Como de costume parto para a Serra da Estrela , ao caminho do Queijo da época (o melhor do ano) e dos Cabritos serranos.
Próximos Posts (talvez com menor regularidade) já serão enviados lá do sopé da "mais alta".
Uma Boa Páscoa para todos!
quarta-feira, março 31, 2010
terça-feira, março 30, 2010
Pedras Preciosas na Arte Sacra, em Portugal
Lançámos ontem mais um Livro Temático: Pedras Preciosas na Arte Sacra em Portugal, da autoria de Rui Galopim de Carvalho (filho do mais famoso Galopim de Carvalho, "pai" dos nossos dinossauros...ainda se lembram dele?)
Galopim de Carvalho junior é Professor especialista de Gemologia (um dos mais conceituados da Europa) e tratou de fazer um recensseamento das melhores peças de ourivesaria e pedraria sacras (incluindo as alfaias de culto) do nosso País. Cobertura muito completa do melhor que por aí temos, desde as magníficas peças da época dos Descobrimentos e das pedrarias da Índia e do Brasil até às peças mais modernas da Casa Leitão&Irmão.
Cerimónia no Palácio da Ajuda, ao final da tarde de ontem, com a presença da 1ª Dama, do Sr Bispo Auxiliar de Lisboa, da anfitriã Drª Isabel Silveira Godinho e por aí fora.. Mais de 70 convidados presentes - onde não faltaram os mais importantes "guardadores" deste património sacro , desde o Deão da Catedral de Évora até ao da Sé Patriarcal de Lisboa - para ouvir as intervenções de D. Carlos Azevedo sobre a pedra preciosa no domínio do sagrado e ainda a do Prof. Doutor Vasconcelos e Sousa , da Universidade Católica do Porto, sobre o tema do livro ali lançado.
Numa Estação de Correios perto de si, por apenas 39 euros, está à V. disposição esta maravilha gráfica do Atelier Acácio Santos.
Galopim de Carvalho junior é Professor especialista de Gemologia (um dos mais conceituados da Europa) e tratou de fazer um recensseamento das melhores peças de ourivesaria e pedraria sacras (incluindo as alfaias de culto) do nosso País. Cobertura muito completa do melhor que por aí temos, desde as magníficas peças da época dos Descobrimentos e das pedrarias da Índia e do Brasil até às peças mais modernas da Casa Leitão&Irmão.
Cerimónia no Palácio da Ajuda, ao final da tarde de ontem, com a presença da 1ª Dama, do Sr Bispo Auxiliar de Lisboa, da anfitriã Drª Isabel Silveira Godinho e por aí fora.. Mais de 70 convidados presentes - onde não faltaram os mais importantes "guardadores" deste património sacro , desde o Deão da Catedral de Évora até ao da Sé Patriarcal de Lisboa - para ouvir as intervenções de D. Carlos Azevedo sobre a pedra preciosa no domínio do sagrado e ainda a do Prof. Doutor Vasconcelos e Sousa , da Universidade Católica do Porto, sobre o tema do livro ali lançado.
Numa Estação de Correios perto de si, por apenas 39 euros, está à V. disposição esta maravilha gráfica do Atelier Acácio Santos.
segunda-feira, março 29, 2010
A importância do Porco Preto Alentejano
Desde Ourique, sede da Associação de Criadores do Porco Alentejano, trago notícias de conversa e de um almoço.
Começamos por distinguir as raças porcinas ditas Autóctones aqui do rectângulo pelos entendidos: O Porco Alentejano; O Porco Bísaro (Montesinho e Bairrada); o Porco Malhado de Alcobaça (raça em vias de extinção). Por ordem de importãncia do número de fêmeas existentes actualmente em produção, teremos os primeiros com cerca de 20 000; o Bísaro com não mais do que 3 centenas, enquanto que do Malhado de Alcobaça (na foto) não parece haver estatísticas fidedignas.
A grande importância que o Porco Alentejano actualmente tem na economia das terras transtaganas deriva sobretudo da sua aptidão para a produção de presuntos de grande qualidade. Mas, mais do que isso, trata-se de uma forma de pecuária que promove o Ambiente , protege o Montado de Azinho e de Sobreiro e, nos moldes mais modernos possíveis, é Sustentável e actua de forma a conter a Desertificação nas suas duas vertentes: a climática e a resultante do desaparecimento da população jovem.
Por todos estes motivos vamos lá malta a apoiar (comendo!) os enchidos de porco alentejano e sobretudo os seus Presuntos de denominação protegida (DOP ou IGP) : Barrancos (DOP); Santana da Serra (IGP); Campo Maior e Elvas (IGP); Alentejo (DOP).
O belo Presunto IGP de Santana da Serra estava em promoção a 22 euros o Kg, na unidade produtora de Montaraz (passe a bem merecida publicidade), esta é certificada e de tal forma exigente quanto a medidas de higiene que o Blogger teve de se "vestir" de plástico quando desejou lá meter o nariz...
Se estivessem lá, a olhar como eu para os 7,000 presuntos expostos...
Até davam vontade de salivar. Está claro que tive de trazer um.
Comprando estes materiais, para além de estarmos a fazer bem, o melhor possível, à terra -mãe alentejana, estamos também a contribuir para ...(Surpresa!!) proteger a nossa saúde. Já que se provou sem margem para dúvidas que as gorduras do porco alimentado a bolota estão cheias de ácidos gordos, fonte do "bom colesterol", tal como no salmão, sardinha, sarda e cavalas... Quem diria??!!
Resposta: Diria ( e sempre disse) o nosso Amigo Almeida do Méson Andalúz, indefectível defensor das qualidades destes enchidos!
Almoçámos num simples mas muito bom Restaurante:
Restaurante Novo Coimbra
Aldeia de Palheiros-Campo dos Guerreiros
7670 OURIQUE
Telefone - 286 479 080
Para se chegar lá, vindo de Ourique, tomemos a estrada IC1 em direcção a Santana da Serra, ao fim de alguns km (poucos) estamos lá, nesta Aldeia de Palheiros que possui ainda a fama e o (duvidoso) proveito de ter sido o local onde "aterrou" um dos últimos grandes meteoritos a cair cá no burgo lusitano, em 1998...
O Restaurante Novo Coimbra ( existem dois com esse nome, do mesmo dono e muito perto um do outro, mas aquele que aqui está recenseado é o de Aldeia de Palheiros) pertence a um cavalheiro oriundo de Macedo de Cavaleiros. Por esse motivo traz como especialidades para a grelha a famosa Carne Mirandesa certificada, bem assim como a Carne de Porco Alentejano também certificada.
Devo confessar que tive algum receio à entrada. Mesas de fraco ataviamento, guardanapos de Papel, embora de boa qualidade, refeição servida no Prato (sem travessa)...mas as doses são perfeitamente razoáveis para adultos. Até demais.
Contudo, perante a qualidade da matéria prima provada e da razoabilidade do preçário tudo isto se desvaneceu.
Se "Nem sempre Rainha nem sempre Galinha" (como dizia D. José ao seu confessor) , também nem sempre devemos ir por altas cavalarias restaurativas, deixando algum lugar para descobrir casas simples mas onde existem surpresas...
No caso deste Novo Coimbra, para além das trivialidades e dos pratos do dia, avultam duas secções com os "mimos" certificados para a grelha: Carne Mirandesa e de Porco Alentejano.
Mas como, azar do Blogger educado nos Salesianos, era Sexta feira da Quaresma, lá tive que ver os meus convidados a atacar violentamente na Posta Mirandesa (Sim Senhor! E que belo aspecto!) e nas Plumas de Porco preto grelhadas, enquanto que eu me defrontei com o velho Bacalhau Assado...
Este apareceu em posta alta e de belíssimo "acabamento", bem curado e bem assado. Com batatas ali das herdades próximas e azeite idem, idem...
Vinho de Albernoa (tão perto) da Herdade dos Grous , branco e tinto de 2007. Tinto a 16 euros, Branco a 12 euros. Posta a 12 euros, Bacalhau a 10 euros, Grelhado de Porco Preto a 12 euros.Três cafés. Tudo por menos de...70 euros!
Que viva por muitos anos o proprietário, e se puder mude a mão nalgumas coisinhas: boas toalhas de Mesa, guardanapos de pano, travessas à vista do cliente. Quanto ao resto que se deixe estar se fizer o favor.
Começamos por distinguir as raças porcinas ditas Autóctones aqui do rectângulo pelos entendidos: O Porco Alentejano; O Porco Bísaro (Montesinho e Bairrada); o Porco Malhado de Alcobaça (raça em vias de extinção). Por ordem de importãncia do número de fêmeas existentes actualmente em produção, teremos os primeiros com cerca de 20 000; o Bísaro com não mais do que 3 centenas, enquanto que do Malhado de Alcobaça (na foto) não parece haver estatísticas fidedignas.
A grande importância que o Porco Alentejano actualmente tem na economia das terras transtaganas deriva sobretudo da sua aptidão para a produção de presuntos de grande qualidade. Mas, mais do que isso, trata-se de uma forma de pecuária que promove o Ambiente , protege o Montado de Azinho e de Sobreiro e, nos moldes mais modernos possíveis, é Sustentável e actua de forma a conter a Desertificação nas suas duas vertentes: a climática e a resultante do desaparecimento da população jovem.
Por todos estes motivos vamos lá malta a apoiar (comendo!) os enchidos de porco alentejano e sobretudo os seus Presuntos de denominação protegida (DOP ou IGP) : Barrancos (DOP); Santana da Serra (IGP); Campo Maior e Elvas (IGP); Alentejo (DOP).
O belo Presunto IGP de Santana da Serra estava em promoção a 22 euros o Kg, na unidade produtora de Montaraz (passe a bem merecida publicidade), esta é certificada e de tal forma exigente quanto a medidas de higiene que o Blogger teve de se "vestir" de plástico quando desejou lá meter o nariz...
Se estivessem lá, a olhar como eu para os 7,000 presuntos expostos...
Até davam vontade de salivar. Está claro que tive de trazer um.
Comprando estes materiais, para além de estarmos a fazer bem, o melhor possível, à terra -mãe alentejana, estamos também a contribuir para ...(Surpresa!!) proteger a nossa saúde. Já que se provou sem margem para dúvidas que as gorduras do porco alimentado a bolota estão cheias de ácidos gordos, fonte do "bom colesterol", tal como no salmão, sardinha, sarda e cavalas... Quem diria??!!
Resposta: Diria ( e sempre disse) o nosso Amigo Almeida do Méson Andalúz, indefectível defensor das qualidades destes enchidos!
Almoçámos num simples mas muito bom Restaurante:
Restaurante Novo Coimbra
Aldeia de Palheiros-Campo dos Guerreiros
7670 OURIQUE
Telefone - 286 479 080
Para se chegar lá, vindo de Ourique, tomemos a estrada IC1 em direcção a Santana da Serra, ao fim de alguns km (poucos) estamos lá, nesta Aldeia de Palheiros que possui ainda a fama e o (duvidoso) proveito de ter sido o local onde "aterrou" um dos últimos grandes meteoritos a cair cá no burgo lusitano, em 1998...
O Restaurante Novo Coimbra ( existem dois com esse nome, do mesmo dono e muito perto um do outro, mas aquele que aqui está recenseado é o de Aldeia de Palheiros) pertence a um cavalheiro oriundo de Macedo de Cavaleiros. Por esse motivo traz como especialidades para a grelha a famosa Carne Mirandesa certificada, bem assim como a Carne de Porco Alentejano também certificada.
Devo confessar que tive algum receio à entrada. Mesas de fraco ataviamento, guardanapos de Papel, embora de boa qualidade, refeição servida no Prato (sem travessa)...mas as doses são perfeitamente razoáveis para adultos. Até demais.
Contudo, perante a qualidade da matéria prima provada e da razoabilidade do preçário tudo isto se desvaneceu.
Se "Nem sempre Rainha nem sempre Galinha" (como dizia D. José ao seu confessor) , também nem sempre devemos ir por altas cavalarias restaurativas, deixando algum lugar para descobrir casas simples mas onde existem surpresas...
No caso deste Novo Coimbra, para além das trivialidades e dos pratos do dia, avultam duas secções com os "mimos" certificados para a grelha: Carne Mirandesa e de Porco Alentejano.
