Segundo parece o terrramoto que atingiu o Chile terá sido 800 vezes mais forte do que aquele que atingiu o Haiti há semanas atrás. No entanto, no Haiti o número de mortos contou-se pelas centenas de milhar. No Chile pelos milhares...
Não existe forma de se fazer esta contabilidade dos mortos em termos éticos sem referir que a diferença entre as consequências na população inocente, chilena ou haitiana, estará ligada à diferença notável entrte a organização do Estado em ambos os Países.
Um Estado organizado, com protecção Civil, Bombeiros e Forças da Ordem em condições e bem treinadas, com regras de construção anti-sísmica em vigência e fiscalizadas, pode reagir mais depressa e assumir de imediato as tarefas da reconstrução e do cuidar dos feridos e dos mortos. Um Estado à beira do colapso, corrupto, sem lei nem ordem, não tem capacidade, nem autoridade, nem estruturas montadas para fazer o mesmo. E os resultados estão à vista...
Talvez estas calamidades sejam - por muito horror que nos meta a qualidade da "prova" - das mais impressionantes evidências de que a Democracia tem de ser utilizada para escolher bem quem nos governa, sob pena das consequências de escolher mal e do "deixar andar" se revelarem mais tarde da forma calamitosa como se revelaram na tristíssima situação do Haiti.
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