A
alegria pode e deve ser contagiosa, mas não creio que nos “manuais de
procedimentos” esteja alguma coisa escrita em como a mesma alegria deve evoluir
para o vandalismo, a destruição e a pancadaria…
O
SLB é BiCampeão! Vivas e barretes lançados ao ar! Abraços e beijos! Tudo a que
temos direito!
Mas
porquê estragar o que já é muito bom com bebedeiras descomunais, mijo na via
pública, tapetes de garrafas partidas, tiro ao alvo com pedras aos agentes, roubo e
destruição de propriedade alheia?
Custa-me
a compreender. Deve ser a idade…
E
mesmo que entenda que este fenómenos do comportamento “bestial” das claques e
das “juves” são transversais ao mundo do futebol e comuns a qualquer emblema,
quando se passa com a malta do “meu
clube” fico mesmo lixado. Para não dizer outra coisa…
O
comportamento dos grupos potencia sempre o desvario individual. E quer um quer
o outro são muito influenciados pela copofonia.
Tenho
a felicidade de viver num bairro muito calmo do Estoril. Mas como estamos
relativamente perto da Escola de Hotelaria, quando há praxes ou outras
movimentações académicas a malta da batina (por noma sossegada e estudiosa)
deixa destapar o controlo emocional e vêm em bandos para as ruas perdidos de
bêbedos, interrompendo a passagem de carros e de pessoas, deitando-se na via
pública, fazendo as necessidades onde calha.
Tudo
porque temos um café de bairro que faz o seu negócio vendendo álcool a rodos
nestas ocasiões. Pede-se a intervenção da Guarda, já que existe a presunção que
muitas das miúdas e miúdos que vimos naqueles preparos não têm ainda idade para
beber. O dono do café diz que o “desgraçam”,
faz olhos carinhosos e deixam tudo em banho-maria até à próxima vez…
Terminada
a “happy hour” a malta estudantil retoma a sua habitual tarefa de estudar. Andam
envergonhados uns dias, mas logo passa.
São
inevitabilidades do mundo moderno, dirão os mais experientes e sábios. Pode ser
que sejam, mas não somos obrigados a gostar daquilo.
Eu
não gosto!
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