Mas como, azar do Blogger educado nos Salesianos, era Sexta feira da Quaresma, lá tive que ver os meus convidados a atacar violentamente na Posta Mirandesa (Sim Senhor! E que belo aspecto!) e nas Plumas de Porco preto grelhadas, enquanto que eu me defrontei com o velho Bacalhau Assado...
Este apareceu em posta alta e de belíssimo "acabamento", bem curado e bem assado. Com batatas ali das herdades próximas e azeite idem, idem...
Vinho de Albernoa (tão perto) da Herdade dos Grous , branco e tinto de 2007. Tinto a 16 euros, Branco a 12 euros. Posta a 12 euros, Bacalhau a 10 euros, Grelhado de Porco Preto a 12 euros.Três cafés. Tudo por menos de...70 euros!
Que viva por muitos anos o proprietário, e se puder mude a mão nalgumas coisinhas: boas toalhas de Mesa, guardanapos de pano, travessas à vista do cliente. Quanto ao resto que se deixe estar se fizer o favor.
Um Recado Importante
Um dos nossos leitores recorda que:
Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós.
Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.
(A.S.E.)
E Amén!!
Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós.
Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.
(A.S.E.)
E Amén!!
quinta-feira, março 25, 2010
Para descansar a Vista
E como não estou cá amanhã, e vou para o Alentejo, aqui vai Poema. Do grande Manuel da Fonseca! Que faria 100 anos em 2011. Tal como Alves Redol.
Está-se mesmo a ver que não deixaremos passar sem uma justíssima Emissão de Selos Comemorativa!!
Antes que seja Tarde
Amigo,
tu que choras uma angústia qualquer
e falas de coisas mansas como o luar
e paradas
como as águas de um lago adormecido,
acorda!
Deixa de vez
as margens do regato solitário
onde te miras
como se fosses a tua namorada.
Abandona o jardim sem flores
desse país inventado
onde tu és o único habitante.
Deixa os desejos sem rumo
de barco ao deus-dará
e esse ar de renúncia
às coisas do mundo.
Acorda, amigo,
liberta-te dessa paz podre de milagre
que existe
apenas na tua imaginação.
Abre os olhos e olha,
abre os braços e luta!
Amigo,
antes da morte vir
nasce de vez para a vida.
Manuel da Fonseca, in "Poemas Dispersos"
Está-se mesmo a ver que não deixaremos passar sem uma justíssima Emissão de Selos Comemorativa!!
Antes que seja Tarde
Amigo,
tu que choras uma angústia qualquer
e falas de coisas mansas como o luar
e paradas
como as águas de um lago adormecido,
acorda!
Deixa de vez
as margens do regato solitário
onde te miras
como se fosses a tua namorada.
Abandona o jardim sem flores
desse país inventado
onde tu és o único habitante.
Deixa os desejos sem rumo
de barco ao deus-dará
e esse ar de renúncia
às coisas do mundo.
Acorda, amigo,
liberta-te dessa paz podre de milagre
que existe
apenas na tua imaginação.
Abre os olhos e olha,
abre os braços e luta!
Amigo,
antes da morte vir
nasce de vez para a vida.
Manuel da Fonseca, in "Poemas Dispersos"
Ausência do Blogger
Amanhã vou para Ourique do Alentejo (uma das localidades que se perfila para ter sido o local onde Afonso, o primeiro do nome, terá vencido a sua grande batalha). Vou reunir com a Associação dos Criadores do Porco Alentejano, para preparar umas inciativas conjuntas que podem, ou não, passar por mais um Livro temático dos nossos, em torno dos Enchidos Tradicionais de Portugal.
Depois conto como foi.
Depois conto como foi.
O País está a ficar Louco (Parte 2)
Publicado o Relatório de Segurança pelo Ministério da Administração Interna pode ver-se um (embora microscópico) recuo nos índices de criminalidade violenta... Todavia o que mais me impressionou foi o relato feito pelo Presidente do Observatório de Segurança Interna ácerca de "alguns crimes muito estranhos que se observaram no ano transacto..."
De entre eles destaco o assalto à mao armada feito por três homens (todos de armas de guerra em punho) sobre uma senhora . A quem roubaram (suspense): Uma Pastilha elástica que trazia na mala e mais um Yogurte...
Estamos ou não estamos a ficar Loucos varridos??!!
De entre eles destaco o assalto à mao armada feito por três homens (todos de armas de guerra em punho) sobre uma senhora . A quem roubaram (suspense): Uma Pastilha elástica que trazia na mala e mais um Yogurte...
Estamos ou não estamos a ficar Loucos varridos??!!
quarta-feira, março 24, 2010
O País está a ficar Louco!!
Não Senhores Leitores, não é este um grito de alma provocado por qualquer contrariedade, das muitas que me apoquentam o dia-a-dia... Nem sequer por ter estado a acompanhar os debates do PSD para as eleições internas da próxima Sexta feira! Nem , por último, por ter estado atento às discussões em torno do famoso PEC...
A afirmação em epígrafe (bem dito!) apenas resume os resultados de um estudo científico ontem apresentado na Faculdade de Ciências Médicas da UNL, patrocinado pela Fundação Gulbenkian, Fundação Champalimaud, Fundação para a Ciência e Tecnologia e pelo Alto Comissariado para a Saúde!
De entre os Países investigados , Portugal atingiu o valor recorde de 20% de incidência de alguma perturbação mental no universo da sua População!! Um em cada 5 portugueses (ou portuguesas) está choné dos cor...!
No mundo, melhor dito, entre os tais Países, apenas os USA nos suplantam! Os USA são o País com maior prevalência de perturbações psiquiátricas no Mundo...Que paraíso para os Psiquiatras!
Aqui para nos, já disso tínhamos suspeitado...Num país onde a Metrópole Oriental dá pelo petit nom de "LA LA Land", onde existem alucinações de Estado ( as tais armas de destruição maciça) e, sobretudo, onde foi eleito J.Bush Junior para um segundo mandato!
Portugal tem desde sempre idiosincrisias estranhas e, se pensarmos bem agora, depois de termos conhecido estes resultados, algo suspeitas. Mesmo referindo-me sobretudo aos "Comes e Bebes" é possível citar alguns desses traços de loucura nacional, nalguns casos "mansa", noutros - como verão - mais carente de tratamento urgente em local especializado:
- Comemos tradicionalmente tudo o que são extremidades dos animais (cabeças, mãos e pés).
- Medimos o alcoól do bagaço caseiro a metade do verdadeiro valor GL de referência científica ( Beba à vontade Compadre que este é da ponta fina , só tem 23 grauzitos...) o problema é que tem mesmo 46º GL...
- Pomos ao fumeiro Bexigas de Porco e Estômagos de Carneiro
- Apresentamos como prato típico de uma região de belíssimo peixe fresco, de águas frias - a Ericeira - uma tal de "Caneja da Infundíce", raia putrefacta com batatas cozidas e azeite...
- Fazemos saladas e acompanhamentos de cactos e ortigas
- Bebemos (comemos) sangue de porco (sarrabulho).
E, sobretudo, temos uma tendência natural para aturar Restaurantes mauzinhos e de mauzinho serviço, pouco limpos e nada atraentes, que trazem como mais valia turística para o País "nada, zero, niente, coisa nenhuma"!
Tudo desculpa o português típico, levando o mau tratamento "à conta do destino" ou "do azar que houve naquele dia".
Muito deixamos de refilar porque "não vale a pena". Ou então porque " Coitados, deve ser este o ganha-pão de muitas famílias" .
Ou ainda , e esta é de Cabo-de-Esquadra:
"É sina que eu tenho de comer mal sempre que aqui venho! E reparem que sei do que estou a falar , porque todas as semanas almoço aqui pelo menos uma vez!"
Como observam, se estivéssemos mais atentos há muito que tínhamos feito empiricamente o diagnóstico de insanidade mental recorrente e generalizada que a Comissão Científica aqui veio confirmar.
Uma pergunta apenas: das seguramente dezenas de doutos especialistas que realizaram o Estudo, quantos estarão debaixo da influência destas maleitas?
A Estatística é "lixada"...
A afirmação em epígrafe (bem dito!) apenas resume os resultados de um estudo científico ontem apresentado na Faculdade de Ciências Médicas da UNL, patrocinado pela Fundação Gulbenkian, Fundação Champalimaud, Fundação para a Ciência e Tecnologia e pelo Alto Comissariado para a Saúde!
De entre os Países investigados , Portugal atingiu o valor recorde de 20% de incidência de alguma perturbação mental no universo da sua População!! Um em cada 5 portugueses (ou portuguesas) está choné dos cor...!
No mundo, melhor dito, entre os tais Países, apenas os USA nos suplantam! Os USA são o País com maior prevalência de perturbações psiquiátricas no Mundo...Que paraíso para os Psiquiatras!
Aqui para nos, já disso tínhamos suspeitado...Num país onde a Metrópole Oriental dá pelo petit nom de "LA LA Land", onde existem alucinações de Estado ( as tais armas de destruição maciça) e, sobretudo, onde foi eleito J.Bush Junior para um segundo mandato!
Portugal tem desde sempre idiosincrisias estranhas e, se pensarmos bem agora, depois de termos conhecido estes resultados, algo suspeitas. Mesmo referindo-me sobretudo aos "Comes e Bebes" é possível citar alguns desses traços de loucura nacional, nalguns casos "mansa", noutros - como verão - mais carente de tratamento urgente em local especializado:
- Comemos tradicionalmente tudo o que são extremidades dos animais (cabeças, mãos e pés).
- Medimos o alcoól do bagaço caseiro a metade do verdadeiro valor GL de referência científica ( Beba à vontade Compadre que este é da ponta fina , só tem 23 grauzitos...) o problema é que tem mesmo 46º GL...
- Pomos ao fumeiro Bexigas de Porco e Estômagos de Carneiro
- Apresentamos como prato típico de uma região de belíssimo peixe fresco, de águas frias - a Ericeira - uma tal de "Caneja da Infundíce", raia putrefacta com batatas cozidas e azeite...
- Fazemos saladas e acompanhamentos de cactos e ortigas
- Bebemos (comemos) sangue de porco (sarrabulho).
E, sobretudo, temos uma tendência natural para aturar Restaurantes mauzinhos e de mauzinho serviço, pouco limpos e nada atraentes, que trazem como mais valia turística para o País "nada, zero, niente, coisa nenhuma"!
Tudo desculpa o português típico, levando o mau tratamento "à conta do destino" ou "do azar que houve naquele dia".
Muito deixamos de refilar porque "não vale a pena". Ou então porque " Coitados, deve ser este o ganha-pão de muitas famílias" .
Ou ainda , e esta é de Cabo-de-Esquadra:
"É sina que eu tenho de comer mal sempre que aqui venho! E reparem que sei do que estou a falar , porque todas as semanas almoço aqui pelo menos uma vez!"
Como observam, se estivéssemos mais atentos há muito que tínhamos feito empiricamente o diagnóstico de insanidade mental recorrente e generalizada que a Comissão Científica aqui veio confirmar.
Uma pergunta apenas: das seguramente dezenas de doutos especialistas que realizaram o Estudo, quantos estarão debaixo da influência destas maleitas?
A Estatística é "lixada"...
terça-feira, março 23, 2010
O Concerto das Estrelas
Exactamente. STARWARS in Concert ontem à noite no pavilhão Atlântico. A voz e o corpo do actor Anthony Daniels (C3PO) a introduzir a partitura majestosa de Sir John Williams para o que foi - durante 30 anos, de 1978 a 2005 - a "telenovela" mais cara e mais bem sucedida do cinema mundial.
Apenas para fâs da saga , dirão alguns. Têm razão. Para pessoas menos viradas para estas coisas pode ser que os 150 minutos de som e de imagem parecessem um pouco Kitsch. Mas para os outros, para os incondicionais que atravessam faixas etárias muito abrangentes (pessoas que estão agora nos 50's e jovens que tinham 14 ou 15 anos em 2005) foi sem dúvida uma noite memorável.
