Descansem que a "cabeça" aqui em causa é a cabeça de peixe - Garoupa, Cherne ou da mítica Pescada do Cantábrico - e da melhor forma de a apresentar à mesa da família.
Esta "coisa" da Cabeça de Peixe nem sempre tem por consequência unanimismo familiar... Para alguns será quase repugnante, para outros apenas tolerada , mas para os verdadeiros apreciadores (como eu) é um dos mais simpáticos pitéus que se podem tragar do reino de Neptuno!
Não existe forma de as preparar de maneira a que todos a apreciem ( e quanto menos comerem "os outros", melhor, para deleite dos "apaixonados"). Mas vou aqui propor-lhes uma alternativa à rotina da "cabeça cozida com todos".
Cabeça de Garoupa (ou Cherne ou Pescada) estalada no Forno
A cabeça tem de ser aberta ao meio (escachada) e bem lavada. Salga-se a gosto .
Depois dá-se-lhe um "apertão" numa sertã ou frigideira de bom tamanho, tendo o cuidado de a passar previamente por farinha de ambos os lados.
O Forno já deve entretanto estar aquecido a 250 graus.
Num tabuleiro de dimensão apropriada deita-se azeite do melhor, alho picado e duas malaguetas, deixa-se aferventar.
Depois coloca-se então a cabeça para "estalar" nesse tabuleiro bem quente, durante uns 15 a 20 minutos, tendo o cuidado de a virar.
Serve-se com batatas assadas no forno, em cujo tabuleiro também deitámos azeite , uma cebola em tiras e alho, ou então com puré de batata. Grelos ácidos, de nabo, salteados ou não, ficam sempre bem.
Acompanhem com um Branco evoluído , por exemplo o Verdelho de José Maria da Fonseca, Madrigal de José Bento dos santos, ou o Redoma da Nieeport. Ou então com um Tinto novo, algo taninoso e com pouca madeira. O Vinha Paz colheita 2007 (do Dão) é um bom exemplo.
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