo que seja linear. Fica para verificação na próxima vez que lá for.
E assim vou estudando o assunto. Uma coisa é certa: não é muito simples, nem muito prático...
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