4 chamadas ao Palco. Um "encore" por cortesia da Royal Philarmonic Orchestra and Choirs. A dicção perfeita de Anthony Daniels, tendo por detrás a voz rouca e inimitável do "vilão" Darth Vader, o grandioso actor James Earl Jones. Uma "colagem" de película transversal aos 6 episódios da saga, onde se torna evidente a muito maior sofisticação dos episódios mais recentes, mas onde nos deliciamos com a face "tão novinha" de Harrison Ford, o único actor que escapou à "maldição" dos 3 primeiros episódios.
Lágrima ao canto do olho do Bloger, ao recordar-se do "assombro" que foi ver no defunto Monumental aquele 1º filme. Numa Lisboa onde ainda ecoavam os sons de Abril de 74, numa altura em que para dar aulas no ISCTE ainda ia de transportes públicos...
Nesse dia de 1978 o XWing fighter estava suspenso do tecto do Monumental (coisa nunca vista numa sala de cinema). O silêncio à medida que o filme avançava só foi cortado, no final, com uma violenta salva de palmas ( acreditem! Como se estivéssemos num espéctáculo ao vivo!) e o encantamento com o que tinha sido visto durou tempo suficiente para nem sequer se dar pela viagem de autocarro e de comboio de regresso ao Estoril.
May the Force be Always with You!
Apenas para fâs da saga , dirão alguns. Têm razão. Para pessoas menos viradas para estas coisas pode ser que os 150 minutos de som e de imagem parecessem um pouco Kitsch. Mas para os outros, para os incondicionais que atravessam faixas etárias muito abrangentes (pessoas que estão agora nos 50's e jovens que tinham 14 ou 15 anos em 2005) foi sem dúvida uma noite memorável.
4 chamadas ao Palco. Um "encore" por cortesia da Royal Philarmonic Orchestra and Choirs. A dicção perfeita de Anthony Daniels, tendo por detrás a voz rouca e inimitável do "vilão" Darth Vader, o grandioso actor James Earl Jones. Uma "colagem" de película transversal aos 6 episódios da saga, onde se torna evidente a muito maior sofisticação dos episódios mais recentes, mas onde nos deliciamos com a face "tão novinha" de Harrison Ford, o único actor que escapou à "maldição" dos 3 primeiros episódios.
Lágrima ao canto do olho do Bloger, ao recordar-se do "assombro" que foi ver no defunto Monumental aquele 1º filme. Numa Lisboa onde ainda ecoavam os sons de Abril de 74, numa altura em que para dar aulas no ISCTE ainda ia de transportes públicos...
Nesse dia de 1978 o XWing fighter estava suspenso do tecto do Monumental (coisa nunca vista numa sala de cinema). O silêncio à medida que o filme avançava só foi cortado, no final, com uma violenta salva de palmas ( acreditem! Como se estivéssemos num espéctáculo ao vivo!) e o encantamento com o que tinha sido visto durou tempo suficiente para nem sequer se dar pela viagem de autocarro e de comboio de regresso ao Estoril.
May the Force be Always with You!
segunda-feira, março 22, 2010
Nem Everest nem Planície, antes uma Colina
Temos ainda por este Portugal um conjunto de restaurantes práticos e relativamente económicos, ditos "familiares" por alguns críticos, "sólidos restaurantes burgueses" por outros, mas que - em qualquer dos casos - nos dão comida honesta e bem feita , por preços normais para a época e, o que não vai sendo pouco importante, em quantidades razoáveis para adulto...
No Porto e arredores costumavam existir mais destas simples e acolhedoras Casas de Pasto (interessante nome a cuja origem voltarei) mas também Lisboa se pode orgulhar de manter alguns. Entre eles, e sem querer ofender ninguém pela omissão involuntária, o Pitéu (da Graça), o Funil e o Polícia de ancestralidade e DNA compartilhados, a antiga casa Marítima de Xabregas, a Floresta de Moscavide (antro de benfiquismo extremo) , a Pescaria (ao Cais do Sodré), o Miudinho de Carnide, o David da Buraca, a Tia Matilde e o Poleiro.
Todos estes foram visitados muitas vezes pelo vosso Blogger e merecem aqui menção. Outros haverá onde nunca fui, ou há tanto tempo que receio qualquer encómio actual.
Alguns, como a Tia Matilde ou o Poleiro atingiram o grau de grandes clássicos da cozinha tradicional portuguesa. Estarão, digamos assim, num extremo desta escala, mas para o que interessa - bom serviço, boa comida e a preços módicos, entram aqui bem.
Neste grupo de bom acolhimento familiar também entra sem dúvida nenhuma o Restaurante que é hoje nosso tema:
A Colina
Rua Filipe Folque 46 A - Lisboa
1050-114 LISBOA
Freguesia: São Sebastião da Pedreira
Telefone - 213560209
A Colina fica à beira do Hospital Particular e da Av Duque de Ávila, , muito perto do Parque Auto da CML da Valbom.
Costumava lá ir mais quando trabalhava na Casal Ribeiro e, aqui há alguns anos, me meti numa tarefa (tão agradável...) de fazer uma recensão dos melhores Cozidos à Portuguesa de Lisboa.
Depois disso continuei a frequentar de quando em vez, sempre olhando para os pratos do dia, das melhores propostas desta casa afável, onde os Senhores Donos ainda se dão ao trabalho de vir à mesa cumprimentar pessoalmente todos os manducantes, sejam, ou não , seus conhecidos.
Neste fiel restaurante onde (caso raríssimo actualmente) as famílias são bem vindas mesmo que tragam dois ou três cachopos com menos de três anos com elas...Destaco da Ementa (mas atenção aos Pratos do Dia!):
Peixe: Bacalhau com Natas à Colina, Bacalhau à lagareiro, Arroz e Açorda de Marisco. Bacalhau à Minhota, Cherne, Garoupa e Pescada para cozer ou grelhar, Pargo assado no forno.Caril de Gambas.
Carne: Bife do Lombo à Colina, Dobrada à Colina , Cozido à Portuguesa, Steak au Poivre, Vitela assada, Roast Beef com salada russa. Vitela arouquesa para grelhar.
Doces: Charlotte à Colina, leite Creme, e Bolo de Noz.
Num destes Sábados, ao almoço, 4 amigos lá estiveram e comeram:
Entradas de ameijoas Bulhão Pato (18,5 euros a dose) e queijo de Azeitão . Competentes as ameijoas, pena o queijo ter frio a mais ( é hoje recorrente).
Três Bushmills Black Label (9 euros cada).
4 cafés.
Total: cerca de 180 euros
Boa casa, serviço competente e afável, comida simples e bem apresentada, em quantidade muito razoável. Possibilidade de entreter o whiskyzito com uns competentes fumos, até depois da hora normal de encerramento. Quase como se estivéssemos lá em casa (incluindo algumas falhazitas da função...).
Recomendável
No Porto e arredores costumavam existir mais destas simples e acolhedoras Casas de Pasto (interessante nome a cuja origem voltarei) mas também Lisboa se pode orgulhar de manter alguns. Entre eles, e sem querer ofender ninguém pela omissão involuntária, o Pitéu (da Graça), o Funil e o Polícia de ancestralidade e DNA compartilhados, a antiga casa Marítima de Xabregas, a Floresta de Moscavide (antro de benfiquismo extremo) , a Pescaria (ao Cais do Sodré), o Miudinho de Carnide, o David da Buraca, a Tia Matilde e o Poleiro.
Todos estes foram visitados muitas vezes pelo vosso Blogger e merecem aqui menção. Outros haverá onde nunca fui, ou há tanto tempo que receio qualquer encómio actual.
Alguns, como a Tia Matilde ou o Poleiro atingiram o grau de grandes clássicos da cozinha tradicional portuguesa. Estarão, digamos assim, num extremo desta escala, mas para o que interessa - bom serviço, boa comida e a preços módicos, entram aqui bem.
Neste grupo de bom acolhimento familiar também entra sem dúvida nenhuma o Restaurante que é hoje nosso tema:
A Colina
Rua Filipe Folque 46 A - Lisboa
1050-114 LISBOA
Freguesia: São Sebastião da Pedreira
Telefone - 213560209
A Colina fica à beira do Hospital Particular e da Av Duque de Ávila, , muito perto do Parque Auto da CML da Valbom.
Costumava lá ir mais quando trabalhava na Casal Ribeiro e, aqui há alguns anos, me meti numa tarefa (tão agradável...) de fazer uma recensão dos melhores Cozidos à Portuguesa de Lisboa.
Depois disso continuei a frequentar de quando em vez, sempre olhando para os pratos do dia, das melhores propostas desta casa afável, onde os Senhores Donos ainda se dão ao trabalho de vir à mesa cumprimentar pessoalmente todos os manducantes, sejam, ou não , seus conhecidos.
Neste fiel restaurante onde (caso raríssimo actualmente) as famílias são bem vindas mesmo que tragam dois ou três cachopos com menos de três anos com elas...Destaco da Ementa (mas atenção aos Pratos do Dia!):
Peixe: Bacalhau com Natas à Colina, Bacalhau à lagareiro, Arroz e Açorda de Marisco. Bacalhau à Minhota, Cherne, Garoupa e Pescada para cozer ou grelhar, Pargo assado no forno.Caril de Gambas.
Carne: Bife do Lombo à Colina, Dobrada à Colina , Cozido à Portuguesa, Steak au Poivre, Vitela assada, Roast Beef com salada russa. Vitela arouquesa para grelhar.
Doces: Charlotte à Colina, leite Creme, e Bolo de Noz.
Sala no 1ºandar para Fumantes, espaçosa e muito bem iluminada de luz do dia (só quando a temos é que lhe damos pela falta noutros locais...). Serviço falando português com sotaque nesse 1º andar, jovem e prestimoso. Por contraste com o do antigo r\c, onde os empregados já são da família e deslocam-se galhardamente e sempre sorridentes, tanto quanto lhes permitem as artrozes desenvolvidas por décadas de trabalho em pé...
Num destes Sábados, ao almoço, 4 amigos lá estiveram e comeram:
Entradas de ameijoas Bulhão Pato (18,5 euros a dose) e queijo de Azeitão . Competentes as ameijoas, pena o queijo ter frio a mais ( é hoje recorrente).
Duas doses de Bacalhau à Minhota (13,5 euros) e duas doses de Vitelha grelhada (12,5 euros) . Melhor a segunda do que o primeiro, não pela confecção, que estava perfeita e canónica, com a cebola e as batatas entaladas, mas sim pela qualidade do bacalhau, que me pareceu mal curado... Depois de comer bacalhau em Ílhavo a bitola sobe, e de que maneira...
Uma garrafa Alvarinho Portal do Fidalgo (18,5 euros) e duas garrafas de Tinto Monte das Servas Colheita seleccionada de 2007 (15,00 euros cada). Três Bushmills Black Label (9 euros cada).
4 cafés.
Total: cerca de 180 euros
Recomendável
sexta-feira, março 19, 2010
Para descansar a vista
E, como é Sexta Feira , um pequeno\grande Poema de Natália Correia:
Creio nos anjos que andam pelo mundo,
Creio na Deusa com olhos de diamantes,
Creio em amores lunares com piano ao fundo,
Creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes,
Creio num engenho que falta mais fecundo
De harmonizar as partes dissonantes,
Creio que tudo é eterno num segundo,
Creio num céu futuro que houve dantes,
Creio nos deuses de um astral mais puro,
Na flor humilde que se encosta ao muro,
Creio na carne que enfeitiça o além,
Creio no incrivel, nas coisas assombrosas,
Na ocupação do mundo pelas rosas
Creio que o Amor tem asas de ouro. Ámen.
Natália Correia
É Preciso Acreditar.
Creio nos anjos que andam pelo mundo,
Creio na Deusa com olhos de diamantes,
Creio em amores lunares com piano ao fundo,
Creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes,
Creio num engenho que falta mais fecundo
De harmonizar as partes dissonantes,
Creio que tudo é eterno num segundo,
Creio num céu futuro que houve dantes,
Creio nos deuses de um astral mais puro,
Na flor humilde que se encosta ao muro,
Creio na carne que enfeitiça o além,
Creio no incrivel, nas coisas assombrosas,
Na ocupação do mundo pelas rosas
Creio que o Amor tem asas de ouro. Ámen.
Natália Correia
É Preciso Acreditar.
