Sebastião José de Carvalho e Melo, Conde de Oeiras e Marquês de Pombal não era bom de assoar.
Durante mais de 30 anos mandou neste país como quis. Na complacência de D. José I encontrou o Marquês refrigério e conforto para "tratar da quinta" à sua vontade.
Fez coisas boas, fez coisas assim-assim e fez grandes m****. Há quem o defenda por causa da Baixa Pombalina e da reação ao terremoto. Mas eu nunca gostei dele. E não, amigos, não é pela familiaridade que parece demonstrar para com o leão a seu lado...
Basta pensar que ao expulsar os jesuitas a pretexto da conspiração para assassinar o rei ( se é que tal existiu) deu cabo da única rede eficaz de ensino da juventude existente naquela altura. E Portugal nunca mais, até mesmo ao início da República e com o 28 de Maio, recuperou dessa desgraça. Criou o Colégio dos Nobres, foi mentor da "aula do risco"? Foi, mas onde estavam os grandes professores para esses estabelecimentos? Fugiram e estavam a dar aulas em Antuérpia ou em Londres...
Ainda hoje sofremos por causa disso. Reparem que depois de Pedro Nunes nunca mais Portugal teve um cientista digno desse nome até Egas Moniz. E mesmo esse, vou ali e já venho...
O que dirá agora tal personagem quase imperial ao ver a desbunda que a autarquia entendeu fazer na "sua" Praça?
A Praça do Marquês de Pombal está transformada numa "Bi-Rotunda": Andam lá por dentro dois anéis concêntricos de viaturas. Cada um tem as suas "alimentações" e "escoamentos". E parece que não fizeram escoadouros para as águas das chuvas...
Porquê? Bem, a resposta dada ao único português inteligente que por lá apareceu na inauguração foi engraçada. O portuguesinho humilde perguntou:
-"Oh Senhores! Faz favor! Peço desculpa por perguntar: isto aqui vai ser alguma estação fluvial? É que sem escoadouros nem sargetas feitas no alcatrão as águas das chuvas vão inundar a Avenida!"
E a resposta da engenheira da Câmara, a pensar para com os seus botões que já não havia respeito e até a formiga tinha catarro:
-" Esta obra é muito complexa! Tais acabamentos ficam para depois, para obras complementares!"
E o português antigo, com a 4ª classe tirada na educação de adultos, como disse, ainda rematou:
"-Pois é, agora constroem e depois destroem e tornam a construir à custa do povo, não é? Por isso é que o País está como está! Adeusinho que já falei demais para quem tem a 4ª classe!"
Oh António Costa, amigo, não deixes ir o homem embora e contrata-o já para a vereação das Obras Públicas e do Urbanismo!
Olha que o Marquês ainda lhe salta a tampa, solta o leão e vem cá para baixo bater com a bengala nos engenheiros (as) da CML! E o gajo não era meigo enquanto viveu... reparem bem no real focinho da criatura... Cruzes Credo!
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