quinta-feira, março 11, 2010

E as Discotecas e Bares?

Muitos leitores perguntam porque é que só falo de Restaurantes e de Vinho (português) e nunca me estendo para bares, discotecas, whiskys , aguardentes  e coisas desse género.

A razão é simples: embora beba de quando em vez - em situações mais propícias ao pecado - um whiskizito de malte depois do jantar, não sou consumidor regular de espíritos. O whisky ainda o meu estômago aguenta, mas as aguardentes, bagaços, cognacs e coisas dessa família dão-me infelizmente azia e evito tocar-lhes.

A Bares já não vou há algum tempo durante a noite, quanto muito lá para o final da tarde, para ver o Mar, e  já é um "pau".

Nos hotéis - por exemplo na Lapa - passava-se um fim de tarde engraçado, a ouvir música de piano. E o Bar do Ritz também era conhecido pela boa música, embora mais barulhento. Em Cascais a referência era e continua a ser o Albatroz.  Mas também gosto do Bar do Guincho, lá para a Praia do Abano de gratíssima memória, onde é bom ir ver as vistas e apreciar iodo e espuma de mar bravio.

Na minha anterior vida artística gostava de ir à noite ao Blues Café, nas Docas . Mas mais para fumar um charuto à barra do bar e ouvir as orquestras de Jazz (quando o Blues ainda era desse género).

De discotecas só me lembro do Van Gôgo e da Primorosa de Alvalade. Mas sobretudo dos balcões desses locais...

De facto tenho uma limitação psico-somática  extrema em relação à dança...

A expressão "pés de chumbo"  deve ter sido inventada quando alguém me viu a "torturar" o meu par nalguma noite de insanidade temporária da minha parte, quando, contra todos os ditames da razoabilidade, me decidia a "experimentar outra vez".

Não sei dançar. Nunca soube dançar.

Até nas músicas lentas dos anos 70 e 80  tinha alguma dificuldade em encaixar um  ou dois "slows" .

Ou se nasce para isto do ritmo ou não. E eu tenho tanto ritmo e ouvido para a musica como um rinoceronte de dois cornos...

Será esta uma característica geral do Homem portuga?

Quanto ao ritmo talvez não, temos músicos e entendidos melómanos notáveis, mas quanto a dançar em público já sou dessa opinião.

A nossa idiosincrisia tem sempre um traço de "morcón"  à moda do Porto instalada, sejamos de "Biana" do Castelo ou de Grândola... E conheço muitos mais homens que se "retraem" perante a perspectiva de dançar em público do que aqueles que anseiam por essa oportunidade. Estando sóbrios, está claro!

Tristonhos e patudos até admira como alguns  conseguem,.mesmo assim, arranjar companhia feminina.

Deve ser da falta de concorrência.

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