Quitério apresenta novo Livro
Meu Mestre Quitério "deu à estampa" uma outra obra notável que a Assírio&Alvim editou há dias:
Os textos que compõem este livro têm proveniências diferentes: 6 figuram no Livro de Bem Comer, 14 em Histórias e Curiosidades Gastronómicas, 11 são inéditos. Os não inéditos foram objecto de revisão, emendas e acrescentos (nalguns casos substanciais). Escritores à Mesa (e outros artistas) resulta da necessidade de rearrumação, tendo em vista que os dois livros anteriormente referidos jamais serão reeditados como tais. Surgirão refundidos, aparados, apurados e aumentados num único volume, sob o título Bem Comer & Curiosidades, no fim do presente ano. A presente obra pretende ser uma homenagem sobretudo aos escritores que nem por serem dos maiores deixaram de tratar dum tema que muitos letrados enfadados (e enfadonhos) consideram matéria menor ou mesmo abominável. Que possa servir também de antepasto para uma há muito prometida Antologia da Gastronomia na Literatura Portuguesa (séculos XIII-XX), a vir ao mundo, se o permitirem o tempo e as potestades, em 2011.
Escritores à Mesa e Outros Artistas
de José Quitério
Preço: 15,30 Euros
Dimensões: 155 x 225 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 240
Enquanto aguardamos "salivando" pela sua Magnum Opus : Antologia da Gastronomia na Literatura Portuguesa dos séculos XIII a XX, vamos lá todos comprar este Livro .
É do Quitério, tem decerto critério e dará assaz refrigério a quem a ler.
Isto digo eu, está claro!
Os textos que compõem este livro têm proveniências diferentes: 6 figuram no Livro de Bem Comer, 14 em Histórias e Curiosidades Gastronómicas, 11 são inéditos. Os não inéditos foram objecto de revisão, emendas e acrescentos (nalguns casos substanciais). Escritores à Mesa (e outros artistas) resulta da necessidade de rearrumação, tendo em vista que os dois livros anteriormente referidos jamais serão reeditados como tais. Surgirão refundidos, aparados, apurados e aumentados num único volume, sob o título Bem Comer & Curiosidades, no fim do presente ano. A presente obra pretende ser uma homenagem sobretudo aos escritores que nem por serem dos maiores deixaram de tratar dum tema que muitos letrados enfadados (e enfadonhos) consideram matéria menor ou mesmo abominável. Que possa servir também de antepasto para uma há muito prometida Antologia da Gastronomia na Literatura Portuguesa (séculos XIII-XX), a vir ao mundo, se o permitirem o tempo e as potestades, em 2011.
Escritores à Mesa e Outros Artistas
de José Quitério
Preço: 15,30 Euros
Dimensões: 155 x 225 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 240
Enquanto aguardamos "salivando" pela sua Magnum Opus : Antologia da Gastronomia na Literatura Portuguesa dos séculos XIII a XX, vamos lá todos comprar este Livro .
É do Quitério, tem decerto critério e dará assaz refrigério a quem a ler.
Isto digo eu, está claro!
Empalitamentos
Vlad Tepes (1431, 1476) , cognome "O Impalador" , muito utilizou a técnica de empalar os adversários num palito aí de 2 metros, com os olhos virados para o céu e entrando-lhes o dito palito pelo ... (enfim, pela porta de entrada do labirinto tripal).
Este príncipe da Valáquia (ou, melhor dito, Voivodo) , terá estado na base histórica para a criação do famoso personagem Dracula, agora tão em moda para fazer tremer e fremir os peitos e as pernas (era para escrever "as Coxas" mas deepois lembrei-me do nível deste Blog e já não escrevi "as Coxas") das adolescentes deste actual mundo ocidental decrépito e decadente, por mor da influência desgraçada dessa malta de Holliwood.
Lá na Roménia de onde parti ontem à noite é esta uma personagem estimável a vários níveis:
- Herói nacional na luta que os libertou do jugo do opressor otomomano
- Fonte apreciável de receitas turísticas nos dias de hoje.
Se pusermos de lado a tal mania de espetar as pessoas nos palitos (teria que se investigar se não haveria aqui algum problema mal resolvido de infância, escatalógico ou mesmo outro mais "penetrante"...) este Vlad até que tem carisma pessoal que baste. Com o nome dele existem Circuitos turísticos completos, Hotéis, Restaurantes, Bebidas (cor a dar para o vermelho), e até alguns Castelos (teria mais do que um, o que nos leva à famosa história da "espada atribuída a D Afonso de Albuquerque" a qual contarei aqui um dia) .
E, bem vistas as coisas, qual de nós já não andou por aí a empalitar umas coisas?
- Camarões
- Cebolas e Pimentos entre pedaços de carne para grelhar
- Pedaços de comida deixados entre os dentes
- E até (vá lá , deixemos passar a vulgaridade) a nossa ou o nosso "mais que tudo" nalguma circunstância de aperto, momentâneo ou não.
Tenha assim algum cuidado quem quiser lançar a primeira pedra. No fim de tudo a diferença entre o antigo Vlad e todos nós resume-se a uma questão de Tamanho... Tamanho do Palito, claro está!
Este príncipe da Valáquia (ou, melhor dito, Voivodo) , terá estado na base histórica para a criação do famoso personagem Dracula, agora tão em moda para fazer tremer e fremir os peitos e as pernas (era para escrever "as Coxas" mas deepois lembrei-me do nível deste Blog e já não escrevi "as Coxas") das adolescentes deste actual mundo ocidental decrépito e decadente, por mor da influência desgraçada dessa malta de Holliwood.
Lá na Roménia de onde parti ontem à noite é esta uma personagem estimável a vários níveis:
- Herói nacional na luta que os libertou do jugo do opressor otomomano
- Fonte apreciável de receitas turísticas nos dias de hoje.
Se pusermos de lado a tal mania de espetar as pessoas nos palitos (teria que se investigar se não haveria aqui algum problema mal resolvido de infância, escatalógico ou mesmo outro mais "penetrante"...) este Vlad até que tem carisma pessoal que baste. Com o nome dele existem Circuitos turísticos completos, Hotéis, Restaurantes, Bebidas (cor a dar para o vermelho), e até alguns Castelos (teria mais do que um, o que nos leva à famosa história da "espada atribuída a D Afonso de Albuquerque" a qual contarei aqui um dia) .
E, bem vistas as coisas, qual de nós já não andou por aí a empalitar umas coisas?
- Camarões
- Cebolas e Pimentos entre pedaços de carne para grelhar
- Pedaços de comida deixados entre os dentes
- E até (vá lá , deixemos passar a vulgaridade) a nossa ou o nosso "mais que tudo" nalguma circunstância de aperto, momentâneo ou não.
Tenha assim algum cuidado quem quiser lançar a primeira pedra. No fim de tudo a diferença entre o antigo Vlad e todos nós resume-se a uma questão de Tamanho... Tamanho do Palito, claro está!
domingo, março 14, 2010
Afinal o "Senhorio" lê ou não lê o Blog??
O Sr Silvério questiona:
Bom dia.
Como é que o 'senhorio' há-de ouvir (ler, talvez) se, segundo o inquilino, ele não lê o blog? Ou será que diz que não lê?
Comentário ao Comentário: Se lê ou se não lê é para o lado que durmo melhor...Mas no caso vertente , e dada a importância da matéria (Dia do Pai, do Moi, do Eu , do Je) há que utilizar todos os meios disponíveis: post its no espelho da casa de banho, SMS,e até o velho Blog. Um pouco como quando vamos à caça com chumbo miúdo... Pouca precisão, mas muita dispersão. Alguma coisa há-de vir ao anzol... Costuma ser uma Lagavulin (já há poucas estás a ouvir?)
Bom dia.
Como é que o 'senhorio' há-de ouvir (ler, talvez) se, segundo o inquilino, ele não lê o blog? Ou será que diz que não lê?
Comentário ao Comentário: Se lê ou se não lê é para o lado que durmo melhor...Mas no caso vertente , e dada a importância da matéria (Dia do Pai, do Moi, do Eu , do Je) há que utilizar todos os meios disponíveis: post its no espelho da casa de banho, SMS,e até o velho Blog. Um pouco como quando vamos à caça com chumbo miúdo... Pouca precisão, mas muita dispersão. Alguma coisa há-de vir ao anzol... Costuma ser uma Lagavulin (já há poucas estás a ouvir?)
sexta-feira, março 12, 2010
Ausência do Blogger
De caminho para Bucareste, onde vou negociar alguns aspectos da Emissão Filatélica conjunta Portugal-Roménia. Próximo Post a 19 de Março (Dia do Pai, estás a ouvir oh Senhorio??!!).
Espero que haja boas notícias das qualificações de Benfica e Sporting para a Liga Europa quando eu chegar, lá para as 23,30h...
Espero que haja boas notícias das qualificações de Benfica e Sporting para a Liga Europa quando eu chegar, lá para as 23,30h...
Para Descansar a Vista
Luiza Neto Jorge, 50 anos apenas desta vida, 1939-1989, que desperdício...
Luiza Neto Jorge nasceu em 1939. Estudou em Lisboa e viveu em Paris entre 1962 e 1970. A Noite Vertebrada, o seu primeiro livro, foi dado à estampa em 1960. Luiza Neto Jorge esteve ligada ao chamado grupo da Poesia 61 que procurou, no início da década de sessenta do século XX, contribuir para renovar a linguagem poética, explorando novas potencialidades gramaticais e semânticas no interior do discurso e na sua inscrição na página.
Consciência feminina da escrita e invenção de uma poesia crua em que o corpo da linguagem se confunde com o corpo do sujeito poético são alguns traços a destacar na sua escrita.
Além de poetisa, Luiza Neto Jorge desenvolveu intensa actividade no domínio da tradução e escreveu para teatro e cinema. Faleceu em 1989, tendo deixado sete títulos de poesia publicados, entre os quais figuram:
O Seu a Seu Tempo (1966)
Os Sítos Sitiados (1973)
A Lume (1989)
FÁBULA
O animal entende-se:
tem cascos põe-os a render
tem pele aquece
fecha-se nos olhos para adormecer
tudo quanto lembra esquece
Dispende-se.
Permanece.
Luiza Neto Jorge
Poesia. 1960-1989
Lisboa, Assírio & Alvim, 1993
A Divisibilidade: a Invisibilidade a Dois
A mulher divide-se em gestos particulares
o homem divide-se também. Se o átomo é
divisível só poeta o diz.
a mulher divide-se em gestos
extremos coloridos arenosos destilados.
dois homens são duas divisões de uma
casa que já foi um animal de costas
para o seu pólo mágico.
A divisibilidade da luz aclara os mistérios.
A mulher tem filhos. Descobrem-se
partículas soltas um dedo mínimo
o peso menos pesado da balança
um cabelo eloquente em desagregação
Gestos estrídulos dividem a mulher
o homem divide-a ainda.
Luiza Neto Jorge
O seu a seu tempo
Poesia
organização e prefácio de
Fernando Cabral Martins
Assírio & Alvim
2ª edição 2001
Luiza Neto Jorge nasceu em 1939. Estudou em Lisboa e viveu em Paris entre 1962 e 1970. A Noite Vertebrada, o seu primeiro livro, foi dado à estampa em 1960. Luiza Neto Jorge esteve ligada ao chamado grupo da Poesia 61 que procurou, no início da década de sessenta do século XX, contribuir para renovar a linguagem poética, explorando novas potencialidades gramaticais e semânticas no interior do discurso e na sua inscrição na página.
Consciência feminina da escrita e invenção de uma poesia crua em que o corpo da linguagem se confunde com o corpo do sujeito poético são alguns traços a destacar na sua escrita.
Além de poetisa, Luiza Neto Jorge desenvolveu intensa actividade no domínio da tradução e escreveu para teatro e cinema. Faleceu em 1989, tendo deixado sete títulos de poesia publicados, entre os quais figuram:
O Seu a Seu Tempo (1966)
Os Sítos Sitiados (1973)
A Lume (1989)
FÁBULA
O animal entende-se:
tem cascos põe-os a render
tem pele aquece
fecha-se nos olhos para adormecer
tudo quanto lembra esquece
Dispende-se.
Permanece.
Luiza Neto Jorge
Poesia. 1960-1989
Lisboa, Assírio & Alvim, 1993
A Divisibilidade: a Invisibilidade a Dois
A mulher divide-se em gestos particulares
o homem divide-se também. Se o átomo é
divisível só poeta o diz.
a mulher divide-se em gestos
extremos coloridos arenosos destilados.
dois homens são duas divisões de uma
casa que já foi um animal de costas
para o seu pólo mágico.
A divisibilidade da luz aclara os mistérios.
A mulher tem filhos. Descobrem-se
partículas soltas um dedo mínimo
o peso menos pesado da balança
um cabelo eloquente em desagregação
Gestos estrídulos dividem a mulher
o homem divide-a ainda.
Luiza Neto Jorge
O seu a seu tempo
Poesia
organização e prefácio de
Fernando Cabral Martins
Assírio & Alvim
2ª edição 2001
quinta-feira, março 11, 2010
E as Discotecas e Bares?
Muitos leitores perguntam porque é que só falo de Restaurantes e de Vinho (português) e nunca me estendo para bares, discotecas, whiskys , aguardentes e coisas desse género.
A razão é simples: embora beba de quando em vez - em situações mais propícias ao pecado - um whiskizito de malte depois do jantar, não sou consumidor regular de espíritos. O whisky ainda o meu estômago aguenta, mas as aguardentes, bagaços, cognacs e coisas dessa família dão-me infelizmente azia e evito tocar-lhes.
A Bares já não vou há algum tempo durante a noite, quanto muito lá para o final da tarde, para ver o Mar, e já é um "pau".
Nos hotéis - por exemplo na Lapa - passava-se um fim de tarde engraçado, a ouvir música de piano. E o Bar do Ritz também era conhecido pela boa música, embora mais barulhento. Em Cascais a referência era e continua a ser o Albatroz. Mas também gosto do Bar do Guincho, lá para a Praia do Abano de gratíssima memória, onde é bom ir ver as vistas e apreciar iodo e espuma de mar bravio.
Na minha anterior vida artística gostava de ir à noite ao Blues Café, nas Docas . Mas mais para fumar um charuto à barra do bar e ouvir as orquestras de Jazz (quando o Blues ainda era desse género).
De discotecas só me lembro do Van Gôgo e da Primorosa de Alvalade. Mas sobretudo dos balcões desses locais...
De facto tenho uma limitação psico-somática extrema em relação à dança...
A expressão "pés de chumbo" deve ter sido inventada quando alguém me viu a "torturar" o meu par nalguma noite de insanidade temporária da minha parte, quando, contra todos os ditames da razoabilidade, me decidia a "experimentar outra vez".
Não sei dançar. Nunca soube dançar.
Até nas músicas lentas dos anos 70 e 80 tinha alguma dificuldade em encaixar um ou dois "slows" .
Ou se nasce para isto do ritmo ou não. E eu tenho tanto ritmo e ouvido para a musica como um rinoceronte de dois cornos...
Será esta uma característica geral do Homem portuga?
Quanto ao ritmo talvez não, temos músicos e entendidos melómanos notáveis, mas quanto a dançar em público já sou dessa opinião.
A nossa idiosincrisia tem sempre um traço de "morcón" à moda do Porto instalada, sejamos de "Biana" do Castelo ou de Grândola... E conheço muitos mais homens que se "retraem" perante a perspectiva de dançar em público do que aqueles que anseiam por essa oportunidade. Estando sóbrios, está claro!
Tristonhos e patudos até admira como alguns conseguem,.mesmo assim, arranjar companhia feminina.
Deve ser da falta de concorrência.
A razão é simples: embora beba de quando em vez - em situações mais propícias ao pecado - um whiskizito de malte depois do jantar, não sou consumidor regular de espíritos. O whisky ainda o meu estômago aguenta, mas as aguardentes, bagaços, cognacs e coisas dessa família dão-me infelizmente azia e evito tocar-lhes.
A Bares já não vou há algum tempo durante a noite, quanto muito lá para o final da tarde, para ver o Mar, e já é um "pau".
Nos hotéis - por exemplo na Lapa - passava-se um fim de tarde engraçado, a ouvir música de piano. E o Bar do Ritz também era conhecido pela boa música, embora mais barulhento. Em Cascais a referência era e continua a ser o Albatroz. Mas também gosto do Bar do Guincho, lá para a Praia do Abano de gratíssima memória, onde é bom ir ver as vistas e apreciar iodo e espuma de mar bravio.
Na minha anterior vida artística gostava de ir à noite ao Blues Café, nas Docas . Mas mais para fumar um charuto à barra do bar e ouvir as orquestras de Jazz (quando o Blues ainda era desse género).
De discotecas só me lembro do Van Gôgo e da Primorosa de Alvalade. Mas sobretudo dos balcões desses locais...
De facto tenho uma limitação psico-somática extrema em relação à dança...
A expressão "pés de chumbo" deve ter sido inventada quando alguém me viu a "torturar" o meu par nalguma noite de insanidade temporária da minha parte, quando, contra todos os ditames da razoabilidade, me decidia a "experimentar outra vez".
Não sei dançar. Nunca soube dançar.
Ou se nasce para isto do ritmo ou não. E eu tenho tanto ritmo e ouvido para a musica como um rinoceronte de dois cornos...
Será esta uma característica geral do Homem portuga?
Quanto ao ritmo talvez não, temos músicos e entendidos melómanos notáveis, mas quanto a dançar em público já sou dessa opinião.
A nossa idiosincrisia tem sempre um traço de "morcón" à moda do Porto instalada, sejamos de "Biana" do Castelo ou de Grândola... E conheço muitos mais homens que se "retraem" perante a perspectiva de dançar em público do que aqueles que anseiam por essa oportunidade. Estando sóbrios, está claro!
Tristonhos e patudos até admira como alguns conseguem,.mesmo assim, arranjar companhia feminina.
Deve ser da falta de concorrência.
quarta-feira, março 10, 2010
A Privatização dos CTT
Foi notícia de ontem. Faz parte do PEC a privatização de várias empresas do Estado, entre elas a "velhinha" CTT Correios de Portugal.
Do ponto de vista histórico ( e anedótico) nada a dizer. Já o Senhor Rei D. Filipe II tinha tido a mesmíssima ideia , em 1606, quando vendeu à família Gomes da Mata, e por uma avultadíssima soma de 70 000 cruzados, o cargo de Correio-Mor do reino, ofício criado em 1520 pelo Rei Venturoso, na pessoa do seu criado Luis Homem.
O Rei Filipe era castelhano, a familia Gomes da Mata tinha a mesma origem...Maus presságios?
Do ponto de vista histórico ( e anedótico) nada a dizer. Já o Senhor Rei D. Filipe II tinha tido a mesmíssima ideia , em 1606, quando vendeu à família Gomes da Mata, e por uma avultadíssima soma de 70 000 cruzados, o cargo de Correio-Mor do reino, ofício criado em 1520 pelo Rei Venturoso, na pessoa do seu criado Luis Homem.
O Rei Filipe era castelhano, a familia Gomes da Mata tinha a mesma origem...Maus presságios?
Depois disso - e temos de dizer que não obstante a "castelhanidade" os Matas fizeram bom serviço - a rainha D. Maria I , a conselho do seu Ministro Rodrigo de Sousa Coutinho , transferiu o cargo para a Coroa, em 1797 , depois de negociações com o último (e 11º do cargo) Correio-Mor, também ele Sousa Coutinho... O que diria hoje o SOL desta notável coincidência? Tínhamos um escarcéu do "caraças"..."Ministro compra a parente o mais lucrativo cargo do reino!".
Como veremos, essa circunstância mudou desde esses tempos...
Como veremos, essa circunstância mudou desde esses tempos...
Mas adiante.
Hoje, como ontem e anteontem, o que leva o Estado a vender o seu mais antigo ofício ainda activo , juntamente com as funções de mensageiro de pobres, ricos, nobres e plebeus, é o dinheirinho - ou , melhor dito, a falta dele.
Nada me permite dizer que a Privatização vai ser "pior ou melhor" do que o actual estado das coisas no mundo postal português. Tenho as minhas suspeitas, está claro, mas como se costuma dizer que presunção e água benta cada um toma o que quer, essas suspeitas não passam ainda de presunções.
O que me preocupa é exactamente ser esta uma função que deve servir todos, sem olhar muito para as necessidades de alguns em detrimento das necessidades dos outros...
Explico: fazer dinheiro com o serviço postal é muito fácil, basta exercer este "múnus" apenas nas grandes cidades. Distribuir dentro de 4 centros urbanos e suburbanos, sem preocupação de "ir às vilas, aldeias, lugarejos e ...ilhas".
Quem tal fizer é seguro que enriqueça. E bem. E depressa.
A Liberalização do Serrviço Postal já trazia estas cargas negativas para a actividade. Quem se quizer fazer ao "carteio" com lucros decerto que vai ter de escolher onde o quer fazer... mas, está claro que teríamos os CTT a fazer "o resto" ; aquilo que os outros não querem.
Agora, com a privatização , como vai ser? Tudo ao molho e fé em Deus, engarrafamento de "carteiros" de diversas proveniências nas ruas mais movimentadas de Lisboa e do Porto , enquanto que, por outro lado, as Ilhas dos Açores seriam abastecidas de cartas por pára-quedas, e que se arranjassem para as distribuir, lá no local, pois não devem ter muito para fazer?
Homessa!! Diria o Mestre Vitorino Nemésio...
Claro que existe a questão do SERVIÇO PÚBLICO , do Serviço Universal, que podemos definir grosseiramente como o "menor múltiplo comum" da prestação da actividade postal à sociedade. Os "serviços mínimos" postais a que cada cidadão, apenas por ter nascido e exibir uma morada fixa, teria direito. Este serviço tem de estar acobertado no âmbito da privatização. mas como quem define as características e a extensão do mesmo é quem agora pôe à venda a actividade, não sei ( não sabemos) que garantias existem de que esse mínimo de serviço postal não se vá paulatinamente transformando, com o passar dos meses, em "Infimo" da curva... isto é, em limite, a tender para o zero...
Obviamente que existe a outra face da moeda: os serviços de comunicações móveis melhoraram muito com a privatização e a liberalização do sector. TMN, Optimus e Vodafone competem ( e bem) no mesmo mercado. Há dinheiro para todos, segundo parece.
Os serviços de TV Cabo parece que também irão por esse caminho (aparentemente haverá dinheiro para todos nesse negócio).
A SONAE , Pão de Açucar e a Jerónimo Martins há muito que habituaram os portugueses à saudável concorrência e ao bom serviço prestado pelos privados. Parece que existe muito dinheiro no negócio da distribuição...Dá para todos...
No Negócio Postal haverá assim tanto dinheiro para quem entra? E dará para todos?
Olhe que não , Olhe que não , Senhor Ministro das Finanças!
O que já foi o mais lucrativo cargo do Reino se calhar hoje não passará de um dos mais trabalhosos e menos remunerados... a não ser , claro está , que se utilize a "táctica do pára-quedas postal" por essas províncias, montes e vales...
Poderíamos até pedir formação ao Pai Natal, que segundo dizem tem experiência de distribuição áerea porta-a-porta... Em que Consultora trabalhará o velho das barbas?
O que já foi o mais lucrativo cargo do Reino se calhar hoje não passará de um dos mais trabalhosos e menos remunerados... a não ser , claro está , que se utilize a "táctica do pára-quedas postal" por essas províncias, montes e vales...
Poderíamos até pedir formação ao Pai Natal, que segundo dizem tem experiência de distribuição áerea porta-a-porta... Em que Consultora trabalhará o velho das barbas?
terça-feira, março 09, 2010
Coisas que os Homens podem fazer "Sózinhos"
Nunca pensei que o meu inocente Post de ontem tivesse tanta repercussão, sobretudo no meio dos machos, já que a outra parte da equação quase que me deixou de falar... Injustiças...
Alguns amigos mandaram-me sugestões para acrescentar na Lista das tais coisas que um Homem pode fazer à vontade se sózinho em sua casa.
Vou aqui citar algumas, evitando - está claro - ir por caminhos de maledicência e de ordinarice que pusessem em causa a natural elegância deste Blogue (aqui deveria inserir-se alguma tosse seca).
. Deixar de apanhar as coisas que caem no chão. Incluindo roupa interior.
. Manter na mesa de refeições a mesma toalha que se usou dia após dia, até chegar a mulher a dias.
. Andar nu pela casa ( no Verão, está claro)
. Utilizar a Máquina de lavar Louça como armazém de materiais de cozinha. Nunca aprender a lidar com a mesma. Esperar sempre que chegue a Mulher a Dias.Ter o cuidado de comprar o modelo maior que existir no mercado.
. Idem, idem, para a Máquina de Lavar Roupa. Neste caso utilizada como armazém de algodão, viscose, lás e outros texteis.
No caso de se utilizar mais a lavandaria há que poupar nos custos das limpezas.Algumas sugestões:
Aqui a teoria é a de limpar frequentemente (mudar de roupa) tudo aquilo que esteja mais à vista, e poupar naquilo que não é visível para estranhos: No Inverno normalmente utiliza-se uma gabardine ou sobretudo, ou Parka. Desta forma é perfeitamente possível passar a usar a mesma calça duas vezes seguidas. Mudar a camisa diariamente se usada sem pullover. Caso se vista um pullover utilizar a táctica das calças. Mudar de pullover todos os dias para parecer que se está sempre com roupa lavada. Nunca esquecer passar desodorizante por baixo dos sovacos da camisa! Evitar a água de colónia nesse local, porque arde.
Quanto à roupa interior (peúgos e cueca) dado que está perfeitamente invisível ao olhar de terceiros, utilizar a capacidade discricionária de cada um. Aguentam bem três dias. Ao quarto urge inspeccionar ( não esquecer de cheirar). Consoante o estado da arte logo se toma a decisão de substituir (ou não).
Dizem os entendidos que aplicando esta já longa lista de sugestões, não só é garantido que a felicidade se espelhará no rosto do impetrante, como também existe a quase certeza que nenhuma Mulher se aproximará deste Homem tão depressa, nem da sua casa.
Só vantagens, como se depreende!
Temos é que ter muito cuidado com a possível catástrofe mítica neste paraíso dos trópicos masculinos : a visita da Mãe.
Hoc Opus Hic Labor Est! E de facto assim é... Horror e Inclemência!
Alguns amigos mandaram-me sugestões para acrescentar na Lista das tais coisas que um Homem pode fazer à vontade se sózinho em sua casa.
Vou aqui citar algumas, evitando - está claro - ir por caminhos de maledicência e de ordinarice que pusessem em causa a natural elegância deste Blogue (aqui deveria inserir-se alguma tosse seca).
. Deixar de apanhar as coisas que caem no chão. Incluindo roupa interior.
. Manter na mesa de refeições a mesma toalha que se usou dia após dia, até chegar a mulher a dias.
. Andar nu pela casa ( no Verão, está claro)
. Utilizar a Máquina de lavar Louça como armazém de materiais de cozinha. Nunca aprender a lidar com a mesma. Esperar sempre que chegue a Mulher a Dias.Ter o cuidado de comprar o modelo maior que existir no mercado.
. Idem, idem, para a Máquina de Lavar Roupa. Neste caso utilizada como armazém de algodão, viscose, lás e outros texteis.
No caso de se utilizar mais a lavandaria há que poupar nos custos das limpezas.Algumas sugestões:
Aqui a teoria é a de limpar frequentemente (mudar de roupa) tudo aquilo que esteja mais à vista, e poupar naquilo que não é visível para estranhos: No Inverno normalmente utiliza-se uma gabardine ou sobretudo, ou Parka. Desta forma é perfeitamente possível passar a usar a mesma calça duas vezes seguidas. Mudar a camisa diariamente se usada sem pullover. Caso se vista um pullover utilizar a táctica das calças. Mudar de pullover todos os dias para parecer que se está sempre com roupa lavada. Nunca esquecer passar desodorizante por baixo dos sovacos da camisa! Evitar a água de colónia nesse local, porque arde.
Quanto à roupa interior (peúgos e cueca) dado que está perfeitamente invisível ao olhar de terceiros, utilizar a capacidade discricionária de cada um. Aguentam bem três dias. Ao quarto urge inspeccionar ( não esquecer de cheirar). Consoante o estado da arte logo se toma a decisão de substituir (ou não).
Dizem os entendidos que aplicando esta já longa lista de sugestões, não só é garantido que a felicidade se espelhará no rosto do impetrante, como também existe a quase certeza que nenhuma Mulher se aproximará deste Homem tão depressa, nem da sua casa.
Só vantagens, como se depreende!
Temos é que ter muito cuidado com a possível catástrofe mítica neste paraíso dos trópicos masculinos : a visita da Mãe.
Hoc Opus Hic Labor Est! E de facto assim é... Horror e Inclemência!
Ainda o CERES
O nosso Leitor Bernardo faz algumas precisões sobre esta emissão clássica, as quais muito agradecemos:
Grato pelas respostas.
De facto, principalmente por razões económicas, algumas taxas/emissões "Ceres" circularam até 30 de Setembro de 1945. Diferente e estranho é os correios terem feito novas tiragens em 1935/36 quando em 1931 já estava em circulação nova emissão base: Lusíadas.
Foi também utilizada a impressão litográfica na emissão de Londres (1926).
Vá dando notícias sobre a nova emissão...
Cumprimentos,
F.Bernardo
Grato pelas respostas.
De facto, principalmente por razões económicas, algumas taxas/emissões "Ceres" circularam até 30 de Setembro de 1945. Diferente e estranho é os correios terem feito novas tiragens em 1935/36 quando em 1931 já estava em circulação nova emissão base: Lusíadas.
Foi também utilizada a impressão litográfica na emissão de Londres (1926).
Vá dando notícias sobre a nova emissão...
Cumprimentos,
F.Bernardo
Motaharu Morita visita Portugal
O Director Geral das Emissões do Correio do Japão - Sr. Motoharu Morita, personagem lendário no ramo, há 35 anos a comandar a Filatelia do Japão - está em Portugal para tratar dos pormenores da nova Emissão Conjunta Luso-Nipónica, comemorativa dos 150 Anos do Tratado de Paz, Amizade e Comércio entre os dois países.
Há 15 anos atrás foi o Sr Morita que desenhou ele próprio o selo comemorativo do Padre Luis Fróes, quando se celebravam os 450 anos da chegada dos portugueses ao Japão. E, do lado português, Luiz Duran.
Nesta altura em que prepara a sua reforma também lhe pedimos para ser ele a desenhar o selo em causa de 2010. E ao Luiz, está claro, antes que este também se lembre de "bazar", o que estão a fazer muitos colegas com medo do PEC (Vade retro!!).
Teremos assim uma dobradinha: Morita\Duran em 1995 e 2010. O "duo maravilha" da arte gráfica filatélica...
Ontem levámos o Sr Morita e a comitiva a conhecer as caves da firma José Maria da Fonseca, em Azeitão. A fotografia anexa é desse local.
Reconhecem-se o proprietário da Cartor, Impressora de Segurança francesa que vai fazer os selos de ambos os países desta emissão conjunta, e três "jovens" designers que, a seu cargo, já devem levar mais de 300 selos desenhados em conjunto, de Portugal e do Japão : Duran ( ao telefone, provavelmente a tratar de colocar o seu vasto portfolio de acções numa bolsa qualquer), Morita no meio e Acácio Santos de vermelho, (estranha cor para tão "assanhado "lagartão"). O gordo com a mão no bolso já sabem quem é...
Há 15 anos atrás foi o Sr Morita que desenhou ele próprio o selo comemorativo do Padre Luis Fróes, quando se celebravam os 450 anos da chegada dos portugueses ao Japão. E, do lado português, Luiz Duran.
Nesta altura em que prepara a sua reforma também lhe pedimos para ser ele a desenhar o selo em causa de 2010. E ao Luiz, está claro, antes que este também se lembre de "bazar", o que estão a fazer muitos colegas com medo do PEC (Vade retro!!).
Teremos assim uma dobradinha: Morita\Duran em 1995 e 2010. O "duo maravilha" da arte gráfica filatélica...
Ontem levámos o Sr Morita e a comitiva a conhecer as caves da firma José Maria da Fonseca, em Azeitão. A fotografia anexa é desse local.
Reconhecem-se o proprietário da Cartor, Impressora de Segurança francesa que vai fazer os selos de ambos os países desta emissão conjunta, e três "jovens" designers que, a seu cargo, já devem levar mais de 300 selos desenhados em conjunto, de Portugal e do Japão : Duran ( ao telefone, provavelmente a tratar de colocar o seu vasto portfolio de acções numa bolsa qualquer), Morita no meio e Acácio Santos de vermelho, (estranha cor para tão "assanhado "lagartão"). O gordo com a mão no bolso já sabem quem é...
segunda-feira, março 08, 2010
Levantar a Alma
Há dias em que não vemos motivo nenhum para sorrir...Depois de falar com alguns colegas que têm ( e ainda bem) famílias estruturadas, cheguei a uma lista de contrariedades mais comuns que têm por consequência fazer avolumar a neura e acizentar os céus dos "Pater Familiae" , embora estes, ultimamente, NEM precisem de ajuda exterior para isso:
O ordenado ainda demora a chegar, a tal questão do "sobra mês e falta dinheiro"...
O colégio dos miúdos quer mais dinheiro para as actividades extra-curriculares.
É mês em que é preciso acertar a conta da electricidade.
O estupor da criança mais velha gastou mais de 50 euros no telemóvel (para quem tem contrato). Deram-nos um "toque" no carro e piraram-se.
O nosso Clube só faz M**** (esta era para os do Sporting... ultimamente aqui fica dedicada aos Dragões...).
Uma Tia da Mulher (que é dos Açores) vem ao Hospital aqui em Lisboa e assenta "praça" em nossa casa com o Marido e dois filhos...
Chateei-me com a Mulher (ou com o Marido)
O vizinho de cima tem uma rotura na casa de banho a pingar cá para baixo e está de férias no Brasil.
E por aí fora...
Mas uma coisa é certa: dizem os entendidos que as mais graves situações, causadores de níveis de stress mais perigosos, são as separações do casal, ou por morte de um dos conjugues (va de retro espírito impuro!) ou então por divórcio...
Pensei então em levantar o astral dos Homens que têm pela frente esta "cena" maquiavélica da separação em vida (porque a outra deixamos ao critério da Potestade). Aqui vai uma pequena lista das coisas favoráveis - do ponto de vista masculino - que existem numa separação:
Ter a casa de banho só para si. Que alegria nas manhãs mais complicadas...
Ter a cama (todos os centímetros do metro e oitenta) apenas para esticar o SEU cadáver.
Poder ocupar a cozinha (domínio do inimigo) e fazer ali o que lhe apetecer
Poder comer uma sandes de carne assada na cama, às 3 da tarde dos Sábados, enquanto lê o Expresso e o "Fugas" do Público.
Poder (digamos assim) libertar gases à vontade por portas de sua casa adentro. Tremenda vantagem!
Poder meter o dedo no nariz e limpar aos lençóis.
Reatar uma antiga e calorosa familiaridade com certas partes do seu corpo, por exemplo, com a sua mão esquerda...
Poder fumar um charuto na sala.
Receber amigos em pijama e chinelos.
( e, já agora) Receber amigas em pijama e chinelos!
Poder coçar-se à vontade nas virilhas, mesmo á mesa das refeições.
Se me lembrar de mais depois escrevo aqui, está bem?
Alma até Almeida Senhores que nem só de pão vive o Homem!!
O ordenado ainda demora a chegar, a tal questão do "sobra mês e falta dinheiro"...
O colégio dos miúdos quer mais dinheiro para as actividades extra-curriculares.
É mês em que é preciso acertar a conta da electricidade.
O estupor da criança mais velha gastou mais de 50 euros no telemóvel (para quem tem contrato). Deram-nos um "toque" no carro e piraram-se.
O nosso Clube só faz M**** (esta era para os do Sporting... ultimamente aqui fica dedicada aos Dragões...).
Uma Tia da Mulher (que é dos Açores) vem ao Hospital aqui em Lisboa e assenta "praça" em nossa casa com o Marido e dois filhos...
Chateei-me com a Mulher (ou com o Marido)
O vizinho de cima tem uma rotura na casa de banho a pingar cá para baixo e está de férias no Brasil.
E por aí fora...
Mas uma coisa é certa: dizem os entendidos que as mais graves situações, causadores de níveis de stress mais perigosos, são as separações do casal, ou por morte de um dos conjugues (va de retro espírito impuro!) ou então por divórcio...
Pensei então em levantar o astral dos Homens que têm pela frente esta "cena" maquiavélica da separação em vida (porque a outra deixamos ao critério da Potestade). Aqui vai uma pequena lista das coisas favoráveis - do ponto de vista masculino - que existem numa separação:
Ter a casa de banho só para si. Que alegria nas manhãs mais complicadas...
Ter a cama (todos os centímetros do metro e oitenta) apenas para esticar o SEU cadáver.
Poder ocupar a cozinha (domínio do inimigo) e fazer ali o que lhe apetecer
Poder comer uma sandes de carne assada na cama, às 3 da tarde dos Sábados, enquanto lê o Expresso e o "Fugas" do Público.
Poder (digamos assim) libertar gases à vontade por portas de sua casa adentro. Tremenda vantagem!
Poder meter o dedo no nariz e limpar aos lençóis.
Reatar uma antiga e calorosa familiaridade com certas partes do seu corpo, por exemplo, com a sua mão esquerda...
Poder fumar um charuto na sala.
Receber amigos em pijama e chinelos.
( e, já agora) Receber amigas em pijama e chinelos!
Poder coçar-se à vontade nas virilhas, mesmo á mesa das refeições.
Se me lembrar de mais depois escrevo aqui, está bem?
Alma até Almeida Senhores que nem só de pão vive o Homem!!
O Clássico CERES
Alguns leitores aplaudem a ideia do CERES em talhe Doce, e questionam:
Parabéns!
Algumas dúvidas:
1. Em 1935/6 ainda se produziram selos das emissões Ceres?
2. O processo de impressão tipográfico foi o único utilizado nestas emissões?
3. Prevêem emitir um ou vários selos? Em folhas ou em bloco? Facial?
Saudações filatélicas,
F.Bernardo
CSilvério disse...
Parabéns!
Já agora uma sugestão. Porque não uma emissão anual a talhe doce?
Cumprimentos
C. Silvério
Comentários aos Comentários:
a) Eu penso que os CERES circularam quase que até ao final da 2º grande guerra. Mas a última emissão que conheço é de 1930. O especialista é o Engº Miranda da Mota, como sabem... Acho também que só se utilizou Tipografia nessa emissão. Quanto à formatação da nova Emissão CERES em talhe doce, ainda estamos a analisar propostas, mas em princípio serão 1 ou 2 selos em folhas.
b) Fazer uma emissão por ano em talhe doce é tentador... Dois problemas: o custo (cerca de 5 vezes superior ao off-set) e , sobretudo, o tempo que levam a fazer...
Parabéns!
Algumas dúvidas:
1. Em 1935/6 ainda se produziram selos das emissões Ceres?
2. O processo de impressão tipográfico foi o único utilizado nestas emissões?
3. Prevêem emitir um ou vários selos? Em folhas ou em bloco? Facial?
Saudações filatélicas,
F.Bernardo
CSilvério disse...
Parabéns!
Já agora uma sugestão. Porque não uma emissão anual a talhe doce?
Cumprimentos
C. Silvério
Comentários aos Comentários:
a) Eu penso que os CERES circularam quase que até ao final da 2º grande guerra. Mas a última emissão que conheço é de 1930. O especialista é o Engº Miranda da Mota, como sabem... Acho também que só se utilizou Tipografia nessa emissão. Quanto à formatação da nova Emissão CERES em talhe doce, ainda estamos a analisar propostas, mas em princípio serão 1 ou 2 selos em folhas.
b) Fazer uma emissão por ano em talhe doce é tentador... Dois problemas: o custo (cerca de 5 vezes superior ao off-set) e , sobretudo, o tempo que levam a fazer...
quarta-feira, março 03, 2010
Ceres em Talhe Doce
Uma novidade para os nossos filatelistas: vamos emitir em 2010, coincindindo com a abertura - a 1 de Outubro - da Exposição Mundial de Filatelia PORTUGAL 2010, uma versão do 1º selo de conceito Republicano - a famosa emissão CERES - no método de Talhe Doce (recess printing) que é a mais nobre forma de impressão conhecida , feita a partir de uma matriz esculpida em aço.
Tivémos que fazer apelo ao espírito criativo pois , como sabem os entendidos, o CERES original foi impresso em Tipografia, provavelmente para ser mais rápida a produção, já que se estavam ainda a utilizar nessa época (2010-2012) os selos da Monarquia sobrecarregados com um carimbo "República".
O velhinho CERES foi produzido entre 1912 e 1935\6, e dele se teriam feito mais de 2mil milhões de espécimens..
Aquilo que vamos reproduzir em Talhe Doce é o desenho original do CERES - do Meste Gravador Constantino Sobral Fernandes - guardado na Fundação das Comunicações, não se tratando de uma reimpressão de algum selo CERES que, como disse , foram todos Tipografados.
Tivémos que fazer apelo ao espírito criativo pois , como sabem os entendidos, o CERES original foi impresso em Tipografia, provavelmente para ser mais rápida a produção, já que se estavam ainda a utilizar nessa época (2010-2012) os selos da Monarquia sobrecarregados com um carimbo "República".
O velhinho CERES foi produzido entre 1912 e 1935\6, e dele se teriam feito mais de 2mil milhões de espécimens..
Aquilo que vamos reproduzir em Talhe Doce é o desenho original do CERES - do Meste Gravador Constantino Sobral Fernandes - guardado na Fundação das Comunicações, não se tratando de uma reimpressão de algum selo CERES que, como disse , foram todos Tipografados.
Para Descansar a Vista
Revisitamos Herberto Helder, o grande Poeta - há quem diga que é o maior poeta português vivo - o misantropo, o recluso, o solitário e asceta eremita que recusou o prémio Pessoa e mais não sei quantas honrarias... Destas "estórias" se fazem as lendas.
Fonte - I
Ela é a fonte. Eu posso saber que é
a grande fonte
em que todos pensaram. Quando no campo
se procurava o trevo, ou em silêncio
se esperava a noite,
ou se ouvia algures na paz da terra
o urdir do tempo ---
cada um pensava na fonte. Era um manar
secreto e pacífico.
Uma coisa milagrosa que acontecia
ocultamente.
Ninguém falava dela, porque
era imensa. Mas todos a sabiam
como a teta. Como o odre.
Algo sorria dentro de nós.
Minhas irmãs faziam-se mulheres
suavemente. Meu pai lia.
Sorria dentro de mim uma aceitação
do trevo, uma descoberta muito casta.
Era a fonte.
Eu amava-a dolorosa e tranquilamente.
A lua formava-se
com uma ponta subtil de ferocidade,
e a maçã tomava um princípio
de esplendor.
Hoje o sexo desenhou-se. O pensamento
perdeu-se e renasceu.
Hoje sei permanentemente que ela
é a fonte.
Herberto Helder
Fonte - I
Ela é a fonte. Eu posso saber que é
a grande fonte
em que todos pensaram. Quando no campo
se procurava o trevo, ou em silêncio
se esperava a noite,
ou se ouvia algures na paz da terra
o urdir do tempo ---
cada um pensava na fonte. Era um manar
secreto e pacífico.
Uma coisa milagrosa que acontecia
ocultamente.
Ninguém falava dela, porque
era imensa. Mas todos a sabiam
como a teta. Como o odre.
Algo sorria dentro de nós.
Minhas irmãs faziam-se mulheres
suavemente. Meu pai lia.
Sorria dentro de mim uma aceitação
do trevo, uma descoberta muito casta.
Era a fonte.
Eu amava-a dolorosa e tranquilamente.
A lua formava-se
com uma ponta subtil de ferocidade,
e a maçã tomava um princípio
de esplendor.
Hoje o sexo desenhou-se. O pensamento
perdeu-se e renasceu.
Hoje sei permanentemente que ela
é a fonte.
Herberto Helder
Ausência
O Blogger vai a Aveiro nesta Quinta e Sexta feira, servir de claque ao meu Senhorio que por lá vai botar intervenção no Congresso de Ciência Política. Mais dois diazitos de férias a descontar em Agosto...
Vejam mais aqui sff:
http://uaonline.ua.pt/detail.asp?lg=pt&c=16843
Vejam mais aqui sff:
http://uaonline.ua.pt/detail.asp?lg=pt&c=16843
O caso Maddie
Comentários, concordando com o que ficou aqui ontem escrito, podem ser lidos no local do costume. Muito Obrigado aos Leitores intervenientes!
terça-feira, março 02, 2010
A Falta de "Hombridad" - Ainda o Caso Maddie
Citamos John Alexander Mackay sobre o grande Miguel de Unamuno:
La cualidad del Hombre, en el sentido cabal de la palabra, Unamuno la ha llamado "Hombriedad". Nos cuenta, en uno de sus ensayos, que leyendo al gran historiador y psicólogo portugués Oliveira Martins, le hirió la imaginación la voz "Hombridade" que éste aplicaba a los castellanos. "Hombridade" le pareció un hallazgo. Conforme la emplea Unamuno, esta voz encierra cualidades más amplias que la simple probidad u honradez indicada por "hombría de bien". Su sentido es mucho más comprensivo y viril que "humanidad", o "humanismo", voces que se hallan estropeadas por oler a pedantería, a secta, a doctrina abstracta. Hombridad es la "cualidad de ser Hombre, sé ser Hombre entero y verdadero, de ser todo un Hombre". "¡Y son tan pocos los Hombres", agrega Unamuno, "De quienes pueda decirse que sean todo un Hombre!".
Se naqueles dias (Unamuno nasceu em 1864 e morreu em 1936) já era difícil encontrarem-se Homens à moda de Unamuno, de quem se podia dizer que eram "todos eles, por inteiro, Homens" ; imaginem como estaremos nos dias de hoje...
Probidade, Honradez, Carácter algo reservado e pouco dado a "cowboyadas", Amigo do seu Amigo, Constante nas opiniões, Escravo da palavra dada, Certo nas suas contas, Sibarita sem extremos, Bom Pai e Marido, Amado e amante, um verdadeiro Muro de segurança ao qual se podiam encostar os mais fracos e os mais humildes...
Tais qualidades definiriam o tal "Hombre" completo . Criatura mítica que - aqui para nós - nem sei se terá mesmo existido verdadeiramente, sobretudo se aplicada a todos os momentos da vida.
De facto eu - Optimista por natureza - acredito que os Homens de Bem serão ainda a maioria na nossa sociedade , não direi que ganhem a perder de vista, mas mesmo assim serão em maior número do que os outros, os do "inimigo", e que estes "bons" possam em muitas ocasiões fazer sobressair as notáveis qualidades da verdadeira Hombridad.
Mas não em todas as horas da respectiva existência.
Todos nós já nos arrependemos de algumas coisas que dissémos ou que fizémos, fosse por estarmos debaixo de alguma "influência" estranha à química natural do corpo, fosse por causa do stress ou das contrariedades do dia-a-dia.
Muito satisfeitos deveríamos estar se, contando bem, forem mais frequentes os momentos bons do que os momentos maus. Pois tudo no mundo não passa de cinzento, de várias tonalidades de cinzento. Já foram ( e bem) ao ar os tempos do Preto e Branco, em que os Índios eram "maus" e os Cowboys eram os "bons"...
Esta conversa inicial estendeu-se apenas para comentar a cena que vi e ouvi ontem no 2º Programa de Miguel Sousa Tavares "Sinais de Fogo".
Era entrevistado o Ex-Inspector Gonçalo Amaral, o tal do Caso Maddie, que foi afastado ou se afastou voluntariamente da Polícia Judiciária, escreveu um Livro que foi impedido por decisão judicial de ser vendido e está agora debaixo de uma "injunção" legal que não lhe permite explicar-se ou explicar aos outros a sua versão dos acontecimentos.
Começo por questionar qual o interesse em interrogar o Ex-Inspector naquelas condições em que - para obedecer à lei - estava limitado na argumentação.
Depois questiono vivamente ( para não dizer uma coisa pior) as qualidades de isenção do entrevistador . Este , ao tentar provar que Gonçalo Amaral não tinha mais do que tentado encontrar factos que se encaixassem na sua teoria sobre a morte acidental provocada pelos Pais da menina, acabou por demonstrar uma atitude tão ou mais facciosa do que a supostamente assumida por Gonçalo Amaral: não o deixou falar, assumiu factos sem prova, demonstrou ter a "sua própria opinião" sobre o que se tinha passado e quis, à viva força, que o Ex-Inspector viesse agora à SIC concordar com essa versão "Tavariana" do nefasto acontecimento.
Péssimo serviço prestado aos espectadores, entrevista fraquíssima, de qualidade abaixo de má. E se alguma conclusão tivémos que retirar depois da "cena" , terá sido que Miguel Sousa Tavares é muito, muito melhor comentador político do que entrevistador...
Não deve o sapateiro ir além da chinela, como parece que terá dito Píndaro lá para os lados da velha Acrópole... E é bem certo.
Hombridad não se viu, nem sequer se cheirou, em qualquer das partes, na noite de ontem. E era, ou devia ter sido, uma "Noite de Hombres, numa charla entre Hombres": Um "duro" da Judite, honrado, embora não olhando a meios para atingir os fins, face a face, mano a mano, com um honesto e experiente repórter de investigação, à moda do Washington Post e do Watergate...
Que pena...Mas que Pena...
O problema é que já não há "Hombres" como antigamente!
La cualidad del Hombre, en el sentido cabal de la palabra, Unamuno la ha llamado "Hombriedad". Nos cuenta, en uno de sus ensayos, que leyendo al gran historiador y psicólogo portugués Oliveira Martins, le hirió la imaginación la voz "Hombridade" que éste aplicaba a los castellanos. "Hombridade" le pareció un hallazgo. Conforme la emplea Unamuno, esta voz encierra cualidades más amplias que la simple probidad u honradez indicada por "hombría de bien". Su sentido es mucho más comprensivo y viril que "humanidad", o "humanismo", voces que se hallan estropeadas por oler a pedantería, a secta, a doctrina abstracta. Hombridad es la "cualidad de ser Hombre, sé ser Hombre entero y verdadero, de ser todo un Hombre". "¡Y son tan pocos los Hombres", agrega Unamuno, "De quienes pueda decirse que sean todo un Hombre!".
Se naqueles dias (Unamuno nasceu em 1864 e morreu em 1936) já era difícil encontrarem-se Homens à moda de Unamuno, de quem se podia dizer que eram "todos eles, por inteiro, Homens" ; imaginem como estaremos nos dias de hoje...
Probidade, Honradez, Carácter algo reservado e pouco dado a "cowboyadas", Amigo do seu Amigo, Constante nas opiniões, Escravo da palavra dada, Certo nas suas contas, Sibarita sem extremos, Bom Pai e Marido, Amado e amante, um verdadeiro Muro de segurança ao qual se podiam encostar os mais fracos e os mais humildes...
Tais qualidades definiriam o tal "Hombre" completo . Criatura mítica que - aqui para nós - nem sei se terá mesmo existido verdadeiramente, sobretudo se aplicada a todos os momentos da vida.
De facto eu - Optimista por natureza - acredito que os Homens de Bem serão ainda a maioria na nossa sociedade , não direi que ganhem a perder de vista, mas mesmo assim serão em maior número do que os outros, os do "inimigo", e que estes "bons" possam em muitas ocasiões fazer sobressair as notáveis qualidades da verdadeira Hombridad.
Mas não em todas as horas da respectiva existência.
Todos nós já nos arrependemos de algumas coisas que dissémos ou que fizémos, fosse por estarmos debaixo de alguma "influência" estranha à química natural do corpo, fosse por causa do stress ou das contrariedades do dia-a-dia.
Muito satisfeitos deveríamos estar se, contando bem, forem mais frequentes os momentos bons do que os momentos maus. Pois tudo no mundo não passa de cinzento, de várias tonalidades de cinzento. Já foram ( e bem) ao ar os tempos do Preto e Branco, em que os Índios eram "maus" e os Cowboys eram os "bons"...
Esta conversa inicial estendeu-se apenas para comentar a cena que vi e ouvi ontem no 2º Programa de Miguel Sousa Tavares "Sinais de Fogo".
Era entrevistado o Ex-Inspector Gonçalo Amaral, o tal do Caso Maddie, que foi afastado ou se afastou voluntariamente da Polícia Judiciária, escreveu um Livro que foi impedido por decisão judicial de ser vendido e está agora debaixo de uma "injunção" legal que não lhe permite explicar-se ou explicar aos outros a sua versão dos acontecimentos.
Começo por questionar qual o interesse em interrogar o Ex-Inspector naquelas condições em que - para obedecer à lei - estava limitado na argumentação.
Depois questiono vivamente ( para não dizer uma coisa pior) as qualidades de isenção do entrevistador . Este , ao tentar provar que Gonçalo Amaral não tinha mais do que tentado encontrar factos que se encaixassem na sua teoria sobre a morte acidental provocada pelos Pais da menina, acabou por demonstrar uma atitude tão ou mais facciosa do que a supostamente assumida por Gonçalo Amaral: não o deixou falar, assumiu factos sem prova, demonstrou ter a "sua própria opinião" sobre o que se tinha passado e quis, à viva força, que o Ex-Inspector viesse agora à SIC concordar com essa versão "Tavariana" do nefasto acontecimento.
Péssimo serviço prestado aos espectadores, entrevista fraquíssima, de qualidade abaixo de má. E se alguma conclusão tivémos que retirar depois da "cena" , terá sido que Miguel Sousa Tavares é muito, muito melhor comentador político do que entrevistador...
Não deve o sapateiro ir além da chinela, como parece que terá dito Píndaro lá para os lados da velha Acrópole... E é bem certo.
Hombridad não se viu, nem sequer se cheirou, em qualquer das partes, na noite de ontem. E era, ou devia ter sido, uma "Noite de Hombres, numa charla entre Hombres": Um "duro" da Judite, honrado, embora não olhando a meios para atingir os fins, face a face, mano a mano, com um honesto e experiente repórter de investigação, à moda do Washington Post e do Watergate...
Que pena...Mas que Pena...
O problema é que já não há "Hombres" como antigamente!
segunda-feira, março 01, 2010
Ter (ou não ter) cabeça
Descansem que a "cabeça" aqui em causa é a cabeça de peixe - Garoupa, Cherne ou da mítica Pescada do Cantábrico - e da melhor forma de a apresentar à mesa da família.
Esta "coisa" da Cabeça de Peixe nem sempre tem por consequência unanimismo familiar... Para alguns será quase repugnante, para outros apenas tolerada , mas para os verdadeiros apreciadores (como eu) é um dos mais simpáticos pitéus que se podem tragar do reino de Neptuno!
Não existe forma de as preparar de maneira a que todos a apreciem ( e quanto menos comerem "os outros", melhor, para deleite dos "apaixonados"). Mas vou aqui propor-lhes uma alternativa à rotina da "cabeça cozida com todos".
Cabeça de Garoupa (ou Cherne ou Pescada) estalada no Forno
A cabeça tem de ser aberta ao meio (escachada) e bem lavada. Salga-se a gosto .
Depois dá-se-lhe um "apertão" numa sertã ou frigideira de bom tamanho, tendo o cuidado de a passar previamente por farinha de ambos os lados.
O Forno já deve entretanto estar aquecido a 250 graus.
Num tabuleiro de dimensão apropriada deita-se azeite do melhor, alho picado e duas malaguetas, deixa-se aferventar.
Depois coloca-se então a cabeça para "estalar" nesse tabuleiro bem quente, durante uns 15 a 20 minutos, tendo o cuidado de a virar.
Serve-se com batatas assadas no forno, em cujo tabuleiro também deitámos azeite , uma cebola em tiras e alho, ou então com puré de batata. Grelos ácidos, de nabo, salteados ou não, ficam sempre bem.
Acompanhem com um Branco evoluído , por exemplo o Verdelho de José Maria da Fonseca, Madrigal de José Bento dos santos, ou o Redoma da Nieeport. Ou então com um Tinto novo, algo taninoso e com pouca madeira. O Vinha Paz colheita 2007 (do Dão) é um bom exemplo.
Esta "coisa" da Cabeça de Peixe nem sempre tem por consequência unanimismo familiar... Para alguns será quase repugnante, para outros apenas tolerada , mas para os verdadeiros apreciadores (como eu) é um dos mais simpáticos pitéus que se podem tragar do reino de Neptuno!
Não existe forma de as preparar de maneira a que todos a apreciem ( e quanto menos comerem "os outros", melhor, para deleite dos "apaixonados"). Mas vou aqui propor-lhes uma alternativa à rotina da "cabeça cozida com todos".
Cabeça de Garoupa (ou Cherne ou Pescada) estalada no Forno
A cabeça tem de ser aberta ao meio (escachada) e bem lavada. Salga-se a gosto .
Depois dá-se-lhe um "apertão" numa sertã ou frigideira de bom tamanho, tendo o cuidado de a passar previamente por farinha de ambos os lados.
O Forno já deve entretanto estar aquecido a 250 graus.
Num tabuleiro de dimensão apropriada deita-se azeite do melhor, alho picado e duas malaguetas, deixa-se aferventar.
Depois coloca-se então a cabeça para "estalar" nesse tabuleiro bem quente, durante uns 15 a 20 minutos, tendo o cuidado de a virar.
Serve-se com batatas assadas no forno, em cujo tabuleiro também deitámos azeite , uma cebola em tiras e alho, ou então com puré de batata. Grelos ácidos, de nabo, salteados ou não, ficam sempre bem.
Acompanhem com um Branco evoluído , por exemplo o Verdelho de José Maria da Fonseca, Madrigal de José Bento dos santos, ou o Redoma da Nieeport. Ou então com um Tinto novo, algo taninoso e com pouca madeira. O Vinha Paz colheita 2007 (do Dão) é um bom exemplo.
Chile e Haiti - As Diferenças
Segundo parece o terrramoto que atingiu o Chile terá sido 800 vezes mais forte do que aquele que atingiu o Haiti há semanas atrás. No entanto, no Haiti o número de mortos contou-se pelas centenas de milhar. No Chile pelos milhares...
Não existe forma de se fazer esta contabilidade dos mortos em termos éticos sem referir que a diferença entre as consequências na população inocente, chilena ou haitiana, estará ligada à diferença notável entrte a organização do Estado em ambos os Países.
Um Estado organizado, com protecção Civil, Bombeiros e Forças da Ordem em condições e bem treinadas, com regras de construção anti-sísmica em vigência e fiscalizadas, pode reagir mais depressa e assumir de imediato as tarefas da reconstrução e do cuidar dos feridos e dos mortos. Um Estado à beira do colapso, corrupto, sem lei nem ordem, não tem capacidade, nem autoridade, nem estruturas montadas para fazer o mesmo. E os resultados estão à vista...
Talvez estas calamidades sejam - por muito horror que nos meta a qualidade da "prova" - das mais impressionantes evidências de que a Democracia tem de ser utilizada para escolher bem quem nos governa, sob pena das consequências de escolher mal e do "deixar andar" se revelarem mais tarde da forma calamitosa como se revelaram na tristíssima situação do Haiti.
Não existe forma de se fazer esta contabilidade dos mortos em termos éticos sem referir que a diferença entre as consequências na população inocente, chilena ou haitiana, estará ligada à diferença notável entrte a organização do Estado em ambos os Países.
Um Estado organizado, com protecção Civil, Bombeiros e Forças da Ordem em condições e bem treinadas, com regras de construção anti-sísmica em vigência e fiscalizadas, pode reagir mais depressa e assumir de imediato as tarefas da reconstrução e do cuidar dos feridos e dos mortos. Um Estado à beira do colapso, corrupto, sem lei nem ordem, não tem capacidade, nem autoridade, nem estruturas montadas para fazer o mesmo. E os resultados estão à vista...
Talvez estas calamidades sejam - por muito horror que nos meta a qualidade da "prova" - das mais impressionantes evidências de que a Democracia tem de ser utilizada para escolher bem quem nos governa, sob pena das consequências de escolher mal e do "deixar andar" se revelarem mais tarde da forma calamitosa como se revelaram na tristíssima situação do Haiti.
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